PARTE 2
O ruido estava vindo de um beco formado entre dois prédios.
Talvez Amanda estivesse com a razão. Não parecia haver ninguém naquele lugar, era uma cidade completamente abandonada. O melhor que eles podiam fazer era entrar no carro e seguir viagem para o mais longe possível. Mas havia a curiosidade. O ruído lhe chamou a atenção e ele ficou curioso.
Fernando acionou a lanterna e foi caminhando lentamente.
A noite convulsa lançava sombras por toda a parte. Parecia o cenário de um filme de terror daqueles de gelar a alma.
Fernando pensou no sonho. Talvez ele estivesse sonhando e desse vez a estrada o tinha levado a algum lugar, até ali, Etrom, a cidade das sombras.
Ele afastou o pensamento da mente.
Amanda tinha razão, não havia nada naquela droga de lugar. Era uma maldita cidade fantasma e o melhor que eles tinham a fazer era dar o fora dali. Mas Fernando prosseguiu no beco e chegou até a fonte do barulho, que nada mais era do que uma janela balançando ao vento.
Ele ficou aliviado.
Nada de fantasmas.
" É claro que não, meu chapa, fantasmas não existem. "
De repente ouviu um ruido à direita e lançou o foco de luz da lanterna para lá. Um enorme gato preto mostrou os dentes para ele e saiu em disparada. Ele gritou, seu coração palpitou e quase saiu pela boca.
- Mas que merda! Filho da puta!
Fernando suspirou.
- Mas que gato filho da puta!
Foi quando uma mão fria se fechou sobre seu ombro esquerdo. Fernando soltou um novo grito e deu um salto. Mas então viu que era Bruno.
- Ei. O que foi?!
- Puta que pariu! Não faz mais isso, caralho!
- O que foi cara? Viu um fantasma?!
- Não. Era só um gato. Um maldito gato.
- Podemos dar o fora daqui?
- Eu não sei... essa tempestade... Não acho seguro prosseguirmos viagem agora.
- E vamos passar a noite aqui?
- Ve esse prédio? Parece intácto e eu acho que ninguém vai se importar se a gente entrar ai. Não tem ninguém nessa merda. Só o gato.
- É. Tem razão. Vamos buscar as garotas então.
Os dois sairam dali e voltaram ao carro.
- O que era? - Perguntou Amanda curiosa.
- Um gato.
- E o que um gato faz sozinho no meio do nada? - Perguntou Dericéia.
- Boa pergunta.
- Não tem ninguém aqui, não é?- Inquiriu Amanda.
- Eu acho que não.
- Então vamos cair fora.
- Escuta. Eu acho que a gente deve ficar.
- O que... ficar?!... ficar na onde?!
- Nesse prédio ai em frente, eu acho que é um tipo de hotel. Ninguém vai reclamar se a gente entrar.
- Você ficou louco?! Esse lugar está abandonado! Está caindo aos pedaços!
- Não está, o prédio ai na frente está intacto. Além disso está chovendo muito. Não podemos continuar nessa tempestade. Não conhecemos a estrada, pode haver um acidente, alguma coisa assim. A melhor coisa que temos a fazer é ficar e seguirmos viagem amanhã.
- Eu não acredito! Você só pode estar de brincadeira!
- Eu acho que você tem razão.- Disse Dericéia. - É perigoso prosseguir com essa chuva.
- Bem. Eu vou ficar. Você pode ir em frente se quiser amor.
- Puta que pariu! - Amanda abriu a porta do carro e saiu. - Vamos logo de uma vez merda!
Fernando e os outros sorriram.
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