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Conto #2 - Capítulo 1

Ainda bem que eu sou maquiadora. Penso olhando as manchas escuras embaixo dos meus olhos pesados. Não posso ir trabalhar desse jeito, essa oportunidade foi um verdadeiro milagre que caiu do céu e eu não posso fazer absolutamente nada de errado.

Não posso aparecer com essa cara cansada e de quem não dormiu nada de noite.

Vou até o quarto me vestir e depois volto para o banheiro, para fazer minha mágica e me dar uma cara saudável e de quem dormiu pelo menos 8 horas na noite passada.

O que é uma mentira de merda, não dormi nem três horas, mas visto que eu estou no berço da mentira, Hollywood, onde tudo é falso e enganoso, estou acostumada a contar e a ouvir uma mentirinha aqui e outra ali.

Com desânimo olho para o relógio em minha pequena cozinha, solto um grunhido ao ver que são 3:10 da manhã. Se não fosse por A; Esse ser o meu sonho e B; Eu ter que terminar de pagar meu silicone, eu nunca teria aceitado esse emprego.

Mas como eu disse, foi um verdadeiro milagre e eu não posso desistir do meu sonho só porque eu quero mais algumas horas de sono. Trabalhei duro para conseguir vir para Los Angeles e trabalhei mais duro ainda para conseguir permanecer aqui por todo esse tempo. Cinco anos e 47 dias para ser mais exata.

Termino de comer meu cereal, pego minha bolsa e minha maleta e saio do apartamento minúsculo e arruinado no qual eu moro. Fico 20 minutos esperando o ônibus e mais 40 dentro dele, no trajeto do meu bairro até os estúdios da 20th Century Fox.

Desço do ônibus já com o meu crachá em mãos, olho para a minha foto sorridente e o que está escrito embaixo:

Melinda Rubio

maquiadora assistente

Um sorriso vitorioso se espalha por meus lábios e uma sensação de que esse trabalho será decisivo na minha vida me deixa mais confiante ainda.

Chego ao portão e mostro meu crachá para o segurança.

— Você está atrasada. — Ele diz de mau humor, mas me deixa entrar.

Apesar de ser madrugada, esse lugar está frenético, são pessoas com caixas, carrinhos, canecas de café, headsets e scripts andando de lá para cá.

Ando até o estúdio 7 maravilhada com tudo isso, mesmo morando aqui há tanto tempo, acho que eu nunca tinha antes chegado tão perto desse mundo glamoroso dos famosos.

Quando acho o estúdio procuro pelos trailers. Passo pelo trailer com uma placa na porta escrita: Cinthya Benac. A atriz principal. Outro trailer que segundo a placa na porta pertence à Derryl O’Donnell, o ator que fará o par romântico de Cinthya no filme.

Finalmente encontro o trailer com a placa “Maquiagem”, a porta está aberta por isso eu entro.

— Olá? — O trailer não é muito grande, tem um sofá de dois lugares em um canto e três cadeiras giratórias posicionadas em frente a um balcão e um grande espelho.

Uma mulher ruiva na faixa dos 30 anos está conversando com um cara que evidentemente é gay, eles param de falar e se viram para mim.

— Quem é você? — A mulher pergunta.

— Melinda. — Respondo sem graça com o seu tom rude.

— Ah, a nova assistente, você está atrasada. — Ela diz cruzando os braços.

— Sinto muito, é que meu ônibus...

— Não quero saber das suas desculpas, amanhã esteja aqui no horário ou encontraremos outra pessoa que seja capaz de seguir as regras, entendeu?

— Claro, me desculpe, senhora. — Digo. O cara ao lado dela começa a gargalhar e a balançar a cabeça, leva uns bons minutos até que ele se recupere.

— Você não deveria assustar os novatos, July, mas confesso que a cara dela foi hilária. — Ele diz e July sorri, um sorriso simpático muito diferente da mulher que acabou de me dar uma bronca.

— Foi mal, garota. Era brincadeira, menos a parte de não se atrasar de novo, ok? — Ela diz e vem me dar um abraço.

— Eu sou July, e aquela bicha louca é o Kall.

— Muito prazer. — Digo, ainda confusa com essas pessoas.

Kall vem e me abraça também, ele explica que é um dou outros três assistentes de maquiagem e que July é a maquiadora chefe, a responsável por nós e nosso desempenho.

— Isso mesmo, faça algo errado e vão chutar o meu traseiro, e então eu vou chutar o seu traseiro por terem feito chutar o meu, entendeu?

— Entendido. — Respondo.

— O que é isso? — July pergunta apontando para minha maleta.

— Minhas coisas. — Respondo.

— Querida, não seja ingênua, nós só usamos os produtos das melhores marcas. — Kall diz com seu jeito espalhafatoso.

— Eles nos fornecem todo o material que precisamos. — Ela diz apontando para o balcão cheio de produtos para o cabelo e maquiagem.

— Tudo bem. — Digo meio sem graça. Os produtos que eu compro não são os melhores, mas pelo menos nunca deram alergia nas minhas clientes.

— Então, novata, se você está aqui é ou porque você dormiu com alguém ou porque você realmente é boa no que faz...

— Eu sou boa no que faço. — Afirmo, interrompendo July.

— Muito bem, então. Antes de o pessoal começar a chegar e o nosso trabalho começar, vou te falar as duas regras principais, ok?

— Tudo bem.

— Primeira regra é, você sempre faz o que eu disser. Eu sou sua chefe aqui e você deve me obedecer, eu vou falar o que você deve fazer e você faz, sem perguntas, sem sugestões ou ideias novas. Segunda regra, não incomode ninguém famoso, não dê chilique como aquelas fãs malucas. Os atores e atrizes vão vir aqui, vamos maquia-los e acabou, você não fala com eles a menos que ele falem com você, não peça autógrafos ou para tirar fotos, estamos entendidas?

— Completamente.

— Ótimo, sendo assim, vamos preparar os materiais. Eu vou ficar responsável pela Benac e pelo O’Donnell, você e o Kall junto com os outros patetas do outro trailer vão cuidar do restante do elenco. Vamos trabalhar, então.

                                                  ***

Como eu tenho que ficar no estúdio até o final das gravações, independente se eles vão precisar de mim ou não, chego a casa somente lá pela 11:30 da noite.

Estou exausta e vou direto para a cama, pois para não chegar atrasada terei que acordar mais cedo.

Sinto que poderia dormir por uns 20 anos, estou com os pés e as costas doendo e com dor de cabeça graças ao perfume enjoativo de uma atriz que tinha que retocar a maquiagem a cada instante. Mas estou feliz, apesar de tudo, isso é emocionante e empolgante, estou finalmente vivendo o meu sonho.

Jogo-me na cama e puxo as cobertas até o queixo, assim que fecho os olhos meu celular toca. Pego-o e atendo sem olhar o visor, sei muito bem quem é.

— Becky, estou morrendo aqui, será que não podemos deixar isso para amanhã?

De jeito nenhum. — A voz estridente da minha melhor amiga chega aos meus ouvidos. — Preciso saber como foi. Você viu muita gente famosa?

— Claro né, Becky, aquilo era um set de filmagem de Hollywood, tinha gente famosa em todo o lugar.

Como quem? — Ela pergunta empolgada.

— Como por exemplo, hum...Channing Tatum. — Digo e afasto o celular do ouvido enquanto Becky grita histérica.

— Becky, sério, estou morrendo de dor de cabeça. — Reclamo.

Fala sério, Mel, como pode você não estar pirando. Era o Channing Tatum, porra! O cara é o maior gostoso. Você não assistiu Magic Mike, não?

— Assisti, mas a questão é, eu tenho que agir como se eles fossem pessoas normais, porque é proibido qualquer tipo de contato, a menos que eles veiam até nós reles mortais não famosos.

Tá brincando? Então você não vai conseguir nenhum autógrafo para mim? — Ela diz e já posso até visualizar o beicinho que ela está fazendo.

— Sinto muito, nós temos que fingir que somo invisíveis. Só podemos falar com algum ator se ele falar com a gente primeiro.

Que tremendo balde de água fria. Mas pelo menos você vai estar perto deles, e você vai tocar o rosto deles, caramba! Me gabei para todos no trabalho hoje que a minha melhor amiga iria maquiar o gostoso máster do Derryl O’Donnell.

— Sinto muito por isso também, mas eu não vou. Quem vai é a July, minha chefe, eu fiquei com os coadjuvantes.

Algum gostoso?

— A maioria que ficou para mim é mulher, então...

Urgh! Que azar, Mel. Mas talvez seja melhor, porque aposto que se você tivesse que maquiar o Derryl, você derreteria antes de terminar o trabalho. — Ela ri.

— Esse cara é tudo isso mesmo? — Pergunto.

Para tudo! Você está mesmo me perguntando isso? O cara foi eleito o homem mais sexy do ano, por dois anos consecutivos. Ele é tudo isso e muito mais, amiga. Você não o viu hoje?

— Não.

Mas certamente já assistiu a um filme com ele, não é? Ele é o encrenqueiro de Hollywood, o mulherengo que bate em paparazzi, mas atua bem pra caramba.

— Não me lembro de ter o visto em algum filme antes.

Não aceito isso, você nunca nem viu uma foto dele? Ah não, espera aí que eu vou te enviar uma.

— Eu preciso dormir... — Começo a dizer, mas é inútil. Logo recebo uma mensagem e vejo a foto do tal ator, meus olhos quase saltam para fora, como naqueles desenhos. Ela me mandou uma foto de um ensaio sensual, onde ele está sem camisa, com as calças abaixadas, com a mão em seu pau, infelizmente por cima da cueca boxer.

— Puta que pariu, Becky! O cara é uma delicia. — Digo e minha amiga ri, concordando.

Eu falei, e o melhor, ele é irlandês, então já imagina o sotaque, não é? Eu poderia gozar só o ouvindo falar.

— Ótimo, agora estou morrendo de vontade de conhecê-lo. Espero vê-lo pessoalmente amanhã.

Eu também, aí você me conta se ele é tão gostoso pessoalmente como na TV.

— Combinado. Mas agora preciso mesmo dormir.

Tudo bem, boa noite, amiga. Te amo.

— Também te amo, até amanhã. — Ela desliga e eu imediatamente acesso a internet e abro a página de Derryl O’Donnell na Wikipédia.

Nome completo Derryl James O’Donnell, nascido em Cork, Irlanda. Tem 32 anos e já ganhou dois prêmios Oscar de melhor ator em apenas 10 anos de carreira. Atuou em mais de 17 filmes e fez participação em 5 seriados.

— Uau. Como eu nunca te vi antes, Sr. Gostosão?

Procuro por fotos e como resultado aparece milhares, dou uma olhada por cima e amplio as mais interessantes.

O cara realmente é um pedaço de mau caminho, mal posso esperar para vê-lo andando pelo estúdio, mesmo eu não podendo falar com ele, a menos que ele fale comigo – o que é improvável – mas só de ver toda essa gostosura ao vivo, já vai valer a pena.

Desligo o celular, ajusto o despertador e apago a luz do abajur.

Fecho os olhos e tenho um sonho bem molhado envolvendo eu, chocolate, algemas e um certo ator irlandês.

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