Doce Baile
Em 2000 na cidade de Alvar...
Numa noite de sexta-feira, os humanos Humbert, na casa de seus 28 anos, preparavam-se para ir ao baile anual da cidade Proibida Alvar, próximo das cidades sobrenaturais de Marlóvia e Morlóvia, passou na casa de seu amigo Bernardo, de 25 anos, e juntos foram até o local.
Após entrarem, tudo era alegria, música, dança e bebida. Eles ficaram na beira da pista de dança, ansiosos por arranjar alguém que quisesse dançar, entre as que estavam sentadas. Lindas Lycans e vampiras de diversos clãs, a lei daquela noite seria apenas se divertir sem quebrar nenhuma das regras impostas pelos governantes atuais.
Foi então que Humbert a viu entrar, passar na sua frente e depois sentar-se numa mesa próxima, uma linda e estranha mulher, que irradiava pela sua beleza única: com um vestido no estilo vitoriano preto, botas longas da mesma cor de salto alto, pele clara, olhos verdes claros, cabelos pretos, longos com algumas mechas multicoloridas. Mas o que mais chamou a atenção foram as longas luvas negras que cobriam suas delicadas mãos e sua pele de porcelana, estranhamente, duas cruzes no peito, uma abaixo da outra. Aparentava ter entre 20 e 30 anos, com 1,75m de altura e menos de 63 ou 65 quilos, bem distribuídos.
Humbert não hesitou em lançar-lhe um sorriso que, correspondido, à tirou para dançar. E eles dançaram e beberam juntos a noite toda. Ela se apresentou como "Caládya".
Outros sobrenaturais do baile olhavam com atenção, pois ela não era conhecida em nenhum território e nunca ninguém a tinha visto antes nos anos anteriores que o baile era realizado. Mas Humbert, pouco se importava que estavam sendo observados. Ele estava encantado com a beleza da bela dama e o seu ego estava em alta!
Mas a noite estava acabando e aproximava-se o amanhecer. Bernardo chegou perto do seu amigo, dizendo para que fossem embora. Humbert respondeu-lhe que "ele fosse", porque acompanharia Caládya até sua casa.
Foi assim que Humbert saiu do baile, como um cavalheiro, escoltando a sua dama misteriosa. Ainda era noite e eles caminhavam, enquanto conversavam e riam muito. A lua de sangue está no centro do céu, cercada de nuvens escuras. Outro fato, que poucos notaram é que nessa noite nenhum ser emitiu som, os corvos e morcegos, assim como as corujas haviam desaparecido dos telhados e dos caminhos.
De repente, o jovem humano começou a notar que estava no meio de um bosque desconhecido, distanciado da cidade de Alvar. Parou, olhou à sua volta e não conseguia distinguir onde estava. Quando quis perguntar à Caládya se reconhecia o caminho, ela já não estava ao seu lado. Ele nem se lembrava como haviam chegado nesse bosque.
Humbert deu alguns passos lentamente, quando a viu sair de trás de uma árvore ressecada. Respirou aliviado, ao vê-la, mas notou que seu semblante já não era o mesmo: seu rosto lindo e angelical, tinha se transformado em um ser perverso e assustador, seu cabelo e o seu olhar era como o de um animal feroz.
Humbert recuou alguns passos e passou a correr, mas Caládya o alcançou, arrastando-o para um canto escuro, enquanto dizia de modo macabro.
"És só meu humano!"...
O amanhecer chegou, os primeiros raios de sol estavam espreitando, quando a estranha dama jogou Humbert nú, junto à um barranco, com todas as suas roupas despedaçadas.
Lentamente, Caládya se aproximou dele, sorrindo, acariciando-lhe o rosto e, com uma voz maquiavélica, disse-lhe explicando.
" O amanhecer chegou! Tenho que ir embora. Mas, mais cedo ou mais tarde, você irá comigo, por toda a eternidade! Esteja acordado ou não, meu querido humano!"
Ela elevou-se no ar, gargalhou sarcásticamente, esticou seus braços e esfumaçou-se, ante os olhos atônitos de Humbert. O que ele notou foi as longas asas escarlates.
Horas depois, um caçador da região de Marlóvia o encontrou. Humbert estava em estado de choque e só murmurava que o levasse para casa. O caçador híbrido ajudou ele, arrumando-lhe novas roupas e o conduziu para casa, feito um moribundo, na verdade estava mais para um zumbi.
Humbert nunca disse nada sobre o que realmente aconteceu, mas delirava muitas vezes acordando aos gritos e aterrorizando quem os ouvia.
" Cuidado! A estranha dama está chegando, começa a correr ou ela vai te pegar! Não volte a dormir ou ela vai lhe julgar por inteiro!"
Foi internado numa cidadela da cidade de Sistina, onde à noite todos o ouvem gritar sem parar.
" Cuidado! A estranha dama está chegando, começa a correr ou ela vai te pegar! Não volte a dormir ou ela vai lhe julgar por inteiro!"
Era tudo o que ele pronunciava, enquanto ria alto e dançava sozinho na escuridão daquele aposento frio, onde só parava após poções fortes das bruxas verdes.
Quando acordava, nos poucos momentos de lucidez, implorava aos deuses e deusas pela sua alma, porque já se julgava condenado à viver eternamente nas profundezas do irreal... junto com a estranha dama!!!
As bruxas verdes sabiam que o pobre humano havia sido escolhido pela rainha das súcubos e ele estava fadado a vagar por anos entre a razão e a loucura.
Pois a rainha dos Íncubos e súcubos não aparecia somente nos sonhos, era uma criatura que quebrava as regras e saciava os seus próprios desejos.
O humano sabe que o anjo em forma feminina e o demônio são os mesmos e que ambos disputam a mão que segura o seu coração.
Diz o demônio acariciando sua mente sexualmente.
"Você vai fraquejar agora?... Você não vai saber o momento exato!... Você está com medo humano?...
Diz o anjo sorrindo.
"Você vai fraquejar diante de mim?... Você não vai saber o momento exato que estarei ao seu lado!... Você está com medo agora?...
O humano fica surpreso. Ambos disseram praticamente a mesma coisa.
Então o demônio continua sua sedução.
"Deixa que ele te ajudo".
E diz o anjo sorrindo com delicadeza.
"Eu te ajudo a superar isso tudo!"...
Nesta hora, o humano não percebe a diferença.
As palavras não são as mesmas, mas os aliados são iguais.
Então ele escolhe a mão de seu anjo e sucumbe a tentação.
E a rainha sorri satisfeita pois tem certeza que ele jamais se afastara dela agora.
A rainha possui uma beleza exótica!
Mas seu projeto apenas começou
Será Succubus em fantasia diante da maldade que se esconde através dos tempos no coração de um homem?
Quem saberá quantas almas ja devorou?
Homem ou criatura?
Reunindo seus discípulos de sete vidas e sete vidas, a rainha ressurge
Sonolentos e ferozes humanos ansiando por seu amor absoluto
A rainha sempre será a ceifadora de almas perdidas
Vulto, treva noturna, o oculto é o seu lar
A rainha quer a alma e o coração de todos os homens
Busca merecer o legado que o seu nome possui
Caládya deseja de tempos em tempos a informação que só o coração humano possui
Quem suspeita de um doce Baile logo some, fugindo até mesmo da sua própria sombra
Seria tudo isso fruto da minha imaginação ou da sua?
Ou mais um grupo secreto de contos Sombrios?
O tic tac simplesmente não vai parar
Caládya anseia por sua essência vital!...
1212 Palavras
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