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Damon

Nunca fui o tipo de pessoa que se importava com as manias ou os comportamentos dos clientes. Afinal, meu trabalho no café era simples: servir, sorrir, e fazer com que todos se sentissem acolhidos, dentro do possível. No entanto, havia uma exceção. Um cliente que, apesar de sua pequena idade, parecia ser a fonte constante de caos e desordem toda vez que entrava no estabelecimento. Esse cliente tinha nome: Damon.

Damon era um menino de cinco ou seis anos, mas seu comportamento e atitudes desafiavam qualquer adulto ao redor. Sempre vinha à cafeteria com sua mãe, e por mais que tentasse não deixar isso me afetar, não havia como não notar a energia elétrica que ele trazia consigo. Ele chegava aos gritos, esperneando e criando um alvoroço sem fim. Não que ele fosse naturalmente assim, mas a combinação de uma criança muito mimada e uma mãe que não sabia como lidar com isso fazia com que as coisas sempre seguissem esse caminho. Era um ciclo interminável de barulho e desrespeito que, de algum modo, parecia ser tolerado pela mãe dele.

Ela, por sua vez, não era uma pessoa fácil de lidar. Nunca me lembro de um único momento em que ela tenha se mostrado cortês ou educada. Sempre reclamava de tudo, desde a qualidade do café até a decoração do café. "Isso aqui é uma porcaria", "Não tem higiene", "A decoração é ridícula", eram só algumas das coisas que ela dizia com um tom ácido e de desprezo. Eu, por mais que tentasse não me importar, sabia que essas palavras, ditas repetidamente, poderiam afetar o ambiente de trabalho de qualquer um. Mas Samantha, minha colega de trabalho, ela não conseguia engolir essas críticas. E, pior ainda, ela não hesitava em responder à mãe de Damon com uma sinceridade que, muitas vezes, se transformava em confrontos.

Naquele dia específico, Damon entrou com sua mãe, como de costume, cercado pela sua típica má educação. Gritava sem parar, fazendo questão de dar um espetáculo de descontentamento. Eu estava ocupada com outras tarefas, tentando manter o fluxo do dia normal, então Samy, que estava de serviço naquele momento, foi atendê-los. Ela não esperava cortesias, tampouco um pedido educado. Samy só queria uma coisa: que Damon parasse de gritar e que sua mãe, ao menos, tentasse controlar a situação. Mas isso parecia pedir demais.

Damon, como sempre, fez seu pedido de forma rabugenta, mal conseguindo emitir as palavras:

— Um café americano com chantilly. — ele resmungou, mal conseguindo olhar para Samy.

A mãe de Damon estava, como sempre, de braços cruzados, observando tudo com um olhar desafiador e sem qualquer indício de simpatia. Samy, com a paciência já no limite, não deixou por menos.

— Se diz "um café americano com chantilly, POR FAVOR". — ela falou, enfatizando a palavra com um tom que denunciava a irritação.

A mãe de Damon se alterou imediatamente, como se tivesse sido pessoalmente ofendida pela correção:

— O quê? — ela exclamou, levantando as sobrancelhas.

Samy não recuou e respondeu com firmeza:

— "Por favor" é uma gentileza simples e fácil de falar, e seria bom ensinar ao seu filho a usá-la. Eu tenho certeza de que ele aprenderia, mas duvido que você saiba o que isso significa. Então, quem sabe você aproveita e também pratica um pouco.

A mãe de Damon não gostou nem um pouco disso. Olhou para mim com uma expressão nervosa, esperando alguma forma de apoio. Mas Samy não estava disposta a ceder. Ela se manteve firme e prosseguiu:

— Eu só vou servir vocês quando seu filho aprender a pedir as coisas com educação.

E aí, o caos se instaurou. Damon, já agitado por natureza, começou a gritar ainda mais alto, e a discussão entre Samy e a mãe dele se intensificou. Era uma batalha de egos e impaciência que tomava conta da cafeteria. O ambiente já estava tão tenso que vários clientes começaram a olhar em nossa direção, desconfortáveis com a cena que se desenrolava.

Eu sabia que não podia deixar aquilo continuar. A última coisa que o café precisava era de mais uma confusão, e, sinceramente, eu não queria que ninguém saísse do meu estabelecimento com uma impressão negativa de nós. Então, sem hesitar, fui até o balcão e servi o café americano de Damon, sem mais delongas. Mas antes que eles pudessem sair, Samy se aproximou da mesa, com um olhar firme, e disse algo que todos nós sabíamos que precisava ser dito.

— Vocês não são mais bem-vindos aqui. — ela disse, sem deixar margem para discussão. — E antes que comecem outra discussão, só vou reforçar: isso foi uma brincadeira. Não estamos aqui para tolerar esse comportamento.

Eu, para aliviar o clima, dei uma leve risada e falei algo para quebrar a tensão:

— É, às vezes é melhor dar uma pausa. Quem sabe a próxima cafeteria seja mais acolhedora para vocês?

A expressão no rosto da mãe de Damon era de puro desprezo. Ela resmungou algo inaudível e, sem mais nem menos, se levantou, pegando o filho pela mão e saindo do café.

E assim, o caos se dissipou. O silêncio reinou novamente na cafeteria, e eu voltei à rotina. Porém, algo ficou em mim. Não era a raiva ou a frustração com o comportamento deles. Era a triste constatação de que Damon, apesar de ser apenas uma criança, estava sendo moldado por uma mãe que não parecia saber o que era realmente importante. Ela não sabia ensinar boas maneiras ou a importância da educação, e parecia que o pequeno Damon, cada vez mais, se tornava um reflexo disso.

Nunca mais vi Damon e sua mãe depois daquele dia. Em algum lugar, lá fora, eu esperava que o garoto tivesse aprendido alguma lição. Torcia, secretamente, para que ele tivesse se tornado uma pessoa melhor, mais educada, com o tempo. Mas se dependesse da mãe dele, acredito que, por mais que ele tenha crescido, não teria aprendido muito. E isso, de algum modo, me preocupava.

Talvez, com o tempo, Damon tenha encontrado uma forma de entender o mundo de uma maneira diferente. Talvez ele tenha tido um novo começo em outro lugar, longe daquela educação bagunçada que sua mãe impunha. Talvez. No fundo, eu só esperava que ele tivesse aprendido o que é realmente importante na vida: a gentileza, a paciência e, acima de tudo, o respeito ao próximo. Isso, por mais simples que fosse, poderia mudar completamente a sua trajetória.

E assim, a cafeteria continuou, com mais um capítulo fechado. Mas, por dentro, eu sempre me perguntava como seria o futuro de Damon.

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