14: Culpas
-Ah, faça-me o favor!-berro irritada, sentando na cadeira do lado de fora e vejo Lamar suspirar ao meu lado -Minha mãe só consegue levar a situação assim porque eles tem dinheiro.-retruco,e do outro lado do corredor vejo os olhos verdes de Urrea fixos a mim. Ignoro remexendo na cadeira e virando o olhar o suficiente para não me preocupar com o idiota filho do pai mimado que pode cobrir os erros exibindo o dinheiro
É claro, nossa família não é rica e existem perrengues. Mas, ele precisava achar que deveria ajudar distribuído dinheiro e deixar essa situação embaraçosa ser coberta assim?Sem razões específicas?
-Ele só queria ser gentil, não acha que pode perdoar isso?-morris diz,quando agora comprimi os lábios - Ou talvez a sua rivalidade com Noah Urrea impeça que aceite ajuda da família dele quando precisa.-suspirando ele finaliza a fala
-Mas a minha família não precisa da ajuda deles.-murmuro, olhando para minhas mãos enlaçadas entre si no meu colo -Eu não estou levando isso pro lado pessoal, e se ele estivesse pior?-fecho os olhos balançando a cabeça e pensando no pior
-Sina, eu entendo que você odeia o Noah.-ele balança os braços em exagero -Mas ocorreu um acidente, o pai dele só tentou se mostrar gentil ajudando com o dano que um de seus empregados causou.-falando dessa maneira, posso pensar na possibilidade que ele possa estar certo -Você está fazendo essa cara novamente.
-Que cara?
-A que está irritada porque acha que está errada.-o moreno responde,e controlo o impulso de fazer um biquinho indiganada
-Eu não acho que esteja errada, mas talvez haja um pouco de verdade nisso que falou.- falando em voz baixa, mexo os pés inquietas -Mas meu pai está bem, então está tudo ótimo.-susurro, fechando os olhos e soltando uma respiração longa
-Seu pai está bem, mas parece que o acidente dele não foi apenas o que incomodou você.-ele cutuca meu ombro, e agora seus olhos escuros estão fixos ao meu -O que houve?
A questão era que lamar era um garoto peculiar e incrível, quando éramos mais jovens conversávamos em grande quantidade, e aos poucos esse espaço foi acabado apenas com acenos no corredor. Mas a fala dele, e o seu olhar me fez acreditar que ele trouxe a tona a antiga relação de amizade que tivemos
Para ele, foi apenas isso obviamente. Mas no fundo, eu ainda sentia sentimentos por ele, os unilaterais guardados e trancados a sete chaves
Na qual eu estava trabalhando para acabar
-Eu estou ferrada, completamente na verdade.- meus ombros vibram, e eu tento não demonstrar o tanto que estou tensa.Mas o processo é falho, porque ele percebe e toca a mão em meu ombro como uma leve massagem
-Se não quiser contar, não se sinta pressionada.-ele murmura, e viro o rosto evitando fitar sua face séria
Eu odeio pessoas que estão me olhando fixamente, me faz sentir pequena
-Eu me sinto melhor assim, talvez eu só precise me acalmar um pouco.-digo séria, e levanto a cabeça falando logo em seguida -Estou indo no banheiro, e Obrigada por estar aqui e vir.-aceno, levantando e recebendo um olhar calmo do mais velho me compreendendo completamente
Virando o corredor ofegante e nervosa, penso em como devo contar a minha família que provavelmente eu posso ser expulsa da escola (que eu lutei para entrar), pelo simples fato de que eu tenho aventuras noturnas na escola e por "acaso " encontrei Urrea , e novamente "por acaso " alguém roubou o protocolo de admissão dos novos alunos e eu e o garotos éramos os únicos na escola e fomos pegos pelo vigia e somos os únicos suspeitos
Espera..
Antes que eu possa me esbarrar nele, eu lembro de ter visto uma sombra de cabelos cacheados. E se aquela pessoa fosse a responsável para o roubo do protocolo?
-Hey!-um berro atrás de mim soa,e assustada acabo de perceber que reconheço aquela voz. Reviro os olhos e fingi que ignorei, seguindo pelo corredor branco e espaçoso -Sina!Espera merda.-ele retruca, e caminho cada vez mais rápido em direção ao banheiro feminino. Por sorte haviam poucas pessoas ao redor, não o suficiente para perceber meu desespero
Um aperto forte rodeia meu pulso,e sou virada na direção do nerd mimado que está me encarando e com os cabelos no rosto, Ele por sorte não está próximo, mas não está longe o suficiente que eu deveria estar desse repugnante. Tento recuar de seu toque apertado, mas ele não pronuncia nada e quero socar seu rosto irritada
-Isso está machucando,solta!-berro batendo o pé no chão, e um velhinha que estava sentada próximo a nós dois arregala os olhos ajustando a dentadura -O que diabos você quer?
"Esses jovens falam muito palavrão"- é o que a velhinha murmura,se virando na direção oposta e tento ignorar a fala dela
Soltando meu pulso,ele suspira olhando para um ponto atrás de meu ombro e passa a mão em seus cabelos cobrindo sua face feia
-Sinto muito pelo seu pai ,o meu as vezes quer achar que..-susurra,e apenas reviro os olhos me virando mais uma vez pensando que o que ele diria seria algo interessante -Ei,espera idiota.-ele retruca,e viro cara a cara aos seus olhos verdes com cores ridículas como um iodo
-Não me chame de idiota, e eu não ligo se a sua família tem dinheiro ou acha que isso vai cobrir erros. Acidente acontecem, mas não quero que eles sejam esquecidos por simples cédulas.-susurro, não olhando para sua face e sim para seu cardigã azul desbotado -Os urreas estão causando tantos problemas.-murmuro, e uni as sobrancelhas
-Nós estamos causando problemas?-ele aponta para seu peito com um ar de autoridade,e recuo para trás esperando suas palavras -Primeiro que, você que causou um dos problemas! O inspetor poderia não ter percebido a sua presença, e não iríamos ser pegos.- ele diz soletradamente, e me dou o trabalho de interromper ele aumentando a voz
-Então sempre tudo é culpa minha?
-Eu não disse isso, nós dois tivemos parcelas de culpa.- frustado, ele passa a mão nos cabelos passando para o lado e consegui ver seu rosto específico. A iluminação do hospital me deixou ver com mais a atenção o rubor rosa em seu rosto-mas ele era de irritação
-Nós podemos ser expulsos da escola por isso!-o americando diz, com os olhos verdes me encarando fixamente e não consegui retribuir. Ele me encarou com um brilho provavelmente de raiva, e abaixei a cabeça
-Expulsos?Que história é essa?-a voz de minha mãe soa assim que vejo sua pequena estatura sair do banheiro,e segurando um pequeno pano para enxugar suas mãos. As sobrancelhas dela estão unidas, e eu fecho os olhos desejando que isso não seja tão catastrófico quanto é
Quando tudo está pior pra Sina, ainda existe uma maneira de piorar
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