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Desconhecido

Passos cautelosos. Silêncio. Imóvel.

Clickt clickt... Click clickt...

O monstro estava perto, a mulher sentia. Havia um vulto mais escuro do que os outros que se distinguia na escuridão daquela sala.

O frio era um terrível companheiro, fazendo sua respiração embaçar a superfície vítrea do capacete. Seus olhos puxados estavam semicerrados, encarando o breu, atentos a qualquer movimentação.

Click clickt... Click clickt...

O som ecoava pela sala. Era o monstro, com suas oito patas enormes e espinhentas de aranha caminhando no teto, cercando a presa que ele sabia que estava lá. O ruído de suas pinças prontas para agarrar delatava sua posição. Mira prendeu a respiração, vendo o vulto da criatura passar por cima de sua cabeça subitamente, as pinças enormes muito perto de seu pescoço. Foi por pouco. Expirou, aterrorizada, mas tentando não fazer barulho.

Uma aranha gigante... Dentre todos os monstros possíveis, por que uma aranha? Por que não borboletas? Por que aranhas, os seres vivos que mais a aterrorizavam na natureza? Por quê?! Como se a situação envolvendo alienígenas dominando a estação já não fosse o suficiente... Lá estava ela, sendo caçada como quando estava tentando atravessar a fronteira ilegalmente. Mira odiava a ideia de estar sendo perseguida de novo. O monstro provavelmente não iria ser tão piedoso quanto os policiais.

Pelo menos a ansiedade que sentia a fazia se esquecer de que estava em um lugar fechado e a ilusão de paredes se fechando ao seu redor não era tão frequente. Seu pavor aumentava quando se dava conta da presença delas, mas a ameaça real de morte iminente superava tudo.

Respirou fundo, voltando a focar no ambiente. Os olhos pequenos e múltiplos da criatura varriam o lugar em busca do movimento de sua presa. Mira já tinha reparado o fato: só seria vista se se movesse. Mas ficar parada por tempo demais não era um bom plano. O que fazer? O que Alice faria? Ela com certeza teria um bom plano. Franziu o cenho. Onde ela estaria? Estaria bem? Estaria viva? Perderiam mais uma pessoa?

Respirou fundo. Não era hora de deixar pensamentos desesperados tomarem conta. Precisava ser racional.

Olhou os robôs desligados, como se o tempo tivesse parado para eles no instante em que estavam trabalhando, fazendo peças. Todo o setor Beta, onde Mira estava, era um centro de desenvolvimento de tecnologias secretas para serem usadas na guerra que ainda persistia com a Coreia e a Nova Itália. Ninguém sabia o que tinha ali além dos funcionários permitidos. Teorizavam sobre desintegradores moleculares.

Ah, como seria bom ter algo assim naquele instante, pensava Mira. Ela poderia enfrentar aquelas criaturas e não dependeria mais de seus companheiros para sobreviver. Mas ela era apenas... Ela. Se fosse Alice, provavelmente iria correr e enfrentar a aranha gigante sem hesitar. Pelo menos isso era melhor do que ficar parada ali para sempre. A asiática ergueu um pouco a cabeça e observou a aranha no teto, bem longe da porta aberta. Seria simples apenas se levantar e sair correndo para a liberdade.

Clickt clackt...

A aranha estalou suas pinças, trazendo Mira para a realidade. Não, ela não podia simplesmente se levantar e correr. Aquilo não era coragem, era idiotice. Suspirou. O nível de saturação de oxigênio estava em 96%. Tempo era oxigênio. Lentamente se esgueirou atrás da mesa caída atrás de si. Engatinhou cautelosamente, se assegurando de não ser percebida. Finalmente estava em um ponto cego do monstro.

Mas isso não era o suficiente ainda. Precisava de uma saída. A porta estava fora de questão. Seria vista assim que se aproximasse de lá, graças à luz que vinha do corredor. Precisava de algo que estivesse longe do monstro e no escuro. Finalmente seus olhos captaram a resposta na escuridão: a ventilação, uma entrada hexagonal no teto com uma mancha de um suspeito líquido escuro. Mira não se importou. Com cuidado, engatinhou lentamente até ficar escondida atrás de um robô. Parou ao notar um movimento da criatura alienígena. Assim que tudo ficou quieto novamente, continuou engatinhando.

Seu caminho foi lento e era basicamente uma repetição desse processo de caminhar e parar, sem lutas ou ação, apenas o ar tenso com a possibilidade de captura pelo monstro. Por vezes sentiu a aproximação da aranha. Em certos pontos da sala, não tinha esconderijo bom o suficiente e temia ser vista. Finalmente, após tanto estresse, conseguiu entrar na ventilação em silêncio. A saturação de oxigênio estava em 85%, mas ela tinha passado por aquele monstro sem ferimentos ou danos na roupa. Isso era bom.

Enquanto movia seus joelhos pelo túnel apertado e tentava não ficar grudada no líquido, Mira se concentrava em fazer o mínimo de barulho. O monstro ainda poderia ouví-la, já que ainda estava na parte da ventilação da sala, então sua jornada ainda não tinha acabado. Se arrastou pelo túnel por vários segundos intermináveis, tentando se afastar da sala. Estava quase saindo. Saturação: 84%. Bom. Respiração estável. Faltava dois segmentos para sair da sala, quando...

— Mira, tudo bem? Está aí?

Mira parou, rapidamente tentando desligar o som do rádio. Mas era tarde demais. Logo ela ouviu um baque. O metal atrás de si se retorceu quando a aranha começou a se jogar contra as paredes da ventilação. Mira acelerou. O líquido grudento pareceu prendê-la ainda mais e isso quase fez Mira se desesperar.
"Mantenha a respiração estável... Mantenha a respiração estável... Mantenha a respiração estável...", repetia como um mantra em sua cabeça.

Finalmente se encolheu e deslizou pela abertura da ventilação no exato instante em que as paredes metálicas se entortaram com outro golpe da criatura, fechando a entrada. Mira respirou fundo, aliviada. Foi quase. Olhou o novo ambiente. Era mais arrumado, como se ali o tempo nunca tivesse passado e a qualquer momento um cientista fosse entrar com relatórios. Uma luz brilhava em um canto, onde estava uma silhueta de costas.

Mira se aproximou lentamente e em silêncio até perceber que a silhueta não se movia.

— O-olá... Ah!

Ao tocar a pessoa, o corpo escorregou da cadeira onde estava, caindo no chão com um baque. A mulher se aproximou e virou levemente o cadáver, podendo ver que era um homem, doutor Jim Lee segundo seu crachá. No pescoço dele, veias escuras e petrificadas se destacavam na pele alva e em decomposição. O nariz de Mira se encrispou, mesmo que não pudesse sentir o cheiro. Ele tinha morrido naquela sala fechada. Provavelmente a fumaça com os esporos ainda tinha conseguido alcançá-lo lá dentro pela ventilação e isso foi sua ruína.

Mas por que em alguns humanos os esporos causam a morte? O que os diferenciava daqueles que viravam mutantes? O que os diferenciava de Lance? Encarou o jaleco branco, pensativa. Um computador estava ligado e o homem estava olhando para ele antes de morrer. Com cuidado, Mira retirou os braços do morto de cima do teclado e encarou a tela de bloqueio. Senha...

Observou ao redor, como se a resposta pudesse cair de bandeja em suas mãos. Para o bem de Mira, o universo enfim parecia estar ao seu lado quando ela viu um código escrito às pressas na mão do homem morto. Digitou a sequência de números e a tela de bloqueio desapareceu, mostrando uma pasta de arquivos. Clicou nela. Vários documentos com títulos promissores se dispunham pela tela.

— Arquivo Confidencial 02035... - leu - Quem chama um arquivo confidencial de "Arquivo Confidencial"? - murmurou Mira. - Vejamos...

Ela clicou e se viu diante de vários artigos e estudos em outros idiomas. Abriu o primeiro e passou seus olhos por ele. Após bastante tempo, a compreensão do que via a acertou em cheio. Era uma espécie de manual para utilizar um aparelho capaz de paralisar tenebris. É óbvio que quem liderava o experimento X-28 teria um plano B caso saísse do controle. Era uma pena que essa pessoa não tinha conseguido fazer tal plano a tempo.

Mira fez uma cópia das pastas e mandou para seu arquivamento externo. Aquele seria um conteúdo muito interessante para mostrar a Alice e aos outros quando voltassem. Um pensamento mórbido passou por sua mente, como um mal pressentimento, uma sensação de que a morte se aproximava.

Tum.

Virou o rosto para a porta lacrada.

Tum tum...

Alguma coisa estava batendo, se chocando violentamente contra o metal.

Tum.

A força parecia maior em cada golpe, mas a porta era forte e tinha um complexo sistema de trancas. A criatura não conseguiria entrar.

Tum!

Um leve relevo começou a se formar e os lados da porta entortaram. Mira começou a se desesperar. Talvez aquele lugar não fosse tão seguro quanto pensava. Um plano de fuga rápida se desenrolou em sua mente. Pegou o cadáver e o colocou exatamente como estava em frente ao computador, como se de fato fosse uma pessoa ali. Olhou o andamento do download: 47%. Talvez não terminasse a tempo. Correu para um canto ao lado da porta e se escondeu atrás de uma estante. Esperou.

Tum! Tum! Blam!

A porta caiu com ruído. Nas laterais, faíscas saíam dos fios arrancados. O metal estava terrivelmente torto e Mira tremeu de medo ao ver como aquela força poderia ser extremamente destrutiva. Ela não podia se arriscar em enfrentamentos. Sobreviveria apenas se conseguisse escapar sem ser notada. Pensando nisso, reduziu o som de sua respiração. Saturação: 81%. Tempo era oxigênio.

Tinha que acabar com essa situação o quanto antes para colocar o cilindro reserva com segurança. Fazendo sombra com a luz do corredor, a criatura apareceu. Mira pegou um pedaço de metal e lançou contra a cadeira onde o corpo estava apoiado fragilmente.

Como esperado, o cadáver escorregou e caiu no chão com ruído. A criatura, alarmada, se moveu rapidamente para atacar a isca. Escondida, Mira passou por trás da estante e deslizou para o corredor. Andou rapidamente, se escorando nas paredes, já que o estresse tinha feito suas pernas amolecerem. A criatura guinchou ao notar que tinha sido enganada. A mulher tremeu, se forçando a continuar. Ela não sabia onde se esconder. O corredor parecia seguir contínuo e igual.

Começou a se desesperar. O ruído das patas da aranha gigante se aproximava no corredor. Ela começou a hiperventilar enquanto corria com a consciência de que o monstro chegava cada vez mais perto. Subitamente parou. Uma parede de detritos surgia ali, como uma muralha intransponível. Um caminho sem saída. Mira arregalou os olhos, desesperada. Era o fim. Estava morta.

Subitamente apareceu alguém. Era uma pessoa, sem dúvida. Vestia uma roupa espacial sem capacete. Uma etiqueta semi costurada pendia em seu peito com um nome: Alex Couffaine. Seu rosto era totalmente coberto com um antigo respirador e o desconhecido fazia vários movimentos com as mãos em algo que parecia linguagem de sinais. Mira mirou-o com estranheza. Alex pareceu suspirar e simplesmente puxou a asiática consigo até um nicho na parede.

O desconhecido ergueu o dedo indicador, pedindo que Mira fizesse silêncio. Não demorou muito e a aranha gigante passou por ali. A criatura passou seus minúsculos olhos pelo ambiente, à procura de sua presa. Não encontrou nada e guinchou, irritada. Então se liquefez em uma grande poça de tenebris e subiu pela parede, entrando na ventilação com um som borbulhante.

Mira suspirou, aliviada. Estava salva. Olhou seu salvador desconhecido. Milhares de perguntas enchiam sua cabeça. Seria outro sobrevivente? Será que Alex havia encontrado Alice em algum momento? Será que os outros estavam bem? Mas a principal questão era: O que o futuro reservava para os sobreviventes?

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Hola, amigos! Como estão? Bem-vindos a mais um capítulo de Contágio!

Bem, postar um capítulo por mês não estava nos meus planos, confesso, MAS o Enem é em três semanas, ou seja, depois disso eu provavelmente vou voltar com as postagens normais.

Quanto ao capítulo, o que acharam? Haha, adoro colocar desconhecidos com potencial de problemas.

Não se esqueça de clicar nessa estrelinha e comentar sua opinião sobre a história e teorias se tiver.

Até mês que vem!

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