Prova N°1
Nome: Luana Laise
User: Laiselu
Prova n°1: Centauro e Fada
Nome do Conto: Fireday e suas ruínas.
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Na vastidão verde escura, afastado de todos os demais, posto no absconso de enormes pinheiros, lá estava o reino de Fetherland. Habitado desde o início dos tempos, até onde se sabe, por fadas e centauros, uma convivência amistosa de início; detinha-se a calmaria em Fetherland. Até o dia do chamado Fireday, o dia em que o trágico se tornou transcendente no pequeno reinado, centauros invejados pela magia das fadas , incendiaram tudo em vista, a fúria e escárnio tomaram conta. Fetherland agora era só ruínas; o inferno na Terra.
Comandada à partir de então por centauros, ascendeu ao trono Damon Mackfeld, beligerante, audaz e obstinado, o próprio diabo encarnado; que junto a Francis Smaallang, seu vigilante real e confidente de todas as horas, dominaram o então reinado longínquo.
Era essa a história de seu pequeno reinado, uma história trágica, até melancólica demais a seu ver, pois sempre imaginara estar envolta em um reinado que fosse um tanto quanto tranquilo e animoso, ao qual foi em algum momento de sua criação; mais agora, vivia trancafiada em seu escondedouro, seu e de mais umas 14 fadas, que após as ruínas ao qual foi sujeitada Fetherland, tornaram-se um bando de desabrigadas, ao qual está se incluía – obviamente. Mas até que se acostumara em certo ponto, era quase como uma comunidade, todos se ajudavam mesmo sem qualquer laço familiar ou profundo o bastante, a não ser por Hope Windsor, sua melhor amiga- e única- ao qual confidenciava tudo, mesmo sabendo que por hora era tratada como tola frente aos ideais de sua amiga, que apesar de apresentar uma aparência gentil e agradável, com seus longos cabelos negros e seus inebriantes olhos verde esmeralda -e era realmente quando se dispunha a isso- era extremamente petulante e irritante também, até mais vezes do que acreditava ser possível em um único ser, mais também tinha suas virtudes, era decidida e sagaz, e não aceitava desaforo de ninguém, qualquer que fosse o sujeito. Mesmo sendo tão diferentes, de algum modo se tornaram complementares uma a outra, pois Íris, era totalmente adversa a Hope, está era de um humor e alegria invejáveis, e a amiga já cansava de dizer que ela vivia em outro planeta, um planeta cor de rosa e rodeado de unicórnios, pois era impossível ser tão bem humorada o tempo todo; mais eu nunca dei muito ouvidos a tais falatórios de Hope, pois era assim, desde que se conhece por gente, e talvez não consegui-se viver de outra forma sem ser essa.
Apesar de gostar da minha vida, e tentar conduzi-la da forma mais agradável e leviana possível, e contentando-se com apenas sua amiga para relatar tudo o que sentia, pensava e fazia; Hope jamais conseguiria entender o vazio em seu âmago, um vazio que a consumia todos os dias, odiava viver trancafiada ali, ansiava por mais, ansiava por conhecer o mundo afora, de vivenciar seus sonhos; já Hope, pelo jeito, não ansiava por nada disso, pelo menos não que ela tivesse conhecimento, não conseguira recordar, às poucas vezes que falara sobre o assunto, o desprezo e fúria tomaram conta de sua amiga, e então assim, ficou claro a partir dali, que esta não compartilhava de seus mesmos anseios.
Mais havia uma pessoa, uma única pessoa, ao qual compartilhava de seus mesmos sonhos, até com mais vivacidade do que ela em si, e era isso que a encantava, nunca imaginara ser possível encontrar alguém que você mais bem humorado e vivaz que ela, mais havia, por mais inacreditável que fosse, e essa pessoa era Sebastian Frost; um centauro alto e forte, com cabelos castanhos e olhos azuis de uma claridão cristalina. Nós nos conhecemos desde muito pequenos, desde quando tínhamos seis anos, pra ser mais exata; mais nos tornamos amigos desde o primeiro momento em que o conheci, assim como Hope, que no entanto conhecera um pouco mais tarde, mais que compartilhava do mesmo sentimento sincero e genuíno, mais que nunca a conseguira compreender, pelo menos não esse seu lado sonhador e perspicaz, ao qual detinha com Sebastian.
Mas aí chegou o dia do tão nefasto Fireday, o dia em que sua vida mudou completamente, que foi revirada de cabeça pra baixo. Tudo mudou, e a amizade que era frequente entre Sebastian e ela, mantivera-se agora viva por míseras cartas, não míseras, pois estas eram extremamente importantes, diria até essenciais de certa modo; era preciso saber que uma parte de si não se perdera, que uma parte da pequena Íris ainda ascendia em seu âmago, por mais que fosse secreto, um segredo dela e de Sebastian e de mais ninguém, pois nem mesmo sua única melhor amiga sabia; por hora se sentia angustiada por não conseguir compartilhar de tal segredo com a amiga; mais refletia bem, e achava melhor deixar as coisas do jeito que estavam; pois Hope mantinha um certo ciúmes de seu amigo, apesar de ela saber que no fundo era um ciúmes infundado, pois independente da sua amizade com Sebastian, ela nunca trocaria Hope por ninguém existente, mais ainda assim ela possuía esse sentimento. Por isso, quando passara a manter contato com Sebastian por cartas, não contará a amiga.
Trocava cartas semanalmente com o amigo, e estas, por uma graça divina, nunca se tornaram de conhecimento de ninguém, nem mesmo de Hope, a quem mais temia que chegasse as mãos. Era tudo muito sigiloso, mas era um bom sigilo, contando que ao lê-las no entardecer, despertavam um ânimo e uma alegria inabaláveis ao seu ser. No entanto, ao chegar ao final de todas elas, apesar da exarcebada felicidade que cintilava por dentro, havia uma certa angústia no fundo, pois apesar de saber que Sebastian estava ali com ela, mesmo que entre palavras, era angustiante pensar que nunca mais o veria, que a única lembraça que mantinha deste era de anos atrás. Lembrava-se da morte de Sebastian no dia do Fireday, o dia em que não pode salvar o amigo que tanto amava, e a angústia só fazia tomar conta dela mais e mais.
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