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O redemoinho invertido


        Na porta de entrada ele estava diferente, tinha uma expressão de acabado, de quem passara por algo difícil nos últimos tempos. Estranhei ele e também fui estranhada, me senti quase como uma intrusa.

        Eu olhei no fundo dos seus olhos tentando encontrar o amigo que deixei para trás em algum momento da vida e pude ver o eco da nossa amizade sombreado por algo além. O olhar dele era mais do que abatido, era sombrio, ele olhou para baixo sem que precisássemos dizer palavras para nos entendermos e eu segui a direção de seu olhar. Foi quando me deparei com algo no lugar da perna dele – que não estava mais lá –, um redemoinho de alguma matéria que não compreendi.

        Encarei-o de novo indagando com os olhos o que havia acontecido com sua perna, ao que ele me respondeu que teríamos de entrar para que pudesse contar tudo com calma. Por alguma razão aquela porta de entrada de uma casa muito velha se alargou, e mais uma menina estava lá. Logo que entendi o que ela era para ele, tive a estranha sensação de desconforto. Era evidente, eu tinha voltado muito tarde.

        Ela carregava um ponto minúsculo que logo reconheci ser o mais estranho dos seres humanos que já havia visto: um bebê de dezessete centímetros amorfo com mini tentáculos no lugar de braços e enormes olhos. Eu olhava com asco para aquilo e queria, por alguma razão, que todos jogassem aquilo fora porque me dava um medo profundo e inexplicável. Aquela jovem que eu desgostava, porém, o olhava como se fosse a maior preciosidade do mundo.

        Quando dei por mim estávamos num sofá frente à frente. Ele sentado ao lado da garota e a bebê polvo, que descobri ser uma menina. Eu já sentia culpa por ter abandonado ele àquela realidade esquisita e estranha, pouco me importava com aquelas duas, queria saber o que havia acontecido para que a perna dele tivesse virado um redemoinho. Sem me dizer nada, o pressentimento do que havia acontecido me subiu. Sim, subiu é a palavra: ele havia sido atropelado por um trem: o trem da vida, eu pensava. Ficando com um redemoinho em forma de ponto de interrogação invertido no lugar da perna esquerda.

        O que eu sentia? Culpa? Compaixão? Dor por ele e sua perna perdida para uma eterna pergunta? Dor por nós que sempre fomos uma interrogação um para o outro? Antes, porém, que pudesse buscar sentido na nova dimensão que aquela situação apresentava, dei por mim acordada em cima da cama. Acordada de um sonho ou pesadelo? Pensei.

        Tinha mais cara de presságio para mim. Daqueles que deixam gosto ruim na boca do estômago. É, eu deveria falar com ele, antes que fôssemos completamente atropelados pela vida e surgissem na dele uma garota e um bebê polvo. O que nós éramos ainda era uma pergunta sem reposta, mas que podia ser respondida. Ainda havia essa possibilidade, e uma parte de mim, que mantive silenciosa por muito tempo, gritava pedindo uma resposta.


***

E então, quais são suas impressões sobre a história?? Não deixa de comentar! Um abraço e até à próxima...

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