Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Veneno sobre a grama - 13

Wulfric fez uma careta ao provar do antídoto que supostamente faria o ácido em suas veias voltar a ser sangue novamente. O líquido verde conseguia ter um gosto pior do que o óleo de bezoar. O jovem culpou a si mesmo por esperar um sabor decente vindo de um coquetel de ervas, raízes e algumas gotas de veneno de lâmia. Ele tapou o nariz e bebeu o restante em um gole só, forçando-se a imaginar que a substância viscosa que descia por sua garganta era na verdade iogurte de morango e que ele não sentia nenhuma ânsia de vômito.

Devolveu o cadinho de barro à Aura e agradeceu com um aceno de cabeça.

A dor que já lhe incendiava o corpo novamente começou a regredir minutos depois e ele pôde ver nas costas de suas mãos que sua cor foi de pálida a não tão pálida logo em seguida.

Blitz aproximou-se do garoto sentado ao chão, cruzando os braços ao encará-lo de cima para variar.

– Você não parece que vai morrer agora – ela disse.

Wulfric olhou para cima e tentou ver através da máscara que era a expressão monótona da garota. Não obteve sucesso, como sempre. Blitz era extremamente difícil de se ler e ele não tinha certeza se ela se importaria caso ele passasse desta para melhor ou se bocejaria ao encarar seu cadáver. Sabia somente em qual opção apostaria. A garota não era tão má quanto fazia parecer.

– Eu me sinto assim também – respondeu.

– Bom. Quer dizer que podemos ir embora. Eu estou com fome. E um pouco cansada.

Um pouco cansada era o eufemismo do ano. Wulfric estava um pouco cansado. Blitz estava exausta. A garota podia estar ali o encarando de cima com expressão resoluta e postura firme, mas as bolsas negras sob seus olhos não mentiam.

– É. – O garoto preferiu fingir não notar o cansaço da jovem. – Eu acho que eu poderia dormir uma ou doze horas também.

– Ótimo. – O alívio na voz da garota foi sutil, mas com certeza pôde ser notado. – Vamos.

Wulfric ameaçou se levantar, mas Aura agarrou seu braço.

– Esperar – ela disse. – Ter o que falar com você. – A animorfa encarou Blitz. – Só eu.

A jovem revirou os olhos começou a se afastar. Estacou logo em seguida e voltou-se para Aura:

– Sabe... Quando Nagina estava me segurando e você a atacou na forma daquele falcão minúsculo... Aquilo foi... – Blitz parou de falar. Pareceu escolher suas palavras por meio minuto e então finalmente disse: – Nada mal, passarinho.

Depois se virou e caminhou em direção ao spriggan.

Wulfric demorou um pouco para entender o que acabara presenciar e então voltou-se para Aura, encontrando uma andorinha castanha no lugar onde a elfa estava.

"O que foi isso?", a voz da animorfa soou em sua cabeça.

– Hmm... Eu acho... Acho que Blitz não sabe dizer obrigado.

"Hmm... Eu pensava que eu era a única a lutar para aprender sua linguagem..."

– Ah... Não foi bem isso que eu quis dizer... – Ele sorriu. Sarcasmo era outra linguagem que Aura precisaria lutar para aprender. – O que você queria falar comigo?

"Eu queria dizer obrigada. Por salvar minha vida naquela hora".

– Não foi nada – o garoto disse, escondendo o embaraço. – Eu não podia ficar parado.

"Mesmo assim, eu quero retribuir o favor".

– Aura, você acabou de fazer isso. Eu não sei se você notou, mas cinco minutos atrás eu estava destinado a ter uma vida bastante curta.

"Não é a mesma coisa. Eu não arrisquei minha vida ao lhe prover o antídoto, portanto, minha dívida ainda existe. E eu prefiro que você não insista em negar. Nós kalinis somos bastante sérios quanto a quitar nossos débitos".

Wulfric já começava a negar, mas se absteve. Suspirou e assentiu uma vez.

"Eu espero que você não se ofenda. Você tem sorte de ter nascido em sua forma não-animal".

O jovem não sabia se concordava com a elfa, mas preferiu não interrompê-la.

"Isso quer dizer que você tem a liberdade para se transformar em vários tipos de animais, desde que tenha afinidade com eles. Você será limitado pelo seu inconsciente, mas não estará preso por ele a somente uma forma animal como eu estou. E é um desperdício o fato de você não fazer isso direito".

– Eu--

"Por isso eu quero lhe ensinar".

– O quê?

"Se você não se importar, quero dizer".

– Ah... Eu... V-Você quer ser minha professora?

"Sim. Eu posso lhe ensinar a se transformar mais rápido e até mesmo enquanto estiver em movimento. E posso te ajudar a desenvolver afinidade com outras formas animais. Além de te mostrar como se comunicar apenas com a voz de sua mente e... Bem, a manter suas roupas também".

Wulfric corou com a última frase, mas se recompôs logo em seguida. Aquela era uma oportunidade única de aprender com alguém que soube ser uma animorfa desde seu nascimento. Uma oportunidade de aprender a controlar seus próprios poderes que tanto o evadiam. E principalmente, de ficar mais forte.

O garoto olhou para Blitz ali ao longe.

– Eu aceito – disse sem hesitar.

* * *

Wulfric e Aura se aproximaram de onde o spriggan e Blitz conversavam, junto aos restos de Nagina. O Povo da Floresta deixaria a lâmia ali, intocada até que seu corpo se decompusesse. De primeiro, o jovem achara que eles sentiam rancor por ela, o que faria sentido, mas ficou surpreso ao saber que aquele era o jeito deles. Sempre que alguém morria, seu corpo era deixado onde havia caído, como aconteceria na natureza selvagem, para que a Mãe-Terra recuperasse a vida que um dia cedeu.

– Você tem certeza disso, pequena? – o spriggan perguntou.

– Pela milésima vez, sim – Blitz respondeu com tom irritado.

– Seria normal você pedir por mais. O mesmo pagamento é--

– O suficiente – a garota interrompeu.

– O que aconteceu? – Wulfric perguntou curioso.

– O velhote quer pagar mais do que foi combinado pelo trabalho.

– E você está recusando?! – Wulfric sequer precisou fingir surpresa.

– Nosso trabalho era trazer o elfo babaca de volta vivo. Ele está morto. Mas como salvamos o bosque de ser tomado por uma víbora egocêntrica, eu acho que merecemos o combinado de antes. Você discorda?

– Não, só estou surpreso que você não esteja pedindo metade do Bosque como pagamento.

– Há. Hilário – Blitz disse, a voz sem emoção. – Podemos ir?

– Sim.

Wulfric já começava a se despedir do spriggan quando o viu fitando a parte da clareira onde o corpo de Torithen ainda jazia. O elfo podia ter sido o responsável por quase destruir o Bosque, mas aparentemente o spriggan ainda lamentava sua morte.

O olhar de tristeza do Senhor da Floresta não pareceu passar despercebido por Blitz também, mas sua reação foi diferente do que o garoto esperava.

– E sobre isso – a garota disse ao acenar com a cabeça para o elfo caído. – Talvez seja a hora de escolher um sucessor descente, velhote. Independente da raça dele.

– Mas a tradição--

– A sua tradição quase destruiu seu bosque. Você não deveria segui-la cegamente. Há pessoas aqui que não seriam completamente terríveis no seu cargo. – Blitz se virou para Aura. – E você, passarinho. Talvez seja a hora de ser mais honesta com o velhote.

– O que ela quer dizer, Aura querida?

A elfa estacou em surpresa e depois encarou a garota. Sua expressão variou de irritada para temerosa para pensativa. Blitz sustentou seu olhar, sem sequer piscar, por todo o tempo e Aura só pôde suspirar e baixar a cabeça. Pareceu pensar por segundos que duraram horas e finalmente disse:

– Eu querer ser Senhora da Floresta.

– Você?! Mas minha querida, você não é uma elfa da floresta pura. A tradição--

– Poupe-me dessa discussão – Blitz interrompeu. – Eu estou cansada e faminta demais para acompanhar vocês. Estamos indo embora. E vamos pegar nosso pagamento naquela sua casa desorganizada, velhote.

Wulfric sorriu e olhou para Aura.

– Boa sorte.

Depois seguiu Blitz.


# # #

Está gostando da história? Não se esqueça de votar e deixar um comentário com sua opinião. Todo feedback é bem-vindo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro