• Capítulo 3
Conrado estava cansado depois de uma viagem de exatamente cinco horas com uma parada em Air France, completamente exausto, tudo o que queria naquele momento era se jogar na cama e dormir feito pedra, mas seus planos não foram bem assim como pensado. Pois seu corpo estava sendo abraçado por uma jovem de pele negra, ele ficou estático, sem mover nenhum músculo ou dizer algo, isso não poderia ser verdade, estava a ser abraçado por uma empregada, pensou respirando fundo, balançou a cabeça negativamente quase soltando um "Esses Brasileiros tem costumes estranhos".
Sentiu quando os braços da jovem o soltaram, então pode finalmente respirar. Ouviu a voz da moça que estava parada a sua frente
- Você não é meu irmão - Não deu atenção pro que foi dito, pois seus olhos estavam fixados na moça, parecia ter sido hipnotizado, sentiu logo um arrepio no corpo, pensou em correr ao imaginar que a Negra fosse uma bruxa que o jogara um feitiço, mas logo espantou tal ideia agindo como o homem maduro que é.
Mia se perguntava quem seria esse homem que a cativou só pelo olhar, sustentou seu peso no lado esquerdo de seu corpo e pensou que fosse mais uma das brincadeiras de seu irmão, mandando um homem gostosão para que a mesma desencalhasse, já que todos os homens que namorou não passaram de poucos casos, meros cafajestes. Mia deixou seus pensamentos de lado ao ver que o homem de olhar galanteador iria falar algo, segurou um sorriso ansioso para ouvir a voz do ser belo que estava a sua frente
- Não estou acostumado com empregados a me abraçarem - E foi ai, nessas palavras que Conrado sentenciou sua morte.
Der repente o olhar galanteador a lembrou de um rio sofrendo a seca do deserto. A gostosura virou "gordura", e toda beleza se transformou em feiura, pensou bem e viu que preferia o Corcunda de Notre Dame a esse estrangeiro com o sotaque de gazela .
Com uma raiva escondida bem no fundo de seu coração a moça pensou: Se ele acha que sou uma empregada, então eu sou uma empregada
- Me desculpa senhor, pensei que fosse meu irmão que acabara de chegar, não tenho costume de abraçar qualquer um - Disse ela com um sorriso aberto, atuou tão bem que cogitou a ideia de se inscrever para essas novelas da globo.
Conrado só então olhou Mia de verdade, a roupa que a mesma usava, engoliu em seco ao perceber que bem la no fundo estava a ter um pensamento nada puro, não quis perguntar o porquê da empregada esta vestida assim, pois o mesmo não tinha intenção de prolongar a conversa. Afinal estava em um novo país, com novas culturas.
- Pode, por favor, mostrar meu quarto?
- Como? - Enrugou a testa não sabendo quem aquele homem era, então só ai lhe caiu a fixa, Sotaque de gazela, mal educado, preconceituoso... - Você deve ser o Conrado, certo?
Sua voz mudou completamente, fez uma careta ao dizer o nome do Russo, como se fosse algo amargo que acabara de por na boca
- Sou eu sim, agora pode, por favor, me mostrar o quarto em que estou hospedado? - Conrado perguntou inquieto, por algum motivo não conseguia desgrudar seus olhos daquele vestido, ou seria do corpo?
- Oh sim, madame, me acompanhe, por favor - Mia fez questão de chamar Conrado de "senhora" em Francês, abrindo seu belo sorriso forçado arquitetando diversas formas de fazer a gazela russa pagar.
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Olá, estou sorrindo atoa com os comentários de vocês 😍
Conrado abaixo:
• Kevin Zegers
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