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Foda gostosa na balada

          P.o.v Duda


      Sempre achei as tardes chuvosas como o prenúncio de um capítulo feliz para a manhã seguinte. O som da água caindo sobre o teto exercia sobre mim um efeito curativo, alentador, como se seus pingos tocassem meu íntimo.

      Era tão bom ouvir aquele som. Tão agradável olhar pela janela e ver os prédios e casas do Jardim América envoltos por uma espessa neblina branca/acinzentada. Um sorriso débil se formou em meu rosto enquanto eu me revolvia preguiçosamente na cama, só de calcinha e sutiã, o cabelo solto e armado, o corpo exausto por causa da aula de pontas.

      Fechei os olhos. Acabei adormecendo.

      No outro dia, cheguei cedo ao Teatro Bolshoi de Joinville. Nossa escola era a única filial da famosa companhia russa fora da Rússia e naquele ano, eu era a Primeira Bailarina da Companhia Jovem. Nada mau para uma bailarina negra.

      Mas ostentar aquele status não era só um motivo de orgulho pra mim, mas um lembrete contínuo de que eu tinha que ter um comportamento exemplar, tipo: sempre chegar mais cedo que todo mundo a fim de ensaiar; sempre ser aplicada nos estudos. Sempre me esforçar para aprimorar minha técnica. Às vezes, conjugar tudo isso todos dias era um saco. Porém, no fim das contas, era recompensador.

      Na entrada, avistei Antonella chegando. Ela era uma argentina loura, muito bonita, de olhos azuis e traços indígenas. Assim como eu (e como todos os alunos do Bolshoi), trajava o conjunto de moletom azul, com detalhes pretos o logotipo da instituição (o famoso teatro russo), e abrindo o braço esquerdo, nos cumprimentamos com beijinhos no rosto.

      — Buenos días, guapa. Cómo estás? — perguntou em castelhano (ela falava português muito mal).

      — Bien y usted? — respondi.

      Antonella foi muito vaca no passado. Éramos rivais nas competições que disputavámos pelo mundo, e ela gostava de me provocar. Mas o tempo molda as pessoas, e depois que entramos juntas no Bolshoi, acabamos nos tornando amigas.

      Nos dirigimos juntas em companhia de outras garotas até o vestiário e nos trocamos. Nosso uniforme consistia num collant preto com o logotipo do Bolshoi na frente, meias calça cor de rosa e sapatilhas da mesma cor. Amarrávamos saias pretas, curtas e transparentes, na cintura.

      Depois de amarrarmos os laços das sapatilhas de ponta nos tornozelos, subimos um lance de escadas e entramos na sala de aula para nos aquecerermos antes da aula.

      — Dobraye utra¹ — a professora nos cumprimentou ao entrar. Ela era russa e muito rigorosa.

      Todos nós tínhamos em torno de dezenove, vinte anos, portanto não éramos adolescentes. Como adultos, devíamos ter uma predisposição natural em olhar nos olhos da nossa professora e lembrá-la que ela não podia nos tratar como alunos de um dos grades. Porém, teoria e prática sempre serão coisas antagônicas. A verdade era que Larissa Misakova metia medo.

      Conferi no espelho se meu coque estava bem arrumado, ajeitei a saia transpassada em volta da minha cintura, me posicionei na barra.

      Ao fim da aula, o diretor pediu licença à russa e pediu alguns minutos da nossa atenção pra nos informar que a Companhia Jovem do Teatro Bolshoi se apresentaria daqui a uma semana em São Paulo. Como fazia muito tempo que eu não visitava meus pais, o comunicado me deixou radiante. Dei pulinhos e troquei abraços com algumas colegas minhas.

      Apresentaríamos um espetáculo contemporâneo, chamado Equilibrium. Já o havíamos dançado em Florianópolis, Curitiba e agora havia chegado a vez do teatro Sérgio Cardoso nos prestigiar. A aproximação do espetáculo me deixou mais ansiosa do que eu jamais fiquei. Queria muito abraçar meus pais, meu irmão – ele vivia numa cadeira de rodas, por sofrer de paralisia cerebral –, queria rever ex-colegas da minha antiga escola de balé e conversar com elas.

      Ao voltar para casa, me debrucei na cama e telefonei para minha mãe. Ela ficou exultante ao saber da novidade. Conversamos por quase dez minutos, perguntei pelo meu pai, pelo meu irmão e e pedi que fizesse pão caseiro quando eu chegasse.

      Os dias passaram voando. Desembarcamos de um avião comercial no aeroporto de Congonhas e rumamos para o hotel em que nossa companhia fizera reservas. Horas depois, eu estava na casa onde morei até os dezesseis anos, em Perdizes. 

     — Como você tá linda, minha bailarina — meu pai me apertou em um abraço carinhoso assim que entrei.

      Minha mãe, mais emotiva, chorou ao meu me receber em seus braços. E ameaçou não me deixar mais que eu voltasse para Joinville. Ela foi ao quarto e retornou empurrando meu irmão na cadeira de rodas, e foi então que desabei. Foi ótimo abraçá-lo e afagar sua cabeça.

      Tivemos uma manhã e uma tarde agradável, com muita conversa e brincadeiras. Meu pai perguntou se eu estava namorando com um dos meus colegas de balé.

      — O senhor só pode estar brincando, pai. Eles são todos gays.

      Seria incrível namorar um bailarino. Ter alguém que partilhasse dos seus sonhos, do seu mundo. Eu fiquei com muitos rapazes, mas nada sério. Só sexo casual. A única pessoa com quem eu quis namorar foi a Danny. Nós duas transamos quando tínhamos quinze anos, mas ela não tinha nenhuma responsabilidade afetiva e brincava com os sentimentos das pessoas. Fiquei magoada por ela ter se referido à nossa transa como uma brincadeira de meninas, ficamos sem nos falar quando ela dançou o papel de Cisne Branco no meu lugar – a vaca era uma bailarina fodidaça – e só fizemos as pazes quando ela se mudou para o Rio de Janeiro para estudar no Ballet Imperial de Petrópolis; hoje, ela é Primeira Bailarina do Novosibirsk Ballet.

      Tinha dias em que eu me lembrava dela, daquela noite em que a gente se trancou em seu quarto e chupamos a boceta uma da outra, num meia nove incrível, e fizemos tesourinha – esfregando boceta com boceta. Naquele momento, no entanto, eu estava muito bem sozinha; só queria dançar e mais nada.

      Voltei para o hotel a fim de descansar um pouco, e no outro dia fomos ensaiar no teatro Sérgio Cardoso. O coreógrafo do espetáculo nos passou suas últimas instruções, nos pediu que dançássemos com coração e com alma, e prometeu que aquela seria a noite das nossas vidas. Por alguma razão, acreditei.

      Anoiteceu e o teatro simplesmente lotou. Vestimos nossos figurinos e corremos para a entrada do palco, meu coração aos pulos, a adrenalina vertendo por cada poro da pele dos meus braços e rosto pintados com glitter. Minha boca pintada com um batom preto tracejava uma linha ondulante, indício de uma pontada de nervosismo e excitação.

      É agora, disse a mim mesma quando a música ecoou pelos alto falantes.

      Demos tudo de nós. Nossa performance brilhou a perfeição, nos jogamos como se nossas vidas dependessem daquela entrega, e quando Glauber me segurou pela cintura e me ergueu para o alto, com meu corpo coberto só com um body cinza, meus olhos miraram a luz vinda do teto. Eu a vi como se estivesse olhando para o próprio sol e sorri.

      A apresentação terminou. Foi lindo. As pessoas teimavam em continuar nos aplaudindo mesmo depois das cortinas terem se fechado, e embalados pelo carinho do nosso público, todo o elenco se abraçou na coxia.

      — Es la noche más feliz de mi vida — Antonella chorava, me abraçando emocionada. Seu figurino era igual ao meu. O gliterr se borrava em seu rosto.

      — A minha também — confessei.

      Voltamos ao palco para reverenciar o público. Por termos dançado um balé contemporâneo, nossa reverance foi diferente, mas igualmente respeitosa e grata.

      — Aonde vamos comemorar? — Glauber perguntou enquanto saíamos do teatro após recebermos os cumprimentos dos fãs.

      — Tem uma balada legal acontecendo na Vila Olímpia — sugeri. — Se vocês toparem, podemos ir pra lá.

      Minha proposta caiu no agrado de todos. Assim, retornamos ao hotel, tomamos banho e nos vestimos de acordo com o que uma casa de dança pedia. Optei por um vestidinho curto, azul calcinha, pondo por baixo uma tanga da mesma cor. Eu adorava combinações de cores. Botei nos pés um par de sandálias cor de prata. Que se foda que os dedos dos meus pés estejam horríveis, pensei. Como retoque final, deixei meu cabelo armado solto, botei um par de brincos e uma gargantilha.

      Nos encontramos no hall de entrada do hotel e chamamos dois carros de aplicativo. Antonella, Glauber e Amabile foram no mesmo carro que eu.

      A fila pra entrar na casa era enorme, mas a espera valeu a pena. Assim que entramos, extravasamos nossa energia, pouco nos importando com fundamentos técnicos de dança. O dee jay escolheu uma playlist só de músicas dançantes que estavam fazendo sucesso nas rádios. Antonella, que era lésbica, praticamente encostou no corpo de uma garota que ficou lançando-lhe de longe olhares maliciosos, e as duas saíram de mãos dadas. Quanto a mim, agitei os braços, requebrei, mostrei sem pudor algum o gingado que só nós, mulheres negras, temos.

      Eu estava precisando daquilo. Sentir a vibe de uma música agitada, estar com jovens descolados, da minha idade, ver gente bonita.

      Então, eu o vi. Um homem de cabelos escuros, de pele branca, agitando seu corpo e transferindo o peso de seu corpo com sensualidade ao mudar os passos. Ele dançava a apenas três metros de mim, mesmo com outros jovens entre nós pude reparar bem em sua silhueta cheia de jovialidade.

      Tocava uma música da Sia, remixada para uma balada. Fatalmente nossos olhos se encontraram, e eu o quis pra mim. Era a boca dele que eu queria beijar, suas costas que eu queria arranhar se eu fôsse minha noite de sorte.

      Dei-lhe um sorriso a fim de encorajá-lo, ao que ele retribuiu na mesma medida, e se aproximando de mim, começamos um pronto reconhecimento mútuo enquanto dançávamos.

      — Oi. Como você se chama? — ele quase gritou no meu ouvido.

      — Maria Eduarda, mas todo mundo me chama de Duda — bradei.

      — Prazer, Duda. Eu me chamo Danilo.

      — Bonito nome.

      — O quê?

      — Eu disse: bonito nome.

      Como sempre acontece numa balada, espaçamos momentos de dança quase colados no corpo um do outro com perguntas do tipo: Você é daqui? Quantos anos você tem? Já estávamos trocando selinhos e abraços ainda na pista depois de conhecermos um pouco sobre a vida um do outro, e quando uma música terminou, ele me puxou pela mão, me convidando pra tomar uma bebida no bar.

      — Então, você é bailarina? — tomou o gole de seu uísque com gelo, me avaliando. Seus olhos se detiveram na minha boca carnuda e nos meus seios.

     — Aham. Eu estudo no Bolshoi.

     — Legal. Sempre quis conhecer uma bailarina. Acho vocês muito bonitas.

      — Obrigada — sorri, agradecida.

      Conversamos sobre assuntos aleatórios. Ao final de cada tópico, ele sorria pra mim com malícia. Minha vagina pulsava de tesão por aquele homem, eu queria sair logo dali com ele, mas não queria ser eu a ter de tomar a iniciativa do jogo.

      — Eu adoro garotas negras — Danilo disse a uma voz parecida com sussurro.

      Não respondi, me limitando a um sorriso.

      — Será que eu posso ver sua flexibilidade? — agora sua voz tinha um tom de desafio e atrevimento que eu amei.

     — E onde pode ser? — o desafiei.

      Danilo segurou novamente minha mão, me tirou do espaço de dança e me levou para os fundos da casa. O abracei e ele me envolveu pela cintura, nosso olhar fixo um no outro. A cabeça dele se inclinou em direção à minha. Pude sentir o cheiro delicioso de seu hálito, da bala sabor morango que chupava, e nossas bocas se tocaram. Nos beijamos de língua, a dele desbravando minha boca e fazendo incursões pelo meu pescoço. Minha boceta umedeceu na hora, meus mamilos ficaram durinhos, à espera de algo mais.

      Enquanto eu era beijada, uma das mãos do Danilo soltou minha cintura e se aventurou de forma ousada para debaixo do meu vestidinho. Seus dedos tatearam minha boceta umedecida, apertando-a de leve, arrancando de mim um suspiro prolongado. Ele puxou minha tanga para o lado, expondo minha intimidade. Um dos seus dedos se introduziu dentro de mim, fundo, se molhando cada vez mais na minha excitação. Dei um sorriso. Como o jogo da sedução tem sempre dois competidores, desci a mão por seu peito, barriga e abri o zíper de sua calça. Pus seu pau pra fora da cueca.

      Que anatomia deliciosa. Era grande, com veias visíveis. A glande estava vermelha, já gotejante. Desisti de só ficar nos beijos e parti pra algo mais lascivo, o puxando mais pra mim.

      — Põe logo uma camisinha, vai — pedi como uma menina carente.

      Danilo exerceu uma leve pressão nos meus ombros.

      — Primeiro faz uma boquete pra mim, que eu sei que essa sua boca carnuda gosta.

      Mordi o lábio inferior. Me ajoelhei, segurei o pênis dele com uma das mãos, o esfreguei no meu rosto e nariz, o abocanhei com volúpia. Chupei com satisfação, fazendo-o ir até o fundo da minha garganta. Danilo gemia alto e forte, como um ator de filme pornô, me segurando pela cabeça. Ao se sentir satisfeito, me ajudou a ficar em pé e abaixou a calça e a cueca até os joelhos. O ato de botar a camisinha na rola foi quase teatral, com um olhar longo e um sorriso safado. Quanto a mim, abaixei meu vestido e a minha tanguinha até os pés, ficando só de sandálias. 

      Danilo e eu tocamos nossos corpos. Sem que eu espere, ele prensou meu corpo na parede e me beijou. Seu beijo estava mais selvagem e percebi que ele se sentia confiante. Gostei muito disso.

       Ele me segurou pela cintura, mordiscou meus mamilos, me fazendo soltar um gemido débil. Então, ele introduziu a cabeça de seu pênis na minha xoxota depilada e estocou. A cada enfiada, um gemido de prazer e êxtase saia da minha garganta, meu corpo sendo catapultado pra cima.

      — Que boceta gostosa! — urrou.

      Danilo me virou de costas para a parede, pedindo que eu empinasse a bunda. Abri as pernas e agora ele estava enfiando o pau na minha boceta por trás. Enquanto eu era penetrada, nos beijavámos.

      Nunca imaginei que a noite pudesse ser tão boa. Que eu fosse conhecer um cara legal, de pegada forte e que sabia foder uma garota.

      Danilo enfiou um dedo no meu cuzinho, sem perguntar se eu queria ser fodida por essa parte do meu corpo. Mas é claro que eu queria. Eu não tinha medo da dor e estava suficientemente excitada pra aguentar aquele volume dentro de mim.

     Como preliminar para o ato final, ele cuspiu no meu pequeno segredo, pôs mais um dedo, cuspiu de novo e me sodomizou. Senti algo inconcebível entrando no meu ânus, causando o inevitável ardor mas também prazer, e como tentativa de aliviar o incômodo, ele tocava meu clitóris para eu ter prazer. Deu super certo.

      Depois de enfiar e tirar o pau do meu cuzinho a seu bel prazer e me deixar suada, acabei gozando e soltando um gemido alto, que só por milagre alguém não ouviu lá dentro. Danilo andou para frente de mim, tirou a camisinha, chacoalhou o pênis.

      — Abre a boca.

      Obedeci, me agachando. Fechei os olhos e entrei em estado de graça ao receber jatos de esperma no rosto e na boca, o leite quente e viscoso escorrendo pelo meu queixo.

      — Foi delicioso — sorri, sardônica.

      Danilo anuiu, agradecido. Se sentia o fodão, e na verdade ele era.

      Trocamos telefone e ele passou a me seguir nas redes sociais. Apesar da distância, eu acreditava que um dia nos veríamos de novo. Mas até lá, eu só queria dançar e viver um dia de cada vez.

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Dobraye utra (Доброе утро)¹: Bom dia, em russo

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