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Amnésia

Primeiro veio o frio.
Depois ela sentiu a dor.
Respirar era um incômodo, os olhos doíam.
Seus ouvidos estalaram e aos poucos ela começou a ouvir o som dos alarmes.
Ela respirou com dificuldade. Faltava ar.
Inspirou profundamente e gemeu de dor ao sentir o ar arder em seus pulmões.
Sua garganta estava seca.
Ela abriu os olhos lentamente.
Sua visão embaçada aos poucos se focou e ela viu as luzes vermelhas piscando em sua visão periférica.
Sua mente lentamente voltou a funcionar.

Alice se ergueu rapidamente, assustada, e seus pulmões arderam. A gravidade artificial estava perdendo a potência e o oxigênio devia estar perto de acabar. Ela se segurou na mesa, sentindo o metal frio. Era estranha a sensação de leveza.

Sem olhar muito ao redor, ela foi lentamente até a parede, onde ficava o painel para ajustes manuais. Puxou o fecho de metal, mas não conseguiu abrir. Concluiu que estava emperrada.

Alice então puxou com mais força até suas mãos doerem, mas a tampa nem se mexeu. Sua cabeça doeu um pouco pelo esforço e seu estômago protestou, de fome. Por quanto tempo tinha desmaiado?

Ela então se apoiou na tampa, tentando usar seu peso para forçar o fecho, mas com a gravidade reduzida não conseguiria mais do que gastar o pouco oxigênio.

Ela examinou melhor a lateral do painel. Estava amassada. Sua testa se enrugou de preocupação e ela se perguntava o que deveria fazer enquanto observava o fecho. Queria saber se havia outra forma de fazer o ajuste manual do oxigênio e da gravidade. Encarou novamente o amassado e notou como ele estranhamente tinha marcas de garras ou dentes.

O que havia feito isso?

Lentamente seu olhar se estendeu pelo local. Ela ofegou.

Era seu laboratório.

E tudo estava destruído.

As mesas de metal haviam sido quebradas ou entortadas. Seus materiais estavam jogados no chão, em pedaços. Todos os aparelhos e microscópios que ela usava estavam quebrados e com imensas marcas de garras. E, no lugar da amostra que estava estudando, havia um amontoado do que pareciam raízes escuras e grossas que se estendiam por metade daquele espaço.

Alice olhou para aquilo assustada. O que havia acontecido? O que era aquilo? Ela lentamente se afastou do painel e foi até onde estava o amontoado de "tentáculos".

Deu um pulo longo para chegar mais perto e então parou. Se abaixou lentamente e olhou por um breve momento. Então pegou um pedaço de mesa que estava ao seu lado e cutucou aquilo. Nada aconteceu.

Ela suspirou, um pouco aliviada, e se aproximou mais, tomando cuidado para não encostar naquilo. O que quer que fosse, poderia ser perigoso, mas estava "desativado". Alice encarou a parede quebrada de vidro. Ao que parecia, aquilo crescera e acabara quebrando a parede.

Ela então entrou no pequeno espaço e viu que no centro de tudo aquilo havia uma forma estranha sob as raízes. Um som parecido com um ronco foi ouvido e Alice recuou. Os "tentáculos" se remexeram e ela já estava pronta para correr (ou pular) para longe quando a criatura voltou a ficar parada. Um "tentáculo" saiu de cima do que estava no centro do espaço e Alice conteve um grito. Era um corpo de um ser humano.

- Doutor Eliot...? - ela disse, com a voz rouca depois de tanto tempo.

Ela se aproximou mais para ver se ele estava vivo, mas assim que tocou o rosto dele, seus olhos se abriram mostrando pupilas dilatadas e um grito agudo e não humano saiu da boca dele. Ela recuou rapidamente, mas um tentáculo a derrubou.

A criatura lentamente se ergueu e Alice pôde ver que as "raízes" saíam das costas do corpo de Eliot. Ela rapidamente se levantou e tentou novamente recuar, mas uma raiz se agarrou em sua perna e a derrubou, dessa vez a arrastando para mais perto. A boca de Eliot se abriu e ele começou a fazer sons assustadores e sem sentido. Alice começou a ficar zonza. Fosse o que fosse o que ele estava falando, estava fazendo efeito.

Ela sabia que logo iria perder a consciência, então pegou um caco de vidro que havia no chão e o apertou contra o tentáculo que envolvia sua perna, o cortando. Funcionou. Imediatamente o tentáculo recuou e o monstro parou de fazer os sons estranhos. Instantaneamente Alice voltou a sentir energia e se ergueu.

Um filete de sangue rubro escorreu pelo caco de vidro em suas mãos, mas ela não se importou. Estava pensando em um plano. Então ela viu que seu sangue flutuava no ar.

- Hã? - ela começou a se ergueu no ar também. - A gravidade. - disse, percebendo que as coisas acabavam de piorar.

A criatura parecia não ter sido afetada pela falta de gravidade. Pelo contrário, parecia ter sido beneficiada por isso, o que Alice não duvidava de que fosse verdade. Com movimentos mais rápidos, os tentáculos se ergueram, se prendendo às paredes e levando a criatura até Alice, que flutuava a poucos centímetros do chão sem conseguir tomar uma direção.

Ela olhou o caco de vidro em suas mãos e teve uma ideia. Jogou-o para cima e a força da reação a lançou em direção ao chão. Ali ela pegou mais pedaços de vidro e metal e foi os lançando até chegar ao painel de ajustes manuais.

O monstro a seguiu e saltou em sua direção. Alice então jogou mais um pedaço de metal, que anteriormente havia sido um microscópio, e foi para o lado. A criatura bateu no painel e voltou. Rapidamente Alice jogou seu último objeto e foi lançada até o painel. A tampa soltou-se facilmente e ficou flutuando ali. Alice olhou os ajustes e viu que haviam colocado os níveis de oxigênio para o mínimo possível, apesar de ainda haver oxigênio. Curiosa, ela colocou os níveis no máximo.

A criatura começou a se contorcer enquanto seus tentáculos se enrolavam.

- Me... Ajude... - disse Eliot, fracamente, dessa vez com voz normal.

Alice olhou-o com pena e usou a parede para tomar impulso e ir até lá. Se segurando nas reentrâncias, logo chegou até Eliot, que arfava.

- Eliot... - disse ela, se aproximando. - Eu vou te ajudar... Eu só... - dizia, mas ela não fazia ideia do que fazer.

- Eu tenho que dizer... - ele tossiu um pouco. - Antes... Que seja tarde... - ele respirou com dificuldade. - Eles... Eles estão aqui... Você... Você não pode...

- Quem são eles? O que houve? - ela falou rapidamente.

- Eles... O experimento... Você é... Você é...

Ele tossiu com mais força e um líquido escuro saiu por sua boca.

- Eliot? - ela chamou, mas não obteve resposta. Ele deu seu último suspiro e fechou os olhos. - Eliot...

Os tentáculos voltaram a se mexer fracamente e um se enroscou na perna dela. Assustada, ela segurou nele para se soltar. Quando sua mão tocou-o, o corpo de Eliot se contorceu, como se ele tivesse levado um choque elétrico e ela se assustou.

Um tentáculo se enrolou em suas pernas e a jogou contra a parede. O corpo de Alice se chocou a lâmpada de emergência, a quebrando. Ela gritou de dor. Um enorme caco de vidro se cravara em sua perna. A criatura se ergueu mais uma vez. Os olhos de Eliot se abriram novamente, mostrando as pupilas dilatadas que faziam seus olhos parecerem com os de um tubarão. Sua boca de abriu e mais uma vez ele começou a fazer os sons estranhos que fizeram Alice ficar zonza.

Então algo bateu de leve na parte de trás da cabeça da cientista. Ela virou-se e viu que era a tampa do painel. Uma ideia lhe ocorreu e ela usou a tampa para ganhar impulso e chegar à parede. Quando já estava lá, um tentáculo se envolveu em sua perna boa, a puxando. Com toda a sua força, ela resistiu, mas acabou sendo lançada contra a parede. Ela passou a mão de leve em sua cabeça e viu que sangrava um pouco.

A criatura saltou sobre ela naquele exato momento. Os tentáculos começam a envolver completamente o corpo de Eliot e a se tornar uma substância escura e viva.

- Ah! - Alice começa a gritar e a tentar se soltar, mas os tentáculos da criatura se juntam, formando garras que rasgavam a pele dela.

A substância escura começa a cobrir os ombros e o pescoço de Alice e ela começa a sufocar e a se desesperar. Quando a estranha gosma escura começa a cobrir sua perna, ela tem uma ideia. Sem pensar muito no que estava fazendo, Alice puxa o pedaço de vidro de sua perna, contendo um grito de dor. Com o caco em mãos, ela crava-o na massa escura que começava a envolvê-la.

A criatura soltou um som agudo, como um grito, e a solta. A cientista então usa a parede como impulso e salta em direção ao painel, religando a gravidade artificial. Isso não parece afetar a criatura e Alice encara-a com medo por um tempo, mas então a enorme e pesada tampa de metal, que flutuava sobre a cabeça do monstro, cai e, ao que parece, o mata. Os tentáculos se remexem insistentemente, tentando se livrar do objeto pesado que os prendia. Então eles param e um líquido escuro escorre de debaixo da tampa de metal. Aos poucos o líquido vai se juntando aos tentáculos, que começam a se estender na direção dela.

- Não. - ela gemeu, recuando o quanto podia.

Os tentáculos então param de tentar se aproximar dela sem nenhum motivo aparente e simplesmente caem no chão, inertes.

Alice escorrega pela parede, ofegante. Seus pensamentos estavam a mil. O que foi aquilo?!

Ela olhou para a parede de vidro quebrada. Aquilo não era a amostra. O que havia acontecido com o doutor Eliot? Onde estavam os outros? O que fez Eliot se tornar aquele ser? E quem eram os "eles" sobre os quais Eliot queria tanto avisar? Essas perguntas a atordoaram.

Alice olhou para a criatura esmagada. Será que aquilo tinha morrido mesmo?

Um tentáculo se moveu e isso assustou-a. Era melhor sair dali o quanto antes. Mas quando deu o primeiro passo, sua perna vacilou sob o peso do corpo e ela caiu. Gemendo de dor ela se levantou lentamente. Tinha que cuidar desse machucado. Mas como?

De repente lembrou-se da caixa de primeiros socorros que tinha por precaução em sua "área de residência". Se perguntou se aquela região também estaria cheia de seres como o que a atacou e se os outros humanos da estação estariam bem.

Manquejando, Alice saiu do seu laboratório arruinado. Aparentemente sem rumo, ela estava disposta a encontrar respostas. Mas teria que lutar se quisesse sobreviver ali. Primux não estava mais sob controle dos humanos.

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E foi isso, pessoal! Gostou do capítulo? Se gostou, vote no capítulo e/ou deixe seu comentário 😉
Essa história está na minha cabeça há muito tempo. Mas isso foi só o Prólogo. Os próximos capítulos irão ser diferentes, se alternando entre uma visão em primeira pessoa da Alice com a narração em terceira pessoa. Espero que gostem ⭐

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