Capítulo 5
SAVANNAH
— Esse cara está te incomodando, amor? — Justin chega ao meu lado rapidamente, sua postura tensa, defensiva, seu olhar feroz na direção de Chad. Ele passa seu braço por minha cintura e me puxa para perto.
— Ah, você deve ser o marido, estávamos falando de você agora mesmo. Muito prazer, Chad. — Chad diz sem se deixar abalar pelo modo hostil que Justin o encarra, se fosse eu recebendo esse olhar, já teria saído correndo há muito tempo.
Justin lança um olhar rápido para a mão que Chad estende em sua direção e responde sem aperta-la.
— Justin.
Chad recolhe a mão com um sorrisinho, sem se deixar incomodar pela atitude de Justin. Realmente parece não ter nada que abale a confiança desse cara.
Isso é meio que sexy. Mas de um jeito completamente respeitoso, é claro. Chad é lindo e tudo o mais, mas Justin é mil vezes mais lindo e sexy do que ele.
— Já estava indo te encontrar, amor. — Digo, meio sem jeito, o clima está bem pesado com Justin encarando Chad como se quisesse arrancar o sorriso engraçadinho em seu rosto colocando sua cabeça dentro da privada do banheiro.
— Acredito que isso seja culpa minha, eu estava segurando a sua esposa.
— E você conhece a minha esposa de onde exatamente? — A voz de Justin é cortante.
— Ah, nós dois somos amigos. — Chad diz com naturalidade e eu o olho surpresa, meu queixo caído. Por alguma razão, minha reação só parece diverti-lo ainda mais.
— Nós nos conhecemos hoje de manhã, Chad, dificilmente eu chamaria isso de sermos amigos. — Digo e não ligo se estou sendo rude.
— Mas nós podemos ser amigos se você quiser. — Ele diz, e essa frase soaria inocente se não fosse o toque de malicia que Chad colocou em suas palavras e o sorriso largo em seu rosto.
Sinto que Justin está pronto para atacar, então aperto seu braço e falo antes que ele possa voar no pescoço de Chad.
— Bem, está ficando tarde, acho melhor voltarmos para as crianças, não é, meu amor?
Puxo Justin comigo. Ele não está nada feliz.
— Nos vemos por aí, Savannah. — Chad diz e eu carrego Justin para fora mais rápido.
Vejo que ele se controla com certo esforço enquanto atravessamos o restaurante e nos dirigimos para a saída. Mas uma vez que estamos descendo a rua do restaurante em direção a Villa, Justin explode.
— Quem é aquele idiota, Savannah? — Ele para na minha frente, me impedindo de continuar andando normalmente como se nada tivesse acontecido. Que era exatamente o que eu queria fazer.
— Ele não é ninguém. — Digo rapidamente, desesperada para que Justin deixe isso para lá.
Mas qual é, é do Justin Cord que estamos falando. É claro que ele não vai deixar para lá.
— Onde foi que você o conheceu? — Ele cruza os braços, deixando a camisa justa contra seu corpo, mostrando o quanto ele é forte. Isso me distrai por um segundo.
— Hoje de manhã, na piscina. Eu estava no balcão esperando a minha bebida e ele também. Nós conversamos um pouco, só isso.
— Não gostei nem um pouco desse cara. Ele estava te olhando como se você fosse um pedaço de carne, deveria ter arrancado os seus olhos fora.
— Justin! Não diga algo assim.
— É verdade, assim ele aprenderia a não olhar para a mulher dos outros como se fosse a sua. E o que foi aquilo que ele disse sobre vocês estarem falando de mim? O que vocês estavam falando? — Ele quer saber, ainda bravo, mas de um jeito fofo. Justin parece uma grande criançona às vezes, quando fica bravo.
— Não era nada, eu só estava lhe dizendo que você é ciumento. Não precisa ficar assim, Chad só estava te provocando.
— Se você precisou lhe dizer que eu sou ciumento, foi porque ele fez algo que você achou que me deixaria com ciúmes. — Ele diz e eu percebo a burrada que fiz. Droga, esse homem é mais teimoso do que um cão.
— Não foi nada, realmente.
— O que foi que ele fez, Savannah? — Justin me fuzila com seus olhos azuis e eu me pergunto quando foi que a sua raiva se redirecionou para mim.
— Ele só me fez um elogio. — Digo, tentando soar como se não fosse nada demais.
— Que elogio?
— Não importa, não foi nada, meu amor.
— Que filho da puta, deveria voltar lá e lhe ensinar uma lição.
— Amor, eu já disse, ele só estava tentando te provocar, justamente porque eu havia dito que você é muito ciumento.
— Pois ele conseguiu.
— Chad é apenas um garoto, ele só está se divertindo as suas custas.
— Pare de dizer o nome daquele cara. — Ele reclama, carrancudo.
— Por favor, a noite está tão perfeita, não deixe que ele estrague. — Peço.
— Já estragou. — Justin diz e recomeça a caminhar.
Solto um suspiro e o sigo. Andamos lado a lado, mas o caminho todo de volta ele fica em silêncio, carrancudo e mantendo dois palmos de distância entre nós.
Quando chegamos em casa, papai e mamãe estão assistindo TV e os pais de Justin, Mark e Alyssa, estão com eles.
— Em casa tão cedo, crianças?
— Não é tão cedo assim, mamãe. — Digo.
— Ah, na minha época a gente passava a noite fora.
— Bons tempos, nos divertíamos à beça. — Papai sorri e beija o rosto de mamãe.
— Onde estão as crianças?
— Estão na cama, dormindo. — Papai responde.
— Aconteceu alguma coisa, meu filho? — Mark pergunta, olhando para a cara séria de Justin.
— Não foi nada, pai. — Ele diz, mas obviamente todos estão sentindo o clima tenso. — Hank e Marie, obrigado por cuidar das crianças, ficamos devendo uma.
— Foi um pra... — Mamãe começa a dizer, mas Justin já está fazendo seu caminho para o andar de cima. — Está tudo bem entre vocês, querida?
— Está sim, Justin só ficou um pouco de mau-humor, não é nada demais.
— Bem, acho melhor irmos andando. — Alyssa diz.
— Obrigada de novo por cuidar das crianças. — Agradeço.
— Imagina, querida, é um prazer para nós.
— É, quando se chega a certa idade já não se tem muita coisa para fazer, e cuidar daquelas crianças é mais um favor para nós do que para vocês, querida. — Papai diz, me dando um beijo na testa.
Despeço-me de todos e tranco a porta, então, a passos lentos, subo a escada. Ao passar pelo quarto das crianças, observo a porta aberta e olho para dentro, com o intuito de verificar se eles estão bem.
Mas então vejo Justin, sentado na beira da cama e fazendo carinho nos cabelos de Hannah, que dorme profundamente.
Não me movo, não pisco ou sequer respiro. Fico presa nesse momento, nesse instante onde todo o meu mundo está bem diante de mim. Meu marido e meus filhos. As pessoas que mais amo.
Justin arruma o ursinho de Hannah, o Sr. Caco, e então a cobre e lhe dá um beijo na testa.
— Te amo, minha princesinha. — Ele sussurra, mas consigo ouvi-lo perfeitamente.
Ele se levanta e vai até os gêmeos, Andrew está quase caindo da cama, então ele o deita direito e cobre os dois.
— Boa noite, meus garotos.
Quando ele se vira e me vê na porta o observando, ele para por um instante e então caminha até mim.
— Eles estão bem. — Justin sussurra e fecha a porta atrás de si.
Coloco minha mão em seu peito e pergunto:
— E nós, estamos bem?
— Estamos, meu amor. — Ele segura minha mão e a beija, mas então se afasta e caminha em direção ao nosso quarto, o que me faz pensar que não está tudo bem.
Vou atrás dele e só começo a falar depois de fechar a porta do nosso quarto, não quero correr o risco de acordar as crianças.
— Amor, por que você está bravo comigo? Não fiz nada.
— Não estou bravo com você. — Ele diz.
— Então por que você está assim? Não aconteceu nada demais, Chad apenas conversou comigo, ele não cruzou nenhum limite. Não acha que está exagerando um pouco, não?
— É só que... — Ele passa a mão pelos cabelos pretos e parece frustrado. — É só que eu vi o jeito que ele estava te olhando, você pode não ter reparado porque você sempre foi inocente demais com relação ao que os homens pensam de você, mas eu vejo o jeito que eles te olham, não só esse Chad. E por mais que eu odeie isso, eu não consigo evitar de me perguntar se...
— Se?
— Se você não estaria melhor com algum deles, com qualquer outro, com alguém melhor do que eu. — Suas últimas palavras saem baixas, apenas um eco dos seus medos, dos seus demônios.
Justin abaixa a cabeça e não me olha nos olhos, ver ele assim quebra meu coração.
— Meu amor... — Aproximo-me e seguro seu rosto, fazendo com que seus olhos se encontrem com os meus. — Por que você se tem em tão baixa conta, hein? E daí que você dormiu com inúmeras mulheres, e daí que você fez coisas nojentas e erradas? Você não é mais assim, Justin, você mudou. Você já fez tanta coisa boa, para mim e para a sua família, que todos os seus pecados já foram perdoados. Agora só falta você se perdoar.
Esse é um assunto delicado e que não é trazido à tona com muita frequência. Justin se arrepende profundamente de como agiu no passado, e seu maior arrependimento é ter se relacionado com Eva – a sua ex namorada louca que me atropelou enquanto eu ainda estava grávida de Jessy – sei que mesmo não sendo culpado pelo que aconteceu comigo, ele acha que é o responsável por ter quase perdido a mim e a filha. Ele acha que por ter sido um devasso no passado, e por ter se relacionado com Eva, o acidente é tanto culpa dele quanto dela.
Ele nunca disse isso para mim, mas eu sei, eu o conheço e sei que mesmo depois de todos esses anos, mesmo eu já tendo lhe dito várias vezes que eu não o culpo – é claro que não o culpo – ele ainda se tortura pensando o que teria acontecido se Jessy ou eu tivéssemos morrido no acidente.
— Justin Cord, você acha mesmo que eu teria aceitado me casar com você, que eu teria arriscado ter meus filhos com um homem do qual eles não pudessem sentir orgulho? Você cometeu erros, mas todos cometem, alguns muitos e outros poucos, mas todos erramos. O importante é que você mudou e agora você é um excelente marido e um pai maravilhoso. Vá naquele quarto agora mesmo e pergunte para aquelas crianças se eles gostariam que qualquer outro homem fosse o pai deles. Vá, você não precisa acreditar em mim, ouça deles a verdade. Você é muito mais do que aquilo que você deixou no passado e já está na hora, não, já passou da hora de você se perdoar. Ninguém mais te julga, apenas você mesmo. Eu não me interesso por nenhum outro homem, eu não quero nenhum outro homem, não existe ninguém nesse mundo que vai me tirar de você. Você é o meu príncipe e é o herói dos nossos filhos. Eu te amo, seu bobo. — Digo, limpando a lágrima que escorre pelo rosto de Justin.
Ele segura minha mão e leva até sua boca, ele fecha os olhos e os aperta forte.
— Você não tem ideia do quanto isso significa pra mim. Obrigado, meu amor. — Ele beija meus dedos e depois me puxa para si e beija meus lábios, delicadamente.
Envolvo seu pescoço com minhas mãos e brinco com as pontas do seu cabelo que roçam o colarinho de sua camisa.
Seu cheiro, seu gosto, o calor do seu corpo. Tudo, absolutamente tudo nele me atrai, me distrai, me mata aos poucos.
Justin sempre tão ciumento, sempre dizendo que tem medo de me perder, mas a verdade é que eu morreria se um dia ele me deixasse, se um dia ele quisesse outra mulher.
Não sei mais viver sem o seu sorriso, sem o azul dos seus olhos, que se transformaram em meu céu particular, sem vê-lo brincar com nossos filhos, sem tê-lo brincando comigo. Ele não é apenas meu marido e pai dos meus filhos, ele é meu companheiro, meu melhor amigo, aquele que eu sei que sempre cuidará de mim.
Deslizo meus dedos por sua camisa e encontro os botões. Abro-os um a um, sem pressa.
Justin me ajuda a deslizar o tecido por seus ombros e arremessa o pedaço de roupa para longe.
Passo minhas mãos por seu peito, por sua barriga, por sua pele dourada pelo sol da fazenda. Sinto seus músculos, seus mamilos que se arrepiam ao meu toque.
Seu beijo é apaixonado, sua língua e a minha se mexem em sincronia e com a intimidade que só dois amantes possuem.
Meus dedos brincam por sua calça, até que alcanço os botões e começo a despi-lo.
Seguro Justin pela cintura e o jogo em nossa cama. Parada na sua frente, começo a tirar a minha calcinha por debaixo do vestido.
Jogo o pequeno pedaço de tecido preto para ele, que o segura no ar e o leva até o rosto.
— Seu cheiro é melhor do que qualquer perfume, sabia?
Subo um pouco a saia do vestido e me ajoelho no chão, no meio de suas pernas.
Justin sabe o que vai acontecer a seguir e sua respiração já começa a ficar mais pesada.
Puxo sua calça e sua boxer para baixo, tiro tudo, até seus sapatos e suas meias, o deixando nu.
Ele está semiereto, mas eu sei como fazê-lo ficar duro rapidinho.
Puxo as alças do meu vestido para baixo, me liberto na parte de cima, expondo meus seios para ele.
Seguro ambos e os aperto, imaginando que são as mãos de Justin. Brinco com meus mamilos até que fiquem duros, então abaixo a cabeça e os lambo uma vez.
Justin geme algo incompreensível e eu sorrio. Levanto-me, viro de costas para ele e começo a escorregar o vestido pelo meu quadril. Abaixo-me, deixando minhas pernas retas, e encostando minhas mãos na ponta dos meus sapatos. Dando a Justin uma boa visão minha, completamente nua e pronta para ele.
— Você está me torturando! Venha aqui, logo!
— Calma, meu amor, calma.
Ajoelho-me novamente e sem usar as mãos, lambo seu pau da base até a ponta, o levo em minha boca e chupo. Justin se apoia em seus antebraços e me observa, seus olhos famintos.
— Assim meu amor, está uma delicia!
O levo o máximo que consigo, engulo quase todo o seu comprimento, e passo minha língua por toda a sua extensão.
Justin fica louco, segura meus cabelos e geme, choramingando palavras desconhecidas.
— Sua boca é o céu, sabia? Meu pau poderia morar dentro dela para sempre. — Ele diz e eu rio. Adoro quando eu o deixo assim. Saber que consigo levar um homem tão sexy como Justin à loucura faz maravilhas para a minha autoestima.
Chupo-o sem pressa, levando-o até a borda lentamente. Só paro quando Justin puxa minha cabeça e diz que se eu encostar minha boca nele mais uma vez, ele vai explodir.
— Venha aqui, meu amor. — Ele pede e eu subo nele, sentando em seu colo, sua ereção se esfregando em mim.
Suas mãos deslizam por meu corpo, por todas as minhas curvas, e o calor delas é reconfortante.
Seguro seu rosto com ambas as mãos e beijo seus lábios, eles são tão macios, tão perfeitos.
Como pode tudo nesse homem ser perfeito?
Justin me beija, mas dessa vez não é carinhosamente, e sim com desejo, com desespero.
Seus beijos descem para meu pescoço, minha clavícula e logo alcançam meus seios.
Quando a língua de Justin faz o primeiro contato com meu mamilo, meus dedos se perdem em seus cabelos e eu aperto mais sua boca contra mim.
Ele dedica igual atenção a ambos os seios, beijando, mordendo e chupando cada um como se tivéssemos todo o tempo do mundo.
Então ele me deita de costas na cama e pede que eu fique com minhas pernas bem abertas.
Seus olhos famintos me devoram, ele me olha com tanto cuidado que é como se ele quisesse decorar cada detalhe da minha intimidade.
Tremo sob seu olhar, anseio seu toque mais do que qualquer outra coisa.
E Justin me dá o que eu quero. Ele me acaricia, de leve, com seus dedos longos e habilidosos.
Arfo e gemi pedindo por mais quando ele enfia um dedo dentro de mim.
— Mais?
— Siiim. — Gemo.
Mais um dedo dentro de mim.
— Mais? — Ele pergunta e minha única resposta é um gemido.
Então ele me penetra com mais um dedo. Três no total, entrando e saindo tão lentamente que acho que vou ficar louca.
— Mais?
— Sim, eu quero mais, quero o seu pau agora. — Digo e vejo alfo animalesco nos olhos de Justin.
Justin adora quando eu falo sujo na cama, ele fica doido quando uso palavras como "pau" ou "foder" e realmente enlouquece quando uso a palavra com "b", mas essa eu só uso quando estou me sentindo bem depravada.
— Seja paciente, minha safadinha, logo você vai ter o que quer, mas primeiro quero chupar sua bucetinha.
E aí está, a palavra com "b", Justin sempre diz coisas como essa sem a menor vergonha e eu admiro isso. Ele diz que tudo bem eu dizer essas coisas também, que não há nada de errado em usarmos esse tipo de linguajar entre nós. É sexy, é devasso, é proibido.
Quando estou me sentindo bem lasciva, eu falo sem nem um pingo de vergonha, e é bom, é excitante, mas só falo essas coisas quando sinto vontade, se não sairia completamente errado e falso.
Hoje vou ficar apenas com o "pau", não estou me sentindo tão devassa assim. Pelo menos por enquanto, mas isso pode mudar assim que Justin começar a me lamber.
Inferno, esse homem sabe como usar a língua, isso eu posso garantir.
Na primeira lambida já fico ofegante, na segunda me agarro aos lençóis, e conforme Justin me chupa, fico mais perto de gozar.
E gozo. Na boca dele. Vendo estrelas. Estou no céu.
JUSTIN
— Posso te perguntar uma coisa, filho? — Papai senta ao meu lado e pergunta, me tirando dos meus devaneios.
Estamos sentados em uma poltrona de vime acolchoada em volta de uma mesinha de centro em uma área coberta perto de uma das piscinas.
— É claro. — Respondo.
— Sei que não é da minha conta, mas você e Savannah brigaram ontem à noite? Quando vocês chegaram do jantar você estava com uma cara...
— Não foi nada.
— Tudo bem, mas caso você queira conversar, sobre qualquer coisa, estou aqui.
Uma garçonete passa por nós e papai pede um suco de melancia com morango. Quando ela volta com o suco, não posso evitar de perceber que ela me olha de modo diferente. Do mesmo modo que ela me olhou quando eu estava sozinho e pedi a minha bebida.
Seus seios ficaram a mostra quando ela sem necessidade se inclinou em minha direção, mas prefiro pensar que não foi de propósito por dois motivos:
1º Ela claramente viu minha aliança;
2º Ela realmente não parece o tipo de pessoa que esfregaria seus seios na cara de um cliente.
De qualquer forma, não quis encoraja-la, por isso desviei o olhar e agradeci com um simples "obrigado". Sem sorrisos e sem contato visual.
Papai toma metade do seu suco de uma só vez.
— Pai...
— Sim, filho?
— O senhor tinha muito ciúmes da mamãe antes? — Quero saber.
— Antes? — Ele bufa. — Meu filho, eu tenho ciúmes dela até hoje!
— Sério? — Pergunto, surpreso, e a minha esperança de que esse ciúmes louco que tenho de Savannah passe com o tempo cai por terra.
— Se você soubesse o quanto de velho tarado fica de olho nela...mas o que mais me incomoda é que não são só os mais velhos, muitos caras novos dão em cima dela, desses sarados de academia, sabe.
— Poxa, sério mesmo?
Quer dizer, eu sei que minha mãe é muito linda e ela está muito bem mesmo para alguém da idade dela, mas...ela é minha mãe! É estranho pensar em caras a desejando.
Urgh! Melhor parar de pensar nisso.
— Como você acha que eu me sinto? Vendo esses fortões a olhando como lobos ou sei lá o que. É claro que eu fico com ciúmes. Mas por que a pergunta?
— Ontem um cara deu em cima de Savannah, bem, ele não disse nada na minha frente, mas só o jeito que ele olhava para ela...é como você disse, como se ele fosse um lobo ou algo do tipo, apenas esperando para ataca-la.
— Agora entendi o porquê você estava de mau-humor. — Ele comenta.
— Eu tenho tanto ciúmes dela, pai. Você acha que eu tenho algum problema ou coisa parecida? Porque eu tenho vontade de arrancar os olhos de qualquer desgraçado que a olhe com desejo.
— Olha, meu filho, um pouco de ciúmes é sempre bom, mas demais pode ser perigoso. Mas é normal sentir ciúmes quando você ama alguém, ou alguma coisa. Não se preocupe.
— É que eu estou tão de saco cheio desses caras. Porra! Ela é casada!
— Exatamente. Ela é casada, com você, meu filho. Ela te ama, todo mundo pode ver isso só pelo jeito que ela te olha.
— Eu não duvido disso, eu sei que ela me ama.
— Mas?
— Mas e se um dia ela encontrar um cara que mexa com ela, um cara diferente e sedutor, alguém que ela perceba que tem mais a ver com ela? E se ela se apaixonar por ele? Não é impossível de acontecer, tantos casamentos acabam porque um dos dois se apaixonou por outra pessoa.
— É por isso que você tem que ter certeza de está-la fazendo se apaixonar de novo por você todos os dias.
— Como?
— Ah, tenho certeza que você tem tudo sobre controle. Eu vejo que vocês dois são carinhosos um com o outro, vocês são amigos, vocês se ouvem e sabem discutir sobre os problemas. E isso é o essencial, meu filho.
— Eu tenho muito medo mesmo de perdê-la. Você sabe muito bem que ela é a primeira mulher que eu amei de verdade, você sabe como eu era antes dela e como eu me sentia. Ela me mudou, pai, ela me fez enxergar coisas e sentir coisas que eu nunca imaginei que existissem. Eu a amo tanto. Demais. Ela e meus filhos são tudo pra mim, e se algum dia alguém quiser tira-los de mim, eu vou destroçar quem quer que seja.
— Só não se esqueça de que ciúmes e controle demais podem sufoca-la, e você pode acabar jogando sua mulher justamente nos braços daquele que você tanto quer manter longe dela.
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