O rei flamejante
(Nota do autor: ouvi essa música recentemente e criei uma pequena história inspirada nela, sei a história original, mas tudo que criamos vem de alguma inspiração, então, ai está, se gostarem, quem sabe não vire algo a mais)
Em meio a floresta mágica, um grupo de homens estava procurando comida. Quando foram encantados por um belo canto, tão lindo, tão melodioso, que suas mentes se apagaram.
Dias se passaram, e o desaparecimento de soldados tão habilidosos foi notado pelo rei Solis.
—Eu irei ver o que aconteceu.—dizia em tom de preocupação
—N-não, você não pode!—dizia um homem com uma aura divina.
-E quem irá me impedir?—aquela pergunta foi seguida por um olhar tão assustador quanto o olhar de um dragão.
O deus estremeceu levemente, aquele humano era diferente, seus cabelos negros e encaracolados brilhavam naquele sol escaldante, e o brilho de seu olhar flamejante era capaz de assustar até o mais forte dos seres. Um homem que ascendeu ao reinado por meio do caos e da morte, que foi capaz de unificar estados que estavam em constante guerra, e foi capaz de matar seres que nem mesmo os deuses pensavam ser capazes de morrer.
O deus suspirou, não havia como impedi-lo, então o entregou uma flor roxa.
—Coma-a, assim, ficará isento de qualquer magia que a rainha da magia possa tentar lhe atacar.
Com um breve agradecimento, Solis pegou a flor e a devorou rapidamente, sua pele parda brilhou levemente antes de se apagar. E em seguida, se dirigiu até o reino daquela que sequestrou seus homens.
Ele não tinha provas, mas era a única explicação para o sumiço repentino de seus homens. Eles estavam lá em busca de alimento, mas eles eram habilidosos. O acompanharam para a luta contra o Grande Dragão do Fogo, e saíram vivos, ele ousava dizer que eram tão habilidosos quanto ele.
A caminhada foi longa, levou cerca de meio-dia, e se não fosse pela falta de armadura, ele já estaria morrendo pela fadiga. Finalmente, adentrava naquele castelo. Mas não podia negar, era belo.
Todo o local era decorado em cores roxas e azuis, remetendo sempre a noite e a lua, diferente de seu castelo, que era o oposto. Ele se maravilhou com tamanha beleza, mas não se deixou esquecer de seu objetivo.
Pelo caminho, se encontrou com várias ninfas e fadas, mas nenhuma ousou se aproximar do guerreiro, talvez porque seu olhar indicava que qualquer aproximação era sentença de morte.
A caminhada foi relativamente longa, até ele se encontrar frente a frente com a rainha daquele lugar, sentanda em seu trono. Mas ao olhar de perto, viu que não era um trono, era apenas uma cadeira, muito, muito bem decorada.
Em sua frente havia um belo quadro, onde a rainha se dispunha a pintar alguma paisagem que o pequeno rei não sabia distinguir qual era.
Observando mais um pouco, notou que o vestido da mulher a sua frente era totalmente diferente de tudo que pôde ver, aos olhos parecia tão macio e liso, mas também tinha a impressão de ser tão duro quanto sua armadura de escamas de dragão, aquilo o confundia, mas era belo, com as cores do céu noturno, era capaz de prender a atenção até mesmo de um homem tão indiferente quanto ele.
Os cabelos daquela deusa caíam sobre o chão de tão grandes, negros, luminosos e volumosos, faziam juz a beleza que ele via. Ao lado, havia um espelho, onde era capaz de ter um vislumbre do rosto daquela mulher. Branco como a neve, seus olhos castanhos escuros estavam concentrados no quadro a sua frente. Tão profundos, era difícil não paralisar ao vê-la.
Seus lábios não eram nem tão grossos, e nem tão finos, perfeitamente alinhados. Em sua mente, ao olhar para ela, vinha a beleza que ele encontrava no sangue ao entrar em contato com a neve.
Mas não era hora disso, seus homens estavam em perigo, e ele tinha que traze-los de volta, prometeu que iriam voltar com títulos nobres, e ele nunca, em hipótese alguma, podia quebrar uma promessa. Ele se aproximou aos poucos, finalmente tendo coragem para falar:
—Senhorita do Palácio, desculpe perguntar isso, mas espero ter sido mal informado.
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