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Capitulo 8- os 100 pontos

Harumi

Levar a roupa até o banheiro nem é tão difícil assim, no segundo dia aqui eu já deveria ter em mente que não tenho mais um quarto só meu. De qualquer forma, pelo menos serviu para me dar tempo de pensar sobre como explicar sobre a fotografia.

Não menti inteiramente, ocultei alguns detalhes como: além de amigos nós namoramos por 2 anos. Um pequeno detalhezinho. Porém, como sou péssima em mentir, vou acabar com isso hoje, assim que ele questionar.

Nara Shikamaru, como você pode estar sempre complicando em algo na minha vida? Se bem que, devo uma a ele depois de ontem, eu provavelmente teria que envolver a faculdade já que não consideraria pedir ajuda ao Naruto ou ao Kiba.

Bom, o que passou, passou. Agora, o importante era terminar de me arrumar e entrar num táxi. Parecia até coisa de filme, eu estava mesmo vivendo nessa moderna capital e indo conhecer mais um dos locais da minha lista. Uma lista de desejos que venho aumentando desde que consegui minha vaga em jornalismo aqui há seis meses.

Ao ouvir a porta bater, inclinei-me despreocupada para pegar minha calça skinny de cintura alta clara e uma blusa verde militar de manga longa, onde o decote se amarrava no meio. O tecido era leve, apropriado para o dia e como a abertura era um pouco reveladora demais, eu completei o vão com dois colares finos de prata (um longo e outro mais curto).

Prendi o cabelo num alto rabo de cavalo, passei um perfume suave de lavanda e pus um tênis de cano baixo branco. Por fim, coloquei minha carteira, chave do quarto e celular numa bolsa preta transversal e fechei a tarraxa do meu brinco pequeno de prata. Coloquei as roupas sujas e a toalha molhada no cesto e saí do dormitório, encontrando Inuzuka encostado na parede do corredor.

- Vamos?- tranquei a porta e perguntei.

- Meu Deus, eu mereço tudo isso?- colocou os óculos de sol no cabelo e olhou-me de baixo para cima, incrédulo.

- Eu não me arrumei só pra você, não seja tão convencido.- pus a mão na cintura e sorri, provocando-o.

- Poxa, nem um pouquinho?- deu um passo à frente e franziu as sobrancelhas.

- Ok...talvez uns 50%- desviei o olhar, ruborizando um pouco com a aproximação repentina.

- Hmm, agora podemos ir.- sorriu pegando o celular do bolso e abrindo o app da uber.

- Ah se for assim eu retiro, vai tentar encerrar sem nem um elogio, Inuzuka? Menos 10 pontos.- comentei balançando a cabeça em negação.

- Dizem que um olhar vale por mil palavras, Matsuno.- colocou os óculos de novo.

- Menos 5 pontos por tentar escapar com essa desculpa esfarrapada.

- Me dá um crédito, estou tentando funcionar com fome aqui, Harumi.- me ofereceu o celular para preencher a barra de destino em branco.

- Certo, devolvo os 5 últimos pontos.- peguei o celular da mão dele para digitar o endereço que memorizei.

- E que negócio são esses de pontos?- cruzou os braços, impaciente.

- Um método meu, você começa com 100 pontos e aí vai perdendo a cada mancada.- continuei olhando para a tela, que agora procurava um motorista.

- Interessante, o que acontece se eu zerar? Não que isso seja uma possibilidade comigo.- afirmou como se fosse algo óbvio.

- Você estaria descartado como interesse amoroso, eu paro de investir com 50 pontos.- expliquei, devolvendo o aparelho dele.

- Não acha que é meio frio julgar seus "candidatos" com cálculos?

- Eu acho justo...mas melhor te explicar no restaurante, o uber chegou.-  ele não parecia prestar atenção no aviso irradiando do celular.

- italiano?- checou o destino e eu assenti- Você tem bom gosto.- pisquei em resposta e caminhamos juntos.

Pelo horário, os estudantes deveriam ter ido almoçar ou estavam se ajustando nos quartos. Comparado a ontem, estava cheio mas não o suficiente para atrairmos atenção passando pelas pessoas. No campus, entretanto, percebia certos olhares femininos e masculinos curiosos. Inuzuka andava naturalmente e tentei seguir sua atitude atrás dele.

- Acho que é aquele.- interrompeu os passos e apontou discretamente para o carro vermelho.

Fomos em direção ao veículo e ele abriu a porta para que eu pudesse entrar primeiro, se sentando no banco de trás comigo. Kiba quis saber mais sobre o restaurante no caminho, era sua primeira vez lá também.

Expliquei animadamente e ele ouviu atento sobre os locais que eu pretendia visitar. Em 15 minutos, chegamos e eu abri o zíper da bolsa, na intenção de dividir a corrida.

- Não precisa, paguei antecipado pelo cartão.- pegou em meu braço delicadamente, pedindo que eu guardasse a carteira.

- Obrigada.- repliquei corando um pouco e pondo a carteira de volta.

Kiba sorriu e agradecemos o motorista, estávamos novamente andando nas belas ruas da cidade.

- Eu recuperei pelo menos alguns dos meus pontos?- indagou fingindo desespero.

- Até que achei fofo, ganhou 1,5 por ter aberto a porta para mim.- brinquei e ele franziu as sobrancelhas.

- 1,5? Tô vendo que esse almoço vai ser complicado.

Paramos em frente ao restaurante. A recepcionista nos saudou e indicou a mesa próxima a vitrine, quase todas as outras estavam ocupadas. Contudo, apesar da lotação, ouvia-se a música ambiente claramente e o local era aconchegante.

Nos sentamos e o cardápio chegou até nós quase de imediato. Pedimos uma entrada e decidimos dividir um conchiglione ao molho branco com camarão.

- Agora você pode começar a explicação sobre os tais 100 pontos.- fechou o cardápio, intrigado.

- Não, você me chamou aqui para conversar, você começa.- retruquei, sorrindo.

- Calma, temos tempo.- pendurou os óculos de sol na camisa.

- Eu sei que você quer saber sobre o Shikamaru, Kiba.- senti meu estômago se revirar de nervoso ao fim da frase.

- Se estamos sendo diretos, eu quero sim.- bagunçou o cabelo e me encarou sério.

- Eu omiti um detalhezinho.- fechei os olhos e suspirei.- Nós namoramos por 2 anos.- abri um de cada vez e vi que ele estava desconcertado.

- Detalhezão, hein.- reclamou, visivelmente incomodado.

- Em minha defesa, ele é meu amigo de longa data além de ex namorado.- tentei contornar a situação.

- Ainda não entendi muito bem o porquê de você mentir.- me fitou meio bravo.

- Ok, admito que errei...fiquei nervosa na hora, mas que diferença isso faz?

- Toda né, Harumi.

- Então é isso.- eu sorri- Você está com ciúmes.- silabei, aproximando-me da face dele.

- Eu não disse isso.- arregalou os olhos.

- Um olhar vale mais do que mil palavras.- me afastei lentamente.

- Golpe baixo, usar minhas próprias frases contra mim.- colocou uma mão sobre a testa, já soava mais calmo.

A entrada que pedimos chegou e comemos em silêncio, estávamos ambos famintos. O clima melhorou por termos resolvido o assunto "Shikamaru". Então, quando os pratos esvaziaram, decidi escutar o que ele tinha a dizer agora.

- Bom, é a sua vez de falar.- soltei o rabo de cavalo e deixei os cabelos atrás dos meus ombros.

- Ehh...- pigarreou.- Eu queria te pedir desculpas por ter te beijado ontem, eu devia ter pedido sua permissão pelo menos.- expirou tenso.

Assenti e sorri sem mostrar os dentes, não tornei a falar porque parecia que ele iria continuar.

- Eu gosto muito de você, quero continuar te conhecendo e não só para ficar...se é isso que você pensou de mim.- fez cara de cachorro sem dono.- E se para isso, eu tenha que levar as coisas devagar, do seu jeito, eu não me importo.

- Obrigada, eu também quero muito continuar a te conhecer.- repliquei aliviada, até que ele era bom com palavras- Eu confesso que fiquei preocupada e até um pouco revoltada em pensar em que visão você tinha de mim depois daquele beijo.

- Como assim?

- Tipo, eu não sou de ficar com alguém assim...geralmente eu demoro para me interessar.

- Eu nunca te acharia fácil por isso, se é o que te preocupa.- ele interviu, pegando na minha mão.

- É, você não tem moral para falar de ninguém pelo o que o Naruto me disse.- alfinetei, fechando um pouco minha mão.

- Caramba, ele me difamou pesado para você.- inclinou a cabeça para a direita.

- Sim, ele até me disse que você é conhecido como "cachorrão'' .- brinquei e ele corou envergonhado, soltando o laço de nossas mãos.

- Eu vou matar o Naruto.- murmurou, olhando para o lado.- Você sabe que isso é mentira né, Harumi?- perguntou nervoso.

A verdade é que Naruto nunca nem mencionou nada sobre esse apelido. De fato, os avisos que ele me deu foram breves e Kiba já sabia sobre isso desde o dia do karaokê. No dia em que eu descobri que o Inuzuka era o colega de quarto do qual o loiro reclamou.

Só que não pude deixar de testar sua paciência, não depois dele sugerir com tanta rapidez que eu era fácil. Eu sei que ele negou, porém ele podia muito bem ter usado outra palavra.

- Sei não, olha...ele é super honesto e falou com convicção.- levei o dedo indicador ao meu queixo, me segurando para não rir.

- Ele realmente disse "cachorrão"?!- indagou, fazendo as aspas com os dedos.

- Não, ele não disse nada disso.- ri.- Você devia ter visto a sua cara! Só confirmou que ele já te chamou de cachorrão alguma vez.

- Matsuno Harumi, agora quem está perdendo pontos aqui é você.- cruzou os braços e fez um bico, mas logo começou a gargalhar comigo.

A comida chegou poucos segundos após essa cena, a garçonete nos serviu e agradecemos. O cheiro estava ótimo e Inuzuka não disfarçou, se servindo assim que ela se retirou.

- Desculpa, eu devia ter deixado você se servir primeiro.- falou depois de terminar a primeira garfada.

- Não tem problema, você está com fome.- sorri pegando o pegador de macarrão.

Saciamos o apetite e elogiamos a culinária do restaurante, que também tinha uma decoração incrível, onde belos quadros eram expostos nas paredes e vasos compunham os cantos.

A conversa fluiu sem problemas depois disso, vimos os vídeos do Akamaru, conversamos sobre o episódio do Sasori e até sobre Sasuke e Sakura. Vendo o que o Uchiha passou, eu o perdoei instantaneamente, ninguém merece perder os pais tão cedo.

Sarah

-crack- sangue- sirenes- policiais.

Acordei ofegante e quase caindo da cama, suada de tanta tensão. Havia tido um pesadelo horrível em que Hidan não chegava a tempo e Sasori quebrava a garrafa no Itachi.

Desbloqueei a tela do celular e vi que eram 8h, tentei voltar a dormir mas não consegui. Levei a mão na testa para limpar as gotículas e assim que pus os olhos no pulso, eu saltei para fora da cama.

Caralho não é possível que perdi isso...não não! Só me faltava essa! A Ino deve ter guardado pra mim, ah claro. Ela sabe o quão importante aquela pulseira é.

Eu só podia ter deixado de notar a ausência dela no meio daquela confusão mesmo, mas tenho fé que ela sabe onde está. Tomei um banho sem enrolar, vesti uma regata branca justa, pus uma calça jeans e calcei meu tênis.

Saí do quarto correndo, lembrando de deixar um post-it no espelho do banheiro avisando a Harumi para não se preocupar comigo. Vou tratar de anotar o número dela essa noite, não dá mais pra viver de comunicação às antigas.

Desviei de vários estudantes no caminho à torre 3 e subi uns degraus de escada. Finalmente, cheguei no quarto dela, minhas pernas doíam um pouco pelo intenso esforço logo no começo do dia. Preciso voltar para a academia. Bati na porta repetidas vezes.

- Ino, eu preciso que você abra a porta!- gritei sem cerimônia, ignorando os olhares indiscretos que recebia por quem passava no corredor.

- Ave Maria, o que deu em você Sarah?- Sakura abriu a porta irritada.

- Saky, cadê a minha irmã?!- olhei por trás dela e vi as duas camas vazias.

- Ela não voltou para a faculdade, dormiu na Hanabi- bocejou - Porque não achou uber.

- Ah droga.- bufei e senti meu coração acelerar mais- Obrigada Sakura, preciso ir.

- Ok, só vê se não me acorda aos gritos de novo.- assenti e ela fechou a porta.

Liguei para a Ino porém ela não atendia também, vi mensagens dela de ontem querendo que eu desse notícias ou pelo menos sinal de vida.

"Onde é que a Hanabi mora? Eu vou até lá."

Estava descendo as escadas de volta quando senti o celular vibrar e aceitei sem nem ver o nome de contato.

- Ino, você está com ela não está? Eu vou até aí buscar, onde a Hanabi mora?!- soltei tudo super rápido.

- Ah, Sarah...aqui é o Itachi.- disse no seu tom calmo.

- Meu deus, desculpa é que eu estou procurando a minha irmã.- respondi envergonhada, parando em um dos degraus.

- Eu fiquei com a sua pulseira, você deixou cair quando saiu às pressas.

- Sério?! Muito obrigada, de verdade eu estava doida atrás dela, onde eu posso buscar?- respirei pesadamente, sorrindo.

- Eu te entrego, tô de carro, aonde você tá?

- Universidade de Tokyo, conhece?

- Ah, conheço sim, vou até aí agora.

- Obrigada Itachi, desculpa mesmo por ontem.

- É melhor conversarmos com calma quando eu chegar aí, se você quiser, claro.

- Quero sim.

- Ok, até daqui a pouco.

- Até!- voltei a descer as escadas.

Esperei em um dos bancos do campus e tentei me distrair com o Instagram. Passei stories e vi boomerangs da Hanabi e a Ino virando vodka, não era questão de não achar uber...alguém passou mal, certeza.

Rodando mais um pouco, vi que Sakura tinha publicado uma foto em grupo (Gaara, Sai, Hinata, Naruto, Sasuke) no Ichiraku. Estranho.

"Harumi não saiu com o Uzumaki ontem? Será que ela achou chato e voltou antes?"

Bom, o que eu sei é que se ela tivesse ficado na faculdade, eu teria arrastado ela pra Akatsuki. Teria arrumado aquele barman de cabelos prateados e máscara, Harumi você perdeu.

Tirando a parte traumática chamada Sasori, a noite foi boa. Itachi tinha o crédito por essa última parte.  Procurei pelo Instagram do barman e descobri, através da conta do clube, que seu nome era Hatake, Kakashi.

Ia entrar no seu perfil para achar uma foto sem máscara, mas Itachi me mandou mensagem no mesmo instante, avisando que chegou. Andei até os portões e avistei o moreno alto de camisa polo cinza e calça jeans.

Ele olhava diversas vezes ao redor, parecia buscar alguém apesar de já ter me visto.

Nos aproximamos, ele sorriu de canto e eu retribui. Eu o abracei e Itachi puxou a fina pulseira do seu bolso. Agradeci e pedi sua ajuda para reajustá-la. Ele atendeu meu pedido e então perguntei se poderíamos conversar com menos barulho.

- Claro, meu carro está aqui na esquina.

- É que hoje tem muitos calouros transitando e os alunos antigos voltando também.- expliquei para que ele não pensasse errado.

- Sei como é.- olhou para o lado de novo, parecia preocupado.

Ele guiou até o automóvel preto, que não estava longe, e quando estávamos prestes a entrar fomos impedidos por ninguém menos do que Uchiha Sasuke.

"Ah não, não era efeito da bebida, os dois são realmente irmãos, por isso ele sabia onde a faculdade ficava!"

Sasuke nos mirava desconfiado, carregava flores nos braços.

- Itachi? O que é que você tá fazendo aqui? E por que está com ela?- franziu as sobrancelhas durante a sequência de perguntas.

Paramos de andar para prestar atenção no Sasuke, tentei manter a pose de inocente. Se bem que, não estou fazendo nada de errado, né?

Tanto o irmão dele quanto eu somos maiores de idade. A parte complicada é que ele tende a ser imprevisível...vou deixar Itachi começar a explicar.

- Sasuke, eu estava me perguntando se veria você por aqui hoje.- Itachi comentou calmo e Sasuke continuou inexpressivo.

- Olha só, flores para a Sakura? Que namorado aplicado.- tentei descontrair mudando o tópico.

O Uchiha avermelhou-se pela minha observação e assentiu em resposta, enquanto o moreno de cabelos mais longos riu da reação dele.

- Sinceramente, eu prefiro nem saber. Conversamos mais tarde, Itachi.- balançou a cabeça em negação e passou pelo irmão.

Ou pelo menos pensei que houvesse passado, quando olhei de esgueira vi que Sasuke batia o dedo indicador e o do meio na testa de Itachi, segurando o buquê com o outro braço. Era um gesto incomum para as pessoas de fora como eu, mas era inegável que possuía beleza mesmo desconhecendo o contexto.

O Uchiha mais velho sorriu, de maneira que seus olhos até brilhavam. Preferi não estragar o momento e atravessamos a rua em silêncio.

Não era um silêncio desagradável, apenas apropriado.

- Parece que você já conhecia meu irmãozinho.- falou ao abrir a porta do carro para mim.

- Eu não fazia ideia de que vocês eram parentes, até estranhei você salvar como "Itachi U." no contato, mas achei que era coincidência demais para ser verdade.- confessei sem delongas, entrando no automóvel.

- Sério? Sempre nos dizem que somos parecidos.

- É, talvez eu tenha escolhido não ver. - rimos juntos.

Itachi fechou a minha porta e foi ao banco do motorista. Assim que se sentou, se virou para podermos conversar cara a cara.

- Sobre a confusão de ontem...você por acaso lembra de ter visto um ruivo próximo de você?- pus uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Itachi torceu a boca para a esquerda, num sinal de quem estava pensando.

- Pior que não.

- Hmm, tudo bem.- mordi o lábio inferior- Eu te pedi para não me procurar mais ontem por causa dele, um ex totalmente abusivo que eu tenho. Sinto muito, eu só não queria te meter em problemas.

- Eu que sinto, você não devia ter que passar por algo assim.- ele franziu as sobrancelhas e passou a mão em meu ombro, tentando me consolar.

- E Sarah, eu sou capaz de me defender, não precisa tentar me proteger.- acrescentou.

Nesse momento só pude pensar: a vida está me compensando, certeza. Além de poder revê-lo e resolver as coisas, ele guardou a minha pulseira. Fora que, Itachi não demonstrou ressentimento, ele me tranquilizou. Só sorri automaticamente.

- Por que você está feliz assim?- perguntou curioso, sorrindo também.

- Não há mais motivo para eu não estar.- apontei para meu pulso, exibindo a fina pulseira de ouro.

- Fico feliz de poder ter devolvido para você.- encostou a cabeça no banco, ainda me fitando.

- É que era da minha mãe, meu pai deu para ela. Foi a única coisa dela que sobrou depois do acidente.- abaixei um pouco a cabeça.

- Nossa, meus pêsames...seu pai está bem?- indagou inocentemente, desencostando a cabeça do couro.

- Infelizmente eu fui a única que sobrevivi para contar a história.- olhei para ele e vi que emanava compressão.

- Sei como é.- deu um sorriso caído.

"Que cabeça a minha...claro que ele me entendia, ele também era órfão. Nossa sorte foi ter encontrado abrigo em outras pessoas, ele tinha o Sasuke e eu tinha os Yamanaka."

- Sinto muito pela sua perda também.- passei a mão por cima da dele, que corou com a atitude.

- Obrigado, mas chega de papo triste por hoje, você tá livre agora?- enlaçou nossas mãos.

- Tô sim, para onde você quer me levar?- sorri.

- Deixa eu ver.- checou o relógio no pulso.- Às...9:30 da manhã de um domingo, que tal o parque?

- Você quem manda.

Ele imediatamente se ajustou no banco para dirigir e pôs o cinto de segurança. Itachi ligou a rádio e cantarolava a letra baixinho, quando vi, eu estava cantando junto. Ao fim da música, decidi saciar minha curiosidade:

- Itachi, posso te fazer uma pergunta?

- Pode.- falou sem tirar os olhos da estrada.

- Por que o Sasuke bateu na sua testa?

- Ah, isso é algo que faço desde criança com ele. Eu resumiria como uma demonstração de afeto.- um sorriso brincou em seus lábios ao me contar.

- Você parece ser um ótimo irmão, Sasuke é sortudo. Queria ter tido um assim, a Ino tem a mesma idade que eu.

- Queria mesmo que eu fosse seu irmão?- brincou maliciosamente.

- Definitivamente não!- exclamei num tom meio agudo e ele gargalhou.

Kiba

Nunca mais duvido da minha intuição, eu sabia que ela escondia algo sobre aquele cara. Mas chega de Shikamaru, vou aproveitar a chance de recomeçar com ela. Voltei minha concentração para aquele sorriso genuíno à minha frente.

- Harumi, lembrei de uma coisa.

- O que?- debruçou o braço sobre a mesa e se inclinou intrigada.

- Você perdeu a aposta! O Naruto e o pessoal comeram no Ichiraku, como eu te disse.

- Ah não, jurava que a Sakura e a Hinata iriam conseguir vencer essa.- suspirou.- O que é que eu estou te devendo então?

- Outro encontro.- eu disse, arrumando meu cabelo.

- Nem sei se você passou no teste dos 100 pontos ainda.- arqueou uma sobrancelha.

- Ah é, e em falar nele, agora você pode me explicar o que é isso?- encarei-a confusa.

Incrível, parece que a regra para eu me interessar é ela saber como dificultar a minha vida.

- É para evitar decepções futuras, eu sou muito ruim para desistir das pessoas. Então, prefiro analisar os primeiros encontros assim.- bebeu mais um gole do seu suco de laranja.

- Quem foi que te traumatizou, hein?- questionei e ela riu.

- Não importa.- olhou para o lado.

- Ok, mas se você só me dá um pé na bunda com 50 pontos, eu tô mais do que tranquilo.- dei ombros.

- Realmente, você só perdeu 8,5.

- Injustamente...mas me diz, qual o próximo local na sua lista de desejos?

- É...- verificou o celular- A torre de Tóquio.

- Perfeito, eu te levo lá no próximo encontro.- peguei a carteira no bolso e fiz menção de levantar.

Quando ela entendeu que eu pretendia pagar a conta, Harumi pegou no meu braço e voltei para ouvi-la.

- Você não vai pagar tudo sozinho.- levantou-se também.

- Mas eu tenho dinheiro para isso, Harumi.- respondi calmo.

- A questão não é essa, eu que não me sinto bem com os outros pagando as coisas para mim.- explicou corando um pouco.- Mas obrigada por oferecer.

- Tudo bem.- fomos até o caixa juntos.

Não adiantaria discutir com ela...e eu não tô tão bem de grana assim, só queria fazer uma média. Quase não havia fila, esperamos pelas duas pessoas na nossa frente e resolvemos.

O atendente era um adolescente de óculos e notei que ele encarou o decote dela. Harumi não parecia perceber, pois procurava a carteira na bolsa. Logo fechei a cara e revirei os olhos, eu estava perdendo a paciência.

- Kiba, nós já vamos embora.- pegou em minha mão e sussurrou no meu ouvido enquanto ele passava o cartão na máquina.

Bufei e ela sorriu para mim, acho que além da Hinata, ela era a única capaz de me acalmar com tanta facilidade. Procurando manter o controle, fui pedir o uber. Porém, na hora de escolher o destino, fiquei em dúvida se ela preferia voltar para a faculdade ou ir para outro lugar.

"Quer saber, vou esperar por ela."

Guardei o celular no bolso, abri a carteira e Harumi me puxou para o lado contrário. Sem entender, a encarei e ela só continuou a andar até a saída. Estávamos nas calçadas quando ela me soltou.

- Quer dizer que você não me deixa pagar a sua conta por não se sentir confortável mas paga a minha sem nem perguntar?- cruzei os braços.

- Eu só queria te tirar de lá rápido, você parecia que ia atacar alguém.- corou novamente.

- Mas não é muito legal...imagina se descobrem que deixei que você pagasse a conta num encontro.- pus a mão na nuca, desconcertado.- E você vai me dizer que você não queria fuzila-lo também?- franzi as sobrancelhas.

- Sua masculinidade é tão frágil assim, Kiba?- posicionou uma mão na cintura e me olhou firme.

- Eu só não queria ter que encarar o Naruto me zoando e muito menos a Hinata dizendo que fiz tudo errado.- argumentei gesticulando excessivamente.

- Não precisa contar.- sugeriu, balançando a cabeça- Agora sobre o atendente, eu queria sim bater nele mas você sabe que não sou fã de confusões.

- Tá bom, tá bom.- suspirei e ela sorriu.

- Eu queria passar mais tempo com você, mas se você preferir voltar pra faculdade, podemos ir também, Haru.

Vi que sua boca se movimentava com a resposta da minha pergunta, só que não consegui prestar a devida atenção para entender. Meu foco se perdeu no segundo em que avistei um certo alguém se aproximando.

"Porra, não estou nem um pouco afim de lidar com isso."

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Nota da Autora:

Capítulo recheado de diálogos para vocês! O que acham desse formato?

Obrigada pelos comentários! Fico muito feliz. Agradecimentos à Ana que está me acompanhando há um tempo por aqui já e bem-vinda Maria, espero que você esteja gostando!

Fiquem ligados para o próximo capítulo! Quem será que apareceu?!

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