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.5.

Como a vida é engraçada né? Lhe prega umas peças incríveis te deixando totalmente desnorteada. 

Para começo de conversa me chamo Molly e sou uma mulher desempregada e sozinha. Sozinha no quesito amor e família! 

Todos morreram. Pai, mãe, dois irmãos e até meu com muito sacrifício, namorado. Como isso aconteceu? Simples, carro, velocidade, falta de manutenção no veículo. 

Agora é eu e eu e mais ninguém. Tenho 27 anos e a 3 moro com minha pela graça dos céus, melhor amiga desde que perdi a todos. 

Sou formado em análises clínica, mas não exerço por falta de um item indispensável, carteira de habilitação! Como disse, a vida é uma caixinha de surpresa totalmente sem graça, pois se formar no seu sonho e pagar caro para isso, e ser impedida de exercer por falta de um item é para matar qualquer um. 

Então, sigo a vida a desejar uma coisa que não posso ter e continuando a sonhar. Digo isso, por que para completar o pacote de desastres e sonhos no ralo, não tiro carteira de habilitação pelo pavor que tenho de enfrentar um volante e embreagem, a velocidade também é um fator crucial para meu pavor. 

Dia após dia, saia na esperança de encontrar um trabalho, mas era recebida com: Não, talvez, ligamos depois, tem habilitação e por aí vai. 

Depois de 3 anos recebendo todos os tipos de não possível, resolvi largar de vez esse sonho de trabalhar em um laboratório e tentar ser o que nunca pensei. 

Atendente de limpeza de um cinema qualquer de São Paulo. O trabalho em si era limpar e limpar. 

Os donos não permitiam um pedaço de papel no chão e pagavam bem para tecnicamente lamber o chão que eles pisavam.

Apesar de tudo, quando esse trabalho apareceu em minhas mãos por intermédio da amiga samaritana de onde moro, quis arriscar, pois outra coisa além de análises que eu gostava, era o cinema. 

Adorava tudo que era tipo de filme, desde os bons aos Trash's, sabe aqueles bem bizarros com rios de sangue saindo de um simples cortezinho, então amava tudo isso. 

O cinema me proporcionava sonhar em um mundo que tudo era possível e me agarrava a isso. 

Todas as manhãs, acordava bem cedo, pois precisava pegar dois ônibus e um metrô para chegar ao trabalho e naquele dia, mais precisamente 2/07/2021 não tinha sido diferente. 

Cheguei no trabalho às 9 horas e o cinema abriria às onze como todos os dias. Só que naquele bendito dia 2, o mesmo só abriria às 2 da tarde porquê teria uma tarde de autógrafos com um elenco de um seriado da Netflix, chamado Sombras e Ossos. 

Particularmente não era muito fan de séries, pois até aquele dia não tinha sido cativada por nenhuma. Tudo era monótono demais, chato demais.

Entretanto, esse em questão todos estavam falando pelos corredores do cinema somente coisas boas e nunca tinha visto e não sabia quem eram os atores do tal seriado.

Como todos os dias quando entrava para trabalhar, começava pelos 10 banheiros, depois ia para cada sala de projeção de filmes e limpava sem esquecer de nada para não ser levada para uma bela conversa de uma hora com os supervisores.

— Molly, não se esqueça que você precisa organizar a grande mesa de autógrafos, irão estar aqui 6 atores do elenco mais 3 da produção!

Este é Mateus, o gerente geral. Posso dizer que é um homem até que meio legal, mas quando está fora do ambiente de trabalho, pois dentro, só falta vestir a capa preto de carrasco e a foice do lado.

— Sim senhor, já irei agora mesmo fazer isso!

Após terminar os afazeres costumeiros, organizei o tal lugar ilustre para os tais do elenco. Minha sorte era que uma das funcionárias que ficava nas vendas de pipocas e guloseimas quis me dar uma ajudar.

— Molly, você já assistiu Sombras e Ossos?

— Nem sei o que é isso, Desideria!

Ela ri de mim talvez achando que estava brincando, mas minha cara de boba a fez ficar seria.

— Nossa Molly como isso?

Fica inconformada, como se isso fosse o fim do mundo.

— Existem pessoas que como eu Dési, que precisa se preocupar com certas coisas, impossibilitando de saber desse tipo de coisa!

— Pelo menos você sabe quem irá vir para a tarde de autógrafo né?

Mais uma vez com cara de incógnita ela conclui.

— Nossa, tu não és desse mundo Molly, cruzes!

Exclama chateada e assim voltamos a arrumar as coisas, agora sem nenhuma pergunta.

Quando estava organizando as cadeiras, vi que Desideria estava colocando umas plaquinhas de ferro com alguns nomes.

Roteirista Eric Heissrer, Produtor executivo Shawn Levy, Gerente executivo da Netflix. Atores Freddy Carter, Archi Renaux, Kit Young. Atrizes Amita Suman, Jessie mei Li. 

Quando vi o último nome acabei derrubando uma das cadeiras que segurava assustando Desideria que na hora derruba a última plaquinha com o nome do último convidado no chão. 

Me abaixei para pegar a plaquinha e ler novamente para ter a certeza que não estava enganada, mas não, era realmente o nome que eu tinha lido.

— Molly que foi, você me deu o maior susto cara!

Olhei para ela meio atordoada e ela se preocupa.

— Essa placa está certa, é ele mesmo que virá?

Desideria entende seu braço para pegar a plaquinha das minhas mãos, olha e afirma que sim, me deixando totalmente fora do controle.

Eu, Molly, sempre fui muito concentrada e pé no chão, mas por gostar de cinema tinha como qualquer garota, seus crashs nos atores, e quando vi o nome da pessoa que iria sentar ali diante de mim me fez perder a dignidade, e uma fan maluca quis se apossar de mim.

— Molly você está suando, vem, vamos no banheiro!

Vou com ela ainda meio avoada. Chegando no lugar, por 4 vezes lavo meu rosto, sendo que em cada lavada olhava para a Desidéria que com os olhos arregalados me observava preocupada.

— Diz para mim Desi, Ben Barnes faz esse tal de Sombras e Ossos?

— Sim faz, ele é o general Kirigan!

De imediato precisei me escorar na parede para literalmente não cair. Desde que tinha 13 anos e ele 25, havia feito seu primeiro filme bem visto "Stardust o mistério da estrela".

Eu simplesmente gamei, depois de Dorian Gray e Nárnia príncipe Caspian meu amor só aumentou. Daí dava para concluir meu pavor com a histeria maluca que estava em saber que o próprio estaria a poucos metros de mim, melhor dizendo, no mesmo lugar em que eu trabalhava. 

Desideria ao saber do meu amor pelo ator começou a rir me deixando brava, mas lá no fundo a entendia, pois nunca tinha mostrado esse meu lado doidinho.

Voltamos a trabalhar e tratei de terminar todo o meu serviço a tempo para poder, nem se fosse de longe e escondida ver ele ao vivo.

Quando se aproximou das 2 da tarde, o lugar já estava lotado de fãs do tal seriado. Havia muitos fotógrafos e jornalistas a fim de poder tirar uma foto ou perguntar algo para o elenco.

O cinema havia reservado uma sala que caberia uma grande quantidade de pessoas e o evento seria ali. 

Um por um, as pessoas muito organizadas por sinal, chegavam para se acomodar nos devidos lugares, até chegar a grande hora da produção e o elenco poder entrar.

Sincronizadamente a primeira pessoa a ser chamada, foi um tal de Kit Young, depois Amita, Freddy Carter, Archie Renaux e Jessie mei li. 

Todos sendo acomodados por gritos e palmas até o astro mais conhecido entrar. A euforia era tão grande que dava para ver que algumas garotas passavam mal ao ver Ben Barnes entrar sorrindo para todos enquanto acenava. 

No fundo, proximo a saída, sem ser notada estava eu. Suava como se dentro do lugar tivesse fazendo 50° de puro fogo do inferno.

Meu corpo inteiro tremia, minha respiração era ofegante e um descontrole de coro invadia meus olhos, tentava me manter no controle, mas a alegria, entusiasmo e paixão me dominava, tornando impossível naquela hora tentar se manter firme e centrada.

Lembra que falei no começo que minha vida era tecnicamente uma bosta? Pois bem, naquele momento tudo era maravilhoso e perfeito. 

Estava a uns 25 metros deles, e em especial dele, mas era como se estivesse do seu lado, respirando no seu cangote.

A Entrevista começa e com ela um mar de perguntas ao qual todos com muito carinho respondiam com precisão. 

Era difícil manter o público calado, pois como eu, ver o Ben, não era uma coisa nada comum. 

— Molly, Molly? MOLLY!

Mateus berra me assustando, sem graça o respondo.

— Me desculpa chefe, eu apenas estava...

— Perdendo seu tempo né?

Não diria que aquilo era uma perca de tempo, penso.

— O que queres que eu faça chefe?

— Vá agora pegar uma bandeja de prata que já está lá na cozinha e encha de garrafas de água, depois leve-as para a turma do elenco.

Me lembro que quando o chefe falou aquilo minhas pernas fraquejaram e eu quase caí para trás sobre o olhar confuso do carrasco.

— Por favor Mateus... senhor! Não teria outra pessoa para fazer isso?

O homem faz uma cara estranha e diz em tom de ameaça.

— Bom... ter tem, mas dei a ordem a você! A não ser que queira ser despedida!

Olhando para a expressão de bravura do homem retiro o que tinha dito antes dele ser legal. Me viro para ir à cozinha e mal conseguia andar direito, minha boca estava tão seca que mais parecia o deserto do Saara, suava como se tivesse feito uma maratona em pleno sol escaldante.

Chego até o bendito cômodo a pegar a bandeja, colocando as quantidades certas de garrafa em uma pirâmide e mais uma vez luto com o meu corpo para leva-las ao matadouro mais lindo do universo.

Estava a poucos passos de Ben Barnes e dos outros atores. Eles ainda respondiam às perguntas e eu respirava bem fundo começando a caminhar passo a passo em direção ao elenco. 

A primeira a olhar para mim é a atriz Amita que muito educada aceita minha água, depois um por um ia entregando as garrafas.

Por eu ter aparecido na hora, tinha sido proposto um intervalo para que os atores pudessem descansar um pouco e eu fazer o meu trabalho. 

Educadamente entrego a penúltima água a Jessie, sabia que a próxima seria para ele e tentando ser a mais natural possível caminhei até ele.

Minha sorte era que ele estava entretido em seu celular me dando chance de me ajeitar, não queria que me visse suada e descabelada. 

— Senhor Barnes... 

Não estava acreditando que estava o chamando, era surreal. Ele se desliga do aparelho e olha para mim com aqueles perfeitos olhos castanhos esboçando um sorriso. 

— Olá moça! 

De repente estende seus olhos para olhar o meu nome no uniforme e volta a falar.

— Molly, tudo bem com você?

Jurava que iria desmaiar, mas apesar do meu amor por ele, sempre odiei fãs malucas.

— Estou bem obrigado por perguntar, é ... sua água!

Ele volta a sorrir e pega a garrafa me fazendo entrar em choque quando sua mão acaba tocando toda a extensão da minha.

Engoli em seco a saliva tentando não transparecer meu nervosismo. 

— Obrigado Molly pela água e por ser gentil...

Pai amado vou morrer, penso.

— Eu que te agradeço, Ben Barnes!

Tudo estava perfeito e surreal, estava a centímetros de meu crush e o mesmo estava sendo muito gentil. Custava a acreditar que aquilo estava acontecendo comigo.

Uma garota que só conhecia a tristeza e desastres na vida, tendo agora um momento de alegria, mas como de costume, tudo mudaria.

— MOLLY?

Olho rapidamente vendo um Matheus enraivecido olhando para mim, disfarçadamente olho para o Ben que havia olhado também para ele e digo.

— Com licença senhor Barnes!

Ele sorri e olha com um olhar estranho para Matheus, vou até onde o chefe esta e ele começa.

— Você acha o que Molly, que aqui é a casa da mãe Joana? Vá trabalhar e passe na minha sala daqui a 15 minutos! 

Abaixo a cabeça, logo que percebo que realmente estava errada por perder tempo e obedeço. Vinte minutos depois, após terminar todo os meus afazeres vou para a sala informada e o encontro sentado folheando um caderno. 

— Queria falar comigo senhor?

— Sente-se!

Faço o que ele ordena.

— Hoje percebi que você estava muito avoada e totalmente sem atenção nas coisas, e o que vi quando lhe peguei babando naquele atorzinho foi a gota d'água! Aqui é um trabalho respeitado e não uma balbúrdia mocinha!

— Mas senhor, eu...

— Não terminei, parecia que tinha terminado?

Me lembro que me encolhi e ele continuou.

— Diante desse disparate seu hoje Molly, você está sendo demitida!

A realidade é cruel com as pessoas e mais uma vez estava sendo comigo, havia sido tão difícil encontrar esse trabalho e agora ele tinha escorregado por entre meus dedos. 

Me levantei com a cabeça erguida, pois a única coisa que tinha era a minha dignidade e isso ninguém tiraria de mim, e saio sem olhar para trás. 

Desideria que passava pelo corredor me chama, mas não atendo, estava extasiada de raiva e mágoa. 

Passo por todos sem olhar para cada um e saio do cinema sem ao menos me trocar ou pegar minhas coisas. 

Ando até me distanciar do ex trabalho, me sento em um banco da cidade feito de cimento e choro, choro tudo o que eu podia.

Choro pela morte da minha família, do meu namorado, por não trabalhar no que gostava e agora do meu ex desemprego, era muita desgraça para uma pessoa só, vamos admitir.

— O que eu fiz para merecer tudo isso meu pai, me diga por favor!

— Acredito que você não tenha feito nada Molly.

Com o choro todo não percebi que atraí a atenção de algumas pessoas, inclusive de Ben Barnes.

— O que faz aqui, se alguém te ver, e pior, te reconhecer aí já era!

Ele sorri com minha preocupação.

— Vi o que aquele homem fez com você, você passou pela moça ruiva e por mim e por meus colegas sem olhar para ninguém, então deduzi que o óbvio era você não ter mais o emprego! 

Além de lindo ele era inteligente.

— É, essa é a minha vida Ben, para alguns não é nada fácil... 

Enquanto eu falava ele se senta do meu lado me deixando completamente constrangida.

— Sinto muito por você ter passado por isso, pessoa gentis como você não merecem essas coisas!

Meus olhos se enchem de lágrimas e ali diante do meu crush volto a chorar amargamente. Na circunstância, ele pega em minha mão e tenta me acalmar.

— Sua amiga Desideria me disse sobre os acontecimentos que você sofreu.

Fico o encarando sem conseguir falar, pois ele quiz saber de mim.

— Você quis saber de mim? 

— Quando vi como aquele homem te tratou, tinha um certo receio de que ele lhe fizesse algum mal, quando vi você sair daquele jeito, perguntei para a ruiva sobre você.

Uau, Ben Barnes queria saber de mim.

— Obrigado por se preocupar comigo, mas vou ficar bem, sempre fico.

— Eu sei, todos ficamos, mas quero te dar uma ajuda se assim você me permitir...

— Que tipo de ajuda?

O que estava acontecendo, ele era real ou estava imaginando tudo aquilo.

— Vou usar de minha fama para te ajudar no seu sonho!

Mais uma vez fico o encarando como se tivesse visto um fantasma, meus músculos enrijecem e não consigo mover - los.

— Oi? Que sonho?

Aquilo já estava estranho e curiosamente ele sorri para depois dizer.

— Desideria me disse que você tem um sonho de trabalhar na saúde e vou tentar te ajudar.  

Como disse no começo, a vida nos prega umas peças malucas e aquilo era totalmente insano, um ator americano no Brasil disposto a ajudar alguém em um ramo de profissão totalmente diferente? 

O fato é que não sabia no que aquilo iria me levar, mas embarcaria como se minha vida dependesse daquilo. 

Hoje, um ano depois, aqui estou eu, acreditem se quiserem, trabalhando no centro de laboratório do hospital Israelita Albert Einstein! Sendo técnica de análises clínicas, isso tudo graças a boa ação de uma pessoa influente e de bom coração.

Obrigado Benjamin Thomas Barnes. 

Proximo Capitulo: 


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