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Perfect Strangers

Eu apertava o grande casaco contra o meu corpo com certa ansiedade, a cada andar que o elevador subia eu torcia para passar rápido até o meu destino final e quando as portas se abriram no décimo quarto andar, não pude evitar em prender a respiração, nervosa levei minhas mãos até o bolso do casaco bege e tirei de lá a chave do apartamento, abrindo a porta com cuidado para não fazer barulho, tendo noção de que teria que esperar uns 10 minutos até sua chegada.

Thomas trabalhava em um escritório de advocacia no início do nosso relacionamento, mês passado ele foi promovido e agora era a segunda pessoa mais importante na "Portation international", uma empresa que era direcionada á bolsa de valores, um homem um tanto ocupado , mais eu tinha certeza de que ele não estaria ocupado para a minha surpresinha. Perambulei um pouco pelo apartamento, embora eu e meu corpo já conhecesse cada canto daquele imóvel luxuoso, estava com os cotovelos encostados na bancada da cozinha quando ouvi os murmúrios vindo do corredor, me apressei em apagar todas as luzes e rapidamente desfiz o nó em meu casaco e deslizes até meus pés.

Eu vestia apenas uma lingerie branca rendada e cinta ligas, nunca tivera usado algo tão ousado como aquilo, desfiz o coque em meu cabelo e desfiz alguns fios emaranhados com as mãos deixando-os cair em cascatas sobre os meus ombros. Suspirei nervosa quando ouvi o barulho da prata fazer contato com a porta de madeira rústica e a mesma ser aberta, logo em seguida o apartamento foi preenchido pelo cheiro de álcool, desfiz o sorriso em meu rosto assim que a luz foi acessa e então senti como se estivesse sendo esfaqueada repetidamente sem piedade.

Thomas cambaleou para o lado e pude ver dois finos braços com um bracelete em volta do pulso, segurando em seu pescoço enquanto se beijavam em meio às risadas, coloquei as mãos mãos volta do meu corpo me sentindo exposta e humilhada, rapidamente peguei o casaco do chão e o vesti, percebendo que meus movimentos não tinham chamado atenção, refiz o nó e pigarriei alto, me sentindo ferida no orgulho e assim que Thomas me viu seus olhos se arregalaram assustados empurrando a tal mulher, que assim que se afastou dele pude reconhecer.

  Era Emily a assistente dele na empresa, nunca gostei dela e agora vejo que estive certa este tempo todo.

- COMO VOCÊ PODE FAZER UMA COISA DESSAS? - gritei sentindo minha garganta arder.

Ele se aproximou em passos lentos, mal conseguindo ficar em pé, e tentou me tocar.

- NÃO ME TOQUE! - gritei contra seu rosto e bati em sua mão direita.

Me afastei dele e foquei meu olhar em Emily que sorria satisfeita, me aproximei dela sentindo meu sangue borbulhar de raiva e dei um tapa na cara, agarrando seus cabelos logo em seguida.

- ME SOLTA SUA LOUCA! - gritava ela se debatendo, mais a raiva em mim era maior.

4 anos de relacionamento jogados ao chão,  como se não significasse nada, tantos planos jogados ao vento como cinzas de cigarro.

- SUA DESGRAÇADA! VADIA! PIRANHA - eu estava descontando todas as minhas frustrações nela e estava amando.

Até que senti dois braços fortes me segurarem e soltei minhas mãos dela e sorri ao ver o estrago que tinha feito, os arranhões em seu rosto, seus longos cabelos ruivos bagunçados, a vermelhidão em seu rosto cujo o mesmo tinha uma marca perfeita da minha mão, mais aquilo era só o exterior comparado a dor que eu sentia por dentro, senti as lágrimas molharem minhas bochechas e me virei para ele, olhei bem no fundo de seus olhos e lhe dei um tapa que fez seu rosto virar, ele me encarou de volta atônito, como se não conseguisse acreditar.

- Porque? - perguntei a ele, mais não havia uma resposta - Porque voce fez isso? Eu achava que estivéssemos felizes um com o outro, tínhamos tantos planos, de noivar e casar, teríamos dois filhos e uma família incrível, então porque fez isso? - minha voz saiu num sussuro.

Tudo que ele conseguiu me dizer foi:
- Me perdoa? - em um fio de voz.
Revirei meus olhos e encarei ao redor, tantas lembranças que eu gostaria de apagar agora, observei Emily, ela não tinha remorso e eu pude ver isso em seus olhos mesmo depois de apanhar continuavam com um brilho de divertimento.

Em meio ao silêncio insurdecedor que estava no ar, eu abri a porta e a fechei com força.

Não havia mais nada a ser dito e cada andar que eu descia o aperto em meu peito se tornava pior, ao sair do prédio me permitir chorar sem me importar com alguns olhares de estranhos que passavam por ali, era menos humilhante para mim do que chorar em frente a pessoas que realmente me conhecem.

Por trás de tantos arranha-ceus, eu pude ver estrelas brilhando em meio a escuridão, o ar estava frio e a cada respiração alterada uma quantidade espessa de ar flutuava á minha frente. Não tinha noção do quanto havia andado, porque para mim o tempo tinha parado a uma hora atrás, mais quando me dei conta olhei surpresa ao notar até onde tinha chegado.

Eu estava parada com as mãos no bolso do casaco, num frio agradável sobre a ponte do Brooklyn e fiquei impressionada com a paisagem de Nova York, mesmo que eu tenha vivido aqui minha vida toda, não deixa de ser surpreendente.

As luzes pareciam tão vivas, e eu me senti ainda mais morta por dentro, eu soltei o ar e tossi 2 vezes por causa do frio, olhei em dúvida para os grandes fios que se extendiam da ponte até se encontrarem a cima de mim, a estrutura parecia sólida o suficiente para uma mulher de 24 anos que havia fechado as portas para o amor, então eu não vi o porque de não o fazer, o porque de não pular dali, seria uma queda livre e não demoraria até meus músculos atingirem o fundo do mar, e provavelmente o frio extremo me mataria rapidamente.

Quando eu ergui as mãos até uma das colunas e estava prestes a subir, senti duas mãos me segurarem fortemente pela cintura e acabei pisando em falso, ralei meu joelho e soltei um gemido de dor e frustração, assim que me vire vi um par de olhos azuis cálido me encararem como se perguntassem "Oque estava prestes a fazer?".

E minha resposta seria, "tentando me matar não é óbvio", mais tudo que consegui dizer foi:

- Suas mãos ainda estão em minha cintura! Não me lembro de ter te dado tamanha intimidade, nem o conheço. Me solte agora!

Ele demorou um pouco até seus dedos afroxarem e eu pude respirar novamente, mesmo não sendo aquilo que queria no momento.

- A sua falta de sanidade diz o contrário! - sua voz saiu rouca e ele se afastou retirando um cigarro e um isqueiro do bolso, fiz uma careta quando ele o acendeu e arqueei uma sobrancelha.

- Acho que você não tem moral para falar de mim. - resmunguei balançando a cabeça  e ele me encarou divertido.

- E você conhece alguma maneira melhor de se matar? - o questionei e continuei - Olhe só essa vista, seria uma bela morte não acha?

- Acho que não iria querer ouvir minha opinião de qualquer forma.

Ignorei seu comentário.

- Teria sido feita com sucesso, se alguém não tivesse se metido a bancar o herói!

Ele me encarou nos olhos por um tempo e disse :

- Certo, receio que está seja minha deixa para ir embora, vou te dar privacidade se é isto que quer.

O estranho deu alguns passos largos se afastando e eu bufei alto, irritada como uma criança sem saber o porquê, senti uma vontade absurda de continuar aquela conversa, de contar para alguém como estava me sentindo mal, de ter alguém para me ouvir nem que seja alguém que eu nunca vi na vida.

- EI, ESPERE! - gritei e ele parou no caminho, se virando para mim soltou o ar e sorriu de lado - Obrigada.

Não queria parecer grossa, acho que todos os sentimentos que estou sentindo estejam simplesmente me deixando completamente instavel.
Sorri em sua direção e comecei a caminhar ao seu lado, talvez ele esteja certo com relação a minha falta de sanidade.

Talvez!

Fim

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