Thaená era uma das minhas clientes favoritas na cafeteria, sem dúvida. Sempre que ela aparecia, seu pedido era o mesmo: um cupcake de favo-de-mel. E, além disso, ela sempre pagava com notas altas, deixando uma boa gorjeta, o que me fazia gostar ainda mais dela. Pequenos gestos, como esses, tornam qualquer pessoa memorável.

Thae, como costumava chamá-la, era uma garota encantadora, bem-humorada e, acima de tudo, extrovertida. Ela adorava livros e, bem, cuidar da vida dos outros — o que, para minha sorte, significava que ela sempre tinha uma fofoca fresquinha ou uma nova história para me contar. Isso me divertia mais do que eu gostaria de admitir.

Nos primeiros dias em que ela vinha ao café, ficava confusa com algumas palavras difíceis que ela usava. Ela tinha esse jeito peculiar de falar, com um vocabulário tão rico e, para mim, às vezes, um pouco difícil de entender. Mas Thae sempre foi paciente, e quando percebia que eu não havia compreendido algo, sorria e me explicava com gentileza, o que me fazia gostar ainda mais dela.

Por mais jovem que fosse, Thaená sempre tinha algo importante para compartilhar, fosse um novo conhecimento ou um detalhe interessante sobre as pessoas ao seu redor. Sempre trazia algo novo para nossa conversa, seja um acontecimento recente ou algum comentário afiado sobre as pessoas de sua vida. E sim, ela adorava uma fofoca, mas de uma forma tão leve e descontraída que tornava o ambiente ao redor dela mais divertido.

A garota, embora fosse de uma aparência refinada e vestisse roupas chiques, parecia não ser exatamente daquelas que seguiriam todas as regras da boa educação. Freqüentemente, falava mal de pessoas que achava arrogantes, o que deixava claro que, apesar da sua família aparentemente rica e educada, Thae não gostava de seguir as convenções sociais apenas por seguir. Era uma pessoa autêntica, sem medo de mostrar suas verdadeiras opiniões.

E é exatamente isso que fazia dela uma pessoa tão única e especial. Ela tinha uma luz própria, um brilho que cativava todos ao seu redor. Era doce, simpática e cheia de qualidades que apenas tornavam sua presença mais agradável. Era impossível não gostar dela. Thaená não era só uma cliente, mas uma amiga que, sempre que aparecia para comer seu cupcake de favo-de-mel, trazia uma boa conversa e uma pitada de frescor para a cafeteria.

Ela sempre soube como iluminar o dia de alguém, e no meu caso, ela certamente fez o meu mais interessante.