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09 - Desaparição

04

É estranho estar em sonhos lúcidos onde o tempo lá fora parece não passar. A realidade dentro de nossa mente é muito confusa e instável. Estou caminhando em meus sonhos por tanto tempo...
Parece que estou dormindo há dias!

— Me concede a honra de sentar a seu lado? — perguntou outro rapaz simpático.

— Não — resmunguei tentando parecer mal.

— Me desculpe — disse ele se afastando.

Eu estou sentado nesta lanchonete comendo meu sanduiche favorito há muito tempo. Aquele foi o oitavo garoto que veio até minha mesa perguntar se podia sentar a meu lado.

Que sonho chato!

Eu até pensei em levantar da mesa, sair por aquela porta grande de madeira e ir para um lugar mais interessante. Talvez um parque, um restaurante mais elegante ou até um simples e gostoso cachorro quente nas ruas de Nova Iorque...

Mas alguma coisa me prende nesta lanchonete.

— Me concede a honra de sentar a seu lado? — perguntou outro rapaz simpático.

— Não, droga! — exclamei irritado.

— Me desculpe — disse ele se afastando como os outros.

Eu já estou de saco cheio deste sonho sem fim. 
Quero acordar!
Quero acordar agora!

— Posso sentar com você? — perguntou uma voz familiar.

Aquela pergunta foi diferente.
Aquela voz...

— Pete?!

— Oi, Klay!

— O que você faz aqui?

— Eu estava de passagem.

Pete está em meu sonho.
Eu não planejei nada daquilo, então...

— Klay, o que houve? Você não me ligou e nem me mandou mensagens.

— Me desculpe, Pete! Eu ando bem ocupado com a faculdade e...

— Ou será que é porque você não teve mais visões da minha morte?

Como ele sabia que...
Ah, claro!
Ele não é real. 

— Você não é real, Pete.

— Claro que eu sou real!

Pete puxou a cadeira a meu lado, sentou na minha frente e apoiou a cabeça em uma das mãos. Aquele sorriso, aquele olhar especial e aquele jeitinho sedutor teve um efeito cem vezes maior sobre mim dentro deste sonho.
Pete estava tão irresistível...

— Estou feliz por não ter mais sonhado com sua morte — falei sabendo que aquela conversa era comigo mesmo. — Talvez, eu tenha evitado que o pior acontecesse com você. Tenho certeza que aqueles dois acidentes foram coincidências infelizes.

— Mas e se não foram coincidências, Klay? — questionou ele.

— Como é?

Pete abriu um sorriso maior e mais apaixonante que o primeiro.

— Klay, você não me envia mensagens há dias!

— Me desculpa, Pete!

— Será que vou precisar quase morrer para você me chamar para sair?

— Eu sei que você não é real, okay?! Meu subconsciente está criando você e me cobrando uma atitude.

— E por que o seu subconsciente faria algo assim?

Eu não queria responder.
Este sonho estava completamente fora de controle.

— Eu sei o motivo.

— Você não é real, Pete!

— Você gostou de mim, né?!

Eu estava sendo zoado por meu próprio sonho?

— Do que você está falando?

— Você não me engana, Klay!

— Você não é real e eu não tenho que ter este tipo de conversa com você.

— Você gostou de mim! Você quer me ligar e me mandar mensagens.

Nunca achei que fosse possível ficar envergonhado em meu próprio sonho.

— Pete, para!

— Você está feliz por nada de ruim ter acontecido comigo, mas está triste por não ter tido mais a oportunidade de me ver.

— Eu preciso acordar logo!

E de repente, o falso Pete desapareceu. Não foi um alívio, pois eu ainda estava envergonhado.
Não acredito que...

— Admita que você quer me ver deste jeito, Klay — falou o falso Pete aparecendo a meu lado novamente, mas vestindo apenas uma cueca boxer azul bem apertada.

(...)

— QUE DROGA! — exclamei assustado e envergonhado um segundo depois de acordar.

— O que aconteceu, Klay? — questionou minha mãe enquanto recolhia a roupa suja do meu quarto.

Eu estava descoberto, com o cabelo bagunçado, abraçado ao travesseiro e com um notável volume em minha bermuda. Minha visão ainda estava embaçada, minha percepção e meu corpo ainda pareciam se mover em câmera lenta.

— Já falei para você não entrar no meu quarto sem bater, mãe — murmurei.

— Você estava dormindo e eu preciso lavar estas roupas antes de sair para o trabalho.

— E se eu estivesse dormindo pelado?

— Ereção matinal é normal, rapazinho — disse minha mãe de forma natural. — Tenho três homens vivendo comigo nesta casa e eu já limpei muito esse pipi quando você era pequeno!

— Mãe, por favor... — resmunguei envergonhado.

— Levanta logo e desça para tomar café — disse minha mãe saindo do quarto.

Aquele dia estava sendo igual a todos os outros. Tomei café com minha família, peguei carona com meu pai até a faculdade, encontrei meus amigos e ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até o inicio das aulas.

Apesar de tudo estar igual, algo estava me incomodando profundamente.
A incerteza.

— Klay?! — chamou Tyler durante o almoço.

— Ele está viajando de novo — disse Sue.

— Não estou não — resmunguei de boca cheia.

Pete estava bem?
Eu não sonhei com ele durante quase duas semanas. Nós nem trocamos mensagens depois daquele dia.

— Você está com uma cara de apaixonado — disse Tyler em tom provocativo.

— Cala a boca — falei antes de morder mais um pedaço do meu sanduiche.

Foi notável a expressão de dúvida e vergonha da Sue depois que Tyler disse que eu estava apaixonado. Se ela tinha a intenção de esconder o interesse que tinha por mim, estava falhando totalmente.
Era impossível não perceber os olhares.

— Não liga pro Tyler, Klay — disse Sue passando o dedo em meu rosto para limpar uma gotinha maionese. — Você sabe que ele não pensa em outra coisa além de safadezas.

Tyler olhou para Sue e eu da forma mais cômica e debochada que conseguiu. O rosto dele contraiu, ele arregalou os olhos e abriu a boca enquanto soltava um som parecido com o de uma viatura da polícia.

— Eu estou atrapalhando? — falou Tyler levantando de onde estava. — Eu acho que vou dar uma volta por aí.

— Não seja palhaço, Tyler — disse Sue começando a rir.

Eu não consegui ver graça.

— Nos vemos na próxima aula — disse Tyler enquanto se afastava.

Sue ficou ali a meu lado em silêncio terminando de comer sua salada de frutas. Ela sorria e me olhava de forma estranha. Isso me deixou confuso e um tanto quanto constrangido em determinados momentos.

— Está tudo bem, Sue?

— Sim, tudo bem!

— Tem certeza?

— Absoluta, Klay — confirmou ela sorrindo.

Eu não engoli aquela história, mas não insisti. Sue nunca tinha me olhado daquela forma e nem limpado meu rosto quando precisei em ocasiões passadas.

Olhei as horas no celular e descobri que o almoço estava apenas no começo. Tínhamos bastante tempo livre e eu já tinha praticamente terminado de lanchar. Por mais distrações e situações aleatórias que aconteciam a minha volta, meu pensamento estava apenas em um lugar...

Pete.

— Está pensando no quê? — perguntou Sue.

— Em um filme de suspense que vi na semana passada.

— Qual filme? Eu amo suspense!

— Um que o rapaz tem uma premonição que um amigo vai morrer e impede que o acidente aconteça.

— É aquele do avião?

— Não — respondi coçando a nuca. — Não é da franquia famosa que conhecemos. É outro filme menos conhecido, mas segue o mesmo padrão.

Sue ficou pensativa, mas era óbvio que ela não se lembraria de um filme com este enredo, pois aquela era a minha história.
E não lembro de terem feito um filme com uma história semelhante.

— Acho que não assisti esse filme.

— Não perde nada, pois a história é chata e desinteressante — ironizei. — Tem uma parte que o rapaz que é salvo some e não da notícias.

— E o que acontece depois?

— Eu não sei, pois acabei adormecendo de tão chato que estava.

Tive que me conter e segurar a vontade de rir. Era complicado não ter ninguém para conversar abertamente sobre estes problemas, pois provavelmente ninguém acreditaria.

Às vezes, nem eu acredito. 

— Talvez ele tenha morrido, né?

— Quem?

— O rapaz que sumiu e não deu notícias no filme — falou Sue me causando um arrepio de pavor. — Se o filme segue o mesmo padrão, pode ser que o cara tenha morrido e o amigo nem se deu conta.

Até pensei naquilo antes por uma fração de segundo, mas não quis acreditar. Eu estava inclinado a acreditar que os dois acidentes do Pete foram coincidências infelizes e que o terceiro sonho onde o carro a gás explodia foi apenas um pesadelo. Foi uma premonição, pois Pete estava no posto de gasolina, mas o carro não explodiu, então...

— Eu tenho que fazer uma ligação, Sue — falei me levantando.

— Klay, espera um pouco! — chamou ela antes de eu me afastar.

E mais uma vez, Sue me lançou aquele olhar esquisito.

— Sobre sua conversa com o Tyler... — Sue fez uma pausa e respirou fundo antes de continuar. — Eu sei que você é tímido, um pouco fechado e introvertido.

— Ah, sim...

— Não fica bravo com ele, por favor.

— Por que eu ficaria bravo com o Tyler?

— Ele me disse que você também está afim de mim, mas que tem vergonha de dizer por nunca ter namorado antes. É normal, pois eu só namorei uma vez na minha vida e foi quando eu tinha doze anos, então, talvez não conte e...

— Ele disse o que?!

Eu não sabia se ria ou gritava de nervoso.

— Eu sei que você contou para ele em segredo e que eu não devia ter contado, mas é que pensei que se você tem vergonha de me chamar para sair, eu posso te chamar para sair sem problema e...

— Eu vou matar o Tyler! — exclamei entredentes.

Sue pareceu se abalar com minha reação, mas ela não tinha culpa.
Tyler era o culpado.

— Tudo bem, Klay — continuou Sue envergonhada. — Só quero que você saiba que não precisa ficar com vergonha de falar comigo sobre isso, pois eu também gosto de você.

— A gente conversa sobre isso mais tarde, okay?! — propus antes de virar e me afastar.

Eu queria encontrar o Tyler e enforca-lo, mas eu tinha outras preocupações mais urgentes para resolver...

Pete e o sumiço dele.

Enquanto andava pelo campus, puxei o celular do bolso da blusa e procurei na agenda por "Pete Praves". Depois de clicar no nome e o rosto dele com aquele lindo sorriso encher a tela do meu celular, apertei o botão de discagem para fazer a ligação.
Enquanto ouvia os toques de chamada, fechei os olhos e respirei fundo na torcida por minha teoria estar certa. Eu repetia baixinho a frase: "Ele está bem" enquanto batia o calcanhar esquerdo no asfalto por conta da ansiedade.

"Aqui é o Pete! Você sabe o que fazer..." disse a mensagem de voz que levava à caixa postal.

Desliguei antes de iniciar a gravação, cliquei na opção de efetuar chamada novamente e esperei.

— Ele está bem. Ele está bem. Ele está...

— Alô?!

Era uma voz de criança.

— Olá, boa tarde — rosnei. — Eu quero falar com o Pete, por favor.

Tudo ficou em silêncio depois do meu pedido. Meu coração começou a acelerar, minhas mãos a suar e eu começava a pensar no pior.
Até que...

— Maninho, maninho! — gritou a criança do outro lado da linha.

— Já falei para você não correr descalça pela casa, não é? — disse Pete.

Ele estava bem!

— Estão te chamando!

— Onde?

— Aqui no celular!

— Estão me chamando no celular?

— Sim! Estão te chamando no celular!

— Obrigado! Agora vai procurar seus chinelos e calça-los para não pegar um resfriado.

Não resisti à vontade de sorrir.

— Klay? É você?!

— Oi, Pete — murmurei envergonhado. — Sim, sou eu. Klay. Nivans.

— Você sumiu, hein?

Como era bom ouvir a voz dele.

— Estive ocupado com a faculdade e...

— A gente podia se encontrar qualquer dia desses, né?

— Claro! Sim! Por favor! Ou melhor, eu quis dizer... Sim!

— Que tal esta noite? — sugeriu Pete inesperadamente.

Senti meu coração acelerar novamente e minha barriga congelar.

— Tudo bem.

— Que tal uma lanchonete? — propôs Pete. — Estou com vontade de comer hamburger com bastante bacon.

E o sonho e imagem de Pete só de cueca naquela lanchonete vieram à minha mente.
Fechei os olhos com força.

— Eu topo.

— Te pego na sua casa às sete e meia.

— Fechado!

Ligação encerrada...

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