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Nerak

O relato que eu lhes apresento é incrivelmente cativante, carregado de mistério, suspense e conceitos exploratórios sobre o tempo, o sobrenatural e as fronteiras do conhecimento humano.

É uma narrativa que evoca sentimentos mistos de curiosidade, medo e fascinação, remetendo a um estilo literário próximo do realismo fantástico, com nuances de horror psicológico e ficção especulativa.

Tentei polir e estruturar melhor este conto para que ele possa atingir o público de forma ainda mais envolvente, mantendo a essência e respeitando o estilo original.

Registro de Experiência Sobrenatural - Karen Nerak

Era um dia comum, ou pelo menos parecia ser. Da janela de minha casa, observei algo que até então não me despertava grande estranheza: uma mulher de vestido claro passava pela chuva, puxando uma criança pela mão.

Suas roupas destoavam da moda do momento, mas nada que exigisse minha atenção prolongada.

Ainda assim, foquei meus olhos nela. Algo nela me inquietava. O semblante sério, grande, e um jeito desprovido de feminilidade pareciam tirados de outra era.

Ela me lembrava as mulheres que, séculos atrás, assumiam atividades pesadas no campo. E isso acabou me chamando a atenção de uma maneira bastante intrigante.

Caminhavam apressados quando uma segunda visão desconcertante começou.

Chovia, e para minha surpresa, ao olhar novamente para a esquina, lá estavam novamente: a mulher e o menino, no mesmo trajeto, quase como um reflexo mal projetado.

Algo estava errado. Reconheci a mulher e a criança de uma memória estranha - eu sabia que os havia visto antes, exatamente no mesmo dia, um mês atrás, no aniversário de meu tio Petrônio.

Perturbada pela repetição desse momento insolúvel e inexplicável, desci apressada até a porta. Abri-a apenas o suficiente para espiar e tentar vê-la melhor.

O cenário que se seguiu foi devastador. A mulher percebeu minha presença apesar de sua distância. Um clarão tomou conta de tudo à minha volta, tão forte que caí no chão, perdendo os sentidos.

Quando recuperei o estado de alerta, tudo à minha volta estava diferente.

O portão da casa tinha desaparecido; minha rua havia cedido lugar a uma estrada de barro cercada de casebres de madeira.

O silêncio era absoluto, uma quietude sufocante que parecia devorar o ar.

As estrelas brilhavam como se o céu estivesse mais perto e intimidante do que nunca.

A mulher e a criança haviam sumido, mas meu coração já não estava em paz.

Tentei acreditar que era um sonho. Abandonei a racionalidade e me esforcei para aceitar que seria algo passageiro e logo acordaria.

Dei alguns passos, mas o mundo parecia estar me observando.

Foi então que percebi outra figura se aproximando de longe.

Sua caminhada era descompassada, irregular, quase robótica. Quando ela passou ao meu lado, chamei por ela, mas não fui ouvida. Parecia estar invisível, desconectada daquela realidade.

Avistei um amontoado de papel espalhado no chão e decidi pegar um deles. Ao desdobrá-lo, quase desmaiei novamente.

A data impressa dizia "1921". Mas como poderia ser isso plausível?

Meu último registro de tempo era 1962.

Assustada, corri até um velho galpão ao lado e me escondi. Usei alguns papelões para cobrir meu corpo, pensando que ninguém poderia me detectar ali. Foi algo bastante infantil, confesso, mas foi mais forte que eu mesma.

Mas o plano não funcionou. Uma mulher de longos cabelos brancos e aparência visceral abriu a porta.

Seus movimentos eram desajeitados, e ela tinha uma aura sombria e apavorante.

Quem era ela?

Como sabia meu nome?

Quando começou a chamar por mim, senti o verdadeiro peso do medo.

Disse que eu não pertencia àquele lugar.

Eu sabia disso, mas não fazia ideia de como sair dali.

Quando, enfim, tomei coragem para olhar diretamente para ela, tive meu primeiro encontro com o que só poderia descrever como a representação do próprio inferno.

Seu rosto era desumano: olhos fundos e negros, uma pele pálida coberta de feridas, e seus cabelos eram tão longos que pareciam enraizados no chão.

Ela me falou sobre as sombras que habitam o interior de cada ser humano, os rancores e ódios que moldam as formas mais horrendas e indesejáveis de nosso eu.

Mostrou-me, de forma cruel, o reflexo da escuridão dentro de mim. Aquilo que vi foi ainda pior do que a visão dela própria.

Gritei, implorei para que aquilo parasse, mas sua risada ecoava como uma melodia doentia.

Sem motivos aparentes, ela me abandonou, mas suas palavras continuaram a pesar na atmosfera.

Havia algo em sua voz que me fazia acreditar na veracidade de seus dizeres: "Você só faz parte de algo maior. Não deveria estar aqui, mas não viemos sem um propósito".

Sem outra saída do lugar, caminhei na incerteza. Cheguei a uma nova porta que me levou ao mundo chamado Nerak - um espaço de vazio total.

Era como estar no ventre do absoluto: um vasto nada branco, um branco tão profundo que fazia barulho nos olhos.

Foi lá que encontrei duas figuras estranhas - uma incrivelmente alta, a outra pequena como uma criança. Descobri através deles que Nerak não era apenas um local, mas um ponto de interseção no qual as regras do tempo e espaço se dissolviam.

Eles revelaram segredos antigos, como civilizações que antecederam até mesmo os mitos humanos, e como o sobrenatural tinha raízes em algo muito além de nossas crenças.

Disseram que eu estava ali por causa da interferência de bruxas - talvez da própria bruxa que encontrei antes.

Ofereceram-me visão sobre os mundos que coexistem com o meu, mas não puderam ajudar-me a voltar.

"O caminho é sempre encontrado por quem busca", disseram.

Quando tudo terminou, achei a passagem de volta ao meu tempo de forma quase instintiva.

Abri a porta, esperando mais surpresas, mas lá estava minha velha esquina, a rua de minha casa, e a árvore conhecida.

Voltei com um turbilhão de perguntas e nenhuma resposta definitiva.

Hoje, exatos 1.900 dias depois, deixo este documento como registro para aqueles que, como eu, podem um dia se perder nos vórtices infindáveis da realidade.

Não foi sonho, não foi delírio. Foi real.
Eu fiquei completamente perdida dentro de mim mesma.

Assinado: Karen Nerak.

1010 Palavras

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