Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Suprimentos

Alice acordou com o barulho de algo batendo com força no metal. Ela olhou o painel portátil onde poderia ver a descrição de danos e ergueu as sobrancelhas, surpresa. Um pequeno meteorito tinha acabado de acertar o lado de fora, o que ocasionou o barulho. O sistema não detectou nenhum problema a partir disso, mas Alice se perguntou o quão longe no Sistema Solar a estação estava. Ela desistiu de voltar a dormir e se levantou. Era agora.

Pegou a bolsa, onde colocara o que imaginava poder usar para consertar a falha no sistema de transmissão de energia, e abriu a porta. Seu caco grande de vidro estava em suas mãos, como sempre, pronto para perfurar qualquer monstro. Não demorou muito e um guincho foi ouvido seguido pelo som de garras batendo no metal. Alice preparou bem o caco, mas então sentiu uma terrível pontada no estômago e acabou abaixando a mão. Assim, quando a criatura apareceu, a cientista não conseguira acertar um ponto que imaginava ser vital. Mesmo assim, ela o machucou e o ser se distanciou dela, guinchando.

Ela olhou sua mão e viu que tremia. Precisava achar comida logo. Assim, ela escondeu discretamente a entrada para o laboratório e seguiu pelo corredor mal iluminado.

A estação oscilava como um barco, como se estivesse sendo atingida várias vezes do lado de fora. Alice balançou a cabeça, tentando afastar esse pensamento. As coisas já estavam ruins. Mais isso e não haveria esperança de sobrevivência. Ela resolveu continuar.

Seu caminho era árduo, de modo que teve que escalar muitas pilhas de detritos e pedaços de metal. Até que ela chegou à barreira. Estava tampando parcialmente o caminho e estava amassada terrivelmente no canto em que se conectaria à outra parede. As mesmas "raízes" escuras, grossas e gelatinosas que Alice já vira antes cobriam as paredes, como se tentassem passar por aquele pequeno espaço. A cientista seguiu com os olhos a trilha das raízes e viu que começavam no chão, mas não havia qualquer fonte delas por perto.

— Estranho. - murmurou Alice, passando a mão enluvada suavemente sobre a mancha escura ao lado das raízes. Parecia uma mancha feita quando café derramado secava. - Hum... - Alice recolheu a amostra e a colocou delicadamente em um vidrinho em sua bolsa.

Ao que parecia, era uma poça de "sangue" ressecado deles. Analisando as bordas do local onde estava a poça, ela viu que costumava ser uma das saídas de ar. Apertou o metal. Estava lacrada há muito tempo e a tampa devia ter cortado as raízes e as separado do corpo. Um arrepio percorreu sua espinha. Então ela pareceu se dar conta de algo. Lacrar as saídas de ar, usar um portão para evitar o contato entre as seções... Isso a lembrava de alguma coisa, mas era uma ideia vaga. Suspirou. Era horrível estar com a memória bagunçada. Então ela simplesmente cortou uma pedaço fino das raízes e o guardou em um saquinho.

Desde que encontrara o laboratório que funcionava, Alice entrou em um trabalho quase contínuo para saber qualquer coisa sobre esses seres. Desnecessário dizer que ela conseguiu quase nada. A maioria dos elementos que formavam as amostras que ela recolhera não eram identificáveis. Mas ela não desistia em tentar entedê-los, procurar suas fraquezas...

Barulho.

Ela virou-se rapidamente para trás, atenta. Ousou ligar a lanterna de energia limitada e constatou, aparentemente, para seu alívio, que se tratava apenas de um pequeno ser semelhante a um rato. Ela deixou-o ir e voltou-se para o portão. O painel que permitia que ele fosse aberto do lado dela estava quebrado e empoeirado. O jeito seria passar pelo buraco. Com muito cuidado, Alice passou primeiro sua bolsa. Depois se aproximou vagarosamente, tomando cuidado para não entrar em contato com as raízes. Quando estava no meio da passagem, ela ouviu um terrível rosnado do fim do corredor. Com isso, ela se assustou e acabou esbarrando nas raízes. Elas reagiram se contraindo e se afastando de Nancy, indo em direção a o que quer que fosse que estivesse no final do corredor.

Alice olha aquilo, curiosa. Não era o comportamento que esperava. Quando ouve o rugido novamente e mais próximo, ela paralisa. Ao longe ela vê três pontos brilhante e vermelhos na escuridão. Então seus batimentos se aceleraram e ela resolveu se mover e sair dali o mais rápido possível.

Cruzou a barreira e imaginou que estivesse a salvo. Se encostou à parede, olhando para a fresta, assustada. Estava perdida. Ouviu novamente o som de garras se arrastando. Ela olhou seu gravador. Não estava chiando. Então não era ele. Ela suspirou, quase aliviada, e preparou seu caco de vidro.

O som de garras batendo no metal foi ficando cada vez mais alto. Sua respiração foi ficando mais ofegante. Quando parecia muito próximo, de repente ficou um silêncio de tensão. Um guincho alto foi ouvido. Sons ecoavam através das paredes, como se estivesse havendo uma luta. Lentamente Alice seguiu o caminho da parede até o buraco por onde tinha passado e olhou por ele. A criatura estava sendo atacado pelas raízes, que pareciam querer sua morte. Alice olhou aquela cena sem saber o que fazer. A criatura parecia sofrer muito, se contorcendo e tentando cortar as raízes vivas com suas garras e dentes, mas não conseguiu mais do que se cortar. Alice sentiu um impulso de sair dali o quanto antes.

Mas não conseguiu fazer isso.

Fazendo uma expressão de irritação para si mesma, Alice lançou sua "adaga" de caco de vidro de modo a cortar a raiz onde ela parecia mais forte. Os dois pedaços se soltaram, se contorcendo como cobras sem cabeça ao lado da criatura. O ser se levantou lentamente, parecendo debilitado. Os olhos humanos de pupilas dilatadas encararam Alice com uma emoção indecifrável. Antes que qualquer coisa acontecesse, a energia se desestabilizou novamente, se acendendo a apagando várias vezes. Mesmo assim Alice pôde ver, no final do corredor, como um fantasma a perseguindo, estava o ser estranho com seus três olhos vermelhos brilhando, ameaçadores.

Ela ofegou e virou-se para o seu lado do corredor no ímpeto de correr.

Então se assustou.

Antes, na escuridão, ela não pôde ver o que se escondia ali. Mas, com o piscar das lâmpadas, agora ela conseguiu enxergar um pouco do que estava à frente.

No corredor, portas abertas, amassadas ou quebradas formavam o cenário. Mas não fora isso que a assustou. Foram os corpos. Vários deles. Corpos humanos cobertos por raízes escuras como as que ela vira do lado de fora. Suas expressões de pavor permaneciam nos rostos em processo de deterioração.

— Mas o que aconteceu aqui? - perguntou-se, baixinho.

Ela começou a caminhar lentamente entre os corpos. Os uniformes rasgados mostravam que eram parte da tripulação que cuidava dos controles. Uma luz vermelha refletia-se do lado de fora de uma porta e Alice dirigiu-se até ela.

Ela caminhava olhando para os lados, tentando ver algo que pudesse dizer o que acontecera naquela seção. Mas a energia oscilante não permitia que Alice pudesse se ater a detalhes. Logo chegou à porta entreaberta. Sobre ela havia uma placa empoeirada e em arranhada que dizia "Escritório do almirante". A cientista se aproximou da entrada e tentou fazer pouco barulho. Quem sabe o que pode haver ali dentro?

Lentamente ela empurrou a porta, que rangeu. Esperou alguns segundos. Nada. Prosseguiu e entrou. A sala estava destruída, é claro. Um computador de tela rachada se encontrava em um canto, sobre uma escrivaninha milagrosamente intacta. Os armários haviam caído e papéis rasgados estavam por toda parte. Alice os examinou. Não conseguiria ler nada neles. Foi olhar a lixeira, mas lá também não havia nada.

Foi aí que ela viu uma mancha escura no tapete muito semelhante à que vira na entrada daquela seção. Uma ruga de preocupação surgiu em sua testa. Mais à frente Alice viu outra... E mais outra... E mais outra... Elas formavam uma trilha que Alice não hesitou em seguir. O caminho terminou em um armário caído em frente à parede. Ela encarou o aparente fim da linha. Subiu no armário, fazendo um pouco de barulho, e começou a passar as mãos pela parede. Foi aí que notou a falha. A parede não era contínua, mas tinha uma espécie de sobreposição que só poderia representar uma coisa: uma porta escondida. Diante dessa possibilidade, ela se esgueirou por baixo do armário e empurrou a parede sólida, que escorregou com dificuldade para o lado.

Alice então viu-se em uma escada que levava para baixo, para a escuridão. Ela ligou sua lanterna, que trouxe uma luminosidade precária ao ambiente. Mesmo assim ela pôde ver a continuação da trilha de manchas. Lentamente Alice desceu a escada, sempre olhando para o caminho, temendo olhar para a escuridão e ver algo a tirasse do foco. Assim, ela chegou a uma grande sala que se parecia muito com um abrigo antibombas. Várias prateleiras cheias de comida em conserva e latas de água cobriam as paredes. Alice sentiu novamente a dor no estômago. Sendo assim, dirigiu-se até uma prateleira com fruta em conserva e pegou a primeira lata que viu. Levou a lata até uma mesa no canto e começou a tentar abrí-la com a faca de metal que também carregava. Não conseguiu muita coisa. A fome apertou novamente. Ela sentou-se na poltrona velha que se encontrava ao lado, derrotada.

Suas mãos tremiam pelo esforço. Ela abriu a bolsa, em busca das barrinhas, mas constatou, irritada, que ali só estavam as embalagens. Foi então que viu, com alívio, um canivete suíço de várias funções extras jogado no chão. Exasperada, Alice pegou o abridor de lata embutido e o usou. Com a lata finalmente aberta, a cientista acalmou a fome com os pedaços de pêssego. Ela fechou os olhos, ainda apreciando o sabor, mesmo que não gostasse de pêssego. Abriu os olhos mecanicamente e ficou encarando o canivete. Pelos entalhes, devia ser item de colecionador. Então ela notou, graças à luz da lanterna, que havia uma pequena mancha escura na lâmina dele, como um respingo.

Alice então iluminou com sua lanterna a área onde o encontrara. Ela se surpreendeu.

Uma imensa mancha escura se encontrava ali. A cientista levantou-se e foi averiguar aquilo melhor. Primeiro ela viu os dedos, esbranquiçados, se destacando em meio à penumbra. Depois ela viu o corpo e conteve a reação de susto.

Era o almirante. Sua pele estava branca como leite, veias negras se destacavam em seu rosto murcho e ao redor de seu pescoço. Os olhos tinham as pupilas dilatadas e os olhos pareciam sair das órbitas. Do nariz saía um fio de sangue cor de café já seco. Os dentes estavam amarelados e deteriorados. Os lábios estavam cinzentos. Linhas escuras cobriam seu pescoço como tatuagens. Alice ousou abrir os botões da camisa dele para ver melhor a situação e viu que as linhas escuras partiam de um ponto sobre a área onde deveria estar o coração. Ela olhou-o, pensativa.

Pegou então sua bolsa e foi até as prateleiras. Quando conseguiu enchê-la de suprimentos, resolveu voltar para cima. Olhou uma última vez para o cadáver e começou a subir os degraus. O peso extra quase a cansou. Mas ela interpretou isso como algo bom, pois significava que agora tinha comida. Ao chegar ali em cima, percebeu que a energia tinha se estabilizado novamente. A luz vermelha de emergência parou de piscar e Alice pôde ver que uma luzinha verde se acendera no teclado do computador, indicando que ele estava ligado.

— Não é possível. - disse Alice, se aproximando, curiosa.

Ela endireitou o computador e o ligou. Para sua surpresa, ele ligou. Ela abriu os documentos recentes e viu que era um vídeo. Ao apertar no ícone que iniciaria o vídeo, uma imagem do almirante surgiu na tela rachada. A imagem falhou e houve um chiado, como se o áudio estivesse com defeito.

— Vai. Vai, funciona! - dizia ela, dando tapas leves no computador.

Ela sentiu um arrepio e ficou alerta com o silêncio quebrado apenas pelo chiado do computador. Som de algo se arrastando no corredor.

— Droga... - sussurrou ela, correndo e se esgueirando por baixo do armário. Alice ficou ali, escondida pela escuridão, com a vantagem da luz precária.

A luz piscou por um segundo e a figura do ser que perseguia Alice simplesmente apareceu no meio do escritório, como uma estátua que sempre esteve lá. O rosto do monstro deu uma volta completa, analisando a sala. Seus olhos passaram por Alice como se não tivesse a visto.

Então a luz do computador falhou e a escuridão tomou completamente a sala. Alice procurou ver algo com sua visão se adaptando ao escuro. Mas não viu nada. Ela então sentiu algo envolver sua perna. Alice não teve tempo de gritar, pois foi puxada para a escuridão no exato instante em que a luz se acendia e os brilhantes olhos vermelhos da criatura encaravam o lugar onde a cientista estivera.

______________________________

E foi isso, gente. Não esqueça de votar no capítulo e deixar seu comentário! 😙

Desculpem a demora pra postar, eu planejei a história quase toda nesse tempo e admito que ficou muito interessante. Eu nunca tinha tentado suspense antes e estou adorando.

O que será que aconteceu com a Alice? E o que aconteceu naquela seção? Descubra acompanhando a história 😉

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro