Capítulo Um: Natal em família
Matthew Dawson Robison:
Escuto batidas na porta do meu quarto, e logo alguém grita meu nome em altos pulmões.
— Matthew, estamos atrasados! — gritou meu melhor amigo, Brian. Não entendi o que ele queria dizer com — estamos atrasados, O avião vai sair em uma hora e meia.
Avião?
Então, como um soco na minha cara, dei um pulo da minha cama e peguei meu celular, que estava em cima da mesinha do meu quarto. Vi que eram cinco da manhã e não tinha escutado meu alarme tocar.
— Ah, droga! Maldito sono pesado que puxei do pai Edu! — joguei o celular na cama. — Já vou, só tenho que tomar um banho bem rápido! — gritei para ele do outro lado e, sem esperar resposta, peguei minha toalha e a roupa que separei para a viagem. Como um relâmpago, abri a porta e corri em direção ao banheiro.
— Vai rápido, nossos pais já ligaram! — gritou quando fechei a porta do banheiro. Ouvi ele dizer algo mais que nem consegui entender direito. Tirei meu pijama do corpo, entrei dentro do box e deixei a água morna cair pelo meu corpo. Peguei um pouco de shampoo e o despejei nos meus cabelos. Enquanto tentava, em rápida velocidade, passar um sabonete de coco que Brian comprou para nós pelo meu corpo.
Agora que lembrei, não me apresentei a vocês. Como já sabem, meu nome é Matthew. Vou me definir para vocês: tenho cabelos escuros, olhos azuis claros, no máximo 1,78 de altura e pele branca. Sou o filho mais velho de Marcos Dawson Robison e Edu Dawson Robison. Tenho três irmãos mais novos: Lúcio, Danilo e Timmy.
Lúcio tem cabelos castanhos, olhos do mesmo tom, e está com quinze anos. Adora ler qualquer livro que derem a ele. Timmy, com seus quatorze anos, tem cabelos castanhos e olhos azuis como os do nosso pai. Já Danilo tem os mesmos cabelos e olhos castanhos do pai.
Todos estão em Los Angeles, enquanto eu e Brian estamos na Europa, resumindo, na Itália.
Como o tempo voou, já tenho vinte anos.
Terminei meu banho, desliguei o chuveiro, peguei a toalha e comecei a me enxugar. Algo me veio à mente.
— Bri, colocamos os presentes nas malas? — gritei a pergunta do outro lado, enquanto vestia minha calça de moletom e a camiseta vinho. Peguei a escova de dentes e comecei a escovar meus dentes.
— Sim, já coloquei na minha e na sua e ambas estão na sala — gritou Brian. Agradeço por tê—lo na minha vida. — Já está pronto?
Abri a porta do banheiro e, saindo do mesmo, vi ele no corredor meio abatido e com uma postura séria.
— Aconteceu algo? — Ele balançou a cabeça negando. — Certeza?
— Sim! — forçou um sorriso. — Já chamei o táxi para o aeroporto. Melhor irmos, leva cinquenta minutos até o aeroporto.
Fui até a sala, peguei minha própria mochila e mala e fui em direção à porta do apartamento. Abri e saí, sem nem olhar na minha cara.
—Tem algo aí — falei comigo mesmo e fui pegar minha própria mochila e mala. Fui até a porta, tranquei. Vi Clarice, nossa vizinha da frente, abrindo a porta da casa dela, que se virou e sorriu para mim.
— Boa viagem — Clarice disse. —Até dia três de janeiro, mande um oi e feliz Natal para sua família! Já eu tenho que passar com o demônio do meu pai!—
—Vou falar, e você fique bem e proteção contra aquele demônio — falei e corri atrás de Brian. — Los Angeles, aí vamos nós!
Esse Natal promete!
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Marcos Dawson Robison:
Cinco horas depois:
— Pai! — Virei—me rapidamente e escondi o teste de gravidez nas minhas costas ao ver Timmy parado no batente do banheiro do meu quarto. — Viu o vovô Fred? Ele mandou perguntar quando você vai descer para ajudá—lo com a comida.
Sorri para Timmy, que estava usando uma calça moletom e uma blusa com a imagem de uma rena de nariz vermelho.
— Fala para ele que já estou indo! — Sorri novamente, e Timmy me encarou antes de dar de ombros e sair, deixando—me sozinho naquele espaço.
Voltei a olhar para o espelho acima da pia, observando meu reflexo e minha roupa: uma camisa listrada nas cores vermelha e verde, combinada com uma calça moletom verde.
Ainda não conseguia acreditar no resultado do teste. Este era o quarto que fazia em menos de três dias; não sabia o que fazer.
Balancei a cabeça e encarei meu reflexo novamente.
— Você vai esperar para contar! — Falei baixinho, com medo de alguém ouvir. — Hoje é véspera de Natal; pode deixar isso para depois.
Saí do banheiro, sabendo que essa decisão não me convenceu em nada. Dirigi—me à cômoda ao lado e escondi o teste lá, sob minhas roupas. Olhei para a janela e vi a neve caindo, crianças e pais montando bonecos de neve e jogando bolas de neve uns nos outros.
Fechei a porta do quarto e me deparei com um quadro da minha família: Edu me abraçando por trás, Lúcio com um livro no chão, os gêmeos provocando Matthew, que estava no canto dele.
— SAI DE CIMA DE MIM! — Ouvi um grito vindo do andar de baixo e reconheci a voz de Stella. — MARLON, SEU IDIOTA, PAI!
Já sabia que teria um dia agitado. Desci as escadas e vi Danilo assistindo televisão, usando uma calça moletom verde e um casaco listrado. Lúcio estava ao seu lado, com uma calça moletom e uma camiseta com a imagem de outra rena, desta vez com luzes de Natal nos chifres. Ele estava concentrado em um livro chamado "Aru Shah e o Fim dos Tempos", ajustando seus óculos azuis, sua cor favorita.
Fui para a cozinha e encontrei meus irmãos mais novos apontando um para o outro, enquanto meu pai os observava divertido.
Stella usava um casaco vermelho e calça jeans preta, e Anthony vestia uma blusa com a imagem do Papai Noel descendo por uma chaminé, além de uma calça moletom e uma camiseta branca sob um avental com um elfo de chapéu pontudo vermelho e uma roupa verde e amarela.
— Pai, você acha certo o que ele fez? — Perguntou Stella revoltada, apontando para Marlon. — Ele jogou o controle remoto na minha cabeça!
— Já pedi desculpas! — Marlon Antonio disse fazendo biquinho. — Você que é chata e ficou parada como uma mulher velha enquanto tentava acertar o Timmy.
— Vocês e suas brincadeiras idiotas! — Stella quase pulou em direção a ele, mas meu pai entrou na frente, impedindo o ataque.
— Parem os dois, senão vão ficar de castigo! — Pai disse sério. — Vocês têm quinze anos e agem como se tivessem três com essas brigas o tempo todo!
Ambos encararam meu pai, que tinha uma expressão severa indicando que qualquer outra atitude resultaria em castigo.
— Agora, já que pararam, vão enfeitar a casa de doces! — Pai ordenou, e eles assentiram, correndo em direção à mesa onde havia uma bandeja de biscoitos em formato de pessoas e casas decoradas. Fui até meu pai, que sorriu e disse baixinho. — Ainda bem que você chegou; já estava ficando ansioso pela sua demora!
Olhei para ele surpreso, e ele me lançou um sorriso amável e compreensivo.
Esqueci que esse homem me conhece tão bem.
— Qual o resultado? — Perguntou, mas antes que eu pudesse responder, vozes surgiram na cozinha atrás de mim. — Que surpresa!
Virei—me e vi Edu, que vestia uma calça jeans e um casaco vermelho, sorrindo para mim enquanto segurava a barra de sua calça. No colo dele, uma garotinha de no máximo quatro anos, vestindo roupas verdes e amarelas, com os cabelos ruivos trançados. Ele também segurava um bebê embrulhado em um cobertor vermelho, que se debatia.
Davi e James estavam atrás dele, com calças moletom vinho e camisas com várias renas. Davi segurava um garotinho ruivo vestindo um casaco laranja e calça moletom; reconheci Rafael. Oliver estava logo atrás com Zayn e a filha mais nova deles de dez anos deles.
Há um ano, eles adotaram Micaela, que perdeu os pais em um acidente de carro. Também tinha a mais velha que estava na faculdade e disse que não iria poder vir para o natal e isso magoou ela e o meu irmão.
— Podemos conversar antes de começar a brigar comigo — Edu começou a falar. — Essa é Luiza, de quatro anos, e essa aqui é Marlene.
O recinto ficou em silêncio por um momento, até que meu pai quebrou o silêncio.
— Luísa, você quer ajudar meus filhos na decoração? — Meu Pai perguntou, e a menina olhou para ele antes de olhar para Edu, que assentiu. Ela foi até meu pai vacilando, olhando para ela, e meu coração batia acelerado com os passinhos frágeis dela. — Vocês todos cuidem da massa comigo enquanto seu irmão vai com o marido lá em cima conversar. Oliver, pode pegar a bebe.
— Pode deixar — Oliver disse, pegando Marlene no colo, que começou a se mexer e resmungar. — Calma, princesinha, vou cuidar bem de você e devo dizer que você é uma fofurinha.
Ele se dirigiu à mesa com Davi, Zayn, James e Micaela, enquanto Carla voltou da sala com curiosidade para as pessoas da cozinha e sorriu para a bebe.
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Edu Dawson Robison:
Marcos e eu fomos até nosso quarto. Não vou mentir, estou muito nervoso com ele começar a gritar comigo por trazer as meninas comigo para nossa casa.
Ele abriu a porta, e entramos com a mesma fechada. Depois, dirigiu-se até nossa cama e sentou-se.
— Pode começar a falar — pediu, mas não havia estresse em sua voz, apenas curiosidade. — Por que você saiu para ir à clínica e voltou com duas garotinhas pequenas?
Sentei-me ao seu lado, suspirei e encarei seus lindos olhos castanhos que fazem meu coração bater aceleradamente.
— Estava saindo do consultório e as vi encostadas no beco ao lado da clínica. Luísa estava sentada, soluçando e abraçando Marlene, ambas tremendo de frio pela neve que caía. Andei até elas! — Peguei na mão dele. — Me aproximei, e quando Luísa ergueu os olhinhos, assustou-se comigo e abraçou a irmã com força contra o corpo. Pedi para ela se acalmar, e ela me encarou desconfiada. Depois que falei com a voz relaxada, ela parou e pediu para tirar a irmã dali, pois estavam com frio e congelando. Ela fugiu de casa porque os pais batiam nela, e só não batiam na pequena. Quando iam bater, ela pegou a irmã e fugiu!
Ele tinha lágrimas nos olhos e apertou minha mão.
— Trouxe elas pra cá! — continuei. — Foi o único lugar que me veio à cabeça. Não podia deixá-las na delegacia, pois poderiam mandá-las de volta. Eles não são uma família boa; iriam acabar matando as minhas garotinhas!
Ele me encarou, sem nenhuma surpresa em sua delicada face, apenas um sorrisinho no meio das lágrimas.
— Eu senti algo quando vi essas duas — disse e me encarou. — Quero elas aqui. Podemos entrar com o pedido da guarda com a ajuda de um amigo do Calvin e vamos denunciar os pais biológicos. — Ele soltou minha mão e levantou. — Nossa família está reunida, nos esperando para ajudar na decoração do Natal, e já quero te mostrar uma coisa!
Foi até a cômoda ao lado dele, abriu uma gaveta e tirou um palitinho de dentro.
— Toma! — disse quando voltou à minha frente, me estendendo o palitinho. Peguei em minhas mãos e vi o resultado.
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Matthew Dawson Robison:
Finalmente chegamos ao aeroporto de Los Angeles após nove horas de voo, que foi das sete da manhã, chegando às quatro e quinze da tarde. Não pedi para ninguém vir nos buscar, pegamos um táxi, e desde que saímos do nosso apartamento, Brian estava quieto, olhando pela janela do avião, o aeroporto e agora no táxi.
— O que aconteceu com você? — Perguntei, quebrando o nosso silêncio. — E não diga que não é nada demais; conheço você!
Ele tirou o olhar da janela e começou a me encarar antes de suspirar.
— Clara me mandou uma mensagem! — Brian começou a falar, e esperei o tempo dele para terminar. — Meus pais pediram para Zack deixar o Rafael com eles hoje e que levariam ele amanhã para a casa do Zack!
— Você não quer conhecer o Rafael? — Perguntei confuso. — Eu sei que não é fácil para você ouvir algo relacionado ao Zack — Ele ia me interromper. — Mas acho que devia deixar esse ressentimento de lado, já que Rafael é uma criança e você tem vinte anos. Os filhos não devem ter culpa pelas escolhas dos pais. Parei um pouco e deixei ele absorver as palavras. — Por causa do Natal, deixe isso de lado e vamos nos divertir com nossa família!
Ele nada disse, só começou a olhar para a janela, observando a neve cair. Também fiquei observando cada um de nós com os próprios pensamentos.
Dez minutos depois, o táxi parou em frente de casa, descemos após pegar nossas malas e mochilas e pagar o táxi, que foi embora.
Vi que meu pai Edu decorou muito bem a casa com os enfeites natalinos. A porta abriu, e Clara apareceu com um garotinho ruivo no colo que levantou os olhos. Brian parou estático ao meu lado e começou a sorrir como um idiota para o garotinho que esticava os bracinhos para ele.
— Vem logo para dentro! — Clara disse. — Ele ficou duas horas aí fora, e se sair, não volta mais para dentro.
— Blicar! — Rafael disse com sua voz fofinha, e Brian foi a passos decididos e o pegou no colo. — Neve!
Clara deu um sorriso para a cena, e eu também. Nós quatro entramos em casa, e já ouvi uma música tocando.
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Danilo, Marlon Antônio e Timmy dançavam ao som da música ligada em um radinho. Stella e Lúcio conversavam sentados no sofá.
— Matthew! — Virei para a cozinha, e vovô Caleb vinha em minha direção com os braços abertos. Soltei a mala no chão e a mochila, corri para os abraços dele. — Que saudade, da minha pessoa favorita.
Ele usava uma calça moletom cinza e uma camiseta do Papai Noel que dizia "Feliz Natal".
— VOVÔ / CALEB / PAI — Ouvi a voz dos meus primos, irmãos e meu avô Fred. — Para com isso! — Ouvi Clara falar e reclamar baixinho.
Vovô Caleb riu, e nós nos separamos. Fui puxado para outro abraço de avô Fred, que começou a distribuir beijos pelo meu rosto.
— Achei que vocês não fossem chegar a tempo de ajudar na comida! — Vovô disse, me soltou e foi abraçar Brian, tomando cuidado com Rafael no colo dele. — Venham rápido, e conheçam Marlene e Luisa.
Começou a andar até a cozinha, puxando avô Caleb com ele e me deixando confuso.
Quem são Marlene e Luisa?
— Quem são essas duas? — Perguntei a meus irmãos e primos, que nem moveram um músculo para vir me abraçar. Lúcio apenas sorriu para mim. — Obrigado pela recepção que toca meu coração, muito emocionante!
Timmy me olhou e ia mostrar um dedo, mas Danilo bateu na cabeça dele.
— Tem uma criança aqui! — Apontou para Rafael, que tinha a cabeça deitada no ombro de Brian. — Se controla.
— Se controla, nenennnn — Timmy disse. — Se você quer saber, vai para a cozinha e veja você mesmo!
Mostrei a língua, e ele fez o mesmo, saindo correndo quando vi que ele ia jogar o controle remoto em mim.
— Muito adultos vocês! — Timmy gritou. — O que vocês trouxeram de bom? — Perguntou a Brian, que ficou para trás.
Ri alto, e quando cheguei na cozinha, vi uma cena fofa. Pai estava com uma bebezinha no colo, vestindo um macacão vermelho e tomando uma mamadeira. Pai Edu tinha uma garotinha de cabelos ruivos sentada no colo dele enquanto a ajudava a montar uma casa de gengibre.
Mas o que eu perdi?
Do outro lado da mesa, tio James e tio Davi montavam outra casa no balcão da cozinha, avô Fred e Caleb preparavam algumas tortas que pareciam ser de maçã e frango.
— Matthew, venha conhecer suas irmãs! — Pai Edu chamou quando me viu e sorriu como bobo, olhando para a barriga do pai. — E talvez seu futuro irmão ou irmã.
Acho que estava sorrindo como um idiota e totalmente confuso.
— Irmãs? Vocês adotaram? — Perguntei, voltando do meu devaneio. — Você está grávido de novo?
— Ainda vamos entrar no processo — pai Marcos disse, olhando da bebê para a garotinha. — Essas são Marlene e Luisa, e sim, o resultado deu positivo. Estou grávido de uma semana!
Sorri para meu pai e fui me sentar ao lado da Micaela, a filha do tio Oliver e do tio Zayn.
— Como é Milão? — Perguntou tio James quando fui me sentar na mesa e ajudar o pessoal com a decoração dos doces. — Como estava o ano letivo de
vocês? Conseguiram um trabalho?
Comecei a ajudar enquanto contava tudo que fizemos nesse ano, como é Milão e que começamos a trabalhar numa cafeteira que nos deu o dia vinte e quatro de dezembro até o dia cinco de janeiro. Mas quando Brian surgiu na cozinha com Rafael no colo, só faltava meus tios desmaiarem com a fofura do neto nos braços do filho do meio, que cuidou de tudo que Rafa pedia pra ele.
Acho que ficamos assim por algumas horas, até que olhei para o celular e vi que eram sete horas e meus tios e primos não chegaram ainda.
— Pai, onde está o restante da família? — Perguntei, e meus pais tiraram os olhos das meninas e me filtraram no momento que uma algazarra começou no corredor que vinha para a cozinha.
— Cheguei, família! — Tia Dafnhe disse, com um vestido vermelho. Ela encarou meus pais e sorriu. — Quem são essas fofuras?
Se aproximou da mesa, e vi Milena e Megan surgirem no batente da cozinha, cada uma com uma calça moletom e camiseta listrada vermelha e verde.
Fiquei espantado das duas, se vestirem quase igual. E olha que têm dois anos de diferença ambas.
— Oi, gente — Falaram juntas, se dirigindo até nossos avôs que abraçaram cada uma e começaram a ajudar na cozinha.
— Obrigado, as três, por me ajudarem com os presentes! — Disse tio William, ele vestia um casaco vermelho e calça jeans. — Quem são essas duas princesas?
E me ignoram, só prestando atenção nas meninas ou ajudando meus avôs que me cumprimentaram.
— Seu tio Carlos e a família dele não conseguiram vir para o Natal, só no Ano Novo, assim como seu tio Miguel e a família dele — Pai Edu disse, lembrando da minha pergunta, quando voltou a me encarar. — Sua tia Daiane e Steven só conseguiram vir amanhã, já que terão que trabalhar hoje.
Fiquei conversando até que lembrei que preciso conversar com Lúcio.
— Já volto — Levantei e fui para a sala. Assim que Stella me viu, apontou para fora e disse baixinho: "Ele está lá fora".
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Lúcio Dawson Robison:
Às vezes, gostaria de entender isso tudo!
O porquê das pessoas gostarem de brincar na neve ou de machucar outras pessoas com mentiras sem sentido.
Sinto meu celular vibrar e sei que é uma mensagem dele, porque dói tanto quando alguém que amamos nos trai.
— No que você está pensando? — Perguntou a voz de Matthew. — Posso me juntar a você?
Ele se senta ao meu lado no banco, que meu pai Edu colocou no início do ano passado.
— Adoro essa época — Matthew começou e quebrou o silêncio que se instalou ao nosso redor. — Ficar com a família toda reunida e cada um dar um pouquinho da sua felicidade e amor ao outro, mas vou falar, prefiro os presentes. Ainda mais os do tio Oliver que sempre são algo para usar no meu trabalho.
Ri e o encarei.
— Sei que alguma coisa machuca você — Ele disse direto e sabia que nada passaria por baixo do nariz dele ou do papai Marcos. — Não sei o que é, mas por hora, esqueci e deixei de lado. Vamos aproveitar a noite com a nossa família! Mas quando quiser conversar vou estra aqui para o meu irmãozinho.
Sem eu dizer nada, ele me puxou para seus braços, o que fez meus óculos caírem um pouco no nariz.
— Obrigado por ser minha família — Falei baixinho.
Agradeço por ter um irmão como ele que sempre estará ao meu lado, não importa a situação. Não estou reclamando de Timmy e Danilo, mas só o Matt me compreende.
Quando voltamos para dentro, todos dançavam, até a menininha que meu pai trouxe para casa. Ficamos parte da tarde ajudando na cozinha e arrumando a casa para a noite.
Quando deu meia-noite, era dia 25 de dezembro. Desejamos um feliz Natal para cada um.
Acho que é isso que o Natal significa: ficar com as pessoas que amamos ao nosso lado e dar o nosso amor também a elas.
— Temos um comunicado a fazer! - Pai Edu disse, e todos olharam para ele enquanto estávamos sentados na sala. Meus pais andaram andaram até o meio da sala sorrindo. — Queremos anunciar que teremos novos membros nessa família, duas garotinhas — Tio James entregou a bebezinha. — Essa é a Marlene — Pai Edu pegou a garotinha que ficou toda envergonhada. — Essa é a Luísa.
Pai Edu se aproximou do pai Marcos e colocou a mão na barriga dele.
— Esse daqui é o nosso futuro bebê! — Disse sorrindo, e todos comemoraram e parabenizaram os dois.
Agradeço ao Natal por ter me dado essa família que tanto amo e que sempre cuidará de mim e me protegerá. Mas pelo menos não vou ser o mais novo da família.
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Gostaram desse primeiro conto?
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