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Perigo

Respiração ofegante. Silêncio. Passos. Chiado.

— Alice, está aí? - perguntou a voz de Ryan, pelo comunicador.

— Estou, Ryan. Aconteceu alguma coisa? Já é a segunda vez que você me contata. - disse ela, iluminando o corredor de metal amassado com sua lanterna.

— É que... Você não esqueceu de avisar sobre algum monstro ou coisa assim, certo?

Alice imediatamente parou, pálida.

— Droga. - ela sussurrou. - É o monstro que nos atacou, Ryan?

— Não... Esse parece mais... Uma espécie de lobo humanóide ou uma fera... Eu não sei... Acho que o despistei. - respiração ofegante. - Você sabia sobre ele?

— Ahn... - Alice voltou a caminhar, observando as marcas de garra nas paredes e o som de algo pingando. - Sim... Desculpe... Eu não lembrei na hora.

Ryan suspirou, parecendo irritado.

— Tem mais alguma coisa que você esqueceu de me contar?

— Acho que não. - disse ela, olhando o nível de energia de sua lanterna. 89%.

— Ele está me caçando e a nuvem de poeira está se aproximando. Como você se desviou dela?

— Eu não desviei. - disse Alice olhando para o teto. - Eu entrei nela.

— O que?! Isso é loucura. - disse ele, quase se esquecendo de sussurrar.

— Ele não vai te seguir se estiver nela. Não sei o porquê. Os monstros nos deixam em paz se estivermos dentro dela.

— Você não acha que é porque ela pode nos fazer mal? - disse ele de um jeito que mostrava que estava correndo. Ao fundo, Alice ouviu um rosnado. - Droga, ele me viu!

Silêncio.

— Ryan? Ryan, está aí? - chamou Alice, mas teve como resposta apenas um chiado de estática.

Contendo sua preocupação, Alice continuou seu caminho. Sentiu algo com consistência diferente em seus pés. Ao olhar para baixo, viu uma mancha escura no chão. Seu olhar seguiu até o teto, de onde gotas grossas caíam em ritmo constante.

Arfou com o que viu. O teto estava tomado por "raízes" e era possível ver corpos presos ali, vítimas da armadilha daquela criatura. Uma espécie de boca monstruosa estava parcialmente aberta em meio aos corpos e sua "saliva" transbordava. Forçando-se a prosseguir, Alice continuou seu caminho com cuidado, fitando o teto atentamente.

Segundos depois se encontrava em uma divisão dos corredores.

— E agora? - sussurrou.

Usou sua lanterna para iluminar os dois caminhos, mas não conseguiu ver nada além da nuvem de poeira no início de cada um deles. Nenhum parecia muito promissor ou convidativo. Ela olhou as placas de identificação sobre cada um, mas estavam sujas demais para ler.

Um calafrio percorreu seu corpo apesar do calor que a roupa especial proporcionava.

Um rosnado.

Ela sentiu quando a escuridão do corredor atrás de si se alterou. A coisa estava acordada.

— Ryan, qual corredor eu tenho que seguir? - sussurrou, nervosa.

Um baque à distância. Um som semelhante a uma cobra sibilando ecoou pelo corredor mal iluminado.

— Ryan, está aí? - ela perguntou, ainda mais nervosa. - Ryan, responda! - Interferência. - Qual caminho eu devo seguir?!

Silêncio no comunicador. Alice se virou e a luz de sua lanterna iluminou a face viscosa do monstro. Ele estava a poucos metros de distância, a saliva escura pingando e os olhos esbranquiçados como leite, encarando sua futura presa. Num reflexo, Alice apagou a luz.

Silêncio repentino.

Alice sentiu o monstro chegar, como uma cobra gigante se arrastando, cheirando sua possível vítima, a rodeando. Por instantes, o pânico tomou conta da cientista. As faíscas dos cabos cortados na estrutura danificada iluminavam os movimentos da cabeça do monstro de forma que a humana viu quando os olhos opacos viraram sua atenção para o centro luminoso da lanterna. Percebendo que isso atraía o foco da criatura, sem fazer movimentos bruscos, a mulher retirou a fonte de energia incandescente da lanterna e a jogou em um corredor.

Mais veloz do que Alice imaginava, o monstro foi atrás do objeto e a deixou em paz... Por alguns minutos. A mulher expirou, mal se dando conta de que tinha prendido a respiração. Quando a bateria acabasse, o núcleo de energia iria apagar e o monstro voltaria para o corredor. Sabendo disso, a cientista aproveitou seu tempo de vantagem e prosseguiu pelo outro corredor, que se encontrava completamente invadido pela nuvem de esporos.

Ligou a luz de emergência que ficava sobre o capacete da roupa e prosseguiu.

— Ryan. - chamou mais uma vez, em vão. - Ryan, entrei no corredor da Seção 45-B. Acho que é o certo. Ou poderia ser o corredor da Seção 46-B. De qualquer forma, é tarde demais para ir por outro caminho. Tinha um monstro atrás de mim... Nenhuma novidade, mas, por favor, pode me responder? Estou preocupada... - ela ouviu um chiado leve, como o fritar de um ovo. - Que som é esse?

Parou um pouco e ficou quieta, analisando o barulho, que se intensificou. Na sua frente, o pó começava a se acumular nas luvas da roupa e, com a ajuda da lanterna, Alice pôde ver que esse era diferente dos que ela vira, já que era laranja. Por instantes apenas o chiado constante e o som da sua respiração ocupou os ouvidos da cientista. Até que ela percebeu que o som vinha de cima. Sobre sua cabeça, ela notou que a lanterna esquentava.

— O que será agora? - se perguntou, retirando o objeto com dificuldade, já que não podia retirar o capacete.

Analisou melhor o pequeno foco de luz. Estranhamente a cápsula da lanterna começava a rachar, deixando expostos o núcleo de energia e os fios. Alice viu os fios afinarem gradativamente até o cobre ficar à mostra.

— Mas... O que...? - ela encarava a desintegração da lanterna, confusa. Foi então que se deu conta. - Mas que droga!

E jogou o que restava da lanterna improvisada no chão. Faíscas saíram quando o pó corroeu o núcleo e então houve um pequeno foco de chamas. Mas a cientista não estava prestando atenção nisso. Ela olhou as paredes de metal atentamente e, logo depois, sua roupa espacial para só então concluir que aquela nuvem de poeira laranja era corrosiva.

Tomada pela urgência, Alice correu como nunca em direção ao fim do corredor. A cada passo sentia o metal sob seus pés retumbar, enfraquecido. Pelas paredes, ela notava marcas em formatos humanos por trás de grandes amontoados de poeira escura e restos de crânios, o que a desesperou mais ainda. Logo avistou o fim da imensa nuvem, mas, nesse instante, ela notou linhas crescendo por seu capacete, como se ele estivesse se quebrando de dentro pra fora. Isso a fez correr ainda mais rápido, em direção do que esperava ser a saída daquela armadilha ácida. Estava perto, tão perto... Porém seu pé afundou em um buraco quando o metal cedeu sob seu peso.

Ela caiu.

O choque em seu corpo pela queda repentina a fez não se mover por algum tempo. Um pequeno ponto de exclamação vermelho surgiu no canto do capacete, indicando que a proteção do traje havia sido comprometida. Uma longa rachadura se estendia pelo lado esquerdo do vidro. Uma sensação de frio incômoda chegou até o corpo de Alice. Tudo estava errado. Ela se ergueu lentamente. Estava numa escuridão intimidadora. Às cegas, caminhou tropeçando até chegar à parede, por onde escorregou suas mãos até achar um pequeno relevo. Por sua experiência nos primeiros dias em que acordara, ela conseguiu achar os fios certos e religou a energia das luzes de emergência, que iluminaram fracamente o ambiente.

Alice viu-se, então, em outro corredor, dessa vez cujo chão estava tomado pelas raízes.

— Vou ter que tomar cuidado. - sussurrou ela, a respiração embaçando o vidro do capacete.

Com cuidado, desviou delas até chegar às portas. A cena se repetia. Corpos humanos no chão, apodrecendo. Alice torceu o nariz involuntariamente. Ela não estava sentindo o cheiro, mas podia imaginar. Um pensamento lhe ocorreu. O que fariam com essas pessoas quando tudo isso acabasse? Elas estavam mortas. O calor faria a tenebris se desintegrar ou ir embora, mas só restariam Alice e Ryan, os únicos a sobreviver de um episódio misterioso. Ryan tinha razão. Não acreditariam neles. Os vídeos das câmeras não contavam. Provavelmente só mostrariam a fumaça no dia do ataque. O vídeo do almirante poderia ajudá-los ou só mostraria que o homem mais importante ali estava ficando louco. E, mesmo que acreditassem, a NASA nunca permitiria que fosse revelado ao mundo que alienígenas existiam, ainda mais esses, que representavam um perigo para a raça humana...

Barulho.

Alice parou, alerta. Um vulto passou por trás dela, o que ela só notou em sua visão periférica. Se virou. Novamente algo passou por suas costas. Ela pegou um pedaço retorcido e afiado de metal que achou no chão.

Se preparou... Uma mão segurava a lanterna e a outra, a arma.

Nada aconteceu.

Sem sair da posição de alerta, Alice continuou e examinou o que podia enxergar em cada placa de identificação. Parou ao ver um pequeno retângulo verde com um losango amarelo e um círculo azul no meio. Ela sorriu, um pouco aliviada. De fato estava na seção brasileira. Ouviu um pequeno guincho e se virou rapidamente. Mais uma vez, nada.

Virou-se novamente para as portas. Abriu a primeira que viu e entrou. Fora os estragos e um corpo seco no chão, Alice notou que costumava ser um laboratório. Os moldes de plástico de vários órgãos cobriam as prateleiras, empoeirados. Um diagrama do esqueleto humano estava em outro canto, rasgado e torto, como se ele estivesse olhando para o corpo no chão e rindo. Era tenebroso.

Alice recuou e continuou seu caminho.

Metros depois encontrou uma divisão no corredor. Uma enorme placa dizia em dez línguas "Local apenas para pessoal autorizado". Curiosa e ansiosa para que fosse o certo, Alice continuou.

— Alice? - disse uma voz em meio a chiados de interferência.

Alice se surpreendeu.

— Ryan! Graças a Deus! Estava ficando preocupada! - disse Alice.

— Desculpe... Acho que o comunicador não funciona muito bem em meio a essa nuvem de esporos. Eu também estava ficando preocupado. Fiquei tentando contatar você, mas você não atendia.

— Eu encontrei uma nuvem diferente. O pó é ácido e começou a correr a minha roupa.

— E você está bem? - ele perguntou, com urgência.

— Sim, caí por sorte no corredor certo. Agora, qual é o número da porta?

— 46-B9. - disse Ryan.

Alice caminhou, analisando as placas de identificação.

— Achei. - disse ela, entrando.

— Ótimo. - disse ele, parecendo ansioso. - Agora vá até o armário da esquerda, próximo ao balcão de ferramentas. Lá, você vai achar uma caixa com várias peças sobressalentes e minhas ferramentas. - explicou ele.

— Ok. - Alice checou a bateria restante. 11%. - O que?! Não acredito que só tenho isso de bateria!

— Alice, qual o problema?

— Minha energia está acabando. Nós encontramos no esconderijo.

— Ok. - disse Ryan, simplesmente.

Alice entrou no local. Estava uma bagunça. Destroços do teto, fios soltos e estantes derrubadas enchiam o chão. Tentando não fazer muito barulho, a cientista caminhou sobre as tralhas até o amassado armário no canto esquerdo da sala. Novamente ela teve a sensação de estar sendo observada.

Ouviu um ruído. Parou instantaneamente. Movimentação. Ela olhou para cima, onde viu pelo buraco no teto a "cobra" gigante se arrastando pelo corredor. A distração havia acabado. Com um suspiro, Alice voltou-se para sua busca. Estranhamente foi fácil achar a caixa de ferramentas de Ryan. Ela a pegou e, de quebra, achou uma planta da estação que poderia guiá-la pelos incontáveis corredores. Tudo estava indo bem. Bem até demais.

Quando se virou em direção à porta, Alice viu um vulto correr e se esconder atrás de um armário caído. Ela andou lentamente até ele, o pedaço de metal pronto em sua mão. Pé ante pé. Um passo de cada vez. Foi então que ficou em frente ao armário e um monstro saltou sobre ela, a derrubando. Alice caiu e bateu a cabeça, ficando desacordada.

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Hello, peoples! Gostaram do capítulo? Se você gostou, não esquece de votar e deixar seu comentário 😉

(Eu faço tanto isso que o corretor automaticamente coloca esse emoji)

As coisas se complicaram um pouco para a Alice, não é?

E o Ryan? Será que ele ficará bem? Alice vai sobreviver? Não sei... Eu gosto de finais dramáticos, mas ela passou por tanta coisa, não é?

Aliás, Contágio ganhou outro concurso! Eu estou muito feliz!

Quanto ao próximo capítulo... Onde está aquele gravador? Podem ir pensando...

E tchau! 😁

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