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Espelho

Ela entrou no quarto, encostou-se à porta e suspirou. O cabelo estava despenteado, o vestido estava dobrado e vincado e a maquilhagem estava borratada. Ela deixou os olhos fechados por um momento a mais, antes de se erguer e dar um trémulo passo em frente.

Estava na hora.

Avançou até àquela forma amorfa de tecido azul, a desfiar nas pontas; atirado para ali num momento de desespero e dor. Olhou-o, talvez por demasiado tempo, antes de ter a coragem de lhe tocar, de lhe pegar. Atirou-o para o chão de uma só vez.

Ali estava ele. Ela odiava aquela coisa.

O espelho em si era lindíssimo. A moldura era de ouro, esculpido em intrincados padrões a toda a volta da elipse de vidro. Brilhava intensamente, como por si só; o ouro estava polido, como novo, incólume apesar do tempo, talvez por uma magia qualquer ou pela falta de uso. As decorações todas levavam a um pequeno nome gravado, em baixo. "Alvah".

Esse não era o seu nome.

E apesar do quão belo aquele espelho dourado pudesse ser, ela odiava-o com todo o ardor que a sua alma jovem tinha. Ainda assim, ali estava ela, com os ombros baixos de vencida, enquanto fitava o quarto vazio que a esperava do outro lado.

Mas ela não tinha escolha, pois não? Olhou por cima do ombro, em direção à porta. Ela não tinha escolha.

Passou o pé direito primeiro, com cuidado. Ela nunca tinha sido supersticiosa, mas, ali, toda a ajuda era pouca. Passou a cabeça e depois a outra perna. Desta vez, lembrou-se de não se agarrar à moldura dourada, que agora brilhava, mesmo quando se sentiu a tropeçar.

Respirou profundamente, de olhos fechados. Estava feito; ela estava ali. Ali estaria segura.

"Aqui, estou tudo menos segura", corrigiu-se, abrindo os olhos. Talvez isso não fosse verdade, mas, ainda assim, ela odiava aquele lugar. Odiava o que ele a fazia fazer. Odiava quem ela era ali, e odiava as mentiras que ele lhe contava que talvez fossem verdade.

Pode examinar o quão diferente estava. O seu cabelo ali era loiro, e estava preso num intrincado puxo decorado com jóias e flores mortas. O seu vestido estava perfeitamente amansado, e era outro vestido. Era preto, bordado a ouro com flores e laços e caveiras. Cobria-lhe os pés descalços, e o corpete não a deixava respirar. Trazia colares a adornar-lhe o decote, pulseiras a decorar os braços nus e anéis de ouro e diamante a enfeitar-lhe os dedos. Como estava bonita, pensou.

E culpou-se por isso.

Teve então a coragem de se virar, de ver o espelho de novo. Respirou com alívio ao ver que ainda ninguém estava no quarto que via.

A moldura dourada tinha já deixado de brilhar, com exceção daquelas letras longamente esculpidas no fundo de tudo. "Alvah." Aquele era o seu nome.

As letras deixaram de brilhar.

Ela deixou escapar um sorriso, olhando-as por mais um segundo antes de pegar do chão o tecido descartado.

Este era de um azul céu e tinha as bordas bem cosidas e bordadas a ouro. Pousou-o com cuidado sobre o Espelho, prendendo-o com laços bem feitos onde fosse necessário. Depois, virou-lhe costas e andou até à porta do quarto. Agarrou a maçaneta fria para a rodar e deixar aquele sítio.

E odiava-se por isso.

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