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Suspeitas

— O quê?! Três meses?! - exclamou Alice.

— Isso foi o que consegui calcular até agora. Pode ter se passado mais tempo enquanto eu estava sem controle sobre mim mesmo. O tempo que levei para reverter o controle dela sobre mim. - disse ele, se abaixando para ver um interruptor próximo ao chão. - Não dá pra saber de fato.

— Mas... Como fiquei tanto tempo sem água ou comida? Eu devia estar morta...

— Andei estudando esse efeito. - disse Lance. - Mas é inexplicável o fato de que esses seres alienígenas simplesmente fazem surgir energia.

O homem desligou o interruptor e abriu as grades, levando a uma sala diferente.

— Eles desafiam as leis da ciência moderna.

— Sim, eu sei. Nas minhas pesquisas, percebi isso. As células simplesmente se multiplicam sem controle, mas é diferente de um tumor. - disse Alice, seguindo Lance até a outra sala.

A cientista olhou ao redor. Era uma sala das máquinas, porém eram visíveis as marcas de que alguém morava lá.

Um microscópio e computadores estavam num canto afastado juntamente com vidrinhos de tamanho diversos. Uma "cama" improvisada estava perto do gerador principal e havia latas vazias por todo lado, assim como partes das "raízes".

— Desculpe a bagunça. - Lance disse. - Eu não esperava visitas. Exceto os capitibus que às vezes vem aqui para sugar minha eletricidade...

— Você arrumou tudo isso? - perguntou Alice, olhando as amostras próximas ao microscópio.

Lance ficou meio sem jeito.

— Sim. - disse ele. - Eu... Tenho passado todo esse tempo procurando aprender tudo o que posso sobre esses seres e a coisa preta que os forma.

— Eu a chamei de tenebris. - disse Alice.

— Tenebris? Interessante. Eu também andei dando nomes para eles. Os classifiquei mais por características morfológicas. - explicou Lance, mostrando um quadro branco onde ele havia colado centenas de papéis de forma desordenada. - Mas, microscopicamente falando, eles se comportam como fungos, de certa forma. São sensíveis a mudanças bruscas na saturação do ar, apesar de que se adaptam às adversidades de forma extremamente rápida. Assim, parece que a... Tenebris não tem fraquezas.

— Você já pensou em calor? - perguntou Alice.

Lance a encarou, surpreso.

— Na verdade, já. - disse ele. - Não deu muitos resultados. No máximo, retarda o crescimento e controle dele pelo corpo, mas não há como garantir isso como uma "cura". Ela pode estar ainda ativa.

Alice encarou os papéis no quadro, pensativa.

— Então voltei à estaca zero. - disse ela, suspirando.

Lance a fitou por instantes.

— Você queria mesmo uma cura, não é? - disse Lance.

— Querer não é poder. - disse Alice de olhos fechados, se apoiando na mesa. - Não sei se consigo continuar. Não tenho mais nenhum caminho! Quando descobri sobre o calor, pensei que... Pensei que pudesse conseguir. - ela comprimiu os lábios, uma lágrima descendo pela bochecha. - Mas não dou conta... Não dou conta sozinha.

Ela abriu os olhos escuros e encarou o homem ao seu lado.

— Preciso da sua ajuda. - disse Alice.

Ele a fitou, não surpreso.

— Alice, eu procuro por uma cura há muito tempo.

— Eu sei..

— Desde que houve o acidente, tive o apoio de Eliot nisso e...

Alice arregalou os olhos, confusa.

— Eliot? Ele também tinha sobrevivido ao desastre?

Lance suspirou e desviou o olhar.

— Eu nunca falei sobre isso com ninguém, já que é confidencial. - ele se aproximou dela. - Tem a ver com o experimento X-28.

Alice ficou curiosa.

— O experimento que causou tudo isso? Mas, como...

— O desastre aconteceu muito antes do que você sabe, doutora Alice. - Lance caminhou e se sentou em uma cadeira. - Poucos meses depois de que Garden 9 partiu, a nave foi atingida por uma chuva de meteoroides que haviam passado despercebidos pelos sensores.

— A Garden 9? Me lembro da notícia. Foi horrível. - interrompeu Alice. - Ela explodiu após meteoros terem perfurado o casco da nave e acertado o gerador central.

Lance sorriu, achando graça.

— Foi isso que o governo quis que soubessem? Não foi bem isso que aconteceu. Depois que alguns estragos foram reparados, os cientistas descobriram que os meteoros eram ocos e resolveram estudá-los em uma parte isolada da nave, uma parte em que apenas pessoal autorizado podia entrar. Achavam que estavam seguros. Mas adivinha? - Lance aproximou seu rosto de Alice. - Estavam errados. Sabe, devia haver uma razão para algo estar preso dentro da rocha. E dessa vez não foi diferente. - Lance olhou bem no fundo dos olhos de Alice. - Dentro deles havia esporos. - ele se afastou. - Contaminou toda a equipe de cientistas que estava lá. Como Garden 9 tinha mais pessoas, era maior e tinha o ar purificado mais regularmente, demorou algum tempo para fazer efeito. Um por um, cada um deles foi contaminado pelos esporos. Os registros da nave dizem que levou uma semana para aparecerem casos de humanos terem sintomas como estados de inconsciência constantes seguidos de perda de memória e raciocínio e, principalmente, agressividade.

— Mas onde você entra nisso tudo? - perguntou Alice.

— Garden 9 não enviava sinais havia semanas, então mandaram um grupo de soldados e um médico para ver o que havia acontecido lá. O médico era eu. Ninguém mais sobreviveu além de mim e o governo me forçou a destruir o gerador principal para parecer que havia sido um acidente.

Alice tapou a boca, atônita.

— Depois disso, pude voltar para a Terra, com a minha família. Mas fiquei sobre constante vigilância do governo. Tanto é que eles nem hesitaram em me colocar em uma missão perigosa aqui, em Primux.

— Missão perigosa? - perguntou Alice, confusa.

— O experimento X-28. - explicou Lance. - Fui enviado pra cá porque eu fui o único a ter entrado em contato com essa coisa e sobrevivido. - ele suspirou. - O que eu não sabia era que eu havia sido infectado.

— O que? - perguntou Alice. - Mas...

— Eu sei. Acho que o calor do Sol fez os esporos ficarem latentes. De qualquer forma, assim que nós distanciamos do Sistema Solar, me senti diferente. Os sintomas tinham aparecido. E felizmente... Ou infelizmente... Eliot notou isso. Eu passei a ser uma cobaia, um objeto de estudo preso atrás de paredes grossas e a prova de balas. Foram como torturas, mas me fizeram ter o controle que tenho agora sobre isso. Infelizmente ela não ficou muito satisfeita.

— O que ela quer?

— Eu francamente não sei. - disse Lance, suspirando. - O que sei é que eles não podem ir para a Terra, então as pessoas lá estão seguras.

— É, mas nós também não podemos voltar pra lá. - disse Alice, pensativa.

Um plano se formava lentamente em sua cabeça.

— Você disse que calor os deixa dormentes, certo?

— Sim, mas eu também disse que eles logo se adaptam às adversidades. - disse Lance.

— Mas deve demorar algum tempo para isso, certo? - perguntou Alice, animada. Ela tinha uma ideia. - Acho que há um jeito de sairmos daqui.

Lance a encarou, incrédulo.

— Não é impossível voltar para a Terra! Podemos fazer isso! Eu tenho um plano. - disse Alice - Mas, como você disse, ela tem olhos e ouvidos em todos os lugares, eu mesma notei isso quando ela estava na minha cabeça.

Lance arregalou os olhos.

— Ela estava na sua cabeça?! - Lance rapidamente pegou uma lanterna e segurou Alice para jogar a luz nos rosto dela.

— Espera, o que foi? - perguntou ela, irritada.

— Preciso ver se você está com sintomas.

— Por que? - perguntou Alice. - Você me salvou a tempo. Não precisa se preocupar.

— Ah, doutora Alice, preciso sim. Eu convivi por mais tempo com ela para imaginar que tem algo errado nessa história. Ela é a consciência una que está em todos esses seres. Se ela quer alguém, ela o terá.

— Mas você conseguiu resistir!

— Com muita luta, dor e sacrifício. Ela não deixaria você em paz de uma hora para outra só porque eu forcei o fim da conexão e te trouxe de volta.

Alice ponderou, preocupada.

— Ok, pode examinar.

Alice ficou parada enquanto Lance lançava o feixe de luz sobre os seus olhos. Ele lhe deu um olhar preocupado.

— Algo errado? - ela perguntou.

— Eu espero que não. - respondeu ele, colocando a lanterna sobre a mesa. - Alice, você precisa se precaver. Essa roupa especial não vai adiantar contra os esporos ácidos.

— Eu sei... - disse ela, retirando o capacete quebrado. - Não foi tão resistente quanto eu pensava. - ela passou a mão sobre o vidro rachado. - Como você se protege?

— Eu tenho minha própria tenebris. - disse ele. - Tenho controle sobre ela e isso me protege.

Alice suspirou.

— Então vou ter que descobrir sozinha. - ela olhou seu reflexo no vidro do capacete. - Você tem um mapa? Preciso descobrir como ir a um lugar.

Lance se aproximou do quadro e pegou um papel.

— Aqui está. - disse, estendendo para Alice. - É um mapa de todos os lugares da estação que eu já visitei.

Alice estendeu o papel sobre a mesa. Pontos nele estavam marcados em vermelho e com anotações nos cantos.

— Tem várias informações úteis aqui. - disse ele. - Eu marco opções de caminhos e os que geralmente são mais seguros. Pode te ajudar com seu plano para voltar pra casa.

Alice sorriu.

— Isso vai me ajudar muito. Obrigada. - disse, dobrando o papel. - Espere, você não precisa disso?

— Não, eu já decorei todos os caminhos de que preciso. - disse Lance, sorrindo.

Alice o encarou, a boca aberta prestes a dizer algo.

— Você não quer... Vir comigo? - perguntou. - Eu vou precisar de toda a ajuda que eu puder para fazer o meu plano.

— Parece empolgante, mas não sei...

— Por favor. Não posso fazer isso sozinha. Você foi o único que lidou com o experimento X-28 e sobreviveu. Você tem vivido aqui há mais tempo do que eu. Sabe mais do que me falou.

Lance rolou os olhos para o teto. Seu olhar se fixou em algo e sua expressão se enrijeceu. Ele desceu o rosto para Alice e fez uma expressão séria.

— Ok. Eu vou com você e te ajudo a voltar pra casa.

Alice sorriu, contente.

— Vamos, então.

— Para onde? - perguntou Lance.

— Temos que incluir Ryan nisso. Quero ver a cara dele quando ele ver outro sobrevivente.

— Quem é Ryan?

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Depois de caminharem bastante, Lance e Alice finalmente chegam no lugar do esconderijo de Alice e Ryan. O corredor estava vazio e escuro. Destroços cobriam o chão. Tudo estava exatamente como Alice havia deixado.

Com cuidado para não fazer barulho, Alice retirou o que tampava a entrada e abriu a porta. A claridade tomou aquela parte do corredor e deixou Alice e Lance parcialmente cegos por um tempo.

— Alice? - perguntou a voz Ryan, surpresa.

Alice encarou o lado de dentro, onde Ryan se aproximava enquanto uma mulher de curtos cabelos pretos lisos estava sentada em uma cadeira, segurando uma lata de pêssego em conserva.

— Ah, graças a Deus! - exclamou Ryan - Eu fiquei preocupado e... - o olhar do engenheiro foi até Lance, que o encarou de forma feroz. - Quem é ele?

— É uma longa história. - disse Alice, fitando a mulher. - Quem é ela?

— Também uma longa história. - disse Ryan, olhando de forma ameaçadora para Lance.

Alice pareceu não notar a briga de olhares que havia ali e puxou Lance para dentro do esconderijo.

— Bem, então temos muito o que falar.

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Helo, peoples! Desculpa a demora. É que eu queria postar dois capítulos de uma vez, como vocês viram... Apesar de que o outro capítulo não é muito grande.

De qualquer forma, espero que tenham gostado 😊

E aí? O que acharam? Agora temos quatro personagens! Cada um com suas histórias e segredos. Continuem lendo e vão descobrir.

Aliás, vocês notaram que de cara Lance e Ryan não se deram bem? Isso tem a ver com o final do livro. Vocês verão.

Ah, e não esquece de votar e deixar o seu comentário 😉

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