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agora que tá acabando, vou enrolar um pouco para postar, hehe.
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Uma carta chegou às mãos de Kim Junmyeon. Era um envelope branco e com um carimbo vermelho para segurar a mensagem mais feliz que o garoto recebeu na vida dentro. Pela primeira vez um mês, ele havia conseguido sorrir verdadeiramente. Jun era novamente um estudante da universidade dos Kim de Seoul.
A pessoa que teve que mexer os pauzinhos para fazer isso acontecer... Obviamente, Yixing. Bastou apenas um pedido de coração, uma voz fofa e um abraço para que o pai adotivo, dono e diretor da universidade permitisse que Junmyeon voltasse, desde que pagasse todo o horário perdido nas férias que haviam acabado de começar. Jun havia resolvido morar com Yixing durante esse tempo, para ficar mais perto da instituição e poder estudar até tarde sem se preocupar em como voltar para casa.
Olhou para trás observando a entrada de sua casa, que agora era barrada pelo governo, até que se resolvessem os problemas e o garoto pudesse tê-la como herança. Não queria se livrar dela, porque foi onde havia crescido e passado cada momento com a falecida avó. Empurrou sua mala de rodinhas para fora e entrou no carro que o Zhang havia mandado para buscá-lo, em silêncio e nostálgico. Agora, mais do que nunca, ele devia favores a Yixing. Devia a vida a ele porque, sem o chinês, não teria para onde ir nem onde morar, seria apenas um adolescente procurando emprego ou morando na rua, com o pouco dinheiro que a avó deixou-lhe.
Isso não mudava o fato de que Jun estava focado em descobrir todo o passado de Yixing. Ele não ficaria quieto até que descobrisse toda a história. A confirmação de que realmente tinha algo mais complexo acontecendo na vida de seu namorado estava naquela sala branca, exatamente onde ele deveria estar.
Jun estava dando a volta no jogo.
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"Já preparei um quarto só para você." Yixing disse, abraçando Jun por trás e lhe dando um beijo estalado no pescoço, para depois se afastar e pegar suas malas. "A não ser que queira dormir comigo."
"Não precisa se preocupar em dormir comigo. Meus pesadelos estão diminuindo." Mentira. Eles estavam ficando cada vez mais frequentes. Mas Jun precisava sair do quarto de noite sem se preocupar em acordar o Zhang.
O chinês estava triste por não poder dormir abraçado com seu pequeno, mas já tinha se livrado de suas suspeitas. Na mente dele, Myeon estava abalado demais para pensar em se meter em seus assuntos. Uma coisa era inegável: o QI de Myeon era bem maior que o de Yixing.
"Você sabe que acabará na minha cama toda noite, ciente?" Colocou as malas de lado e o segurou pelo quadril, unindo os corpos e sussurrando no pé do seu ouvido, para depois morder e lamber o lóbulo. Myeon riu pelas cócegas e abraçou a nuca do maior. "Sem problemas. Vai ser um prazer te carregar no colo." E o pegou como se fosse sua noiva, apertando as coxas fartas com sua mão e dando beijos molhados pelo pescoço do pequeno.
Jun variava entre rir e gemer baixinho, sentindo os toques quentes sanando e ao mesmo tempo aumentando o desejo da luxúria que seu parceiro o proporcionava. Desceram as escadas lentamente com Jun se segurando firme para não cair e Yixing castigando sua pele branca com a boca, alternando entre olhar para as expressões excitantes do coreano e prestar atenção no caminho.
Quando finalmente chegaram ao quarto de Yixing, ele arremessou o mais baixo na cama sem delicadeza, vendo o colchão se mover e a madeira do móvel ranger com o impacto. Jun se ajeitou na cama, apoiando-se nos cotovelos e sentindo uma saudade daquele ambiente, falta essa que ele nem sabia de onde vinha.
"Já fizemos isso no jardim. Não se sente satisfeito?" Myeon falou, observando atentamente cada parte dos músculos de Zhang serem revelados a medida que ele tirava sua camisa.
"Isso o quê?" Sorriu, travesso, se deitando por cima de Jun. Era um clima romântico e calmo, mesmo que a cabeça deles estivesse lotada de desconfiança e dor para com o outro. Mesmo que fossem inimigos agora, ainda sentiam algo muito forte um pelo o outro, e com certeza não era ódio.
"Você nunca me explicou o que é isso que fazemos."
"Quer dizer, termos técnicos?"
"Sim. Realmente não sei." Yixing saiu de cima dele e se sentou na cama ao seu lado, o aninhando. Jun deitou-se no colo do mais novo enquanto alisava sua face com carinho.
"Então, só dessa vez, agirei como um professor." Jun animou com a ideia. Ele estava ansioso para finalmente entender as coisas que sentia. "Primeiro de tudo, o que nós fazemos é sexo."
"Eu sei o que isso é, mas geralmente não é um homem e uma mulher? E depois, tem aquela coisa de espermatozóides e óvulo se fecundando, nós nascemos!"
Yixing riu com a inocência do pequeno, fazendo o outro ficar um pouco irritado, mas só o som doce e relaxante da voz de Zhang era o suficiente para ele esquecer suas preocupações. Observou por um tempo a boca em formato de V quando o chinês ria, com um sorriso bobo e apaixonado.
"Não é tão simples." Pairou a mão na coxa de Jun, fazendo carinho ali. "Sim, existe sexo hetero, quando tem um homem e mulher, mas esse não é o único tipo. Você é gay, um homem que gosta de outros homens, e nós podemos fazer sexo sem ser um problema."
Jun concordou com a cabeça, estava começando a entender.
"Mulheres também podem fazer sexo mulheres. Caso você tenha vontade, pode fazer com quem quiser, independente do gênero." Pensou um pouco, se lembrando de tudo que tinha que falar. "Sexo sem preservativos ou quando ocorre um problema com esse preservativo pode engravidar e nascer uma criança, mas só quando ele é hetero."
"Então sempre que você me toca e eu me sinto quente e então meu pênis solta... aquilo, é sexo?"
"Aquilo se chama esperma. Você goza quando está satisfeito por eu ter te tocado. É a melhor forma de me mostrar que você gosta, então faça isso o máximo que puder para mim." Jun sorriu, anotando a informação mentalmente. "Quando você se sente quente, está excitado. Quer ser tocado cada vez mais. Tesão, entende?"
"Sim... Agora eu consigo entender um pouco melhor. Tem mais alguma coisa pra me ensinar?"
"Na verdade sim. Quando nós fazemos sexo, mas ele é casual e um pouco mais objetivo, sem todo aquele carinho, estamos transando. Se fazemos coisas radicais, testamos nossos limites, somos brutos, é sexo selvagem. Se for calmo, cheio de carinho, estamos fazendo amor."
"Você gosta de fazer amor comigo?" Perguntou, sorrindo com os olhos. Yixing ficava tão confortável com ele, como nunca ficou com outra pessoa. Sentia-se leve, e esse sentimento nunca entenderia.
Não era costumeiro para Zhang ser carinhoso e atencioso, mas o pequeno despertava esse desejo dentro dele.
"Qualquer coisa com você é maravilhosa." E se inclinou, o dando um beijo terno e puxando seu lábio inferior com os dentes. "Você está tão cansado assim, a ponto de não querer me dar atenção?"
"Sim, estou exausto disso tudo." Deitou-se, ficando de conchinha com Yixing e apagando as luzes. "Toda a situação da minha vida..."
"Estou fazendo o máximo para resolver os seus problemas. Agora você tem um local quente para morar, e pode voltar aos seus estudos."
"Sim, você tem esse poder." Yixing o apertou mais em seus braços, cheirando sua nuca. "Sei que pode resolver todos os meus problemas."
"Tem um problema que eu nunca conseguirei resolver." Jun gemeu em interrogação, sentindo a caixa torácica de Yixing se mexendo contra as suas costas. "Eu. Sou seu maior problema."
Myeon se virou para ele, alisando seu tronco com as mãos suavemente, como se traçasse um mapa por todos os locais que ele já conhecia perfeitamente. Logo, toda a pele descoberta havia sido preenchida pelos toques do pequeno. Yixing o olhava com o sorriso mais puro que já teve na sua vida, não conseguia tirar seus olhos daquele homem naturalmente perfeito em sua frente, com o sorriso mais lindo que já tinha visto.
Jun voltou a olhá-lo. Suas orbes estavam grudadas e transmitindo tudo o que sentiam, sem palavras. Almas gêmeas, era o que aqueles pobres seres sempre seriam.
Os lábios se colaram. Primeiro, um toque terno e macio, apenas um selo suave. Depois, Jun sentiu a língua de Yixing em seu lábio inferior, então abriu a boca para receber o maior motivo da sua perdição. Yixing havia conseguido tantas coisas de Myeon, mas ele não era o único. O coreano havia sido a primeira vítima que Yixing havia beijado, que havia sentido algo de verdade além de luxúria e raiva. Eles eram tóxicos, mas faziam bem um para o outro ao mesmo tempo.
Ajeitaram-se na cama a medida que o beijo se intensificava, então separaram por falta de fôlego. Em silêncio, juntaram-se novamente, e Yixing começou a chupar a língua de Jun, sugá-la como se sua vida dependesse disso. Os gemidos baixos de Jun saíam entre o beijo quente. Percebendo o que fariam, Myeon afastou Yixing com as mãos.
"P-Para..." Mesmo assim, continuava dando selos nos lábios e pescoço de seu namorado. "Estou exausto."
"Hmmm..." Yixing soltou um gemido arrastado quando sentiu Jun se enfiando em sua clavícula, chupando e mordendo a pele branca como neve. "Tudo bem, você não vai precisar se mexer."
Jun poderia jurar que viu os olhos de Yixing brilharem em meio a escuridão. Um brilho assustador, excitante e que ofuscava qualquer dúvida de que ele desejava o chinês mais que tudo na vida. Mesmo com um ar confuso, Myeon entendeu bem o que ele quis dizer quando Yixing se enfiou dentro do cobertor e foi para as pernas de Jun, brincando com o elástico da sua bermuda de seda.
Myeon sentiu-se esquentar. De acordo com Yixing, estava "excitado". Seu pênis despertou rapidamente, fazendo Yixing dar um sorriso satisfeito. Ele brincou com os dedos em cima do volume, alisando e beliscando com delicadeza.
"Z-Zhang... Ah..." Seus olhos se reviraram.
Yixing desceu os shorts de Jun e mordeu por cima do seu volume na cueca. As costas de Jun viraram um arco. O chinês dava lambidas pelo tecido sentindo o pré-gozo molhando mais e mais a peça. Ele levantou um pouco o cobertor com a mão só para poder observar a face de prazer de Jun, dando um sorriso. O menor mordia os lábios e fincava os dedos no travesseiro.
Yixing rasgou a cueca e bateu o membro em seu rosto, arrastando a língua pela extensão enquanto sentia suas bochechas ficarem molhadas. Jun o olhava atentamente, o que deixava aquilo mais excitante. Yixing colocou a glande na boca, primeiro circulando-a com a língua para depois chupá-la, sentindo o gosto amargo do líquido que escorria. Suas mãos agarravam os quadris de Jun, arranhando com as unhas curtas e pintadas de negro. Myeon entrelaçou os dedos nos fios cacheados, porém sem empurrá-lo, apenas puxando seus cabelos. Yixing amava ser submisso, ainda mais quando seu dono era o mais velho.
Levou metade do pênis para dentro da boca, arrastando a sua língua. Apenas para ouví-lo gemer, roçou seus dentes. Jun tentava gemer baixo, como se alguém pudesse escutá-lo. Com um movimento rápido e involuntário, empurrou a cabeça de Yixing e o fez engolir toda a extensão, engasgando. O chinês tinha lágrimas nos olhos e seu rosto estava coberto pela esperma, mas ele amava aquilo. Esperou sua garganta se acostumar com o fato do pênis de Jun estar dentro dela e chupou lentamente, subindo e descendo a cabeça como se fosse um sabonete escorregando pelo piso molhado.
Lento, excitante, torturante. Sentia as veias de Jun pulsarem com a carne das bochechas. Depois, começou a chupá-lo com mais velocidade, contornando a glande e o buraco da uretra com a língua sempre que voltava para o início. Se separou por um tempo para conseguir respirar, apenas um fio de saliva ligava seus lábios fartos e o pênis de Jun, e então tossiu baixo. Logo, colocou um dos testículos em sua boca e chupou com cuidado. Jun lutava para se segurar, jogando a cabeça contra o travesseiro e gemendo descontroladamente, sentindo sua retina ir e voltar sem que pudesse controlar os próprios movimentos. Seu corpo pegava fogo e apenas o pênis parecia existir, junto com todas as sensações que o outro lhe causava.
Yixing deu a mesma atenção para o outro testículo, logo colocando os dois na boca enquanto com o dedo pressionava a glande do pênis, masturbando-o com a palma fechada num vai e vem veloz e louco.
"Yixing-aah... eu vou..." Jun falou, segurando-se ao máximo.
"Goza no meu rosto, amor..." E então se afastou um pouco, deixando a face rente ao pênis e a boca aberta. Jun mordeu os lábios sentindo o gosto metálico do sangue antes de liberar seu esperma, molhando todo o rosto e boca de Yixing. Ele engoliu e lambeu os beiços, chupando mais um pouco o pênis para se deliciar com tudo que podia. Depois, voltou para o lado de Jun e o beijou, deixando que ele sentisse o gosto do próprio gozo.
Yixing o abraçou com força, apertando a nádega descoberta e praticamente se esfregando em Jun, como um cachorro no cio. Myeon o empurrou e levantou da cama, cobrindo a cintura pra baixo com o travesseiro. Riu da cena, e insinuou ir atrás de seu pequeno, mas recebeu um grito em resposta.
"Pode parando aí!" E colocou seus shorts, sem se importar com a cueca. Yixing fez cara de cachorro sem dono.
"Mas, Junmyeon..."
"Não, Zhang!"
"Pelo menos durma comigo..." Murmurou, focando em abaixar sua ereção.
"Você vai acabar tentando algo comigo de novo. Sem questionamentos!" E saiu do quarto, ouvindo um último resmungo chateado de Yixing falando algo em chinês.
Jun tinha outros planos em mente. Andou devagar até o quarto que Yixing havia preparado, era agradável e rosa, com bichos de pelúcia e fotos que ele já havia tirado com o chinês, todas emolduradas pela prateleira. Saber que seu namorado havia preparado tudo especialmente para ele esquentava o pequeno coração, todavia não podia perder o foco. Esperou Yixing dormir e foi direto para a Sala Branca, tirando uma chave do bolso.
Ele havia conseguido pegá-la quando Yixing estava com a guarda baixa, assim que fizeram sexo no jardim. Abriu a porta com cuidado e achou o interruptor, aumentando a velocidade do passo assim que fechou a porta. Trancou por dentro, caso o Zhang tentasse entrar de surpresa.
O primeiro lugar que procurou foram nos armários. Haviam calmantes, remédios de depressão controlados e seringas. Em outro armário, vários tipos de amarras e vendas vermelhas, objetos que ele já havia usado nas obras.
Usou um banco que estava perto para olhar em cima das prateleiras, encontrando algo que o interessava. Puxou de lá um álbum vermelho e bem cuidado, com o desenho de um sol negro na frente. Quando abriu, encontrou várias fotos com vários modelos tiradas por Zhang, numa ordem aleatória. Eram todas intrigantes e com uma beleza singular.
Sempre preto e brancas, o único objeto com cor era a venda vermelha, que estava sempre amarrada ou posta de um jeito diferente no cenário e no modelo. Ele passou devagar, não conhecia nenhuma das pessoas ali, mas aquelas imagens despertavam algo em seu coração, como se já tivesse as visto.
Ele conhecia aquelas fotos dos seus piores pesadelos.
Folheou por um tempo, encontrando algo que tirou sua respiração. Saiu rapidamente da sala e correu para seu quarto, checando mil vezes para ter certeza de que o que seus olhos viam era verdade.
A foto singular com a data mais antiga, na última página do álbum. Uma pessoa conhecida com uma corda vermelha ao redor do seu pescoço, como se ele estivesse pronto para se matar a qualquer momento, olhando com luxúria para o fotógrafo, mostrando o quanto estava vulnerável.
Chen, a primeira marionete escarlate.
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