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2° O Filho da Rainha das Fadas

Quando eu era pequeno, tão pequeno que poderia ainda ser chamado de bebê, fui abandonado pela pessoa que deveria me amar e cuidar de mim, e, de algum modo, atravessei o portal para a Floresta Finita, onde era o lar de fadas e outras criaturas místicas. Os espíritos das árvores, as dríades, me encontraram e sem saber o que fazer comigo me levaram para a rainha das fadas que deveria decidir o que fazer. O mais sensato seria me mandar de volta para meu mundo, mas a rainha das fadas, a rainha Lira, teve pena e decidiu que cuidaria de mim. Este é o começo da minha jornada ou pelo menos foi assim que me contaram.

Quando penso nisso não consigo ficar triste ou com raiva, ser abandonado na floresta permitiu que eu me tornasse o filho da rainha das fadas, e por isso nunca senti falta dessa família que me abandonou à própria sorte em uma floresta, talvez tenham tido seus motivos. A rainha Lira era impossivelmente gentil e carinhosa e me criou como se nós tivéssemos o mesmo sangue e todos em seu reino me aceitaram como um dos seus. Morei em um castelo de cristal que era banhado pela luz da lua e do sol que o fazia brilhar em todas as cores de um arco-íris, por isso foi batizado como Prisma. Eu amava o Prisma, amava a Floresta Finita, e mais do que tudo eu amava a rainha Lira, minha mãe. Ou melhor eu amo tudo isso, mas tive que partir. Nas últimas duas semanas eu venho tendo sonhos estranhos, com pessoas estranhas que eu nunca vi, mas o problema não era esse. O problema era que eu acordava chorando, e com um enorme sentimento de nostalgia e pesar que comprimiam meu coração.

Depois de uma semana tendo esse mesmo sonho todas as noites e sendo consumido por esses sentimento durante o dia, não pude esconder de minha mãe o sonho. Depois que contei ela abraçou e me embalou do mesmo jeito que fazia quando me machucava quando pequeno, isso era extremamente reconfortante, embora eu não entendesse o porquê de ela simplesmente não curar meu machucado, ela como rainha das fadas tinha magia o bastante para fazer isso sem nem se esforçar, mais tarde ela explicou que a dor nos fazia crescer mais fortes. Ela só me soltou depois que a saraivada de sentimentos havia cessado e me disse que eu deveria partir em uma jornada para descobrir minha origem, para que eu pudesse entender meu sonho.

A rainha das fadas me disse para segui para o sul, para o espelho d'água onde uma ninfa chamada Nymphea esclarecerá meu passado e me apontará o futuro, mas antes eu teria que conseguir uma escama do peixe de prata para dar-lhe com pagamento. Antes de partir Lira me deu três presentes que me ajudariam na longa jornada: um manto, que me aqueceria no inverno que se aproximava, uma espada, para combater o inimigo caso este aparecesse, e por último um guinivus, uma pequena criatura muitíssima rara e poderosa que serve como um guardião e guia. E com isso eu parti deixando para trás o Prisma e minha mãe.

Com Guini, o guinivus, me guiando foi até que bastante fácil achar um peixe de prata nadando em um lago perto da Cascata da Deusa, pegar sua escama já não foi tão fácil. O peixe era gigante impossível de pescas. Tive que me atirar no lago e agarrá-lo, seria mais fácil se eu pudesse matá-lo mas esse é um peixe sagrado, dizem ser a própria mãe natureza e que se alimenta da luz da lua e por isso tem essa cor prateada e reluzente e matá-lo traria consequências desastrosa para o mundo, ele se sacudia em meus braços para se libertar e quando consegui arrancar-lhe uma escama ele me deu uma rabada que me jogou longe, quase perdi os sentidos e morria afogado, mas Guini pulou na água e me levou para a superfície. Me pergunto como ele conseguiu, ele é pequeno, do tamanho de um antebraço, se parece com uma lontra com orelhas e patas de gato sua pelagem e de um tom de caramelo e preta em algumas partes, em suma, um animal fofinho que não deveria conseguir salvar alguém de um afogamento, sem bem que seu título de guardião não deve ter sido dado à toa. Vê-lo se sacudir a beira do rio me fez duvidar de seu feito e de seus poderes. Guardei a escama prateada na bolsa de couro que carregava, prendi a espada na cintura e coloquei o manto sobre os ombros que me secou quase que instantaneamente e segui viagem.

Agora estou preso em uma caverna esperando uma tempestade de neve passar. Graças ao manto não sinto frio mas nunca fui muito bom em esperar, Guini está dormindo em meu colo, acho que vou fazer o mesmo já que estou preso nessa caverna sem muito o quê fazer. Levo um tempo para dormir mas quando durmo tenho o mesmo sonho recorrente, três pessoas em minha volta rindo e falando coisas que eu não posso ouvir. Acordo com Guini lambendo minhas lágrimas, a sensação de nostalgia e perda me acertam em cheio. A cada sonho a sensação de conhecer essas pessoas aumenta, mas essas pessoas são humanas e na Floresta Finita não há humanos, além de mim claro, então consequente não tem como eu conhecê-los eu nunca vi outro humano. Exceto, talvez, quando... Balançou a cabeça para afastar esses pensamentos. Me ponho de pé abruptamente, Guini se assusta, pego minha coisa e coloco Guini no capuz do manto, a tempestade passou mas ainda venta frio ele congelaria de outra forma, ou talvez não desconheço suas habilidades, mas deixou-o ali de qualquer forma.

- Para qual lado devo seguir, Guini? - O guinivus fareja o ar e aponta a cabeça para a direita. - Para a direita então.

Andei por mais quatro dias mata adentro acho que já nem estamos mais na Floresta Finita. Mas estou perto do espelho d'água sei disso porque Guini apontou a direção e se escondeu completamente no capuz, isso quer dizer que eu só tenho que andar reto. Eu ando por mais de uma hora e nada de chegar ao meu destino, a mata está ficando mais fechada e sombria, não posso deixar de imaginar que desviei o caminho. Estou quase chamando por Guini para confirmar quando me deparo com duas árvores suspeitas elas estavam a mais ou menos um metro de distância uma da outra e seus galhos se entrelaçam de um jeito a formar um portal que dava para a entrada de uma gruta. Bem, não podia ser outro lugar. Entrei na gruta e logo me vejo a beira de um reservatório. A água era extremamente cristalina só podia ser o espelho d'água. Da água emergem seis ninfas e como sempre são a encarnação da beleza. É impossível não se esquecer do mundo por um momento quando seus olhos se deparam com uma ninfa, mas quando se deparam com seis de uma vez você perde totalmente a razão.

- O quê traz o principezinho à cantos tão sombrios da floresta? - Pergunta uma das ninfas me tirando do transe.

- Eu... é... bem... - gaguejei sem encontrar as palavras, as ninfas riem sinto meu rosto corar. Pigarreio e contínuo. - Eu estou procurando uma ninfa é... - Me embaralho de novo com as palavras o que causa outra comissão de risinhos, tento mais uma vez. - Qual de vocês é Nymphea?

- Nymphea é a mais bonita. - disse outra ninfa.

- Qual de nós você acha ser Nymphea? - disse a primeira ninfa com um sorriso malicioso. Sinto o rosto arder, estam zombando de mim, são todas igualmente belas é impossível dizer qual é mais bonita.

- Parem de tolices! - Disse uma voz que saia dos profundezas da gruta

- Nymphea não estrague a diversão. - disse uma terceira ninfa.

- Veja como é fofo, tão vermelhinho. - disse outra.

A voz finalmente sai da escuridão e é banhada pela luz que escapava de uma fresta nas rochas. Nymphea era inimaginavelmente muito mais bonita que as outras ninfas, dava até mesmo para dizer que não eram da mesma espécie, sua pele pálida e azulada cintilava com o reflexo da água, seus olhos dourados penetrantes. É impossível desviar os olhos.

- Imaginem só o que diriam nossa querida rainha Lira se soubesse que estavam caçoando de seu filho bastardo.

- Ela riria conosco.

- O que ela diria ouvindo você chamá-lo de bastardo? Isso sim. - Respondeu a primeira ninfa.

- Saiam! Príncipe Nicolau veio aqui para usufruir do espelho d'água, suponho. - ela olha para mim, as palavras me abandonaram mais uma vez, por isso só assinto com a cabeça. As ninfas saem da água, um pouco comtrariadas.

- Tente não babar, criança. - Diz a primeira ninfa passando o dedo indicador pelo meu queixo.

- Muito bem Príncipe antes de começar gostaria de saber como pretende pagar? - Enfiei a mão na bolsa, peguei a escama do peixe de prata e entreguei a ela que examina minuciosamente. - Será suficiente, aproxime-se da margem e estenda sua mão.

Obedeço. Ela pega minha mão, sua pele é fria como a de um réptil, e com a unha faz um corte em meu dedo, exclamo, Nymphea ignora levando minha mão para a frente e aperta meu dedo cortado até que uma gota de sangue caia na água. A gota causa mais ondulações na água do que seria normal, Nymphea começa um cântico em outra língua e a água para completamente, imagem começam a tomar forma. Primeiro uma mulher com um bebê no colo, depois surge um homem e uma menininha todos em volta do bebê que ri e se agita no colo da mãe.

- São as pessoas do meu sonho!

- São sua família. - Sussurra a ninfa confirmando o que eu já suspeitava.

- Por que estou sonhando com eles?! Eles não são minha família. Minha família é Lira, minha mãe, e todo o reino. Mas não esses que me abandonaram e me rejeitaram, assim como eu vou rejeitá-los agora.

As imagens continuavam, cenas após cenas, todos estavam sempre sorrindo. E mesmo assim não me quiseram.

- Vejo amargura em seu coração. - a voz da ninfa soava distante. - Você se pergunta o porquê de ter sido abandonado. Vou te mostrar a verdade.

A água se agita e um novo filme começa, a menina, que parecia ter sete ou oito anos, está de mão dada com com o bebê que quase corria para acompanhar seus passos apressados ela carregava uma cesta e parecia muito feliz. Eles adentram a floresta que ficava muito perto da casa, com passos confiantes a menina parece saber onde vai. Ela parou e se abaixou perto de um arbusto e começa a colher frutinhas, enquanto isso o bebê perseguia um sapo que passou coaxando ao seu lado. A menina percebeu tarde demais que o irmãozinho havia sumido. Ela procurou em volta mas não o achou, ela correu para casa esquecendo-se da cesta. Ela conta aos pais o ocorrido e a mãe caiu de joelhos aos prantos e o pai irrompe pela porta para procurar pelo filho perdido, horas se passa é o menino não é encontrado.

- Você estava errado, foi você que os abandonou. E veja eles sofrem sua ausência. Estão infelizes. Sua mãe nunca superou sua perda e ficou cada dia mais fraca e agora está muito doente e a culpa é sua por tê-los deixados.

Suas palavras me rasgam por dentro, a culpa recai sobre meus ombros e eu quase não consigo me manter de pé.

- Isso não explica por que tenho esses sonhos.

- Talvez seu subconsciente saiba que sua mãe tem poucos dias de vida. A mente humana não é algo fácil de entender ou explicar.

- O quê devo fazer? Só quero que esses sonhos parem.

- Eu não sei. Mas você sabe, sempre soube. Talvez seus sonhos seja uma forma de seu eu interior te dizer que algo tem que ser feito.

- Tenho que ajudá-los! - Disparo. - Como eu posso ajudá-los? Uma poção de cura deve sarar minha mãe... - Dizer isso é como trair Lira, ela é minha mãe a mais tempo que essa mulher que está morrendo.

- O que ela tem não pode ser curado com poções, ela sente uma tristeza tão profunda que a dez anos ela não come, dorme, ou se move direito, seu corpo está fraco assim como seu espírito.

- Deve ter alguma coisa que eu possa fazer.

- Vou lhe dar duas opções, - ela mergulha as mãos na água e de lá tira dois frascos arredondados tampados com uma rolha. - A poção azul te levará de volta para seu mundo onde encontrará com sua família de sangue, se bebê-la não poderá voltar, pois eles não suportariam ser abandonados mais uma vez. A poção vermelha é uma poção do esquecimento se bebê-la você esquecerá deles complemente para sempre, porém não os ajudará em nada, mas você fica com Lira. Fique com elas e faça sua escolha. Isso é tudo o que posso fazer por você, agora vá embora e não se arrependa do caminho que tomar.

Depois que saí da gruta das ninfas e andar um pouco sento em uma pedra e encaro as duas poções. A azul significava deixar a Floresta Finita e principalmente minha mãe para sempre. E a vermelha era tentadora mas que meu senso moral nunca me permitiria tomar, esquecer minha família de sangue com minha outra mãe morrendo por minha causa é algo que eu nunca me permitiria fazer. Antes que eu mudasse de ideia bebi um gole da poção azul, tinha um gosto extremamente amargo que quase me fez vomitar. O enjoo passou e quando abri os olhos já não estava mais na Floresta Finita. Ando sem rumo por entre as árvores. Guini não veio comigo, certas criaturas não podem cruzar as fronteiras, me acostumei com ele me indicando o caminho, agora estou totalmente perdido principalmente por não conhecer a floresta. Levei mais de duas hora para perceber que as as duas florestas eram um espelho, um reflexo uma da outra, ou quase, algumas vegetação eram diferentes,obviamente, mas as que existiam nos dois mundos estavam no mesmo lugar, assim como pedras e morros. Me senti confiante, e tomei o caminho que me levaria ao Prisma. Meia hora depois estava saindo em uma campina. Havia uma casa pequena uma garota varria a varanda, ela olhou para mim, era minha irmã, e deixou a vassoura cair de suas mãos.

- Franklin! - Olhei para trás procurando mais alguém, foi somente quando ela correu e me abraçou que me dei conta de que se tratava de mim. - Não acredito que é você! Onde esteve todos esses anos?!

E não tinha ideia do que fazer. Seu abraço tão afetuoso me fez sentir uma pontada no peito, eu não merecia esse afeto e por mais que tentasse não conseguia sentir mais do que a compaixão que qualquer um sentiria por alguém que acabou de conhecer. A culpa me corroía e pesava mais a cada segundo em que ficava entre seus braços gentis. A afastei balançando a cabeça.

- Não, sou só um viajante venho de longe e gostaria de encher meu cantil de água, se não for nenhum aborrecimento. - A mentira veio tão naturalmente que quase enganei a mim próprio. - Perdão, meu é Nicolau a senhorita deve ter se enganando.

- Me desculpe. - Seu rosto ruborizou. - Onde estava com a cabeça, - ela parecia falar consigo mesma agora, - Franklin é meu irmão caçula, ele se perdeu na floresta a tanto tempo, mas parte de mim acredita que ele ainda vai achar o caminho para casa.

Senti outra pontada no peito. Não tinha nem uma gota de pesar em suas palavras só havia esperança. Esperança do retorno de um irmão que não pertencia mais a família. Eu não deveria ter vindo. Devia ter bebido a poção vermelha e esquecido toda essa peleja. Não. Eu não devia. Tenho que achar um jeito de curar minha mãe e voltar para meu verdadeiro lar junto à Lira.

- Venha, o poço fica atrás da casa lá poderá encher seu cantil. Ah, ia me esquecendo me chamo Petra

- É um prazer e muito obrigado. - Digo a ela

Sigo-a à certa distância até o poço nos fundos da casa. Ela pega o balde que estava pendurado em um gancho e o solta dentro do poço, é possível ouvir o balde bater na água no fundo do poço. Eu puxo o balde de volta e o equilíbrio na beirada do poço, pego meu cantil e o mergulho balde, observo as bolhas de ar subirem enquanto penso no que fazer. Nada me vem à cabeça. Uma rajada de vento frio nos faz estremecer.

- Está chegando uma nevasca. Não acho uma boa ideia continuar a sua viagem. Você será muito bem vindo em nossa casa até que a nevasca passe.

- Sou grato pela oferta, mas tenho que seguir viagem.

- Receio que não vá chegar a lugar algum, principalmente se cair toda essa neve que o céu está prometendo.

- Não quero incomodar mais. Vou ficar bem, não tem que se preocupar comigo.

- Não será incomodo nenhum. Vai ser um prazer abrigar alguém que me lembre tanto meu irmãozinho.

Mais uma pontada, se continuar assim vou ficar mais furado que um alfineteiro de costureira. Sou praticamente empurrado para dentro da casa pela porta dos fundos, entramos direto na cozinha, está quente e com cheiro de pão assado. Um homem estava sentado à mesa, ele entalha um pedaço de madeira. Estava ainda no começo então não sei o vai virar. Ele me olha do mesmo jeito que a garota me olhou, mas não se levanta para me abraçar em vez disso ele olha para a filha pedindo explicações

-Esse é Nicolau ele é um viajante, eu ofereci abrigo da nevasca que está preste a cair. O senhor não se importa, não é?

- Não quero incomodar senhor, por mim eu teria continuado meu caminho mas sua filha insistiu. - Tento explicar.

- Não se preocupe, não é a primeira vez, e com certeza não será a última, que minha filha abriga um forasteiro. Ela fala pelos cotovelos, mas tem um coração maior que o mundo.

- Sente-se, e coma do meu pão, não faz nem meia hora que tirei do forno. - Ela volta a falar e pega uma faca para cortar um pedaço do pão que estava sobre a mesa e me entrega o pedaço, ainda estava morno. - Como está?! É o preferido da minha mãe, e como ela está muito doente esses dias achei que isso poderia alegrá-la.

- Está muito gostoso, tenho certeza que sua mãe irá gostar. - digo a ela, que sorri.

Ela se parece muito comigo, tirando o cabelo que é mais claro que o meu somos iguais. Essa constatação me faz querer ir embora e deixar essas pessoas em paz, tenho certeza que minha presença vai abrir feridas já curadas. A culpa volta em dobro, pesando. Eles deviam ter me esquecido, fazer de conta que nunca tiveram mais um membro na família. Teria sido melhor assim. Uma ideia lampeja me minha cabeça. Se o problema sou eu, só é preciso eu deixar de existir, pelo menos para eles. Tenho que conseguir fazê-los beber da poção do esquecimento.

- Está ficando bastante frio, vou ver como está a mãe. - Disse minha irmã para si mesma. Aproveito a deixa.

- Qual é o problema da sua mãe? - Pergundo como se fosse só curiosidade.

- Não sabemos ao certo, a muito tempo ela anda com a saúde frágil e qualquer coisinha a coloca de cama.

- Eu tenho um remédio caseiro que cura quase qualquer coisa, talvez ajude sua mãe a melhorar.

- Verdade?! Nós já tentamos de tudo mas nada é definitivo.

- Bem, talvez não funcione mas acho que não custa tentar, afinal piorar é que ela não vai. - Disse o pai.

- Venha comigo então. - disse a garota.

A sigo até um quarto onde a mãe dela estava deitada em uma cama, parecia estar dormindo. A garota se aproximou e cochichou algo com a mãe e saiu do quarto dizendo que ia buscar mais cobertores no outro quarto. Chego mais perto da cama, a mulher parecia tão frágil e mais velha do que realmente era. Primeiro tive pena, mas depois a culpa era só o que sentia. Me assustei quando ela pegou minha mão. Ela me olhava com tanta ternura que não suportei e desviei os olhos.

- Meu filho, - sua voz era fraca, um sussurro, - eu te esperei por muito tempo, estou tão feliz que esteja do novo em casa. Nunca mais se separe de mim, meu filho. - Ela sorria, mas eu lutava para conter as lágrimas. Eu sou uma pessoa horrível que não merecia ser chamado de filho por ela.

- Não sou mais seu filho, deixei de ser no momento em que fugir pela floresta, tenho uma nova família agora e tenho que voltar para ela. - Disse isso tão baixo que não sei se ela me ouviu. Peguei a poção e despejei um pouco numa colher que estava em cima do criado mudo ao lado de um frasco de xarope. - Beba isso, lhe fará se sentir melhor. - Levo a colher até seus lábios. - Me desculpe por ser tão egoísta.

Me levanto e saio do quarto no mesmo instante em que a garota está voltando com um cobertor grosso, digo que já havia dado o remédio e que estava voltando para a cozinha, lá uma chaleira zunia no fogo. O pai pede para eu tirá-la do fogo, enquanto ele pegava os copos. Aproveitei a oportunidade e misturei ao chá uma boa dose da poção do esquecimento. Não tinha certeza de que iria funcionar ou se isso era o certo a se fazer, mas eu não tinha ideia melhor de como resolver as coisas. então tudo o que eu podia fazer era torcer para que desse tudo certo. O homem coloca o conteúdo da chaleira em dois copo me entregando um. Petra retorna do quarto e se junta a nós na mesa e se serve de chá. Finjo beber, mas não deixo que o líquido chegue a minha boca. Petra e o pai bebem e seus olhos se perdem no vazio. Pego a outra poção na bolsa e bebo antes que eles voltem a realidade.

Já estava preparado para o gosto da poção, mas isso não impediu que me causasse náuseas. Não precisei abrir os olhos, o cheiro, o som e principalmente a áurea de magia que me cercava me fez perceber que estava de volta na Floresta Finita. Só agora que estava de volta é que percebi que senti saudade dessas pequenas coisas. Abri os olhos e lá estava Guini sentado em uma pedra me esperando, ele pulou em mim e se enfiou no meu capuz. Agora só precisava ter certeza de que a poção havia feito efeito, por isso voltei a gruta de Nymphea e pedi que me mostrasse minha antiga família. Ela pediu um tufo de pelo de Guine como pagamento, deve ter algum valor magico. A ninfa fez o mesmo processo da ultima vez e no espelho d'água os vi felizes e a mulher que estava doente já estava de pé, ainda fraca mas à caminho da recuperação.

Fui embora o mais rápido que podia e chegue ao Prisma em três dias. Lira me esperava na porta sorrindo e com os braços abertos para me receber. Vê-la assim com o castelo de vidro cintilando à suas costas me encheu de felicidade, me fazendo perceber que esse sempre foi meu verdadeiro lar e que eu tinha tomado a melhor decisão, eu nunca me arrependeria do caminho que escolhi, com isso me impulsionando bebo o que restava da poção vermelha e corro para abraçar minha mãe.

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