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Vidro Negro

Nova York, 2018.

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Respirando profundamente Danika moveu-se para a borda da piscina e sorriu.

Após quase ser morta por um barco na água enquanto nadava no mar, ela tinha ficado dez anos sem entrar em um lago ou na piscina.

Nos passeios da escola sempre ficava distante, observando os outros se divertirem, mais depois de todo aquele tempo, tinha decidido superar seu medo.

Tinha prometido isso a si mesma. Isso se quisesse se aproximar de sua próxima vítima.

Para uma ladra profissional, Nika sabia bem o que estava fazendo, tinha investigado aquele jovem bilionário e sondado toda sua fortuna, seis meses haviam se passado desde que se aproximara dele com a intenção de rouba-lo e pagar as dívidas de seu pai.

Não tinha escolha, embora houvesse prometido a sua mãe e seu irmão mais velho que não roubaria ou aplicaria golpes como seu pai, dessa vez, ela não tinha escolha.

Sua vida estava em jogo. Ou pagava as contas ou morreria. Era tudo ou nada. Tinha visto aquele homem apenas uma vez, sabia que ele era um bom homem, sabia que era errado aquilo que faria.

Mais era a única forma de continuar viva. Tinha conseguido chamar sua atenção, sua herança consistia em casas, hotéis de luxo e carros. Para um homem solitário ele era gentil.

Era bonito, e dono de um diamante bem guardado em seu cofre. Tinha reunido informações e planejado estratégias para o assalto que aconteceria na semana seguinte.

Tinha jurado a si mesma que aquele era seu último latrocínio. Uma vez que vendesse o diamante iria embora do país.

__ Que se dane...

Pensou antes de pular na água, com a respiração presa, sentiu a água fria contra seu corpo, o coração acelerado parecia quase sair de seu peito, moveu as pernas e os braços e nadou até onde o homem estava esperando-a.

Steven era um professor de natação nas horas vagas e trabalhava como cuidador de um aquário, embora fosse rico, ele era alguém com robes peculiares e estranhos.

Ele tinha ajudado-a com a ideia de voltar a entrar na água. E aceitara por que era a única maneira de se aproximar dele. Uma vez dentro de sua mansão ela iria descobrir a localização do cofre e abri-lo.

Igualmente um treinador, ele tinha lhe auxiliado durante meses para que perdesse seu medo e ganhasse força para voltar a nadar.

Ele esperava ansioso, tinha torcido muito que ela fizesse aquilo, e estava ali para apoia-la caso o medo voltasse.

Nadando depresa ela engoliu um pouco de água e segurou a mão de Steven antes de voltar a sorrir.

__ Eu consigo...__ Disse ela soltando a respiração. Abraçando-o fortemente ela suspirou.__ Obrigado... Eu te amo...

Disse e o beijou apaixonadamente. Ele estava cada vez mais apegado a ela, tinha até mesmo lhe comprado um carro novo.

Se não fossem as malditas contas de seu pai, um agiota foragido, e seu passado ela poderia viver com Steven.

__ Você é capaz de conseguir qualquer coisa que quiser.__ Disse ele e a abraçou novamente.__ Além disso eu estou aqui com você, não deixaria que se afogasse.

__ Eu já disse que te amo?__ indagou ela e sorriu antes de se afastar dele, nadou até a parte mais rasa e se sentou na borda da piscina.

Enxugou uma lágrima misturada às gotas água em seu rosto.

__ Ele será o último.__ Pensou ela e sorriu gentilmente quando ele começou a nadar em sua direção.

__ Sim você diz isso sempre. Eu já disse que acho você maravilhosa?__ disse ele e se sentou ao seu lado.__ Você é maravilhosa. Quer vim comigo para minha casa de campo nesse fim de semana?

Sabia o que ele estava tramando com aquela viagem. Tinha visto-o olhar um catálogo com anéis naquela manhã.

Ele a pediria em casamento. Por isso tinha preparado tudo, até mesmo o jantar com seus amigos mais próximos, apresentado-a a seus pais, e tomado aquela decisão.

Mais seus planos eram outros, tinha planejado o roubo para o dia anterior em que ele deixaria a mansão e partiria para a casa de campo.

Por isso já tinha uma desculpa que a faria ficar na cidade durante o fim de semana.

__ É claro... Eu iria ao fim do mundo com você.

Disse ela e jogou um pouco de água nele que sorriu antes de se jogar na água novamente e leva-la junto.

✡✡✡✡

__ Você dormiu com ele ?

Nika ouviu Lester perguntar, um hacker que ela conhecia desde o seu primeiro roubo estacionar a vã próximo a uma árvore não muito distante da mansão de Steven.

Tinha convencido Lester a ajuda-la com o plano, uma vez que os dois deviam as mesmas pessoas. Ele iria desativar o sistema de segurança da casa e monitorar a partir de fora caso Steven ou algum conhecido se aproximasse da casa.

Depois de planejarem aquele roubo a dias, era hora de por o plano em prática.

__ Adivinha? __ perguntou ela e ele sorriu.__ Eu coloquei remédio na bebida dele esse tempo todo. Eu chamais iria dormir com um desconhecido, e por mais que eu goste dele, não faria isso.

__ Você é louca. __ Disse Lester e sorriu.

__ E você está ajudando uma louca.

Ela sorriu quando ele deitou a cabeça em seu ombro e suspirou. Apontou para um casal em um vídeo.

__ Eles estão felizes. Ficam tão lindos juntos.__ Disse ela e sorriu quando o garoto no vídeo pegou a garota no colo.__ Eles combinam.

__ A gente também combina. Somos uma perfeita dupla de ladrões.

Disse ele e apertou sua mão, jogou um salgadinho na boca e sorriu.

__ É somos uma ótima dupla, e você sabe mais o que, eu fico ainda melhor com um diamante.__ Disse ela e tirou sua jaqueta, vestiu uma calça legging preta e pegou uma pequena mochila com seu equipamento.__ Quando eu tiver aquele diamante serei ainda mais bonita. Eu sou bonita não sou?

__ Acho sim, até minha mãe acha.__ Disse ele e sorriu ao acenar para que ela saísse.__ Toma cuidado lá dentro, ficarei aqui fora e cuidarei da segurança. Deixe seu comunicador ligado.

__ Ok, vê se não cochila aqui fora.__ Disse ela antes de sair.

Caminhando até a casa em passos rápidos, ela olhou para os lados e sentiu um calafrio ao observar a rua deserta. A enorme fileira de casas do condômino parecia sombria e abandonada.

Notou que nas casas vizinhas não haviam carros estacionados, as luzes dos poste mais próximo não funcionava. Aquele era o local que um diretor ou escritor de filmes de terror adoraria. Mais ali não iria acontecer uma história de terror, e sim um roubo. Voltando a andar ela se aproximou da casa e olhou para os lados.

__ Ei Lester, a porta necessita de uma senha. __ Disse ela e o comunicador xiou.

__ Só um segundo. __ Disse Lester e ela ouviu o som das teclas do computador portátil batendo. __ Pronto. Destravei. Faça um bom tour aí dentro.

__ Obrigado. __ Disse ela e colocou a mão na massaneta da porta e a girou.

Sorriu quando a porta abriu, olhou uma última vez para onde a vã de Lester estava estacionada e acenou antes de entrar. Estava escuro na sala de está, todo o local estava escuro e frio. Um silêncio aterrador tomava conta do local, e o único som inaudível, era o de um relógio de pêndulo, estava parado.

__ Entrei. Está escuro aqui. E silencioso. __ Disse ela, sua voz ecoando pela sala silenciosa. __ Como tá o clima aí fora?

__ Frio e com insetos cantando a minha volta. __ Disse o garoto enquanto mastigava um salgadinho.

__ Fique a tento. Ignore os insetos. __ Disse ela. __ Depois de hoje, iremos viver bem longe deles.

Ligando a lanterna ela iluminou a sua volta e continou a andar. Tinha visitado aquela casa algumas vezes para memorizar cada cômodo e encontrar o cofre. Naquela parte da casa ficava a sala de está, onde perto dali havia uma pequena biblioteca, o escritório pessoal de Steven a direita, a esquerda depois de um curto corredor emoldurado com fotografias da família de Steven, ficava a espaçosa cozinha e a sala de jantar.

A parte de cima era composta por quartos de hospedes e o quarto principal de Steven. Conhecia bem cada cômodo daquele lugar.

Depois de uma semana, tinha descoberto por acaso um cofre escondido atrás de um quadro. Com um chiclete tinha conseguido obter a digital de Steven, e Lester forjado um dedo de silicone onde seria colocado a digital roubada.

Mais seu trabalho tinha sido ainda mais complicado, tinha investigado sem parar a senha numérica do cofre, por ser fraco ao álcool Steven havia dito os números enquanto bebiam.

Subindo a escada que levava a um corredor onde estava o escritório, ela iluminou o corredor e notou as câmeras de segurança já desligadas por Lester. A ajuda do garoto estava favorecendo muito, se não fosse por ele, teria que está se esgueirando pelos cantos ou teria que encontrar uma forma de roubar a joia sem que Steven notasse ou desconfiasse dela.

__ Vejo que você não está cochilando. Desligou as câmeras.__ Disse ela e ele sorriu do outro lado.__ E os alarmes você desligou também?

__ Sim, você pode ir e voltar sem ter que se preocupar com essa coisa zoando.__ Disse ele enquanto mastigava algo.__ Já encontrou o cofre?

__ Estou perto. Fica de olho aí fora.

Continuou ela. Em silêncio ela começou a caminhar apressada passo corredor, iluminado as paredes e o chão com a pequena lanterna, parou em uma sala com uma lareira e a cabeça de um urso na parede, um piano de calda logo depois de um divã a esquerda.

Um raio rasgou o céu iluminando a sala através de uma das janelas. Se aproximou da janela e puchou um pouco a cortina. Do lado de fora da casa o quintal era escuro e assustador quando iluminado pelos raios.

As estátuas do Jardim lembravam cruzes em um cemitério velho, um novo raio caiu permitindo que ela visualizasse um bosque não muito distante da casa. Os fundos da mansão era ainda mais tenebroso que a frente com a rua e as casas vizinhas desertas. Se perguntou por que Steven havia comprado aquela casa naquele local tão distante.

Sentiu um calafrio e fechou as cortinas, iluminou a sala novamente e encontrou a porta levava ao segundo escritório onde estava o quadro escondendo o cofre. Respirou aliviada ao se aproximar e abrir a porta.

__ Lester, algum problema aí fora ?__ Perguntou ela e colocou a lanterna em um lado do pescoço e a precionou contra o ombro.__ Algum movimento? Eu encontrei a porta que leva ao cofre. Vou tentar abrir agora. Ver se não dorme aí fora pirralho.

__ Não estou dormindo. Estou bem.

Ouviu o garoto dizer e tirou o quadro da parede, sorriu ao observar o cofre com senha preso a parede, a pequena pontinha dourada, a trava de segurança exigia a senha e a digital de Steven, Apertando um botão vermelho ela digitou a senha e depois de alguns segundos apertou um botão verde e colocou o dedo de silicone com a digital e engoliu em seco.

__ Vai, funciona.... __ Pensou ela e seu coração saltou ao ouvir o som de uma trava sendo destravada e então a porta se abriu.

Soltando a respiração, ela pegou a lanterna e iluminou dentro do cofre, havia as apólices de terras, três maços de dinheiro, algumas barras de ouro e o diamante. Um belo diamante azul, tão azul quanto os olhos do dono. Pegando a joia ela a encarou e pegou o comunicador antes de fechar a porta.

__ Ei Lester, eu achei nosso bebê. __ Disse ela ao guardar a joia em uma pequena bolsa. Colocou o quadro na parede novamente e respirou aliviada. __ Estou saindo.

__ Ok.

Tudo estava saindo como o planejado. Agora só precisava sair dali e ir embora. Se afastando de onde estava o cofre ela iluminou em direção do escritório particular de Steven, sorriu ao se lembrar de algo, naquela sala havia algo tão caro quanto aquele diamante, também tinha cogitado roubar o artefato. Um elefante de jade verde, era um item especial e único, Steven o comprara em um leilão na Tailândia. Adorava aquela miniatura, se aproximando da sala ela abriu a porta e entrou no cômodo, iluminou a miniatura e sorriu ao pegá-la nas mãos.

__ Você vem comigo bebê. __ Disse ao pegar o objeto e o colocar dentro de sua mochila. __ Agora vamos embora.

Saindo da sala ela fechou a porta e iluminou o corredor, começou a andar apressadamente, a respiração acelerada, um raio cortou o céu novamente, o clarão iluminando o chão através das janelas de vidro. Escorregando em algo ela perdeu o equilíbrio e deixou a lanterna cair.

__ Droga...

Xingou ela ao se abaixar no escuro e começar a tatear o chão a procura da lanterna quebrada. Um raio iluminou a casa através do vidro revelando rapidamente a posição da lanterna e os pequenos cacos de vidro no chão.

....... .

__ Droga por que você tá demorando tanto. __ Disse Lester enquanto comia seu último salgadinho.

Se curvou entre o acento do motorista e a direção para pegar as chaves da vã que haviam caído e notou quando uma sombra passou perto da janela do veículo. Se ergueu e abaixou o vidro.

__ Nika? É você? __ Perguntou ele mais não ouve resposta, olhou para trás, para a casa velha pelo retrovisor e não viu ninguém. Estava escuro demais lá fora. A única luz visível agora era a dos raios que rasgaram o céu.

Fechou o vidro do veículo quando uma chuva grossa começou a cair. Abrindo outro pacote de salgadinhos ele jogou uma mão cheia na boca e fechou os olhos enquanto mastigava. Devolveu a chave do veículo a ignição e olhou a hora em seu relógio.

O vento balançava os galhos de uma árvore próximo dali, a sombra projetada através da luz dos raios tornava-se assustadora quando projetada sobre o vidro da vã. Rolou os olhos ao notar que a sombra que vira antes não passava de um galho de árvore chacoalhando devido o vento e a chuva.

Pan... Pan... Pan...

O barulho de algo batendo na parte de trás da vã o fez se engasgar com os salgadinhos, bebeu um pouco de refrigerante e olhou para trás, enquanto uma nova sombra se projetava, mais devido a água da chuva embaçando o vidro ele não conseguia identificar a figura.

__ Vamos, garota, eu não tenho tempo para brincadeiras, se você já pegou o que veio buscar vamos sair daqui. __ Disse ele ao pegar uma lanterna. Vestiu uma capa de chuva e saiu para fora da vã. __ Nika... ? Nika ?

Nada. Nem mesmo uma única resposta foi ouvida. Irritado ele caminhou até a parte traseira da vã e iluminou a sua volta, não havia nada além de casas e árvores. Até mesmo as luzes que vira acessa nos postes antes estavam completamente apagadas.

Sentindo um arrepio ele iluminou a vã e xingou ao notar que os pneus estavam furados. Se abaixando e tocando uma das rodas ele engoliu em seco ao iluminar as marcas de furos feitos a facadas profundas. Gasolina estava escapando de debaixo do veículo e se misturando a grama molhada pela água da chuva. Se perguntou se aquilo era alguma brincadeira de Nika. E onde ela estava se escondendo.

__ Droga... Em que eu fui me meter.

Erguendo-se rapidamente ele iluminou a sua volta e engoliu em seco ao notar alguém parado perto da mansão onde Nika havia entrado. Raramente se assustava com algo, mais aquelas cenário chuvoso e os trovões da tempestade que caia sobre a cidade transformava aquela rua escura em algo assustador e sombrio.

__ Nika? Tá tudo bem? __ Perguntou ele ainda longe. Engoliu em seco quando um raio atingiu uma árvore em uma casa próxima e tremeu. A chuva estava cada vez mais forte. __ Vamos, eu quero ir pra casa. Não fique brincando por aí garota.

Aproximando-se entanto iluminava o caminho com a lanterna ele prendeu a respiração ao parar próximo a figura e percebeu que se tratava apenas de uma estátua.

__ Que merda... Droga de estátua, quase me mata de susto. __ Mumurrou ele enquanto a lanterna começava a falhar. Aquelas lanternas baratas apresentavam falhas em contato com a água. Xingando ele olhou para a casa e correu em direção a vã ao ouvir o barulho da porta abrindo e fechando.

Observou alguém se mover dentro e fechou os punhos. Danika iria pagar caro por suas brincadeiras.

__ Nika, eu não estou para brincadeiras. __ Disse ele ao abrir a porta do veículo. __ Por que você fez isso....

Antes mesmo que ele pudesse terminar seu protesto duas mãos o puxaram para dentro do veículo enquanto seus gritos ecoavam entre o som de um trovão.

.....

Depois de muito tatear pelo chão a procura da lanterna e do comunicador que havia quebrado com o baque no chão, Danika apenas aproveitou a luz dos raios que caia para visualizar e memorizar onde estavam os dois objetos. Esperou o tempo exato do raio e pegou as duas partes quebradas do comunicador e as colocou em sua bolsa. Por um momento pensou ter ouvido o som da voz de Lester chamando seu nome, sentiu um calafrio e esperou ouvir algo novamente, mas tudo que conseguiu ouvir foi o som dos trovões e da chuva forte.

__ Vamos... Onde está você...

Esperou ansiosa por outro fleche de luz e notou a lanterna próximo a um canto perto de uma janela, se aproximando do objeto ela tateou novamente até encontrá-la, não podia deixar nada para trás.

Qualquer suspeita de que alguém houvesse entrado ali e roubado algo poderia ser crucial, guardando o objeto na bolsa ela olhou para fora pela janela e tremeu ao notar alguém entrando sorrateiramente na vã, e depois Lester caminhou em direção ao veículo.

__ Não... Não vai... Lester.... __ Gritou ela, e bateu no vidro da janela, o som de seu grito se misturando a um trovão. Estava com um mal pressentimento. __ Lester...

Gritou novamente. " Quem está dentro não pode ser ouvido por quem está fora, mais pode ver e ouvir quem está fora. E quem está fora não pode ouvir e nem ver quem está dentro. " Lembrou-se das palavras de Steven e engoliu em seco antes de começar a correr no escuro em direção as escadas. Precisava impedir que Lester se aproximasse da vã.

Descendo as escadas apressadamente ela correu em direção a porta e tentou abri-la, mais lembrou-se que somente o garoto poderia abri-la, socando a porta ela correu até a janela e puxou um pouco a cortina e gritou novamente. Não conseguia ver mais nada, sabia apenas que lá fora tinha começado a cair uma forte chuva. Raios curtos cortavam o céu. Com a respiração presa e lágrimas nos olhos ela esperou por outro raio.

__ Lester... Não...

E quando outro raio caiu novamente ela viu o garoto ser puxado para dentro do veículo enquanto o carro balançava. Prendendo a respiração ela se afastou da janela quando um novo raio iluminou o cenário lá fora e um estranho usando uma máscara e roupas pretas saiu para fora da vã, segurava uma faca que brilhava na luz dos raios.

__ Lester... Não... __Disse uma última vez e cobriu a própria boca com as mãos trêmulas ao ouvir o som dos gritos do garoto. Gritos apavorantes e de dor. Sentiu suas pernas ficarem banbas e caiu de joelhos enquanto tremia.

E quando os gritos do garoto pararam ela olhou para fora novamente, a respiração ofegante enquanto esperava pela luz dos raios, e quando este veio ela viu o estranho caminhado em direção a casa enquanto arrastava o corpo inconsciente de Lester. Ele se aos fundos da casa. Ergeundo-se apavorada e com as pernas trêmulas de medo ela começou a subir as escadas, mais tropeçou e caiu batendo a testa no chão.

Erguendo-se sonsa ela ouviu a porta da cozinhar se abrir e prendeu a respiração antes de se levantar e subir as escadas enquanto o som de passos e algo pesado sendo arrastado ecoava perto dali, subindo o último degrau ela parou próximo a uma enorme tapeçaria que havia próximo a janela e tapou a própria boca enquanto os passos paravam no andar de baixo perto da escada.

Prendendo a respiração ela lutou internamente contra o medo e a aflição enquanto passos lentos ecoavam pela escada. Então pararam perto de onde ela estava escondida. Ouviu uma respiração calma e o som do relógio de pêndulo ecoando pela casa.

O som de um gemido no andar de baixo fez com que a pessoa parada perto da tapeçaria votasse a correr e ela ouviu seus passos pesados sobre os degraus da escada. Sem tempo para esperar por algo ela saiu de trás da tapeçaria e começou a correr pelo corredor enquanto gritos de dor eram sufocados na sala de está, abriu a porta do escritório e tremeu ao olhar para fora por baixo da porta, o estranho estava vindo naquela direção, então parou perto dali e largou o corpo imóvel de Lester e parou perto da porta. Erguendo-se ela se jogou entre uma estante de livros e a parede e fechou os olhos, o som do prender de sua reposição sendo sufocado pelo som da porta abrindo.

....

Silêncio. Por trás da estante tudo que Nika ouviu foi o som da respiração pesada do assassino, e o som de seus passos inquietos enquanto andava de um lado a outro da sala, pela fresta entre um livro de contas e um jarro ela pode ver o estranho olhar debaixo da mesa, e depois atrás das cortinas azuis marinho, com o corpo tenso e ainda tapando a boca ela o viu se aproximando da estante enquanto girava uma faca de cozinha em uma das mãos.

Fechou os olhos e lágrimas rolaram em sua face quando ele estendeu a mão para afastar a estante, mais parou quando o som dos gritos eufóricos de Lester ecoaram do lado de fora, caminhado até a porta ele abriu e olhou para fora, esse foi o tempo preciso para Nika sair de onde estava e se espremer embaixo da mesa, ouviu os passos do assassino novamente e o som da estante sendo arrastada.

Ainda tapando a boca ela soltou a respiração quando ouviu o som da porta sendo fechada depois de um longo silêncio, tremeu quando os grunhidos de dor de Lester pararam e ouviu o infame som de seu corpo sendo arrastado do lado de fora.

Meu Deus... Me desculpe Lester.... Me Desculpe.... Perdão... Pensava ela enquanto chorava em silêncio, depois de um longo tempo ela saiu de debaixo da mesa com cautela, correu até a porta e a fechou na chave. Se afastou e caminhou até o telefone sobre a mesa, Merda... Merda... Disse ela ao pegar o telefone e notar o fio cortado. Procurou algum celular nas gavetas da mesa, mais não encontrou nada além de uma pistola , um resolver calibre 38 e alguns balas dentro de uma caixa no alto da estante.

Com as mãos trêmulas ela colocou as balas dentro da arma enquanto olhava para a porta. Colocando a bolsa com o diamante e o elefante de jade embaixo da mesa ela caminhou até a porta e a abriu. Com o coração acelerado ela saiu para fora, a arma apontada, pronta para atirar, correu em direção as escadas e engoliu em seco ao quase tocar em um fio armado na horizontal no meio da escada, tocou a coisa e tremeu quando este quase cortará seu dedo.

Teria sido partida ao meio se tivesse atravessado a escada. Iluminado com a lanterna, ela percebeu que haviam armadilhas por todo o chão, armadilhas de caçador, uma espingarda suspensa por um fio ligado a janela e ao abajur estava pronta para estourar os miolos de quem quer que entrasse pela porta da frente. Passando por baixo do fio, ela desviou com cuidado das armadilhas, prendendo a respiração ela se aproximou de um criado mudo onde havia visto um telefone antes e parou ao notar que este estava cortado e ligado a outro fio que segurava uma espécie de bastão cheio de pregos. Se perguntou quando o maldito assassino havia colocado aquelas coisas ali.

Mais lembrou-se que havia ficado trancada na sala, embaixo da mesa e tremendo antes de sair e achar aquela arma nas gavetas. A julgar pelas armas e as armadilhas com certeza o assassino lá fora era sádico e violento. Aquele parecia um cenário horrendo e tenebroso de uma caçada.

Desistindo do telefone ela caminhou até a cozinha e parou ao notar vários fios cortantes bloqueando a porta, mais um passo e ela teria ficado em pedaços. Próximo a porta que levava aos fundos da casa havia uma enorme armadilha de ursos, até mesmo a janela estava cheia de armadilhas.

Engolindo em seco ela ouviu passos ecoando no andar de cima e tremeu, o assassino estava voltando, e ela estava encurralada e sem saída, como um animal preso em uma gaiola rodeada de predadores.

Afastando-se da cozinha ela olhou a sua volta e tremeu quando o som dos trovões lá fora ecoaram, ouviu passos na escada, o assassino estava descendo degrau por degrau, o som de seus passos ecoando.

Com os olhos arregalados e abaixada atrás do balcão da cozinha Nika observou o reflexo do assassino refletindo no aço de alguns talheres pendurados e tremeu, ele girava uma faca em uma das mãos enquanto observava pacientemente e atentamente o ambiente. Deu um passo a frente e caminhou em direção ao balcão, e antes que pudesse olhar aquela parte Nika rastejou rapidamente até o outro lado, a respiração presa. Observou-o caminhar até a janela e tremeu ao ouvir o som de passos do lado de fora.

Alguém estava chegando, encolhida em um canto escuro ela ouviu o assassino rosnar em meio ao som da porta se abrindo. Aquela era sua chance, se erguendo cautelosamente ela observou as armadilhas bloqueando a porta e saiu da cozinha, desviando com cuidado dos fios cortantes. Se aproximou da janela e tremeu ao notar o assassino parado de costas e sem a máscara que cobria seu rosto conversando com um policial que depois de confirma que tudo estava bem saiu, entrou de volta a sua viatura.

Mais antes mesmo que pensasse que voltaria a sua caçada dentro da casa, o assassino ouviu o som de um carro se aproximando e se apressou rapidamente e sorrateiramente em direção aos fundos da casa. Pela janela, Nika pode constatar que eram os alunos de Steven.

Era Issy e Dorian, os alunos que praticavam músicas na sala de música de Steven. O garoto tocava piano, e a garota uma bailarina, segundo Steven, os dois iriam se apresentar em um concerto no fim do mês, por isso ensaiavam com frequência na casa de Steven. Com medo e tentando se aproximar da janela ela recuou ao quase pisar em uma armadilha, gritou várias vezes mais ninguém do lado de fora podia ouvi-la, afastando-se da janela ela voltou para o topo das escadas e se escondeu atrás da tapeçaria velha quando ouviu o assassino entrar na casa pela porta dos fundos.

A sala escura ocultava o cenário assustador das armadilhas no teto e próximo às janelas. Desativando a armadilha da porta o assassino se escondeu atrás de uma cortina enquanto segurava uma faca de cozinha. Tapando a boca para não gritar, Nika ouviu o som da porta abrindo e tremeu quando os dois jovens entraram na casa. O desgraçado havia destravado as armadilhas do teto e escondido as do chão próximo a janela.

__ Essa casa é tão sombria. Combina com o professor Steven. __ Disse a garota antes de tirar seu casaco e o colocar sobre o sofá. Seus pés por pouco não tocaram uma armadilha que poderia dilacerar sua perna. __ Ele disse que a sala de música e dança fica no segundo andar.

__ Vamos ensaiar apenas por uma hora e voltamos para casa. __ Disse o garoto ao caminhar até a cozinha. Quase ativando uma armadilha no teto.

Escondida e com medo Nika observou o assassino escondido atrás da cortina a apenas alguns passos da garota e sentiu as lágrimas queimarem sua face, queria gritar, pedir ajuda, dizer pra irem embora, mais não podia, depois do que ele havia feito a Lester, ela estava apavorada.

Observando os jovens entrarem na cozinha e o assassino os seguir sorrateiramente ela saiu de detrás da tapeçaria e correu em direção a sala de músicas enquanto ouvia o som de gritos de desespero vindo da cozinha, entrado na sala de músicas ela tateou na parede até encontrar um pequeno furo na parede e soltar a respiração antes de empurrar uma parte do espelho para o lado e se jogar no pequeno espaço entre o espelho e a parede e tapou a boca no momento exato que a porta da sala se abriu e o assassino entrou arrastando o corpo do garoto com vários cortes na garganta, o sangue saindo e formando um rastro vermelho pelo chão.

Jogando o corpo da garota ainda viva mais imobilizada com a boca e as mãos amarradas as barras de dança presas a parede, ele pegou o corpo do garoto e o colocou sobre o piano. Se aproximou da garota e colocou uma venda em seus olhos antes de tocar seu rosto e sorrir cruelmente.

__ Hun.. Hunn.... __ Choramingava a jovem enquanto o assassino tocava uma música triste no piano, o som melancólico abafando os sons de choro e desespero da jovem.

Em pânico e encolhida no curto espaço Nika chorou até que seus olhos não suportaram e ela apagou devido ao cansaço, enquanto o corpo do jovem era erguido por uma espécie de gancho preso a parede, o barulho de algo sendo cortado se misturando aos grunidos de medo da jovem e a música triste tocando.

..... .

__ Domenika.... Nika... É a mamãe....

Acordando de repente, Nika tremeu diante do silêncio da sala. Se aproximando do pequeno buraco na parede ela olhou pela pequena fresta entre o espelho e tapou a boca ao observar um cenário aterrador e tenebroso do outro lado. Haviam cordas e correntes suspensas e presas ao teto, enquanto o corpo de Lester e Dorian estavam suspensos no ar, a cabeça de Lester havia sido separada do corpo e estava largada de qualquer jeito sobre o piano, o olhar sem vida e sem brilho do jovem apontado em sua direção. Sentindo-se culpada ela chorou em silêncio enquanto pedia desculpas e perdão mentalmente.

Havia sangue manchando o chão como a vazante de um rio, o sangue que esguijava do corpo mutilado de Lester manchava as paredes brancas de vermelho como frágeis pinceladas em uma obra de arte. Serrando o corpo de Lester com uma serra de serrar madeira ele abriu a barriga do morto e retirou seus órgãos internos enquanto os jogava em um saco plástico.

__ Hunn hunnn....

Ouvido os gemidos e gritos abafados de Izzy ela se aproximou novamente da venda e observou quando o assassino caminhou até a garota e colocou um colar feito de dentes e unhas em volta seu pescoço.

E quando a garota voltou a choramingar ele atingiu seu rosto com um tapa e a largou fazendo com que batesse a cabeça fracamente na barra de dança. Precisava fugir daquele lugar o mais depresa possível. Tirando sua jaqueta, e seus sapatos, ficando apenas com as meias, tapou o pequeno buraco na parede com uma das meias e ligou a lanterna, aquela escuridão estava lhe causando medo e a sensação de claustrofobia estava fazendo com que se sentisse sufocada no curto espaço.

Dentro do pequeno cúbico havia uma nova passagem que concerteza levava algum outro local da casa, segurando a lanterna com a boca ela empurrou a porta da pequena abertura e iluminou dentro, era pequena e extreita mais era o suficiente para alguém pequena e magra como ela entrar e esgueirar.

Se perguntou se Steven sabia sobre as passagens secretas da casa. Mais deduziu que talvez ele não soubesse de nada, afinal só havia um mês e meio que havia comprado a propriedade e se instalado ali. Se arrastando pela abertura, ela prendeu a respiração enquanto tentava dissipar o medo e a tensão.

Sempre tivera medo de lugares apertados, tinha claustrofobia, iluminando a sua frente ela encontrou o saída do pequeno buraco e ficou em silêncio ao olhar pela pequena fresta e respirou aliviada ao percebo que estava em uma espécie de quarto. Com certeza um dos quartos de hospedes. Segurando a lanterna novamente ela empurrou a fresta da pequena abertura e saiu para fora iluminou com a lanterna e respirou fundo antes de correr até a porta e a fechar na chave, arrastou uma poltrona e a usou como bloqueio na porta.

Olhou pela janela e tremeu ao notar que a vã de lester não estava mais no local, nem mesmo o carro dos jovens. Fechando as cortinas ela se sentou no chão perto das janelas e fechou os olhos. Estava com sono, com sede e presa em uma mansão com um maldito assassino. Se seu pai a visse agora diria que ela estava ferrada.

Levantando-se ela caminhou até o banheiro do quarto, ascendeu a luz e se olhou no espelho, seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto sujo. Lavando o rosto ela o enxugou com sua blusa e depois desligou a luz, antes de arrumar os cabelos, se aproximou do guarda-roupa e o abriu, não havia nada dentro do móvel, abriu as gavetas e as fechou ao não achar nada útil.

Se aproximando da porta ela respirou profundamente antes de olhar pela fechadura da porta e tremeu ao notar alguém parado do lado de fora, ouviu o barulho de algo sendo destravado, o assassino estava entrando em todos os cômodos daquele andar, como se suspeita-se de algo ou procurasse por alguma coisa.

Arrastando a cômoda de volta para seu lugar original, ela abriu a pequena passagem e entrou dentro do espaço e o fechou novamente antes de começar a se arrastar volta, mais parou ao ouvir o som da porta de abrindo, o som de passos no quarto, voltando a se arrastar ela respirou fundo enquanto suava e tremia até alcançar a saída de antes e parar de repente.

__ Droga...

Sussurrou, os olhos arregalados e o corpo trêmulo. O assassino havia descoberto a passagem por trás do espelho, e agora sabia que havia alguém mais na casa além dos dois jovens e de Lester. Apressando-se em sair da pequena passagem, ela correu em direção Issy e cobriu sua boca antes que a garota pudesse gritar e alertar o assassino.

__ Issy. Eu sou eu, Nika. Eu entrei na casa a pedido de Steven, vim buscar algumas coisas e quando cheguei quase fui morta por um assassino louco. __ Disse ela e tirou a fita que cobria os olhos da garota, arrancando alguns pelos dos cílios e sobrancelhas.

__ Senhorita Nika. Eu pensei que fosse aquele homem louco. __ Disse a garota ao abraçar Nika de forma apertada. Olhou para a porta assustada. __ Ele esfaqueou Dorian até a morte e ficou lá olhando ele sangrar e.... Eu estou com medo...

__ Eu tentei chamar a polícia mais o desgraçado cortou todos os fios dos telefones da casa. Ele também espalhou armadilhas por toda parte. __ Disse Nika ao se erguer e caminhar até uma mala deixara ao lado do piano de caudas.

Evitou olhar para o rosto em decomposição de Lester e o corpo retalhado de Dorian, vasculhou na mala e encontrou uma pequena faca ao qual usou para soltar as cordas que prendia Issy a barra de dança. Ajudou a garota a se erguer.

__ Eu tenho um plano ok. O único jeito de sair desse lugar é pela porta dos fundos ou pela porta da frente. Mais se conseguirmos quebrar o vidro das janelas de algum quarto do segundo andar também podendo sair. __ Disse Nika enquanto voltava a vasculhar a mala de ferramentas. Haviam alicates, serras, bisturis a qual pegou um e entregou para a garota assustada.

__ Se sairmos, como faremos para não sermos vistas? Nesse momento ele pode está voltando. __ Indagou Issy, as mãos trêmulas enquanto segurava a lâmina pequena e afiada. __ E mesmo eu não posso deixar o corpo de Dorian aqui...

__ Podemos voltar e pegar o corpo do seu namorado e do meu amigo depois. __ Disse Nika enquanto se apressava de volta para o esconderijo atrás do espelho. Abriu a pequena passagem de onde era possível ver o pequeno túnel que levava ao quarto de antes. __ Eu encontrei uma passagem que leva a um dos quartos de hospedes. Nesse momento o desgraçado está vasculhando todos os cômodos, ele sabe que tem alguém mais na casa além de Lester e vocês dois. Eu não sei quem é ele e nem por que está fazendo isso, mais ele é rápido e inteligente.

Aproximando-se da pequena abertura ela iluminou com a lanterna e ordenou que Izzy fosse na frente já que a garota era menor e um pouco mais magra que ela. A jovem protestou um pouco, ainda estava assustada. Quando a garota entrou e começou a se mover ela ouviu o som de passos do lado de fora da sala e tremeu antes de entrar no pequeno espaço e fechar a pequena porta de concreto que escondia a entrada.

Ouviu o som dos passos do assassino e seus grunidos de raiva e o som da porta abrindo novamente e respirou fundo antes de voltar a andar apressadamente atrás de Izzy, agora o assassino lá fora sabia que alguém havia soltado uma de suas vítimas e estava escondido em algum lugar da casa.

__ Vamos mais rápido. Ele sabe que alguém soltou você. __ Disse ela quando a garota parou de repente e tentou empurrar a pequena porta a sua frente. __ Espera. Você está ouvindo isso?

Prendendo a respiração e fechando os olhos ela sentiu os pelos do corpo se erguerem em um arrepio ao ouvir o som de algo pesado sendo arrastado. Olhou para trás e tremeu. O assassino havia descoberto a passagem atrás dela e agora parecia está vindo em sua direção.

__ Ele entrou. Droga. Maldito lugar apertado. Essa passagem não abri. Parece que tem alguma coisa bloqueando. __ Disse Izzy enquanto tentava empurrar o concreto. __ E agora? Como sairemos daqui ?

Iluminado a sua volta ela respirou fundo e tremeu ao olhar para os lados, haviam mais duas bifurcações, uma levando a esquerda e a outra a direita, e embora não soubesse onde elas a levariam aquela era sua única opção.

__ Seu colar. Me dar eu tive uma ideia. __ Disse ela é a jovem obedeceu enquanto o barulho de algo arrastando se tornava ainda mais perto. Respirou fundo e jogou o brinco da garota para a bifurcação a direita. __ Pela esquerda. Vamos seja rápida, e não pare.

Seguindo a ordem a garota entrou na bifurcação e voltou a rastejar apressada e assustada, o suor inundando suas roupas, a sensação claustrofóbica quase dominando-a, ambas as duas estavam lutando contra o pânico e o medo de morrerem.

Se arrastando com medo e olhando para trás Nika ouviu o som da porta de concreto sendo empurrada e os pés de Izzy sumindo quando ela saiu para fora, estendeu a mão e segurou na mão da garota e saiu para fora ofegante. Fechou a porta e iluminou a sua volta.

__ Onde estamos ? __ Perguntou Izzy. O local onde a bifurcação terminava era arenoso e escuro, como um local subterrâneo com um corredor estreito, as paredes de pedra. __ Onde será que iremos parar se subirmos ?

__ Eu não sei. Eu descobrir hoje essas passagens. Essa casa é estranha. Se você está fora não pode ver e nem ouvir quem está dentro e quem está dentro pode ver e ouvir quem está fora. E essas passagens, uma delas levava aos quartos. Com certeza está leva a algum cômodo da casa. __ Continuou Nika antes de iluminar para cima.__ Você consegue subir usando as pedras ? Temos que os apesar eu tentei despistar ele com o colar. Mais acho que esse desgraçado é inteligente o suficiente pra não cair nessa armadilha.

__ Não é preciso escalar, olha tem uma pequena escada aqui, mais parece frágil então é bom ter cuidado. __ Disse Izzy antes de tirar o casaco. __ Eu vou na frente.

__ Ok. Você está ferida?__ Continuou Nika antes de iluminar para cima novamente.

__ Não. Estou bem.

Observando a garota começar a subir pela escada velha Nika estava prestes a andar quando algo segurou seu pé e ela tremeu quando algo a fez cair e bater a cabeça no chão, gritou ao olhar para trás, o assassino havia descoberto aquela passagem e agora estava tentando sair pela abertura.

__ Droga... Izzy, continue a subir, não pare por nada. __ Gritou ela antes de começar a chutar a mão do assassino com seu outro pé enquanto tentava se libertar.

Subindo apressadamente ela observou Izzy deslizar por um dos degraus que havia quebrado e tremeu quando a garota quase caiu, se soltando do pé do assassino ela voltou a gritar quando ele pós metade do corpo para fora e gruniu antes de usar uma faca para atingir sua perna.

__ Ahhhh... __ Gritou ela quando a lâmina tocou sua panrurrilha. Chutando o assassino novamente ela se ergueu cambaleante e começou a subir a escada enquanto o homem tentava sair, por ser maior e mais robusto ele tinha mais dificuldades em se locomover naquele lugar apertado. __ Izzy... Ele está vindo...

__ Achei a passagem. __ Gritou a garota antes de empurrar algo pesado e sumir dentro de uma abertura. Colocou metade do corpo para fora e a ajudou a subir, mais gritou quando o assassino voltou aparecer, estava subindo as escadas. __ Cuidado...

__ Ahhhh... __ O assassino agora havia atingindo a coxa esquerda de Nika enquanto tentava escalar a escada. Se debatendo e sentindo dor Nika o chutou e gritou. __ Você vai cair seu desgraçado...

Gritou ela ao chutar o rosto do assassino que deslizou pelos degraus frágeis, que não suportaram o peso do assassino e se partiram ao meio, Observando-o cair no local apertado ela ouviu-o gemer e gritar irritado antes de tentar voltar pela abertura de antes.

__ Vamos. Ele entrou na abertura de novo. Se ele não voltar pela sala de músicas, vai voltar pelo quarto de hospedes. __ Disse Nika quando Izzy a ajudou a sair para fora. Fecharam a abertura e ela iluminou a sua volta, ofegante e sangrando. Encostou-se na parede e gemeu quando sua perna doeu. __ Onde estamos?

__ Em outro quarto.

Iluminado a sua volta, Nika respirou fundo antes de se erguer, era a suíte principal da casa. O quarto que Steven havia dito que iria pertencer aos dois. Ascendendo as luzes do quarto ela caminhou até a janela e tentou abri-la, mais não conseguiu. Pareciam duras e emperradas. Tentou chutar e quebrar o vidro mais não teve sucesso.

__ O vidro é inquebrável. E agora ? __ Disse a jovem ao se sentar na poltrona e tremer ao ouvir o som de um trovão. __ Como sairemos daqui ?

__ Eu não sei. __ Disse Nika ao caminhar até o banheiro. Ascendeu as luzes e se aproximou da banheira, tirou suas botas e a calça e gemeu quando os cortes doeram. __ Eu estou sangrando. Venha aqui Izzy. Me ajude com esses ferimentos.

Aproximando-se rapidamente a garota pegou uma caixa de primeiros socorros e abriu, jogou álcool sobre o ferimentos e depois de limpá-los ouvindo os protestos e gritos de Nika ela terminou os curativos.

__ Você tem que tomar analgésicos. Se esses ferimentos infeccionarem você pode ficar bem pior. __ Disse a garota enquanto lavava as mãos.

__ Eu sei. Mais a única maneira de sair é pela porta da frente ou pela porta dos fundos. __ Disse Nika ao se levantar e sair do quarto. __ E o único jeito é saindo daqui, passando pelo assassino e pelas armadilhas.

__ Armadilhas ?__ Perguntou Izzy.

__ Ele colocou armadilhas pela casa toda. Armadilhas de caçador, armas ligadas ao teto, e fios cortantes nas portas e na escada. __ Disse Nika enquanto caminhava até a janela. __ Um passo em falso e você é estraçalhado ou feito em pedaços.

__ Droga. Então como iremos sair?__ Indagou a garota totalmente aflita e nervosa. Andava de um lado a outro do cômodo com as mãos na cintura. Nika estava parada ainda olhando a escuridão lá fora pela janela.

__ Vamos sair desse quarto. Deve ter alguma outra passagem além dessa pela qual entramos. __ Disse Nika enquanto mudava alguns objetos de lugar. Mais nada acontecia. Desistindo ela se sentou na cama e apertou as têmporas.

__ Você ouvi isso? __ Ela foi arrancada de seus pensamentos quando ouviu o som de passos lá fora, depois o som de chaves abrindo portas. Olhou pela fechadura e se afastou. __ Droga.

Disse ela e tremeu. O assassino agora estava abrindo as portas novamente a procura das duas. Tremendo e em total desespero, voltou a mover as coisas dentro do quarto, até mover um pequeno quadro na parede e uma nova passagem se abrir, mais o tempo estava curto, empurrou uma poltrona até a porta e gritou quando o assassino tentou abrir a porta.

__ Esconda-se. Fuja pela passagem, eu vou tentar ganhar tempo. Não importa o que aconteça não olhe para trás, olhe para onde pisa.

__ Mais e você? __ Perguntou a garota.

__ Eu vou ficar bem. Vai. __ Disse ela friamente e foi sacudida enquanto o assassino tentava abrir a porta. E quando ele parou ela respirou ofegante.

Olhou para trás e respirou aliviada quando a jovem entrou na pequena abertura e a fechou. Afastando-se da porta Nika tremeu ao ouvir o som de algo pesado sendo arrastado pelo chão, então ouviu as batidas cortantes na porta e sr afastou enquanto o assassino tentava abrir a porta com um machado.

Quando conseguiu abrir uma grande brecha ma porta ele a encarou e ela finalmente pode ver sua face coberta por uma máscara de couro negra, seus olhos frios e olhar cruel, sorriu de forma macabra e maliciosa enquanto passava a língua sobre os lábios. A olhava como se olhasse uma presa encurralada.

Com o coração acelerado, as mãos trêmulas, Nika o observou abrir a porta, no entanto não conseguia entrar, a poltrona pesada bloqueava todo o caminho. Sorrindo de escárnio Nika o encarou.

__ Não pode entrar ? O que é ? Você não tem testículos o suficiente pra empurrar essa maldita porta?__ Disse ela antes de pegar algo e lançar em direção a porta. Ele se afastou quando um candelabro pesado quase atingiu seu rosto. __ Eu vou sair daqui seu desgraçado. E quando eu sair, a polícia vai fazer você gritar igual uma garotinha.

Um gemido alto soou em sua garganta enquanto ele a encarava. Aspirando o ar a sua volta, ele sorriu friamente.

__ Tente fugir então.

Por um momento ela pensou tê-lo ouvido sussurrar mais apenas se afastou da porta e voltou a empurrá-la, aproveitando o momento oportuno Nika abriu a pequena passagem e fechou bruscamente antes de sair deslisando pela pequena e estreita abertura e depois de alguns minutos ela caiu no chão frio e duro do que parecia ser a biblioteca de Steven.

O cheiro de poeira a fez tossir enquanto tentava se erguer, pelo menos três dedos de sua mão haviam quebrado e um corte sangrava em sua testa devido a queda.

__ Izzy. Você está aí?__ Perguntou ela ao se erguer. Tentou ascender as luzes da sala mais não funcionavam, iluminou com a pequena lanterna e encontrou a porta e a abriu. Se escondeu atrás de uma poltrona na sala de estar e respirou fundo. __ Ouviu o som de passos descendo a escada e tremeu quando eles pararam de repente.

Ouviu algo cair em direção a cozinha e notou quando o assassino correu em direção ao som, depois de ouvir os gritos de Izzy ela também correu na mesma direção, a garota estava do outro lado do balcão, uma das pernas estava machucada e sangrando, metade da mão decepada enquanto jogava objetos contra o assassino.

__ Sai... Vai embora seu desgraçado....__ Gritava a garota enquanto o homem tentava pegá-la. Acertando seu rosto com uma panela, ela correu em direção a Nika que pediu que ela ficasse em silêncio e então as duas entraram na biblioteca e fecharam a porta e a bloquearam com uma cadeira.

O assassino estava atordoado agora e quebrando objetos lá fora. Tentou abrir a porta novamente mais não conseguiu.

__ Você está bem ? __ Perguntou ela ao ajudar a garota. Enrolou sua mão que sangrava com um pedaço de pano que arrancara de sua blusa e respirou fundo.

__ Eu deslizei pela entrada e cai em cima de uma armadilha na cozinha. E quando me levantei me cortei em um fio cortante. __ Disse a garota que em toda sua vida jamais pensara que viveria um inferno como aquele. __ Eu tentei abrir a porta da cozinha mais não consegui, estão presas com cadeados.

__ Eu cai aqui na biblioteca. A porta da frente ainda está trancada e agora com vários cadeados. __ Disse ela enquanto vasculhada sobre a mesa na biblioteca, encontrou fósforos e ascendeu um candelabro de velas. __ Se quisermos sair daqui, teremos que enfrentar aquele desgraçado.

__ Precisamos de armas. Eu conseguir pegar uma faca na cozinha. __ Disse a garota e tirou uma pequena faca de dentro da bota. __ Deve ter algo útil nessa sala que possa ser usado.

__ Aqui só tem livros. __ Disse Nika enquanto acendia as velas do lugar. Notou que haviam vários livros sobre anatomia humana e animal, livros sobre músicas e carros e sobre armas. __ Abriu algumas caixas e xingou ao notar que se tratava de livros e mais livros.

Até que no final de uma estante encontrou uma velha espingarda e uma caixa de cartuchos e sorriu.

__ Eu achei algo útil. __ Disse ao pegar a arma e conferir. Colocou os cartuchos na arma e guardou o resto dentro dos bolsos da calça. __ Eu tenho um plano. Mais teremos que trabalhar juntas.

__ Seja o que for, eu topo. Só quero sair daqui.

__ Eu vou explodir os miolos do desgraçado. Ele tem um molho de chaves com ele, vou lutar com ele e as pego, você abri as portas e sai, ele não está interessado em você. __ Disse ela enquanto caminhava até a porta. __ Ele me quer por que eu o desafiei.

__ Certo. Mais tome cuidado, ainda quero ir ao seu casamento e do professor Steven. __ Disse a garota.

__ Você irá.

Disse Nika é abriu a porta. Olhou para fora enquanto apontava sua arma, a sala estava silenciosa, sentindo seu coração disparar ela desviou quando o assassino surgiu de detrás de uma cortina e tentou atingi-la com a faça, chutando sua perna ela desviou e atirou, o som ensurdecedor da arma ecoando por toda a casa.

__ Agora...

Gritou e atirou novamente mais o assassino desviou e atingiu com um chute e quando ela soltou a arma e ela o atingiu na barriga e pegou rapidamente o molho de chaves que caiu no chão. Pegando o objeto Izzy correu em direção a porta enquanto ela tentava desesperadamente lutar corpo a corpo com o assassino.

__ Anda logo Izzy. __ Disse ela quando ele a atingiu com um soco fazendo com que seu nariz sangrasse, quando ela caiu o assassino tentou correr até Izzy mais ela o impediu segurando em suas pernas e o derrubando.

O som de seu corpo caindo de encontro ao chão se misturando ao som das chaves enquanto a jovem destravava os cadeados. Faltavam apenas um e elas estariam livres.

__Naoooo....

Gritou Nika quando o assassino tentou se erguer novamente, pegando a arma ela tentou atingi-lo mais a arma estava travada, chutando a arma da mão dela ele a ergueu pelos cabelos e bateu sua cabeça na parede, depois a jogou sobre a mesa de centro, montou sobre ela e começou a socar seu rosto.

Sangue escapava de sua boca e seus ferimentos, sorrindo e encarando o assassino ela cuspiu em seu rosto ao ouvir Izzy, abrir a porta e sair, mais tremeu ao ouvir os gritos da jovem, então o assassino aproximou o rosto do seu e sussurrou em seu ouvido.

__ Vocês lebres não irão tão longe. Tem armadilhas lá fora e uma presa caiu na armadilha. __ Disse ele e lambeu o sangue que escapava do lábio cortado dela. __ Eu vou dissecar aquela criança na sua frente. E depois vou emoldurar seu pescoço com seus dentes. Vou fazer você gozar enquanto me banho no sangue dela.

__ Vou gozar enquanto vejo você sangrar seu desgraçado. __ Disse Nika quando seus dedos esbarraram na faca que Izzy havia deixado cair.

Ao perceber o que estava acontecendo o assassino a encarou e gritou quando ela enfiou a faca em seu pescoço, o sangue esguijando de sua garganta enquanto ele caia para o lado esperneando e sangrando, Ergeundo-se, Nika observou sua bolsa largada em um canto e a pegou.

O diamante e o elefante de jade ainda estavam dentro. Observando os objetos ela pegou a pedra reluzente e a jogou no chão, pegou a miniatura e o colocou em um criado mudo enquanto o assassino se debatia e sangrava. Ascendeu um fósforo e jogou no chão, perto de uma pilha de papéis, o fogo aos poucos começará a consumir o lugar enquanto ela saia para fora.

Ouviu o som das sirenes da polícia ao longe, e observou Izzy sendo amparada por um grupo de jovens do outro lado da rua, ouviu o som de uma pequena explosão e desviou de uma armadilha, sangue escorria de seus ferimentos, formando um rastro no chão, enquanto ela caia na grama molhada, a chuva molhando seu rosto, fechou os olhos enquanto a exaustão tomava conta de seu corpo.

⛓⛓⛓⛓⛓

__ Seu remédio Senhorita.

Nika ouviu uma enfermeira dizer e sorriu quando a mulher colocou um copo com água e alguns comprimidos ao lado da cama.

__ A Senhorita Izabelle já recebeu alta ?__ Perguntou ela. Alguns dias haviam se passado desde o acontecido na mansão de Steven.

Tanto ela quanto a jovem bailarina haviam sido internadas com ferimentos graves, Izzy tinha perco metade de uma mão e quase fora degolada pelos fios cortantes enquanto tentava fugir. Enquanto ela tinha quebrado várias costelas e os dedos da mão que agora estava enfaixada.

A polícia e os bombeiros haviam conseguido apagar o fogo no local e encontrar os corpos de Dorian e Lester, o corpo do assassino também estava entre as cinzas. Os jornais agora não falavam em outra coisa que não fosse aquele assunto.

Da noite para o dia ela e Izzy haviam ficado famosas, por terem sobrevivido ao holocausto daquela noite. A jovem bailarina recebia apoio de familiares e de um psiquiatra para se recuperar. Enquanto ela por ser órfão e solitária não tinha ninguém para vê-la. Nem mesmo Steven havia aparecido.

E quando aparecera apenas dizera se sentir culpado por tudo que tinha acontecido, mais que por conta do trabalho teria que sair do país por um longo tempo e estava terminando com ela permanentemente. Ele havia cuidado dela por alguns dias até decidir ir embora. Havia deixado uma pequena quantidade em dinheiro para ela e um apartamento em seu nome.

Pouco tempo depois descobrira que Steven na verdade era apenas um farsante, um golpista, e que havia assassinado o verdadeiro dono da propriedade e se passado pelo homem. Agora tinha decidido fugir do país já que sua cabeça estava a prêmio.

__ Ela foi transferida pela família para outro hoditpal, mais passa bem. __ Disse a enfermeira.__ Seu marido veio vê-la hoje mais cedo e deixou um presente para você.

__ Marido ? Mais eu não tenho ninguém. __ Disse ela e tremeu. Steven estava fora e nunca mais o veria.

__ Mais veio um homem hoje enquanto você dormia. Ele deixou um presente pra você. __ Continou a enfermeira e pegou algo. Uma caixa com algo pesado dentro. __ Ele também deixou um bilhete.

__ Como ele era ?

__ Bonito, alto, cabelos pretos, mais tinha um olhar sombrio e assustador. __ Continou a mulher e Nika sentiu seu coração acelerar.

Ergueu-se um pouco e abriu a caixa, as mãos trêmulas e frias, arregalou os olhos e prendeu a respiração ao abrir a caixa observar o pequeno elefante de jade dentro, e uma cenoura. Sentiu sua boca ficar seca, o desespero tomar conta de seu corpo.

" Uma cenoura para uma lebre branca.
Isso é uma trégua, descanse um pouco. "

Dizia o bilhete, tentando sair da cama ela gritou e foi impedida pela enfermeira, logo mais pessoas entraram no quarto, enquanto alguém a observando da porta.
Aquele pesadelo ainda não havia acabado. O assassino estava vivo e agora estava vindo pegá-la.

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