A Roseira Encantada
Ao perceber que talvez o barulho ouvido por eles não fosse nada, a donzela misteriosa do jardim fica desconcertada por ter beijado Ives, um estranho, tão impulsivamente. Recuperando o folego, sem saber bem o que dizer ou fazer, ela decidi atender o pedido feito por ele, e guia assim o charmoso forasteiro até seu objetivo:
— Tudo bem! Irei levar-te até a rosa!
— Muito obrigado! Muito obrigado mesmo, bela dama!
Ives, muito contente, agradeceu beijando as delicadas mãos da jovem, que estava ainda muito encabulada pelo acontecido.
Enquanto se dirigiam ate uma parte especifica do jardim, Ives aproveitou o momento para saber mais sobre a misteriosa jovem que caminhava a sua frente .
— Há quanto tempo vives aqui misteriosa donzela? — Perguntou, ao admirar a beleza das costas da moça.
— Desde que me lembro, desde a minha infância. Foi minha vô quem trouxe-me para viver aqui, após a morte de meus pais.
— Lamento imensamente !
— Tudo bem, eu nem se quer me lembro de como eram.
— E não sente-se sozinha?
— Bom... acho que já me acostumei com a solidão... Conheço-a tão bem quanto conheço tal jardim.
— Mas Por que? Não podes sa ... — Ives é interrompido pela jovem dama, assim que chegaram ao local da roseira encantada, onde florescia a lendária rosa dourada.
— É aqui!
A moça, então, vira-se, e ao colocar-se de frente a Ives, fica entre ele e a roseira. Mas algo parecia preocupa-la.
— Ha algo errado, bela dama?
Ela o respondeu com aflição explicita em seu olhar:
— Belo rapaz.. Há algo que precisas saber. Algo que deveria ter-te contato desde o principio!
Gentilmente, Ives segurou as maos da jovem e a encarou fundo nos olhos.
A Bela donzela estava com seu olhar triste, mas prosseguiu dizendo:
— Não há forma segura de obter sua almejada flor, pois a roseira é enfeitiçada. Quando apanha-se qualquer uma de suas rosas, em apenas alguns minutos, transformaras-se completamente numa estátua, uma de ouro maciço.
Ives atordoa-se com tais palavras:
— Não! Como pode ser? Deve haver algum jeito! Por favor moça, precisa haver um meio de evitarmos isso!
A donzela estava claramente introspectiva.
— Por favor, ajude-me! Peço encarecidamente por vossa ajuda. Apenas mais uma vez, linda dama!
Pensativa, a bela jovem tentava buscar alguma possível pista, ou brecha, em trechos de sua memória, algo que pudesse contornar tal empecilho mágico.
—Talvez haja algo ...
Motivada em satisfazer e agradar o rapaz mais lindo que já tinha visto, ela parecia buscar em suas lembranças alguma recordação:
— Acho que certa vez escutei algo, deixe me pensar mais um pouco... Era algo haver com... Já sei! Existe sim, uma forma de evitar o encantamento!
Ives abriu um contido sorriso de pura felicidade
— Precisa estar com um cravo... Sim! É isso! Um cravo branco em suas mãos... No momento que for colher a rosa! Um cravo retirado do craveiro à frente da roseira!
— Muito, muito obrigado mesmo! — Ives segurou firme na fina e sinuosa cintura da moça e girou com o corpo dela suspenso no ar.
— Espere! Há algo mais — Alertou, a moca, já com seus pés de volta ao chão. — E ao retirar a rosa dourada, com o cravo branco em suas mãos, terás apenas que dizer o nome de sua tão amada, o nome daquela que está em seu coração.
— Estou muito, muito agradecido mesmo por vossa ajuda! — Ives agradece beijando as bochechas da jovem. — Tudo bem! Farei isso ! Obrigado novamente inesquecível dama! Serei sempre grato a ti, e a tua bondade !
A jovem, paralisada com o beijo que tinha acabado de receber, liberou a passagem até a roseira, mas ao visualizar a roseira á sua frente Ives é surpreendido:
— Oras! Não há rosa de ouro alguma aqui!
— Como não?! — Espantou-se a donzela, a procurar também na roseira a distinta e preciosa rosa dourada.
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