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1: Stephan Campbell.


STEPHAN CAMPBELL.

É FÁCIL VER O SOL se pondo lá fora, as cores quentes e o laranja calmo. Arrumei meus materiais de desenho com pressa, me jogando na cama logo após. Com um suspiro forte, me concentrei nos passos que se aproximavam da porta.

- Stephan - Fiz careta ao escutar a voz da Adelaide.

Observei a mulher de pele negra entrar no quarto com cuidado.

- Adelaide, eu só quero um biscoito. - Pedi me sentando na cama.

Ela parou de mexer nas coisas em cima do carrinho, desviando a atenção para mim. Mexi os ombros, mandando a tensão para longe.

- Você sabe que não pode. - Rebateu voltando sua atenção para as coisas.

Rolei os olhos, me jogando na cama. Braços abertos e teto branco em cima de mim. Tão entediante.

- Eu morreria se saísse para pegar um ar? Sabe, lá fora. - Indaguei com a voz baixa.

Minha pergunta ecoando pelo quarto espaçoso. Nenhuma resposta veio. Engoli a tristeza que me encheu, aceitando aquele fato.

- Teve alguma notícia dos meus pais hoje? - Mais uma pergunta melancólica, sem nenhuma resposta que poderia me dar esperança.

Adelaide nunca falaria que eu iria morrer aqui dentro, abandonado por meus pais. Às vezes me esqueço que eles tem os gêmeos para cuidar, às vezes me esqueço que eles simplesmente me cancelaram. Quem iria querer um filho doente acabando com a reputação da família perfeita?

Ri sozinho, completamente machucado com aquele pensamento.

- Tivemos - Arregalei os olhos com sua fala, me sentando na cama rapidamente.

Não percebi o sorriso que nasceu em meu rosto, até sentir ele morrer ao ver a expressão triste de Adelaide.

- Sua guarda agora é da sua tia. Seus pais viajaram para Miami.

Espremi os lábios, tentando não deixar transparecer o tiro que levei por dentro para meu rosto. Forcei um sorriso fraco, juntando todas as forças que tinha para sustentar o olhar de Adelaide.

- Tudo bem - Murmurei molhando os lábios. - Estou bem, Laide. - Avisei vendo tudo turvo. - Estou bem.

O choro veio, não consegui segurar. Já estava segurando por tanto tempo, que me sentia inundado por dentro. Lágrimas quentes rolando por meu rosto, enquanto eu apertava as cobertas com força. Adelaide se aproximou, se sentou na beirada da cama e me abraçou. Senti seu cheiro suave, e tentei, tentei com todo meu coração lembrar do cheiro de mamãe.

Porém, era um risco de memória distante. Permaneci firme na cama, deixando a enfermeira me abraçar e tentar me consolar. Mas eu sabia que, uma cicatriz profunda, nunca some.

...*...*...

Joguei água no rosto e derramei mais algumas lágrimas ao ver meu reflexo pálido no espelho. Os cabelos ruivos pareciam contrastar com a pele sem vida, as olheiras profundas, o ar de doença que me cercava. Eu estava horrível há muito tempo, e toda esperança de voltar a ver o menino saudável no reflexo novamente, já havia desaparecido.

Tomei um banho e me joguei na cama. Peguei meu diário e folheei as páginas. Nele, eu falava sobre minha família, sobre a esperança da cura, sobre querer beijar uma menina. Ri sozinho, me sentindo tão ingênuo. Usei meu lápis para escrever a última coisa, antes de fazer o que eu iria.

"Quero conhecer um anjo."

Levantei, abri a janela, e sem pensar duas vezes, joguei meu diário no meio da rua. Observei carros passarem por cima dele e as folhas voarem. Meus pensamentos, meus desejos, tudo sendo jogado pelos ares. Ri sozinho com aquela ironia, pegando meus fones e colocando nos ouvidos. Quebrado e despedaçado, sem esperança alguma, deixei a suave voz da Lady GaGa encher meus ouvidos. Pelo menos ela fazia eu sentir alguma coisa boa. Sai de meu quarto, andando nos corredores e balançando a cabeça no ritmo da música. Todos aqui estão muito ocupados para observar o ruivo que se remexe junto á música.

Foi o que pensei, até ver o garoto de intensos olhos castanhos me olhando. Ele estava olhando diretamente para mim, e mesmo envergonhado e com o rosto em chamas, pude sentir meu coração pulsando com força pela primeira vez em anos. E estranhamente, naquele acontecimento inusitado e vergonhoso, me senti vivo depois de anos.

Descobri que o nome dele era Dilan, o sorriso dele me fazia esquecer que estava em um hospital, e eu desejava secretamente, que ele não fosse embora. Porém, ele foi, mas foi com uma promessa que voltaria de noite. E naquele dia, me joguei na cama, encarei o teto e só podia pensar:

"Não acredito que conheci um anjo".

Estava ansioso, nunca tinha me sentindo tão ansioso. Me arrumei em frente ao espelho, e eu estava me odiando por estar querendo viver mais um pouco só para poder estar ao lado dele. Era meu primeiro amigo, e eu queria viver coisas doidas ao lado dele.

Sentia a esperança e animação escorrendo por minhas veias, e chorei quando vomitei sangue naquela pia, pois sabia que, mesmo querendo ficar mais tempo, teria que partir logo.

A noite chegou, e com ela trouxe o menino de olhos brilhantes e cheio de histórias divertidas. Din ama uma menina, ela se chama Lory, e eu desejei estar vivo para ver ele reencontrando ela. Vimos as estrelas juntos, Din chorou ao falar nela. Dilan é um menino saudável, porém, complicado e confuso. Ele chora muito, grita muito, e ama estrelas. Observei os pontos brilhantes no céu, e pude sentir meus pés deixando o chão ao admirar o céu, que há muito tempo não via.

Eu voei sobre a cidade e senti o vento gelado banhar meu rosto, porém, quando voltei a mim, ainda estava naquele telhado, mas eu estava ao lado de Din, ao lado do garoto que abraçava os joelhos e fungava. Sorri ao encarar seus cabelos bagunçados, empurrando seus ombros.

Eu estava feliz, pela primeira vez não tinha que fingir um sorriso, pela primeira vez não estava sozinho.

Din empurrou meus ombros de volta, rindo discretamente. Balancei meus pés, que estavam para fora do telhado, me perguntando como seria ser uma estrela. Algo brilhante que todos olhem, e eu poderia olhar para todos também. Dilan também poderia me ver. Eu amei aquele pensamento.

- Você vai continuar vindo? - Indaguei observando seu rosto.

Secretamente, meu coração batia com força, esperando que a resposta fosse sim. Dilan não soube, mas aquele aceno de cabeça positivo, trouxe minha felicidade de volta. Era idiota ter alguém que você mal conhece como família, mas ele era o mais próximo que eu tinha daquilo, e eu desejava que ele não me abandonasse também.

Naquela noite, Adelaide gritou com Dilan, dizendo que ele não podia mais me sequestrar e fazer eu respirar o ar gelado, porém, ele riu e fugiu de Adelaide. Em meu quarto, sorri sozinho, observando o menino que corria para fora do hospital e acenava para mim. Acenei para ele sabendo que, ter esperança naquele estágio da minha doença era errado, mas foi impossível não respirar com pavor de morrer, e com a esperança de ser curando pesando em minhas costas.

Me ajeitei em minha cama, encarando o teto branco e depois meus desenhos nas paredes.

- Ele gosta dos meus traços - Avisei para Adelaide, que riu.

Ri com ela, girando na cama e ficando de ponta cabeça na beirada do colchão.

- Você acha que eu posso virar uma estrela? - Indaguei observando a mulher que mexia nas coisas.

Adelaide me olhou surpresa, abrindo um sorriso suave logo depois.

- Claro - Respondeu acelerando meu coração.

Voltei a posição normal na cama, suspirando alto e deixando um sorriso animado dominar meus lábios.

- Obrigado. - Falei antes de Adelaide desligar a luz e sair do quarto.

Não peguei no sono. Durante todos esses anos, achei que poderia carregar tudo sozinho, até que meus joelhos começaram a ficar fracos e a fé havia morrido, estava apenas esperando a morte. E como um anjo, Din chegou, tirou o peso de minhas costas e me deu de bandeja toda esperança que eu desejava. Foi como respirar pela primeira vez, estava vivendo.

O sangue que sempre saía por minha boca não me deixava esquecer que eu iria morrer logo. Sentindo o cheiro forte de sangue encher meu pulmões, só podia pensar que eu tinha que aproveitar meus últimos momentos de vida. Limpei o canto da boca, determinado a ter últimos momentos dignos.

...*...*...

Hoje conheci Tessa. Ela é simplesmente a pessoa mais espontânea e divertida que já conheci em toda minha vida. Ela tocou em meus cabelos a falou que meu ruivo era mais bonito que o dela. Ri com o beiço que ela fez, e com coração acelerado ao sentir seu cheiro, me senti ainda mais idiota por ter me apaixonado por ela.

Dilan ficava alguns meses sem vir, mas Tess vinha todo dia. Ela entrava discretamente em meu quarto e deitava em minha cama. Dormi muitas vezes escutando sua voz suave contar histórias para mim. Estava pensando em falar que a amo, mas não quero fazer ela sofrer. Trocavámos mensagens todo dia, até que Adelaide tomou meu celular.

- Por que está fazendo isso? - Indaguei irritado.

A mulher não falou nada. Apenas abriu a porta para sair do quarto.

- Já sei. - Avisei a fazendo parar.

Aquilo que eu iria falar doeria bem mais em mim do que nela. Com a voz trêmula e embargada em choro, falei:

- Você não quer que eu me apegue tanto às pessoas, pois sabe que morrerei logo, não é, Adelaide? - Voz fraca, coração destruído, lágrimas rolando por meu rosto.

Adelaide fechou a porta atrás dela com calma. Seus olhos negros sustentaram o meus, e tremi quando lágrimas começaram a descer por suas bochechas.

- É exatamente por esse motivo, Stephan.

Fiquei em choque, segurando minha coberta com força. Adelaide se aproximou e me abraçou com carinho. Podia sentir suas lágrimas molhando minha pele, me marcando. Machucado e destruído, a abracei com força.

Eu queria ter mamãe aqui, falando que tudo ficaria bem. Ou talvez papai, sorrindo para mim e falando que sou o menino forte dele, mas, eu estava naquele quarto escuro, sendo consolado por uma enfermeira que desejava poder cuidar de mim. Chorei o máximo que consegui, me sentia fraco, abandonado. Vomitei o banheiro todo, sangue por todo lado, e naquele momento, ajoelhado no chão e sentindo o cheiro de ferro encher minhas narinas, aceitei minha morte.

Era uma noite escura quando mandei Adelaide ligar para meus pais, falando que eu havia morrido. Com o rosto banhando de meu sangue e lágrimas, rasguei todos meus desenhos. Anjos de peles negras sendo manchados de vermelho, o quarto ficando uma bagunça, eu ficando mais destroçando do que achei que conseguiria. Tomei um banho e limpei o banheiro.

Peguei meu celular, que por pena Adelaide havia devolvido, e mandei uma mensagem para Tessa, queria que ela viesse até mim. Eles vinheram, fiz eles me tiraram do hospital, e junto á eles, vi o nascer do sol. Me sentia fraco, sabia que meu tempo nesse mundo não duraria muito, então, naquela colina, beijei Tessa, declarei meu amor por meu único e melhor irmão.

Eu nasci com o sol que vimos naquele dia. Me senti vivo e estava pronto para morrer, pois meus desejos haviam sido realizados. Formei uma família, beijei a menina que amo, e quando o sol se foi no dia seguinte, naquela tarde calma, onde o quarto do hospital era meu final, tive uma cura triste, porém necessária. Antes de morrer, sentei em minha cadeira e escrevi para Din e para Tessa, eles tinham que saber que me tiraram da escuridão, eles que fizeram meus últimos suspiros valerem a pena. Porque no dia que vimos o sol nascer, o último sol que vi nascer, eu me senti embalado por amor e carinho, e mesmo sem esperanças de viver, morri com a esperança de virar uma estrela.

E agora, voou pelas cidades, vejo o mundo de cima e é tudo tão brilhante e cheio de vida. Papai e mamãe apareceram em meu enterro, eles choraram, e de cima, pude perdoar eles pelos anos de abandono.

Agora, vejo Dilan olhando as estrelas, ele olha para mim junto de Lory. Eles são um lindo casal e eu os amo. No final, não estou sozinho.

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