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1° Renuncio minhas palavras

Em um certo lugar chamado Valle do Sol uma história está preste a ganhar vida e corpo, mas primeiro é preciso saber que as palavras possuem mais poder e valor dos que todos pensam. Palavras podes te destruir ou te transformar, isso só vai depender de como é usada...

No Valle do Sol não existe a palavra escrita somente a palavra falada, e muito bem falada por sinal, os habitantes contavam lendas e mitos como ninguém. Histórias eram passadas de avós para netos e de pais para filhos em um ciclo infindável e era assim que suas crenças permaneceram tão vívidas. Havia histórias para explicar tudo no vale. E é por isso que Maya amava as palavras, mesmo no fundo sabendo que eram mentiras ela escolheu aceitá-las como verdade e assim cresceu feliz ouvindo história sobre mitos e heróis lendários, sem nunca desconfiar que se tornaria parte de uma. Mas não vamos nos adiantar porque todo mito tem que ter um começo.

E este começa com Maya, na aurora de sua adolescência, tropeçando em um objeto estranho nas ruínas de uma casa onde a muito tempo morou um jovem amante das palavras que desapareceu, segundo as histórias, ele abriu mão de seu corpo e se transformou no vento para sussurrar as palavras para todos os que quisessem ouvir. Caso esteja se perguntando Maya estava na ruína pelo simples fato de poder reviver essa história, ela a imaginava e se se concentrasse bastante ela podia até mesmo ver acontecer. E também porque ela amava essa historia mais que todas as outra pois assim como ele, ela também amava as palavra e se soubesse como se juntaria a elas.

Maya já esteve naquelas ruínas muita e muitas vezes e nunca tinha visto o objeto estranho em sua frente, ela o observou de todos os ângulos possíveis sem tocá-lo estava sujo e rasurado, aquilo parecia uma caixa revestida em couro, mas era aberta dos lado revelando seu conteúdo: camadas de algo amarelado. Maya sempre foi muito curiosa mesmo com coisas que ela já conhecia adorava ouvi várias e várias vezes as histórias por trás de tudo. E diante daquele objeto estranho e misteriosa que ela nunca tinha visto em nenhum lugar em todo Valle do Sol ela não conteve sua curiosidade, de mansinho ela se aproximou da coisa no chão e abriu o que supostamente seria a tampa da caixa, era grudada em um dos lados. E no conteúdo amarelado de dentro, que Maya erroneamente julgou ser um tipo de tecido, que também era grudado do mesmo lado que a tampa, tinha desenhos minúsculo feito com tinta que se repetia em linhas de forma aleatória. May não tinha ideia mas aquilo era um livro. Ela se depara pela primeira vez com as palavras escritas e mesmo antes de saber o que eram ela já as amava.

"Conte-me o que você é." Ela sussurrou em um anseio de cessar sua curiosidade. Nesse momento os desenhos se embaralham, se juntam e tomam forma humana. Não que elas tenham virando um humano mas adquiriram a forma de um, seria como ver um homem coberto de palavras. Maya estava assustada e seus instintos diziam para se afastar, mas seu fascínio era maior que o medo.

"Olá, minha criança" diz o amontoado de palavras curvando-se em uma saudação. "Não imaginas o quanto te esperei. Diria-me teu nome?"

"Maya." Ela estava fascinada "O que é você?"

"Eu?! Eu sou tão somente palavras. Palavras escritas à tinta."

"Oh! E como devo chamá-lo?"

"Humm... pode chamar-me de Dicionário." Ele não tinha exatamente um rosto mas pareceu sorrir.

"Dicionário." Maya diz experimentando a palavra. "E o quê é isso?" ela aponta para o livro.

"Isso se chama: livro, e o melhor contentor de palavras que existe até hoje, e, minha casa durante anos."

"Oh! E o que são esses desenhinhos de que você é feito?"

"Como disse são palavras escritas, são como as palavras faladas mas essas são para serem vistas e não ouvidas. É como desenhar as palavras."

"Mas eu não entendo o que elas estão dizendo!"

"É porque você precisa lê-las, você não entende porque não sabe ler."

"Eu quero aprender a ler!" Diz Maya colocando-se de pé. "Como eu fasso?"

"Eu posso ensiná-la se quiser."

"Aaah sim! Eu quero, quero muito, mas primeiro diga-me porque estava me esperando?!"

"Oh! Bem eu me tornei palavras porque as amo, mas é muito triste não ter com quem compartilhá-las."

Maya queria saber mais sobre Dicionário, mas no momento ela queria muito aprender a desenhar as palavras que tanto gostava. Maya voltou todos os dias às ruínas onde Dicionário lhe ensinava a ler e escrever e também novas palavras que ela não conhecia. E assim o tempo passou, Maya tentou ensinar outros do Valle do Sol a ler e escrever também, mas a maioria achava que era bobagem e só alguns poucos quiseram aprender. Maya manteve segredo sobre Dicionário, dizia a si mesma que as pessoas não o entenderia, mas na verdade Maya o queria só para si, tinha medo de que outras pessoas estragasse seu relacionamento com Dicionário, que o tomassem dela. E assim três anos se passaram e Maya finalmente fez a pergunta cuja resposta ansiava desde o primeiro dia em que conheceu Dicionário:

"Dicionário, qual é a sua história?"

Ele havia evitado esse assunto por todo esse tempo mas agora não via mais motivos para isso ele queria que Maya o conhecesse de todo. E então contou sua lenda:

"Eu já fui uma pessoa assim como você, eu amava as palavras, mais do que isso, eu as valorizava pois, eu não podia dizê-las. Eu era mudo. Não podia falar, mas eu ouvia, ouvia tudo o que as pessoas tinham a falar e às invejava, eu queria muito poder falar também. Numa noite sem lua, escura, eu vi uma estrela cadente e eu desejei poder falar também. Claro que não era a primeira vez que desejava isso e como nunca tinha sido atendido pensei que deveria ser uma troca então silenciosamente eu disse: 'Renuncio meu corpo.' E com isso o acordo foi selado eu me tornei palavras mas ainda assim palavras que ninguém entenderia. Eu ouvi as pessoas contarem histórias sobre como eu desapareci, elas contaram que eu havia me tornado o vento sussurrando as palavras que tanto amei pelo mundo, eu só... eu só queria ter tido essa ideia antes." Ele inexplicavelmente estava chorando lágrimas de verdade. "Mas em vez disso fui contido num livro que ninguém jamais leria ou sequer olhariam. Eu havia ganho todas as palavras do mundo mas ao mesmo tempo perdido todas elas, não tinha com quem dividir isso, mas eu esperei, não desisti, sabia que mais cedo ou mais tarde alguém apareceria e amaria as palavras tanto quanto eu, e assim conseguiria entender minhas palavras ditas de forma tão diferente. E aí você apareceu e eu pude falar com você, eu me sinto tão feliz com você, e ... e quando você vai embora eu me sinto tão solitário e não consigo... não consigo não pensar que talvez você não volte amanhã e eu me desespero e sofro até você aparecer e me fazer feliz novamente."

Ele chorava e suas lágrimas borram suas palavras feitas de tinta, ele estava se desfazendo. Maya também chorava, ela o segurou em seu braços, foi a primeira vez que o tacou, ela percebeu agora que o amava não por ele ser de palavras mas por sua consciência, por ter sido seu melhor companheiro nos últimos anos, por ser ele. Ela não queria perdê-lo.

"Você está se apagando você tem que para de chorar!" Ela dizia desesperada "Por favor pare de chorar!"

"Está tudo bem" ele ainda foi capaz de sorrir "já é tarde demais agora, mas eu estou feliz... feliz por estar com você."

"Não! Tem que haver um jeito de você ficar bem de novo, tente... tente voltar para o livro talvez... talvez..." Dicionário apenas balançou a cabeça em negativa. "Você deu seu corpo em troca das palavras, darei as palavras em troca de seu corpo." Maya soluçava mas se manteve firme em sua decisão. "Um última coisa: eu te amo e não vou te deixar ir!" dito isso ela o beijou ele tinha gosto de tinta e lágrimas. Ela desejou o copo dele de volta com fervor e pronunciou: "Eu renuncio minhas palavra."

Maya não viu, pois não olhava para o céu, mas uma estrela cadente cortou o céu e realizou o seu desejo. Dicionário tinha seu copo, do mesmo jeito que estava quando o trocou pelas palavras, Maya ainda chorava estava tão feliz e queria dizer tantas coisas ao Dicionário, mas ela não tinha mais palavras então ela só podia chorar e sorrir o mais largamente que conseguia. Dicionário também continuava mudo, portanto sentou-se e escreveu no chão arenoso com o indicador: Eu também te amo. Maya se jogou em seus braços em um abraço desesperado que dizia o quanto ela ficou com medo de perdê-lo. Dicionário em resposta a abraçou dizendo que estava tudo bem.

E assim acaba essa história os dois continuaram juntos, mudos mas conversando a sua maneira e escreveram histórias, histórias que ouviram de outras pessoas. Histórias como essa.

...

A propósito Dicionário não é meu nome de verdade...

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