dobras no papel..
Estavam ali, enfileirados
Como guardiões sisudos
Todos os meus sonhos desnudos
Querendo juntar-se aos seus
Mas de cruel, ignora
Com inconteste indolência
As marcas da sua ausência
São minhas mágoas senhora
Se pudesse eu viveria
Altivo, audaz e forte
Sem temer a fria morte
Nas horas da agonia
Faria os dias seus
Como crianças sorrindo
Eu embora presumindo
Alguém já fez mais que eu
O que resta ao destino
Por ter feito algo atroz
Ouvirei sua impiedosa voz
Trazer-me a dor como ensino?
Pertuba-me as suas agruras
Se o mundo gira a seus pés
Ou e da vida o convés
Que balançando as amarguras
Faz-lhe lembrar o que eras
Os dias se foram altivos
Levando sua alma aos crivos
Ao percursor d'outras eras.
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