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04. O Império da Rainha

1926.

As velas estavam acesas. Tudo estava perfeito para a festa. Só faltava a aniversariante. Elizabeth subiu as escadas e foi para o quarto de sua filha mais velha. A querida Constance.

― Filha, abra a porta por favor, tenha bons modos e apareça na festa. ― disse ela entre as frestas da porta trancada do quarto.

Ao ver que ela não estava respondendo, pediu ao chofer uma de suas chaves reservas, e destrancou a porta. Assim que entrou no quarto, se deparou com aquela horrível cena de sua filha desmaiada no chão, com o nariz e as orelhas sangrando e a linda tapeçaria se desmanchando em sangue e mais sangue. Desesperada, ela foi até a pequena Constance, e gritou por socorro. Os paramédicos vieram rápido, mas nunca descobriram porque Constance sangrava tanto naquele dia.

1962.

Na sala de Constance, eu estava sentada, esperando que a diretora começasse a falar sobre o eventual acontecimento com Quinn Standall. Ela, porém, permanecia em silêncio enquanto procurava algo no telefone.

― Você vai me punir ou algo assim? ― perguntei, já esperando pelo pior.

Constance me encarou e voltou a mexer em sua lista telefônica. Quando ela encontrou o número que procurava, discou-o e esperou chamar. Olhei para ela esperando impaciente, e no fundo parecia que ela estava fazendo aquilo de propósito. Constance então desligou o telefone, e finalmente me encarou bem no fundo dos meus olhos.

― Por que você sempre aparece quando algo de ruim acontece aqui no sanatório?

― É uma pergunta retórica?

― Parece que eu fiz uma pergunta retórica?

― Está certa, desculpa. Eu não sei como isso acontece, mas eu não costumo ficar no salão, então eu saio andando por aí, é algo meio incontrolável, como se eu já soubesse o que iria acontecer.

― Você está tomando seus remédios, senhorita Walsh?

― Estou. ― menti enquanto lembrava de ter escondido os últimos comprimidos no meu colchão.

― Sua mãe está em casa agora, sabia disso?

― Sabia. ― disse tentando tirar Beatrice da cabeça. ― A minha irmã me disse.

― Você pode até achar que vai sair agora que foi inocentada de tudo, mas a verdade é que nesses dias que esteve conosco, mostrou um comportamento ainda mais anormal do que mostrava quando chegou aqui.

― Isso é porque vocês acham que qualquer remédio vai nos curar, quando na verdade são esses remédios que nos deixam assim.

― Está delirando senhorita Walsh.

― Não, eu não estou delirando!

― Cale-se Alice!! ― gritou ela me assustando por sua espontânea crise de raiva.

Dei um sorrisinho maligno, e logo ela sentiu a ameaça.

― Fique aqui, eu já volto. ― disse ela levantando-se em direção da porta.

Constance parou por um segundo na porta e, quando eu a encarei, ela deu o mesmo sorrisinho maligno que eu dei.

― Vai desejar que nunca tivesse me conhecido. ― ameaçou fechando a porta ao sair da sala.

Comecei a encarar o ambiente ao meu redor, e decidi que não ficaria parada, então levantei-me e fui até a cadeira de Constance. Ao sentar na mesma, me senti poderosa. Em questão de segundos, me vi imitando a diretora: pegava o telefone e discava um número aleatório, organizava as coisas em cima de minha mesa, e olhava os documentos dos pacientes. De repente, um dos nomes naquele monte de pastas se destacou. Henrique Wolin. Me lembrei imediatamente da conversa que tive com Henry e Rick. "Eles não eram um só", foi exatamente o que disseram. Abri a pasta e vi a foto deles, mas o sorriso indicava que Henry estava dentro do corpo no momento da foto.

― Transtorno Bipolar. ― li em voz alta. ― Apresenta dupla personalidade. Convencido de que as personalidades são corpos distintos.

A cada linha eu me surpreendia cada vez mais. Henrique Wolin era uma pessoa só, que acreditava ser dois. Deve ter sido por isso que os pais deles os abandonaram.

Parei de ler o arquivo dele quando meus olhos me levaram a algo mais importante. Aquilo parecia um livro bem velho. Peguei-o da gaveta e guardei os arquivos de volta no mesmo lugar.

Diário.

A capa indicava o óbvio, e considerando que ele estava na sala de Constance, não era difícil saber que o que eu tinha em minhas mãos era algo perigoso. Já sabia que eu estava destinada ao perigo de qualquer jeito, então comecei a ler ele.

1926.

― Hoje descobri que vão fazer uma festa surpresa para mim. ― dizia Constance em voz alta, enquanto escrevia com pena e tinta naquele livro que acabara de ganhar de sua mãe. ― Não sei se quero descer. Meu pai disse coisas horríveis sobre o esforço que minha mãe tinha feito para me deixar feliz. Ele disse que eu não precisava ser mimada, eu já estava me tornando uma moça, e logo eu me casaria com um duque, provavelmente um futuro príncipe.

Constance respirou por alguns segundos, e colocou a pena novamente na tinta.

― Eu não quero isso. Eu acho que sou melhor que uma mulher que só vive para servir um homem. Fazem-se oito anos desde o fim da guerra mundial, e eu ainda sinto falta de meu irmão George. Ele era o único que entendia meus desejos mais profundos de mandar nas pessoas, de me sentir uma rainha.

De repente, o nariz de Constance começou a sangrar, e ela ficou apavorada. Foi olhar no espelho, e viu que não parava. Tentou encontrar um pano para tapar o sangramento, mas ao perceber que precisava chamar seus pais, ela correu para a porta, que se trancou misteriosamente, impedindo-a de sair. Com medo e percebendo que seus ouvidos tinham começado a sangrar também, ela correu para o espelho novamente. Ao olhar para o mesmo, viu seu reflexo, mas não tinha sido só isso: George, seu irmão, todo carbonizado, estava ao seu lado, sorrindo de modo assustador para ela. Amedrontada, Constance desmaiou no carpete do quarto a tempo de ouvir sua mãe a chamar para sua festa.

1962.

― Essa mancha de sangue explica tudo. ― disse a mim mesma, enquanto tentava entender o que tinha causado o sangramento em Constance. Assim que vi que ela só voltara a escrever no diário dez dias depois, aproveitei para continuar minha leitura, porém, Constance estava subindo a escada. Não pensei em outra coisa, a não ser em guardar o diário em minha blusa e voltar ao meu lugar.

Quando a porta se abriu, um vulto preto passou por mim, me fazendo gritar assustada.

***

― O que deu em você?! ― perguntou Constance para mim, enquanto eu gritava desesperada da minha cadeira.

Ao ver que eu não respondia, ela se irritou e veio até eu, dando um tapa na minha tão forte em meu rosto, que eu comecei a ver o ambiente com cores diferentes.

― O que você andou aprontando garota?! ― ela ainda gritava.

Ainda sem responder, ela ameaçou dar outro tapa, e eu me fechei na cadeira, na mesma posição em que Quinn estava quando a encontrei.

― Eu só não vou te bater mais, porque você é ridícula o suficiente ao ponto de se assustar com nada.

― Você é o verdadeiro monstro daqui! ― disse retrucando na mesma posição, só que agora com a cabeça deitada no meu joelho.

Constance chamou dois enfermeiros, que me tiraram a força dali, enquanto gritava de medo, acreditando que o vulto tinha me pegado.

Cheguei ao salão, lugar que eu costumava evitar ao máximo. Assim que me sentaram no sofá, os enfermeiros ordenaram que eu permanecesse ali. Coloquei minhas mãos em meus bolsos, e lembrei que estava com o diário de Constance. Imediatamente olhei para os lados e vi que ninguém tinha percebido nada de errado, ainda, então o peguei e tentei escondê-lo no meio do sofá, mas o mesmo ficava muito para fora. Finalmente decidi parar de dar suspeita, e botei-o no meu bolso novamente.

Ethan se aproximou de mim e quase bateu o chapéu em meu rosto.

― Desculpa Alice. ― disse ele sentando-se no lado esquerdo ao meu. ― Eu estava tendo uma reunião com ― se aproximou de meu ouvido para sussurrar ― Henrique Wolin.

Olhei para ele assustado.

― O que disse?

― Não finge que não me ouviu. Eu não gaguejei.

Apesar de saber que ele estava falando de Henry e Rick, eu ainda assim achava estranho.

― Então você descobriu sobre ele? ― perguntou percebendo que eu ainda estava em silêncio.

― Eu não pensei que fosse tão sério o problema dele.

― Ele não tem problema.

― O que eram aquelas anotações que fizeram sobre ele então?

― Henrique Wolin não tem problemas! ― disse ele parecendo irritado.

― Desculpe. Eu sei que ele é seu amigo, mas eu não vejo nada na ficha dele que diga que ele está bem.

― Você ainda não entendeu né? Estamos em um sanatório. Somente pessoas com uma realidade diferente das demais acabam aqui, não tenha preconceito com sua própria gente.

Minha vontade era de brigar com ele, mas deixei isso ao ver Nancy e Emma passando pelo salão. As duas pareciam normais, mas então eu as vi segurarem rapidamente a mão uma da outra. Ethan tinha percebido minha distração, e estalou o dedo na minha frente.

― Não fica tão chocada, temos outras coisas para nos preocupar.

― Tem razão. ― respondi levantando-me dali e indo atrás de Henry e Rick.

Ethan me seguia com a boca fechada, mas seu rosto era de reprovação. Assim que cheguei no quarto dele, abri a porta, mas o mesmo estava discutindo com seu reflexo em um espelho velho fixado na parede.

― Você sempre me acusa de fazer isso. ― disse Henry.

― Mas você não me deixa sair. ― disse Rick, do espelho. ― Esse corpo é meu também!

― Não briga comigo. Sabemos o que acontece quando sai.

― Se você não me deixar sair, eu vou assumir quando estiver dormindo e aí nenhum de nós dois teremos uma boa noite de sono. O que acha?

― Acho um jogo sujo.

― Então me deixa sair!

― Tudo bem. ― disse Henry. ― Só por algumas horas.

De repente, Henry nos encarou e mudou sua expressão. Agora Rick assumia.

― Oi gente. ― disse ele dando um sorrisinho macabro.

― Precisamos conversar com você e o Henry. ― comentei enquanto Ethan me tocava tentando me impedir.

― O Henry não vai assumir por enquanto, pode conversar comigo.

― Tudo bem. O assunto é sério. Sente-se.

Rick fez de mal vontade, mas logo ele conseguiu se controlar.

― Lembra quando vocês saíram daquela sala com raiva, dizendo que não eram uma pessoa só?

― Aquela vaca vai se arrepender de ter insinuado isso! ― gritou Rick cerrando os punhos.

― Bem, é que eu li o arquivo de vocês na sala da Constance e....

― Ela achou incrível como vocês ainda não foram liberados. ― disse Ethan me interrompendo.

― É sério? O que você viu lá de comprometedor?

Eu não sabia o que dizer. Eu achava que era errado mentir para os amigos, e não entendia o que Ethan queria que eu fizesse, mas percebi que precisava dar a eles uma falsa esperança para me livrar dessa mentira.

― Nas suas fichas, está escrito que a condição de ambos está ótima, e que só precisavam encontrar um lugar para vocês ficarem.

― Isso é ótimo ― disse ele que, pela primeira vez, mostrava um leve sorriso entre o olhar de pessoa maldosa.

― Alice! ― gritou Quinn que nos assustou ao chegar na porta do quarto. ― Encontraram outro corpo.

1927.

Elizabeth levava sua filha para um passeio no parque. A mesma, no entanto, não queria nem olhar para as outras crianças, que se divertiam com bolas e bonecas.

― O que houve Constance? ― perguntou ela, olhando para sua garotinha triste.

― Eu já estou velha demais para brincar com criancinhas mamãe.

― Não está não. A senhorita Desiree disse que a única terapia que ajudaria você, era o contato físico com outras crianças.

― Nenhuma delas sangra pelo nariz.

― Não precisa que elas sangrem para ser amiga delas.

― Eu tenho opção? ― perguntou para sua mãe.

― Não.

Constance se levantou do banco e foi para o grupinho de meninos, que brincavam de destruir qualquer coisa. Seus olhos brilharam, porém, os mesmos meninos que ela admirou, começaram a expulsa-la dali. Triste, Constance foi até o grupo das meninas, que brincavam de ser mães com suas lindas bonecas de porcelana importadas de terras longínquas. Novamente, ela não foi bem aceita. Decidida a voltar, Constance quase foi embora, até que viu uma linda garotinha loira, que mexia com algum inseto no meio das folhas de um arbusto ali perto. Foi até ela, e a garota sorriu ao ver a mesma.

― Esses insetos parecem divertidos. ― disse Constance puxando assunto.

― E são mesmos. ― respondeu a garota pegando um galho. ― Quer cutucar eles comigo?

― Adoraria.

Constance pegou o galho e começou a cutucar os insetos junto a sua mais nova amiga.

― Meu nome é Constance, a propósito.

― Jade. ― respondeu ela voltando a cutucar os insetos.

1962.

Era inevitável. Eu sempre me metia em problemas. E quando Quinn chegou no quarto dizendo que tinham encontrado outro corpo, eu só imaginei que Noah estava se intrometendo nas coisas do meu quarto, e que o corpo de Steve tinha finalmente sido encontrado. Levantei rapidamente e fui em direção ao meu quarto. Não havia nenhuma multidão dessa vez, e os boatos eram verdadeiros: outro corpo tinha sido encontrado, mas pela expressão de preocupação, nenhum deles sabia quem era. Eu achei que iam me culpar por tudo isso, já que o mesmo tinha sido encontrado no meu quarto, mas isso não aconteceu.

― Alice, você está bem? ― perguntou Noah. ― Era por isso que gritava a noite não era? Sabe de quem é esse corpo?

Eram muitas perguntas, e eu não sabia qual delas responder primeiro, porém, me adiantei para a última.

― Eu não sei de quem é esse corpo, na verdade, eu nem sabia que tinha um corpo no meu guarda-roupa.

― Apesar de encontrarmos ele aqui, não temos certeza de quando ele morreu, então vamos nos preocupar em tirar esse guarda-roupa o mais rápido que pudermos daqui.

― Eu concordo. ― respondi sorrindo. ― Se me permite, voltarei ao salão.

Fui me afastando aos poucos, tentando disfarçar qualquer movimento suspeito. Quando finalmente saí da vista de Noah, respirei confiante de que tinha enganado ele direitinho, e sentei-me no sofá que eu estava. Ethan, Henry e Rick ainda estavam lá, observando meus movimentos com atenção. Assim que os encarei, eles ficaram preocupados.

― O que houve? ― perguntei.

― É que você está com o braço arranhado. ― respondeu Rick. ― E posso dizer que esse é um belo de um arranhão.

Encarei meu braço, e vi que a blusa de frio que eu vestia estava rasgada em formas de garras e que saía sangue, pouco mas saía.

― Foi aquele maldito monstro! ― disse com raiva.

Novamente encarei Ethan e Rick, que me olhavam duvidosamente.

― Você entrou no salão rasgando sua blusa. Foi você Alice.

1927.

Jade e Constance brincavam todos os fins de semana no mesmo parque em que suas mães as levavam. Parecia um sonho. Elizabeth finalmente tinha conseguido fazer sua filhinha socializar com outra garota. Certo dia, porém, a paz tinha acabado: Jade e Constance tinham discutido feio. Elizabeth não sabia o motivo, e Constance também não queria lhe contar, então ela deixou que a filha ficasse irritada por alguns dias.

Se passaram algumas semanas, e Constance evitava ao máximo ir ao parque com sua mãe. A paciência de Elizabeth, contudo, tinha um limite, e ela resolveu que sua filha já tinha ultrapassado esse limite.

― Abre a porta Constance! ― chamou Elizabeth, com a educação que uma dama tinha que ter.

Para a surpresa da mesma, Constance abrira a porta, e voltou a deitar em sua cama logo em seguida.

― Por que não quer voltar para o parque?

― Porque eu não tenho nada o que fazer lá.

― Você tem uma amiga.

― Eu tinha uma amiga.

― O que houve entre vocês?

― Não é óbvio? Jade não sabe obedecer a mim, ela cometeu um grave erro.

― Constance, você está brincando comigo, não é? Não pode estar chateada porque Jade não "obedeceu" a você.

Constance encarou sua mãe com ódio, e seu rosto ficara vermelho.

― Você é igual a ela! ― gritou levantando de sua cama. ― Você é igual a todos! Por isso eu gosto mais do meu irmão, ele me entendia.

― O George está morto! ― gritou Elizabeth, perdendo sua pose comportada que ela presava tanto.

O rosto de Constance ficou com uma coloração vermelho rubro e, enquanto expulsava sua mãe à força de seu quarto, a raiva dominava o corpo inteiro da garota.

Quando sua mãe saiu do quarto, ela o trancou e foi para a sua cama, onde socou com todas as suas forças os travesseiros e edredons. Começou a morder o travesseiro com uma força enorme, e sua vontade era de rasga-lo, mas de repente, uma voz atrás dela disse para a mesma parar com a agressividade. Ela se virou e deu de cara com George, seu irmão carbonizado que tinha morrido na guerra.

― É você mesmo aqui? ― perguntou ela colocando o travesseiro de volta na cama.

― Sou eu sim. ― respondeu abrindo os braços para que ela o abraçasse.

Feito isso, ela sentou-se novamente na cama e olhou para ele.

― Mas como?

― Você queria tanto que eu voltasse, que eu precisei aparecer.

― Sinto sua falta.

― Eu também sinto a sua, mas não pode ficar com raiva toda vez que alguém discordar de você.

― O que está querendo dizer com isso? ― perguntou Constance, que parecia ter percebido algo de errado.

― Eu estou dizendo que isso é errado.

― Não. Não. Não. Não. ― dizia ela para si mesma enquanto ele falava. ― Meu irmão não diria isso. Ele me entendia.

George parou de falar e encarou Constance, que agora olhava amedrontada para ele.

― Quem é você?

De repente, uma figura negra se materializou no corpo de George, assustando Constance, que gritou desesperada antes de desmaiar no carpete de seu quarto. A única coisa que sua mãe tinha visto, era sua filha com o nariz e os ouvidos sangrando.

1962.

― Eu não posso ter feito isso comigo mesmo. ― disse para os dois, que ainda olhavam perplexos para meu machucado.

Fiquei com uma raiva imensa, e fui para o banheiro. Assim que cheguei lá, abri a torneira e joguei água em meu rosto. Olhei para o espelho, e me assustei ao ver minha mãe refletida no mesmo.

1963.

― Tem certeza que quer colocar isso no diário? ― perguntou Beatrice a sua irmã, que estava encostada na cama, com o cabelo desajeitado e os olhos com enormes olheiras.

― Eu estou contando a minha verdade.

― Ninguém vai acreditar em nada que está colocando aqui. ― disse ela pegando a caneta e anotando algo no diário.

Alice encarou-a com um sorriso no rosto, intencional para debochar de sua irmã.

― Não quero que acreditem. Quero contar o que eu vivi.

― Tudo bem.

― Próximo capítulo. ― disse Alice, que acompanhava ela escrever com precisão, cada palavra que precisava ser dita para contar a história de uma garota esquizofrênica.

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