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PARTE 3

A primeira impressão que Amanda teve ao entrar no lugar era de que estava entrando em um saloon de alguma cidade do velho oeste. Até mesmo a porta de entrada lembrava aquilo. Talvez o lugar tivesse sido construído para dar aquela impressão.

Estavam no que parecia ser um amplo saguão. Havia um balcão à direita e também uma escada que ia dar no andar superior. Ao fundo ficava um piano. Parecia ser a única mobilia que havia naquele lugar decrépito; à esquerda uma ampla porta ia dar nas outras dependências do prédio abandonado.

Era sem dúvidas um lugar abandonado.

Eles entraram em silêncio e meio que vasculharam o lugar sob a luz das lanternas. Estava completamente vazio. Colocaram as mochilas que tinham trazido sobre o balcão.

- Bem, aqui estamos. - Disse Bruno.

- O que será que aconteceu nesse lugar? - Indagou Dericéia.

Era uma boa pergunta. O que levava uma população a abandonar uma cidade? Teria a estranha cidade de Etrom sido vitima de algum tipo de epidemia, e se fosse isso, estariam eles correndo algum tipo de risco ali? Fernando pensou em alguma espécie de desastre nuclear, do tipo que tinha acontecido em Chernobyl, e isso o fez estremecer.

- Bem... - respondeu ele. - Pode ter acontecido um monte de coisas. Quem vai saber? Talvez alguma tragédia tenha se abatido sobre o lugar e eles precisaram mudar a cidade para outra localidade. Tenho certeza de que se continuarmos na estrada vamos encontrar a nova cidade à frente.

- Então por que a gente simplesmente não continua? - Perguntou Amanda.

- Você sabe porquê, não é?

Amanda se aproximou do piano. Era incrível encontrar uma coisa daquelas ali, simplesmente abandonada. Ela ponderou que um piano daqueles deveria valer uma nota preta. Ela ficou parada diante do piano por algum tempo e de repente a sensação de que havia alguma coisa errada, de que algo ali não estava certo, a atingiu como uma flecha. Havia algo errado e o piano provava aquilo. Aquele piano não deveria estar ali, ela não sabia porquê, mas era uma certeza. Simplesmente não fazia sentido.

Seus dedos tocaram as teclas empoeiradas de leve e arrancaram um som meio desafinado do piano.

Um arrepio estranho percorreu todo o seu corpo. Não gostava daquele lugar, sentia-se estranha, uma necessidade inexplicável de sair dali o mais rápido possível. Talvez fosse mais prudente eles prosseguirem viagem e tentar achar a cidade nova, se é que ela existia. Algo não estava certo ali, era o que ela sentia, mas ela não saberia explicar o que era. Nunca estivera numa cidade fantasma antes. Talvez fosse somente sua imaginação. Estava escuro, chovia lá fora, o lugar estava imerso numa esfera sinistra. Se fosse de dia, com certeza ela teria uma visão diferente das coisas, veria que aquele lugar nada mais era do que uma cidade abandonada.  Mas agora o pensamento era inevitável.

Fernando apareceu subitamente ao lado dela e Amanda deu um salto.

- Ei. Tudo bem meu anjo?

- Tudo.

(Não, não estava nada  bem).

" Por favor! Vamos embora daqui! Vamos embora agora mesmo."

Veja só isso. Achei um piano.

- É. E pelo jeito você pode levar ele se quiser. Ninguém vai reclamar.

- É. Eu levaria se a gente estivesse de caminhão.

Amanda sorriu e Fernando a beijou.

- Desculpa se eu fui rude antes, e desculpe por ter entrado nesse atalho.

- Tudo bem. Não é culpa sua. 

Os dois voltaram até onde os outros estavam e sentaram-se no chão.

- Alguém aí está com fome? - Perguntou Bruno.

Ele tinha aberto um pacote de pães com mortadela e uma garrafa de guaraná.

- Eu estou morrendo de fome. - Disse Fernando. - Você quer amor?

- Quero sim.

Eles começaram a comer em silêncio, sob o som da tempestade que desabava do lado de fora.

- Foi uma sorte a gente ter encontrado esse lugar, não é? - Observou Dericéia.

Fernando concordou:

- Está chovendo muito forte. A gente ia ter problema se continuasse. Não conhecemos a estrada. Na verdade, nem deveríamos ter entrado nessa estrada, eu fui um burro.

- Relaxa cara. - Disse Bruno. - Estamos curtindo a viagem, não estamos?

- É, estamos. - Concordou Dericéia.

- O que será que houve nesse lugar? - Perguntou Amanda olhando em volta.

- É difícil dizer.- Respondeu Fernando.- Pode ter acontecido um monte de coisa.

- Um vazamento de alguma usina nuclear, quem sabe. - Sugeriu Dericéia.

Amanda arregalou os olhos.

- Se for isso, não deveríamos dar o fora daqui agora mesmo?!

- Não sabemos se foi isso. Eu não vi nenhum, vestígio de alguma usina nuclear por aqui. Vocês viram? 

- Eu ouvi  uma vez - começou Bruno - uma história sobre o estranho desaparecimento de toda a população de uma ilha. Parece que ... acho que foi na década de 50, uma coisa assim... mais de mil pessoas desapareceram sem deixar rastro. Parece que até hoje a cidade está completamente desabitada. Ficaram só as ruinas.

- Não é aquela coisa de creatoon, é? - Indagou Fernando.

- O que é isso? - Inquiriu Dericéia.

- Uma lenda. Dizem que milhares de pessoas de uma cidade desapareceram de uma pacata cidade. Quando um pessoal chegou lá encontrou a cidade vazia e uma palavra escrita em um muro... a palavra creatoon, ou algo assim.

Amanda riu.

- Que merda de história!

Bruno olhou para Fernando e perguntou:

- Você disse que viu um gato?

- É. Um enorme gato preto.

- Então a cidade não é tão fantasma assim.

- O que um gato faz sozinho num lugar como esse?- Perguntou Amanda. 

- Devia ser um gato selvagem, sei lá.

Um trovão bradou lá fora fazendo o prédio velho tremer.

- Acho que vamos ter que passar a noite aqui nessa droga. - Disse Amanda.

- Isso aqui parece um hotel. Deve ter cama lá em cima. Podemos procurar depois.

- Eu não vou lá em cima!

- E por que não?

- Isso aqui é um prédio velho, e se essa coisa despenca?!

- Amor, se fosse despencar, já teria caído na cabeça da gente. Relaxa senão o negócio não entra, Amanda.

Amanda mostrou o dedo do meio.

Eles continuaram a comer em silêncio, enquanto a chuva desabava do lado de fora.

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