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Diário de bordo 040520

(gravação traduzida)

Click.

Meu nome é Mira Jing. Sou da equipe 12-C de engenharia genética, sessão chinesa. Por que estou fazendo isso? Curiosidade sobre essa tecnologia primitiva talvez? Eu não faço ideia. Alice costuma gravar a pesquisa dela, eu imagino, mas eu não sei usar esse gravador direito, é uma tecnologia antiga como o iPhone, então só o que sei é gravar, já que é um conceito bem simples. É só apertar um botão! Então... Aqui estou. Bem...

Silêncio prolongado.
Suspiro.

Nossa!

Riso.

Eu realmente não sei o que dizer. Talvez deva começar com meu motivo: guardar memórias. Ultimamente eu soube que fiz coisas e... Bem, eu não tenho nenhuma memória delas, de quando eu estava supostamente acordada, consciente. A última coisa de que me lembro... Eu acho que é o momento em que essa bagunça toda começou... Eu estava na sessão chinesa trabalhando em um projeto confidencial de engenharia genética do governo chinês quando vi que tinha algo errado. Eu saí e talvez entrar no meio daquela fumaça não tenha sido uma boa ideia.

Riso sem humor.

Depois disso, tudo é um borrão com vez ou outra trechos aleatórios que são nítidos. Alice diz que é efeito colateral da tenebris. Mas ela diz muitas coisas, várias acabam se provando enganos.

Suspiro.

Eu não tenho a mínima esperança de que vou sobreviver de qualquer modo.

Eu sei, é pessimista, mas é um fato. Nada aqui me diz que irei ficar bem no final. E não sei porque, mas o fato de eu ter feito ações das quais não me lembro, sobre as quais não tive controle como "eu" consciente... Isso me incomoda. Como se a qualquer momento eu fosse mudar e me mostrar uma pessoa, um ser totalmente diferente. Como se eu ainda tivesse um monstro dentro de mim...

Isso me lembra uma história que minha mãe costumava contar sobre como as pessoas tem dois lobos dentro de si. A moral era que suas ações que fortaleciam um lobo para que ele vencesse. Mas eu me perguntava: e quando você não está em um modo racional quando alimentou o lobo mau? Também é culpa sua? Se você é levado por emoções negativas a cometer atos errados, é culpa sua? O senso comum diz "sim", já que você poderia ter ouvido a razão e, mesmo com raiva ou medo, tomaria a decisão correta.

Mas eu não sei se isso é completamente verdade. Eu espero que não seja verdade. Porque a todo instante a cena se passa em minha cabeça. Oh, sim, eu me lembro de algo. Apenas uma coisa. Uma memória antiga que por muito tempo eu tentei apagar. Mas aqui está ela. Como uma forma do universo de me torturar.

Silêncio. Suspiro.

De qualquer forma, aprendi com meu terapeuta que eu preciso ficar trazendo o meu motivo de medo várias vezes até eu perder o medo. Será que isso funciona para a culpa? Eu espero que sim.

Suspiro prolongado.

Tinha sangue. Muito sangue.

E um corpo. Um cadáver contorcido e ensanguentado no chão aos meus pés.

Por que não fiquei no meu quarto? Por quê? Eu ouvi os gritos da minha tia e... Tinha sangue. Muito sangue. Escorrendo por baixo da porta.

Eu tinha só oito anos. Tudo o que pude fazer foi correr e me esconder embaixo da cama. Foi mais ou menos o período em que o governo coreano estava em guerra com a China após anos de paz. Minha vida passou por uma fase sombria naquela época.

Passou-se muitos anos antes que eu pudesse fechar meus olhos e não ver as imagens, gravadas nas minhas retinas e que surgiam sempre que eu ouvia qualquer som fora de casa. Eu tinha superado esse trauma após muita terapia...

E agora isso acontece!

Tenho uma nova versão dessa memória. A diferença é que agora ela grudou em minha mente a ideia de que a culpa é minha!

Silêncio.

Foi um pequeno momento racional em um período onde eu fui totalmente dominada por essa, nas palavras de Alice, tenebris, por isso tenho riqueza de detalhes. Detalhes sobre o momento em que eu a vi no corredor. Detalhes sobre como a cacei e furtivamente a cerquei. Pequenos detalhes. Detalhes precisos de como sua respiração estava acelerada, o odor de seu medo tomando o ar. Eu não esqueci isso. Havia também o instinto feroz e dominador que, por breves instantes, desapareceu.

Não sei bem onde eu estava. Talvez fosse a ventilação. Um lugar oculto de onde eu podia observar minha vítima do alto. Ela tinha enormes cabelos cacheados e eles se balançavam enquanto ela tentava correr no corredor, sabendo que estava sendo seguida. Se parecia muito com Alice. Talvez fosse ela. Na barriga, um corte enorme por onde escorria bastante sangue. Ela se inclinava na parede, parecendo sentir dor.

E eu? Eu sentia nada. Olhava aquilo com uma observação atenta e fria. Em um momento, a vítima parou de andar. De repente, o mundo escureceu.

Quando voltei a mim mesma, estava parada em um corredor escuro. Na minha frente, um corpo, contorcido e pálido. Sem vida. Dos meus braços escorria um líquido escuro que parecia ter vida. Isso me apavorou. E só piorou depois, quando eu notei que meus dedos tinham um cheiro diferente, conhecido, metálico. Cheiro de sangue. Não sei porque, mas automaticamente concluí que eu havia matado a pessoa no chão aos meus pés. Mesmo que possa estar errada, eu sinto que fiz isso. E a culpa só me consome. Especialmente porque nunca saberei o que aconteceu de fato. Mortos não falam.

Tensão no ar.

E tem algo mais que eu gostaria de dizer.

Respiração acelerada. Medo.

Espero que ele não me ouça... É que... Eu vi o Mediador, como Lance o chama. Mas ele não estava naquela forma que descreveram. Parecia mais humano. Eu pude ver seu rosto.

E é assustador.

O desconhecido é assustador.

No início, ele parecia como Alice descreveu. Então a tenebris escorreu para os lados e eu pude ver que havia um corpo humano lá dentro. Mas, diferente dos dois mutantes que eu vi, o humano parecia... Normal. Relativamente falando.

Ele parecia consciente e tinha um sorriso sádico. No mesmo instante, eu tentei fugir, mas esbarrei com as coisas no escuro. Me virei e ele estava lá. Me encarando com olhos vermelhos brilhantes. Eu sabia que algo ruim ia acontecer. Implorei para que não me machucasse. Mas quando ele falou comigo... Era uma voz masculina e conhecida. Ele queria que eu colaborasse e eu sei que fiquei confusa naquela hora.

Agora, depois de tudo pelo que passei, entendi o que ele quis dizer.

Eu não tive forças para impedí-lo. E virei um monstro novamente.

Suspiro.

Eu tenho que dizer quem ele é. Pelo menos, quem eu acho que ele é, já que há poucos humanos "acordados" que eu conheço aqui.

Sussurrando.

O nome dele é...

Interferência. Chiado.

Espero que Alice ouça essa gravação logo. Temo que, agora que revelei minhas memórias, minha ruína esteja próxima.

Respiração profunda.

Também estou preocupada com a saúde de Alice. Eu mal a conheço, mas vejo nela uma determinação para encontrar uma cura, uma força de vontade. É inspirador. Mas, ao mesmo tempo, temo que ela fique tão obcecada que esqueça o mais importante: se manter viva. Espero que arranje Celiatron e volte logo em segurança. A cura pode ser a chance que precisamos para sobrevivermos.

Torço para que Primux não se torne o meu túmulo.

Bip.

Erro de gravação. Interferência.

Gravação deletada.

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E aí, pessoal? Gostaram? Se gostou, mete o dedo nessa estrelinha e deixe seu comentário! 😉

Tivemos um flash do passado da Mira, hein. Será que ela sobreviverá? Quem seria essa pessoa? Será alguém que a gente conhece ou eu só estou enganando vocês? Hum... 🤔

Até o próximo capítulo!

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