Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Asas Brancas

Tiros. A cabeça virou-se instintivamente para o som, e foi por milímetros que esse erro não acabou com ele baleado. A reação de todos os que o rodeavam resumia-se pela palavra "pânico", e ele não podia dizer que estava melhor. Saltou para detrás de uma das máquinas de venda automática, evitando uma bala por escassos momentos, rezando para que os atacantes não tivessem visto onde ele se tinha escondido.

Como é que eles tinham conseguido trazer armas para um aeroporto?!

Eram três, e ele só conhecia um deles, o que tinha a caçadeira; não tinha certezas de que armas os outros dois tinham. Estavam a tentar alcançá-lo, de certeza, ou não teriam parado de disparar assim que ele se escondeu.

Olhou para o teto e achou o vidro das clarabóias forte demais para ser furado, definitivamente forte o suficiente para o prender ali até levar com um tiro. Procurou com os olhos uma saída, uma saída que não o obrigasse a ter de lidar com a segurança do aeroporto e que não o fizesse passar por grupos grandes de pessoas, ou alguém ainda iria acabar morto com ele. Mas a única hipótese que tinha estava a demasiados metros de distância.

Não tinha grande escolha e, por isso, preparou as pernas e desatou a correr pelo espaço aberto que o separava do objetivo. Não foi rápido o suficiente para evitar todas as balas, mas o facto de ainda estar vivo quando voltou a estar protegido parecia ser bom sinal. Continuou a correr com a mesma intensidade pelos corredores que iam para as portas de embarque. Atrás de si, os atacantes seguiam no seu encalço, sob as ordens que o seu primo gritava. Desde que tivesse uma esquina entre si e eles, as balas não lhe chegariam, pensava, puxando pelas pernas para chegar a uma das saídas daquele lugar.

– Podes fugir, mas não te podes esconder! – ameaçou o primo. Ele tomou isso como incentivo para fugir ainda mais depressa.

Havia pouca gente ali, e quando ele saltou sobre a barreira que lhe dizia que aquela porta de embarque não estava a ser usada, ninguém o parou. Nem desceu a longa rampa, saltou direto lá para baixo e seguiu até às escadas que levavam até à saída.

O barulho demasiado próximo dos aviões, o espaço aberto de alcatrão, as abomináveis máquinas longe o suficiente. Mas o mais importante era que agora não tinha nada entre si e o céu azul.

Não gostava de fazer aquilo em frente a humanos, mas gostava ainda menos de morrer. Abrandou finalmente a corrida e esticou os braços para o ar.

As asas pareciam feitas de vento que lhe saía da ponta dos dedos erguidos. Solidificaram-se até à raíz num instante, as penas brancas a nascerem nas pontas ainda antes de o feitiço lhe ter tocado as omoplatas.

Ele respirou fundo e atirou os braços para baixo, com força, levantando voo imediatamente. Felizmente não precisava de correr tanto quanto os aviões avançavam para descolar. Se tivesse tido sorte, talvez os pistoleiros se tivessem perdido ao segui-lo pelas curvas e contracurvas do edifício feito quase de propósito para prender um minotauro, mas ele não estava disposto a apostar a vida nisso, não estava disposto a ficar ali dentro da arena do aeroporto à espera de ser encontrado. Era muito mais ágil no ar do que em terra, muito mais rápido, principalmente com a ferida de bala a queixar-se cada vez mais, por isso deu alento aos braços e acelerou mais rápido para longe dali, erguendo-se ao céu sem nem pensar no perigo que seria para os aviões que voavam perto de si.

E ainda bem que fugiu, porque os seus atacantes tinham adivinhado o que lhe ia na ideia e desciam agora as escadas em espiral de um outro portão de embarque. Ainda dispararam umas vezes para o ar, mas ele já estava longe de mais para ser apanhado. O primo não o seguiu e ficou a rogar pragas a partir do chão, talvez por saber que no ar não tinha hipóteses de o alcançar. Se tivesse de adivinhar, diria que os outros dois homens armados não o conseguiriam fazer nem que quisesse.

Continuou a voar, ficando alto o suficiente para ser confundido com uma ave, finalmente calmo o suficiente para pensar. A ferida sangrava cor-de-rosa e embora o voo tivesse tirado o peso de sobre a perna, agora a velocidade estava a magoá-lo quase tanto quanto. Será que podia ir a um hospital? Ou seria melhor voltar para o aeroporto, dizendo a verdade parcial de que também tinha sido vítima daquele "ataque terrorista", e pedir lá ajuda? Isso evitaria as perguntas incómodas, mas ele não tinha confiança de que os atacantes tivessem já sido apanhados e discartou a hipótese.

Por isso aterrou num dos bosques nos subúrbios da cidade, desfez as asas e, enquanto esperava pelo uber, escondeu a ferida o melhor que pôde. Quando não usava magia, o sangue voltava para o mais natural tom de vermelho, o que podia evitar confusões e perguntas indiscretas mas que também era bem mais difícil de esconder.

Entrou no carro e deu a morada. Alguém da família tinha-lhe posto a bala dentro da perna e, com sorte, seria alguém da família a arrancá-la de lá.

...............

Nota da Autora

Oi gente! Já não posto neste livro desde Janeiro (chiça), mas achei que este seria o sítio perfeito para partilhar esta pequena historinha!

Como já não é a primeira vez, tirei esta ideia de um sonho (narrado quase tin tin por tin tin, por acaso, apenas com algumas liberdades criativas) e achei que era boa o suficiente para desenvolver. Read: escrever um livro sobre isso. Anjos, demónios, problemas familiares e filhos ilegítimos? Dá pano para mangas!

Mas talvez saibam que eu não estou pronta para começar um projeto novo quando já tenho três em mãos (Corte das Mentiras e Mortos na Escola a ser ainda escritos, Quebra Destinos à espera do seu 3º rascunho para poder competir nos Wattys) e cabeça limitada para as ideias. Além disso, aprendi a lição com o MnE e acho que é má ideia começar a postar algo antes de saber como vai ficar pelo menos o primeiro rascunho. Mas felizmente isso não me impede aqui de postar um primeiro capítulo, tomado como exercício de escrita e/ ou conto e /ou teaser para um projeto que pode nunca vir a existir. Fun, right?~

Tenham um bom dia, meus amores e, com sorte, vemo-nos daqui a pouco com algo já bem mais fleshed out do que o que isto está no momento. Beijinhos^3!


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro