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Capítulo 1

Se houvesse alguma coisa estranha na vida de Jow Marone, com certeza seria o apelido. Seus pais eram conservadores demais para lhe darem um nome de apenas uma sílaba, três letras e sonoridade pouco ortodoxa. A história do apelido era simples: Quando começou a falar, aos dois anos de idade, o garoto simplesmente não conseguia reproduzir o próprio nome. Sempre que alguém perguntava seu nome, ele respondia prontamente: Jow. As pessoas achavam engraçadinho o garoto de olhos claros, sorriso largo e cabelos lisos que eram jogados displicentemente para o lado falando daquela maneira e com o orgulho de si mesmo estampado no rostinho angelical. 

Foi assim que João tornou-se Jow.

Ninguém o reconhecia pelo nome verdadeiro, nem os amigos, tampouco os familiares. Até mesmo na época da escola, na faculdade e no trabalho, chamavam-no Jow. Ele não se incomodava com aquilo, na verdade até tinha apreço pelo apelido carinhoso. Sentia-se mais divertido e interessante assim, sem contar que era um facilitador com as mulheres por quem nutria alguma intenção romântica. Elas achavam muito "fofo" saber que o apelido fora dado por si mesmo enquanto bebê e que perdurava até a atualidade.

Kika havia soltado sua mão momentos antes, quando o médico lhe deu um monte de instruções sobre o que dizer para o verdadeiro pai do bebê que estava prestes a nascer. A garota por quem estava apaixonado nos últimos meses teria um filho e ele não era o pai. Sua aluna preferida, a mais dedicada e corajosa, tornou-se a pessoa com que mais gostava de passar o tempo. Saber de detalhes pessoais da vida de Kika ao longo do tempo em que trabalharam na academia despertou nele profundo interesse. Jow não tinha sentido uma emoção tão arrebatadora como aquela em nenhum momento da vida. Claro que já tivera envolvimentos emocionais e íntimos com outras mulheres, mas nenhuma havia realmente tocado sua alma. Sua cabeça dizia que investir numa relação com uma mulher grávida poderia ser um problema, mas ele não se importou. Estava envolvido demais.

A batalha não oferecia muitas probabilidades para ser vencida, ainda mais depois do dia em que o melhor amigo de Kika fez um enorme interrogatório, em uma visita no mínimo esquisita. Naquele dia o treinador percebeu claramente que Alex não era tão imune aos encantos da garota, assim como ele próprio. O cara não conseguia enxergar um palmo à sua frente, mas Jow sempre foi um excelente observador. Talvez sua personalidade quieta e pacífica o ajudassem a perceber certas interações. No momento em que soube da paixão não descoberta de Alex por Kika, o moreno percebeu os próprios sentimentos. Ficou extremamente incomodado com a postura defensiva e protetora do atleta com sua aluna, que seguia questionando seus métodos e supervisionando o cronograma de treinos da garota. 

Só de observar Alex poderia notar que ele não era apenas um entusiasta do estilo de vida saudável e regrado de academia. Jow reconhecia que o outro tinha pleno conhecimento dos processos de evolução do corpo em treinamento, que respeitava um objetivo e seguia à risca seu treinamento pessoal, sua postura perfeita e nivelamento adequado da musculatura evidenciavam isso. Arriscaria dizer que o melhor amigo de Kika praticava exercícios físicos de forma quase profissional há mais de 5 anos. 

Nada disso o impediu de sentir que estava sendo  levemente desrespeitado em sua condição de profissional, mas, como era de esperar por conta de sua personalidade, relevou. 

Parado no meio do corredor, o treinador limitou-se a andar de um lado para o outro, tenso e preocupado com o bem estar de sua garota. Sabia que em breve Alex passaria por ele com a velocidade de um raio, então encontrou um canto para escorar-se e esperar que a garota de quem gostava saísse daquela sala cirúrgica com um bebê nos braços. Ele estava tão alheio ao que acontecia à sua volta, que não se deu conta de estar isolado. Seu relacionamento com Kika não havia sido formalizado ainda, por opção de ambos, então não sentiu que poderia apresentar-se para sua família como algo além de um bom amigo. Esperava e gostaria que a decisão partisse dela, que ela quisesse levar o que vinham construindo para um novo nível. 

Jow sentiu um pequeno sobressalto quando uma mão pequena tocou seu ombro.

- Obrigada por aquilo. - Uma voz feminina gentil soou atrás de si. - Não sei como agradecer.

- Você não...

Ele disse enquanto virava-se, mas perdeu a voz no momento em que um grande par de olhos escuros o engoliram em sua imensidão agradecida. Alguma coisa quebrou dentro do peito de Marone, que permaneceu calado por um tempo que julgou ser longo demais. Os olhos da mulher transmitiam uma profundidade que poderia afogá-lo. Dentro do peito, seu coração começou a martelar enlouquecidamente, chegando a incomodar-lhe o ouvido com as pulsações aceleradas. Um sorriso amável desenhou-se nos lábios da morena que estava parada à sua frente e ela cruzou os braços diante do peito, visivelmente petulante e divertida.

- Eu o que? - Ela incentivou e abriu mais o sorriso, mostrando os dentes perfeitos para o treinador.

- Desculpe... - Ele murmurou. - Minha mente travou.

- Obrigada. - A morena respondeu percebendo claramente que ele estava abalado por sua presença.

Ambos riram. Jow conseguiu respirar melhor depois disso. Ela piscou os olhos de um jeito tão charmoso, que um tremor percorreu a espinha do homem.

- Então?

- Acho que você não precisa agradecer por nada. - Ele conseguiu dizer, finalmente.

- Pois eu acho que preciso. - A mulher retrucou. - Você a manteve calma, distraída e confortável nesse momento tão preocupante.

- Não poderia fazer diferente. - Jow devolveu. - Kika é muito importante.

- Sim, ela é. - A expressão da morena iluminou-se. - Meu irmão a adora! Acho que a melhor coisa que já aconteceu foi essa gravidez. Para os dois, entende? Acho que meu sobrinho vai uni-los de um jeito ou de outro.

- Espera! - Jow disse erguendo as mãos. - Seu irmão? Sobrinho? Você é parente...

- Sim, sou. - Ela sorriu de um jeito radiante que fez com que um friozinho percorresse a barriga do treinador. - Irmã do Alex, o papai atrasado e perturbado que passou correndo por aqui momentos antes de eu vir falar contigo.

Jow fechou os olhos e apertou a têmpora por um instante.

- Acho que não me apresentei adequadamente. - Ela disse com a face ruborizada. - Sou Joana Torres, muito prazer.

- Jow Marone.

- Então Jow Marone... - Joana levou os olhos azuis de Jow cativos à infinidade de seus olhos escuros outra vez. - Quer tomar um café comigo?


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