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Epílogo (Parte do Episódio 12)

1964.

As luzes estavam atrapalhando seus olhos. Beatrice Walsh estava nervosa por sua entrevista. Ela estava em rede nacional pela primeira vez, por isso, seu nervosismo era justificável. Quando o apresentador chegou, ela tremeu, pois sabia que estavam ao vivo. Sorriu alegremente enquanto o apresentador Jeremie começava o programa.

– Boa noite. Hoje teremos uma convidada especial aqui no programa. Ela é irmã de uma garota que relatou suas experiências no sanatório Creedmoor. – O apresentador sentou-se em sua cadeira. – Beatrice, pode nos contar um pouco sobre a sua irmã?

– Boa noite Jeremie, sim, é difícil para eu dizer essas coisas, mas eu conto, porque minha irmã merece ser lembrada.

– Como foi para você escrever o diário dela?

– Foi horrível, eu sempre soube que a Alice tinha uma visão distorcida do mundo, não posso culpa-la ela nasceu antes do tempo, então eu meio que anotava cada palavra que ela me dizia e ficava chocada por ela estar tão confusa em relação a verdade.

– O livro foi lançado pela The New York Review of Books, estou certo?

– Sim claro.

– Conte-nos mais sobre o final da história. Ao que sabemos, você estava louca para encontrar um final, mas deixou que ele terminasse com a morte da sua mãe, por quê?

– Eu fico muito triste quando lembro que minha mãe foi assassinada por ela, mas eu acabei deixando o diário dela desse jeito, porque eu sabia que o público precisava de uma visão realista da parte dela, então eu deixei que o livro terminasse com a maior perda que Alice poderia ter.

– Eu não quero ser indelicado e sinto muito por ter que perguntar isso, mas o que houve com Alice depois de 1962?

– Ela faleceu ano passado. – respondeu Beatrice tentando conter uma falsa lágrima. – Ela colocou fogo no sanatório Creedmoor.

O público expressou-se com um suspiro longo de surpresa.

– Sim, por sorte nenhum dos pacientes morreram, mas a diretora do sanatório decidiu que para controlar a agressividade dela era necessária uma lobotomia.

– Uma lobotomia é bem extremo senhorita Walsh. – disse Jeremie.

– Eu sei, fiquei chocada quando me disseram isso, mas era a única forma de deixar a minha irmã bem de novo.

– Todos esperamos que ela esteja bem.

– Queria que ela estivesse.

– Como assim senhorita Walsh?

– Ela morreu semana passada.

Beatrice fez uma lágrima cair de seu rosto, enquanto o público continuava cada vez mais chocado.

– Eu sinto muito Beatrice. – disse o apresentador entregando-lhe um lencinho. – Podemos saber o que houve com ela?

– Sofreu uma hemorragia interna.

– Foi devido à alguma atividade agressiva tipo espancamento?

– Não.

Beatrice então começou a lembrar de Noah entrando no quarto de Alice e a espancando enquanto abusava dela. Mais lágrimas caíram de seus olhos e ela começou a parecer realmente triste por sua irmã ter morrido.

– Mas eu fico feliz em saber que vou imortalizar ela com o diário recém lançado para o mundo inteiro.

– Você é incrível Beatrice Walsh, aceite meus lamentos pela sua irmã.

– Obrigado Jeremie.

– Voltamos logo após o intervalo, não saia daí.

Após a luz vermelha da câmera apagar, Jeremie olhou para Beatrice, que estava secando suas lágrimas.

– Espero vê-la em breve. – disse ele. – É uma ótima escritora senhorita Walsh.

Beatrice se levantou da cadeira e se despediu de Jeremie antes de ir para trás do cenário, onde Emma Casey a esperava.

– O que está fazendo aqui? – perguntou Beatrice para Emma.

– Não devia ter lançado o livro. – respondeu de modo grosseiro.

– Isso não é da sua conta, minha irmã queria isso.

– Não, ela não queria e eu tenho como provar.

Emma entregou uma folha para Beatrice, onde tinha um pequeno texto escrito.

– O que é isso?

– Isso foi o que Alice me disse em uma de suas sessões comigo, a qual ela não se lembra já que está morta.

– Estou triste com a morte da minha irmã, não me faça me sentir pior por causa de um texto.

– Não está triste pela sua irmã, você está feliz por ela não estar aqui no seu lugar. – disse Emma se aproximando. – Avisa o senhor Noah Granson que estarei processando-o pela morte de Alice Walsh.

– Ele não a matou.

– Mas causou a morte dela.

Beatrice estava surpresa por Emma estar tão ligada no que aconteceu com sua irmã.

– Eu só vou dizer uma coisa Beatrice. – Emma agora estava próxima o suficiente para dar um soco no rosto dela. – Vocês dois vão pagar pelo que fizeram a ela. Vou garantir isso.

Emma se afastou logo em seguida, e sorriu para Beatrice, que a olhava furiosamente.

– Leia este texto, você vai gostar. – disse ela, que começou a andar entre as pessoas da plateia e desapareceu um segundo depois.

***

Após sair da emissora, Beatrice Walsh parou em um canto sem muito sol e, com seus óculos escuros, começou a ler a carta de sua falecida irmã.

"É estranho ser considerada esquisita. Quando entrei em Creedmoor senti uma estranha vibração. Nunca pensei que seria igual aos outros pacientes, até porque eles eram loucos. Mas logo fui percebendo que eu tinha algum tipo de loucura escondida em algum lugar. Quando o primeiro paciente morreu, eu não liguei muito, mas quando veio o segundo corpo, reparei que uma morte horrenda aguarda quem adentrar os portões de Creedmoor. Bom, se um dia eu sair daqui, espero encontrar a minha família. Apesar de minha irmã ser bem chata comigo, eu a amo, e não quero chegar do outro lado e não ver ela. Espero que o mundo um dia me compreenda, mas caso isso não aconteça, considere isso uma carta de suicídio.

Alice Walsh"

Beatrice pensou em diversos sentimentos que poderia expressar por sua irmã ter sido tão compreensiva e ter dito que a ama, mas ao invés disso, ela amassou o papel e jogou no chão enquanto deixava umas duas lágrimas caírem, como se fossem encharcar seu rosto seco.

***

Chegando em sua casa após uma longa caminhada, Beatrice entrou e foi direto para a cozinha pegar algo para beber. Assim que pegou um copo de água, ouviu a voz irritante de seu marido.

– Beatrice! – gritou Noah lá da sala. – Traz uma cerveja para mim!

Entediada, ela somente pegou a lata de cerveja e levou para ele, que estranhou ela estar tão desanimada.

– O que houve?

– A vaca da Emma chegou com uma carta da Alice.

– Ela morreu faz tempo, por que ela se importa?

– Aparentemente ela sabe que foi você que a matou. – disse Beatrice enquanto observava o olhar de surpreso dele. – Ameaçou acabar com a nossa vida.

– Eu vou matar ela também! – disse ele se levantando, porém, foi impedido por ela.

– Calma, ela não vai fazer nada. Emma só quer chamar atenção. Se ela se tornar um problema, aí a matamos, o que acha?

– Acho você a melhor mulher do mundo!

Os dois começaram a se beijar, mas foram interrompidos por um choro muito alto.

– Sua vez. – disse Noah.

– Está bem.

Beatrice se levantou e foi até o corredor dos quartos, e entrou no que tinha uma plaquinha escrito Chad pendurada na porta.

– Oi lindinho. – disse ela ao ver que o bebê rolava e gritava na cama.

Ela então o pegou, foi até a cômoda e verificou a mamadeira antes de dar para ele. Dentro da mamadeira, tinha um olho azul igual ao de Constance e a cor vermelha do sangue se misturava ao leite, porém, o bebê parecia não sentir a diferença, e ficou feliz enquanto tomava o líquido que sua "mãe" estava por lhe dar.

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