Conto 10: Pagando Com Ingenuidade
- Aqui, Cassey!
Os gritos e risadas femininas preenchiam a área de lazer da minha cobertura. Eu não me incomodava, adorava observar cada uma das minhas garotas se divertindo.
Quatro delas estavam na piscina, seus corpos esculturais me chamando a atenção e minha virilha já mostrava o quão feliz ficava com a decisão que eu havia tomado há tanto tempo juntamente com uma velha amiga.
Havia Bárbara - ou Barbie, como gostava de ser chamada - que era uma boneca. Os seios no tamanho certo para preencher as taças do biquíni, a barriga lisa e branca, seus cabelos loiros caíam lisos por sobre seus ombros, os óculos escuros tapavam os lindos olhos verdes sensíveis à luz do sol.
Então, logo atrás dela, estava Cassandra - ou Cassey. A garota era mais baixa que Barbie, os cabelos negros também lisos e compridos lhe escorriam pelas costas e sumiam pela água límpida da piscina. Seus olhos azuis contrastavam com a pele branca que ficava avermelhada pelo sol. Os seios eram avantajados, resultado de uma cirurgia que um dia foi o seu sonho e que eu paguei com um enorme sorriso no rosto.
No lado oposto da piscina, a morena de cabelos marrom escuro cacheados e volumosos, Emília - ou só Em - e olhos cor de mel, conversava com a garota de olhos negros e orientais, cabelos negros e lisos mais curtos do que os de Cassey, Pamela - ou só Pam. Em tinha um corpo escultural, eu me perdia nas suas curvas naturais, tudo na medida certa para a minha mão. Já Pam era pequena e magra, mas sem desmerecer a sua bunda.
Catarina ou Cat se aproximou de mim com uma bandeja em mãos, trazendo algumas bebidas prontas. As garotas na piscina aplaudiram a amiga, soltando gritinhos animados pela iniciativa. Eu enlacei a ruiva de olhos verdes com meu braço e beijei seus lábios rapidamente. Quando ela se afastou, dei um tapa em sua bunda, vendo o quão pequeno aquele biquíni ficava nela e mordi o lábio inferior.
- Você não vai mudar nunca, não é? - A minha velha amiga perguntou, sua voz vinda por trás de mim.
Tirei o canudo do copo e o tomei de uma vez só, pousando-o vazio de qualquer jeito na mesa ao meu lado. Me virei na sua direção e a observei caminhar até mim com um sorriso de canto.
Eu costumava achar que Gina gostava de mim mais do que como um amigo ou um sexo casual. Devo acrescentar a informação pertinente de que fui eu quem rompi o seu lacre?
Não havia mudado de opinião e percebia o porquê dela mandar alguma das minhas meninas embora. Ela sabia quando eu começava a me apaixonar e dava sempre um jeito de se livrar delas - do pior jeito que isso pode soar.
- Por que eu deveria? - Me virei para as garotas que dançavam animadamente ao som de uma música pop que tocava na rádio.
Ela soltou uma risada incrédula e balançou a cabeça negativamente. Quando o canudo preto adentrou seus lábios e ela sugou o líquido, eu percebi que ela tinha um copo em mãos. Por que aqueles olhos negros quase tão orientais quanto os de Pam me hipnotizavam de tal forma que não me importava olhar para mais nada além deles?
- Por que isso é ilegal, baby. - Ela piscou para mim, jogando um beijo no ar.
O movimento de seus lábios ficou gravado em minha cabeça a tarde toda. Aqueles lábios pequenos sempre muito bem pintados de vermelho.
Era claro o que acontecia ali: eu era poligâmico. Simplesmente não conseguia me contentar com uma mulher só, queria todas as mulheres de todas as etnias só pra mim de uma vez só.
Quando eu começava a gostar de alguma delas, Gina dizia que poderia ser perigoso, que era melhor se livrar de uma delas do que de outras quatro, então ela sumia com as garotas. Eu não sabia o que acontecia, mas sabia que o meu segredo nunca fora revelado e era isso o que me importava.
Eu já tive todo o tipo de experiência com aquelas garotas e elas, sendo sempre em idade limite de cinco anos mais novas ou mais velhas do eu, não impunham restrições ao que eu pedia. O seu recrutamento era feito a dedo, só as garotas sortudas estavam ali.
Gina era como elas, mas hoje em dia já não aceitava mais se deitar comigo. Ela fora a que mais demorara para se render aos meus encantos antes de tudo isso. Eu me encantei por ela por isso, por ela ser diferente das outras.
Quando ela notou o tanto de garotas com quem eu dormia, decidiu propor aquela brincadeira de poligamia comigo e que acabou se tornando uma coisa mais séria. As garotas eram minhas, não podiam visitar familiares em épocas festivas ou qualquer outra ocasião. Nós éramos a sua família. Nós éramos uma família.
Vi Gina se aproximar de mim no grande sofá confortável em frente à TV de tela plana gigantesca. Ela não era escultural como as outras garotas, tudo nela era farto. Sua cintura não era de modelo, mas eu nunca vi uma garota ser tão confiante e desejada como ela.
- Que droga você tá assistindo, Pedro? - Perguntou depois de um segundo.
É claro que ela me pegou enquanto eu a analisava e um sorriso malicioso surgiu nos seus lábios. Garota esperta.
- Me olhando de novo? - Ela se sentou ereta e de frente pra mim. - O que quer? - Perguntou, seu sorriso fazendo suas bochechas se avantajarem. Eu gostava de mordê-las e lambê-las para irritar Gina.
Revirei os olhos e traguei meu cigarro, passando a mão pelos cabelos compridos, pelo rosto e sentindo falta da barba e do bigode que sempre se faziam presentes ali.
Gina mexeu no cabelo também, jogando as ondulações negras com alguns pontos de luz em meio ao emaranhado para frente de seu corpo.
- Precisa cortar o cabelo. - Apontei para o cabelo que lhe cobria os seios.
Foi a vez dela de revirar os olhos. Odiava que opinassem no seu estilo apesar de não ter um definido.
- Suas garotas fizeram uma enorme bagunça lá no quarto. - Ela se recostou ao meu lado novamente, virando de frente para à televisão.
- Vou puni-las. - Um sorriso descarado surgiu nos meus lábios e recebi um tapa no braço em resposta.
Sua cabeça escorregou para meu colo e meus dedos - livres do cigarro que agora jazia apagado no cinzeiro ao meu lado - se embrenharam nos seus fios macios e molhados pelo banho recém tomado. O cheiro que vinha dela era de sabonete e eu gostava. Seus olhos se fecharam e eu vi que ela apreciava a carícia quando seu colo descoberto pela blusa se arrepiou.
Quando ela pareceu inquieta, um saquinho transparente surgiu na frente dos meus olhos e encontrei os seus que mostravam expectativa.
Ela não gostava de drogas - pelo menos não esse tipo - e tínhamos brigas feias quando eu fumava um simples cigarro de maconha.
- Eu sei que disse que não queria que você usasse nossa mercadoria, mas você sabe que eu sempre quis experimentar esse tipo de droga. - Ela sanou minhas dúvidas, ainda deitada em meu colo.
Mordi o lábio inferior, inseguro. Eu queria protegê-la e talvez fosse por ela sempre passar essa inocência com um tanto de malícia, tudo na medida certa. Como uma mulher ideal, a minha mulher ideal.
- Abra a boca e coloque a língua pra fora. - Pedi, violando o saco de plástico e tirando dois comprimidos azul escuro cheio de desenhos atrativos dali de dentro.
Ela fez o que eu pedi e eu depositei os dois ali, mas antes que ela os engolisse, adverti:
- Não se mexa.
Deixei o saquinho ao lado do cinzeiro e, com muita calma, colei meus lábios aos dela.
Pensei que haveria protesto da parte dela, mas ela me correspondeu de imediato, levantando seu tronco e vindo postar seu corpo sobre o meu. Era fato que ela sabia como me agradar, como se mover em meu colo e aos poucos o efeito da droga foi se apossando dos nossos corpos enquanto nos deliciávamos com o gosto um do outro. Minhas mãos passeavam por ela, explorando cada centímetro, enquanto o corpo dela correspondia ao meu.
Eu poderia até mesmo acreditar que ela se entregaria à mim depois de tanto tempo sem o fazer.
Um estrondo alto se fez pelo ambiente, mas nós estávamos conectados como nunca antes. Gritos foram ouvidos e eu poderia imaginar que eram apenas as garotas se divertindo. Só descobri o que acontecia quando fui separado de Gina à força.
Seu olhar assustado se fixou no meu e eu vi que havíamos sido descobertos. Algemados e presos juntos.
Na viatura, nos colocaram lado a lado. Seus cabelos bagunçados não impediram que ela se virasse pra mim. Nosso sorriso malicioso indicava que não estávamos tão preocupados quanto deveríamos.
Ela era como eu. Éramos iguais.
Droga, eu amava essa mulher.
xxx
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