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Capítulo 23 - compilado de corações partidos

Harumi

Shikamaru me levou à cafeteria, que estava tranquila e vazia no início de noite. Nara seguia sem ter ideia do que aconteceu, eu fui incapaz de dizer uma só palavra durante o caminho. Não consegui engolir o choro apesar da vergonha que era estar tão vulnerável na presença dele.

- Espera aqui.- pediu, se levantando da cadeira.

Assenti e procurei regular minha respiração, olhando para o chão.

- Toma.- retornou com uma garrafa de água e eu agradeci ao aceitar.

- Foi aquele tal de Inuzuka?- cruzou os braços, incomodado com a expressão que fiz ao ouvir seu sobrenome- Ah, Haru.- balançou a cabeça em negação, sorrindo discretamente.

- É, parece que eu não tenho sorte alguma com relacionamentos.- alfinetei, bebi um gole d'água e ele desmontou a curvatura.

- Desculpa, eu realmente odeio te ver nessa situação e saber que já te deixei nesse estado é um dos meus maiores arrependimentos.- seu olhar era sincero sobre mim- Eu só estava pensando no quanto ele vai sofrer quando perceber o que perdeu, experiência própria.- descruzou os braços, dando ombros.

Meus batimentos erraram ali e minhas sobrancelhas automaticamente se franziram em confusão.

"O que ele está dizendo? Ele é comprometido."

- Não me entenda mal, eu amo a minha namorada.- esclareceu e eu pude suavizar o semblante- Mas eu demorei para superar você, acho que fiquei um ano inteiro nessa.- riu, sem graça com a lembrança.

Minhas inseguranças, gritando o quão descartável eu era, me impediam de enxergar a lógica naquilo.

- Como assim? Você terminou porque não gostava mais de mim.- afirmei na entonação de acusação, gesticulando conforme o meu conflito crescia.

- Seria mais fácil se você pensasse assim, afinal eu nunca fui capaz de ser bom para você.- explicou, coçando a nuca.

- Obrigada, Shika.- estranhamente, estava mais calma com aquela revelação.

Fico feliz que ele conseguiu melhorar no relacionamento atual.

- O ponto é que, não tem nada de errado com você, viu Harumi.- uma lágrima escorreu em meu rosto e eu limpei com manga da minha camisa- O problema é com ele mesmo, ok?

Ele pegou minha mão num gesto inocente, firmei o aperto sorrindo entre o meu choro. Shikamaru sabia exatamente o que eu precisava escutar naquele momento.

Regressando para a área de jornalismo, Sarah e Itachi pareciam decidir o que iam jantar antes de eu chegar, ele estava escorado na escrivaninha e ela deitada na cama.

- Nossa, o que aconteceu?- a loira desligou o celular prontamente.

"Ah, eu fico marcada se choro demais."

- Longa história.- suspirei, tendo noção de que iria desmontar se explicasse de novo.

- Eu já tenho que ir, vocês podem conversar.- arrumou a cadeira para que voltasse a sua posição inicial e foi em direção à Yamanaka.

- Você não precisa sair por minha causa, Itachi.

- Não, é que o Sasuke precisa de uma carona para a casa do Naruto.- deu um selinho de despedida na Sarah.

- Me manda mensagem quando chegar em casa, amor.- ele assentiu, eu me afastei da saída.

- Tchau, Harumi!

- Tchau, Itachi.

A menção do Naruto e a cena somadas me reviraram o estômago, me esforcei para manter um sorriso convincente ao acenar para o Uchiha. A ideia de permitir que todas as suas defesas estivessem desativadas com alguém me parecia tão distante...e estúpida, agora que eu me deixei ser apunhalada pelas costas.

- Vem cá, o que te fizeram?- bateu no colchão, me chamando para deitar e eu me larguei sobre os lençóis.

- Ah Sarah, tudo acabou da pior forma possível.- abracei o travesseiro, o retrato do desânimo.

Desabafei, contando a confusão com detalhes. Sarah pediu sushi e uma barra de chocolate para dividirmos, ela escutou atentamente o meu relato. Os insultos foram criativos, seu repertório era extenso e me arrancou boas risadas em meio a tristeza que me amassava por dentro. A Yamanaka me assegurou que me manteria longe dele caso as recaídas viessem.

Naruto

Merda.

Eu perdi a razão assim que vi aquele chupão...não era como as coisas deveriam ter sido. Agora, além do Kiba me odiar, Harumi pode não me perdoar por ter feito esse escândalo em público.

E o mínimo que eu poderia fazer seria aceitar esse ressentimento, eu fui um babaca em expor a vida pessoal dela tão insensivelmente.

Numa simples troca de olhares com o Kiba, confirmei que esse trimestre seria complicado, nossa amizade estava arruinada e ainda seríamos forçados a conviver diretamente na faculdade.

Por sorte, seguimos direções diferentes e o número 135 estava vazio, ele provavelmente estava com a Hinata. Então, arrumei uma mochila e fui para casa, eu precisava esfriar a cabeça fora daqui.

——-

~ Sasuke Uchiha 8:05 p.m:

"Naruto, onde você se meteu?"

~ Naruto Uzumaki 8:10 p.m:

"O que foi?"

~ Sasuke Uchiha 8:11 p.m:

"Tá todo mundo comentando sobre a confusão que você causou, esse não era o combinado."

~ Naruto Uzumaki 8:12 p.m:

"Se você veio me dar sermão, está perdendo seu tempo."

~ Sasuke Uchiha 8:12 p.m:

"Estou preocupado com você, seu idiota."

~ Naruto Uzumaki 8:13 p.m:

"Estou em casa, relaxa."

~ Sasuke Uchiha 8:15 p.m:

"Eu e a Sakura estamos indo aí."

~ Naruto Uzumaki 8:15 p.m:

"Oi?! Eu nem falei com meus pais"

~ Sasuke Uchiha 8:16 p.m:

"Já jantamos, não vamos dar trabalho."

——-

Bufei, bloqueando a tela do celular e deitando no sofá. A expressão triste dela estava fixada em minha mente, bagunçando o meu raciocínio por completo.

- O que aconteceu, filho?- minha mãe apareceu ligeira na minha frente.

- Sasuke e Sakura estão vindo para cá, tem problema?- indaguei sem muita emoção.

- Claro que não, eu coloco mais comida na chapa.- sorri enquanto ela corria para a cozinha.

- Eles já comeram, mãe.- avisei antes que ela exagerasse na dose.

- Vão acabar comendo de novo, nós somos muito bons na cozinha.- meu pai refutou, adicionando mais dois lugares na mesa.

- Verdade, querido!- ergueu a colher de pau na mão, convencida- Agora Naruto, levanta a bunda daí e me ajuda cortando essa cebola aqui.- apontou a colher para mim com firmeza.

- Já vou.- fiz uma careta, estava acomodado nessa posição e nada disposto para a arte da culinária.

- Agora, Uzumaki Naruto.- enfatizou meu sobrenome e eu pulei temeroso por minha vida.

Cortei alguns legumes e estava quase tudo pronto quando a campainha tocou. Atendi esperando meus amigos e recebi outra surpresa: um velhote com uma juba branca segurando um pote de sorvete, parado no tapete da minha casa.

- Sábio tarado? O que você veio fazer aqui?- ergui uma sobrancelha em desconfiança.

"Trazendo comida ainda?"

- Isso lá é jeito de receber o seu padrinho, moleque?- abaixou-se para falar comigo, me envolvendo num abraço.

"Ok, talvez não seja uma surpresa tão ruim."

- Achei que estivesse em uma de suas excursões, entra logo.- não pude deixar de sorrir, abrindo espaço para que ele passasse.

- Senti saudade de vocês.- anunciou colocando o sorvete na mesa.

"Também senti a sua..."

- Jiraiya?!- meus pais disseram em uníssono.

Os três começaram a pôr o papo em dia e não demorou até que o Uchiha e a Haruno se juntassem a nós. Eles me explicaram que Itachi estava com a Sarah e atrasaram por ter que depender da carona dele.

A noite foi agitada o suficiente para que eu me distraísse do incidente com a Harumi, que voltou a me perturbar somente na hora de dormir. Jiraiya se retirou perto da meia noite e minha mãe insistiu para que Sasuke e Sakura ficassem pelo horário. Apesar da tentativa primordial de resistir, acabaram cedendo à persuasão dela e combinamos de irmos juntos para as aulas de amanhã.

"Eu vou me redimir com ela...eu preciso."

Kiba

E como se o ciclo todo se repetisse, eu havia chego na linha final e estava deitado no colo da Hinata. A atmosfera do quarto era pesada, nós dois estávamos frustrados com nosso azar na vida amorosa.

Ainda assim, por mais que precisasse de mim tanto quanto eu precisava dela, a Hyuuga reprimiu a sua decepção ao saber sobre o Naruto e estava totalmente focada em me consolar.

- Sinto muito, Hina...você deve estar sofrendo bem mais do que eu.- senti seus dedos travarem em meu cabelo e encarei sua delicada face, ela comprimiu os lábios.

- Não, eu quem demorei muito para tomar uma atitude, já devia esperar algo assim.- retomou a ritmada carícia nos meus fios- Você tem motivos para ficar triste, eu nunca nem passei da paixão platônica.- corou, desviando o olhar e forçando um sorriso.

Me sentei, ficando do seu lado e passei meu braço por cima de seu ombro, numa forma de acolhimento.

- Isso não invalida seus sentimentos e nem o quanto é ruim para você.- ela se encolheu em meu peito, soluçando baixinho enquanto eu massageava seus cabelos- Você não precisa esconder de mim, estou aqui para você, Hina.

Pedimos delivery de sanduíche e retornei somente ao me certificar que ela adormeceu. Eram raras as vezes em que ela permitia que eu cuidasse dela também, Hinata é péssima para pedir ajuda e sempre pensa estar perturbando.

Na manhã de segunda, não esbarrei com a Harumi nos corredores e eu não tive coragem de mandar mensagem ou perguntar por ela.

Consequentemente, não tive como checar a minha melhor amiga, pois estudavam na mesma sala. Após o fim da aula, decidi enfrentar o Naruto e fomos para o quarto para não arriscar outro escândalo em público.

- Por que está me encarando? Diz logo o que você quer.- bufou, sentando na ponta da cama.

- Só achei que ficaria mais feliz em atingir seu objetivo.- sustentei um tom frio contrastando com a raiva que eu mascarava e escorei na parede.

- Como eu poderia ficar feliz com o que você fez com a Harumi?

- Olha, você não ouse falar dela.- cerrei o punho- Isso só está acontecendo por sua causa, Naruto.

- Ótimo, vai jogar a responsabilidade para cima de mim. É mais fácil do que aceitar o merdinha que você é, né?

- Estou cansado de você tirar o que é meu.- explodi, me afastando da parede.

- Desculpa aí, nunca soube que ela era uma propriedade sua.- riu, elevando as mãos em sinal de rendição.

- Você não vai mesmo acreditar em mim?- vinquei a testa.

- Não, se você falou é porque pensou.

- Tá, agora não faz diferença alguma você acreditar ou não. O estrago está feito.- rumei para a porta, eu não queria recorrer a violência.

- Sim e você sabe que no fundo, o único culpado é você.- bati a porta ao fechar, atraindo olhares intrigados no corredor.

<—- aproximadamente 2 meses depois —->

Matsuno recusou minhas ligações e evitou o contato visual comigo durante 4 semanas inteiras, estava sempre colada com a Yamanaka. Ter ela me odiando era o pior dos castigos. Esquece, isso nem se qualifica como odiar, foi como se eu nem importasse o suficiente para merecer a sua raiva.

Maio se foi e eu insisti todos os dias por uma oportunidade de me explicar no mês seguinte. No final do mês de junho, ela perdoou o Naruto e eu desisti, embora o sentimento imutável me queimasse por dentro com a mesma ferocidade do começo.

O fracasso era incontestável, era mais uma prova de que sempre perderia para ele. O que me fez sentir falta do início, da primeira vez em que nos vimos, da rivalidade que criamos no karaokê e dos encontros que tivemos em abril. Na época em que eu tinha esperança de que era a minha chance de acertar com alguém. Se eu pudesse, faria diferente, só que não estava mais ao meu alcance...eu precisava respeitar a decisão dela.

Tentando escapar da sensação de derrota, eu revivi meu hábito de sair sem compromisso em julho. Estava me adaptando bem até, começando a aceitar nosso término. Minha relação com o Naruto estava neutra, nem boa e nem ruim, o tempo tornou a convivência suportável.

A amizade, entretanto, não existia mais ali. Sentia falta dele também, mas sou orgulhoso demais para admitir. Ele me perdoaria, só não tomaria a iniciativa e eu não estava afim de pendurar a bandeira branca tão cedo.

Hoje é sexta, fazem quase 4 meses que nos conhecemos e falta um dia pro meu aniversário de 20 anos. Nunca estive tão desanimado para um 7 de julho como nesse. Estava terminando de guardar os livros na biblioteca, era de rotina já que Naruto preferia usar a nossa mesa à tarde.

Marquei com uma caloura às 19h e não especifiquei o local, porém, vendo que o quarto estava liberado ao voltar, convidei ela para vir aqui. Estava sendo direto recentemente, sem paciência para fingir interesse amoroso.

Harumi

"Onde o Naruto se meteu e por que ele nunca atende esse celular?"

"Céus, já fazem 30 min...eu acho que vou lá."

A cada passo que eu dava, meu batimento parecia acelerar com a possibilidade de ter que vê-lo. Gostaria de dizer que o afeto desapareceu com o afastamento e que ele não dominava meus pensamentos. Gostaria, porém sou terrível com mentiras e a cada mês que vira fica mais difícil preservar minha dignidade ao manter a distância.

É inegável que as palavras dele me desestabilizaram, eu apostei alto para descobrir que mergulhei de cabeça em águas rasas no fim.

Fiz as pazes com o Naruto, ele se esforçou muito no pedido de desculpas. Fora que, era óbvio estava direcionando a raiva que eu sentia de mim para ele, eu estava arrasada por ter me entregado à pessoa errada. Bastou olhar racionalmente para compreender que suas intenções eram boas, apesar da abordagem ter sido severa.

Estava em posição para bater na porta, tentando controlar meus punhos trêmulos. Ouvi murmúrios e bati, o que fez o barulho cessar. Escutei alguém destrancar e instintivamente, pus uma das mãos no bolso do meu jeans. Como eu temia, o moreno estava parado na minha frente...não, era pior, ele estava sem camisa.

Seus escuros olhos, antes inertes se converteram penetrantes e vivos sobre os meus, a sensação eletrizante que procurei evitar me consumiu imediatamente.

Era como se toda a mágoa causada nunca sequer existisse, era disso que eu fugi esses meses. A última vez em que ficamos tão próximos foi em maio, naquele final de semana com a sua família.

- Haru?- arrumou o cabelo castanho-escuro e o gesto familiar me fez ruborizar- Digo, Harumi.- baixou o olhar, pigarreando após a correção.

- O Naruto está aqui?- espiei por cima de seu ombro e eu estremeci com a visão.

Ele estava acompanhado: uma garota de longos fios pretos sentada na cama dele, a cor da pele parecida com a minha e alguns traços semelhantes também. Parecia extremamente constrangida pela minha aparição.

- Ah, ele?- perguntou com um tom hostil e eu contive a sequência de palavrões que rondavam minha mente- Não, e não tenho ideia de onde esteja.

- Ok, obrigada.-  sorrindo sem mostrar os dentes, dei as costas, fazendo questão de demonstrar indiferença ao acontecimento.

"Que porra foi essa?!"

Kiba

- Emi, você já pode ir.- levei a mão à testa, sem clima para qualquer coisa.

- Ué Kiba, você estava tão animado...- acariciou minha perna querendo subir o toque, peguei seu braço sem machucar para impedir.

- Chega, não estou afim.- respondi, soltando seu braço e vestindo minha camisa.

- Não mesmo?- ergui uma sobrancelha intimidadora em sua direção.

- Ok, vou esperar sua ligação.- assenti, ela saiu e eu revirei os olhos, eu não iria ligar para ninguém.

"Sério, a Harumi tinha que aparecer agora?!"

Naruto

- Como assim? Ela não estava no lugar em que combinamos- peguei meu celular, vendo que estava sem carga.

- É Naruto, ela saiu faz quase uma hora.- a Yamanaka replicou casualmente.

- Putz, eu acho que descarregou e não mandou minha mensagem! Eu avisei que ia me atrasar e ia encontrar ela na frente da torre de jornalismo quando terminasse a revisão com o Gaara.

- Ela não mencionou isso mesmo não. Corre e reza para que ela não tenha ido ao seu quarto.

- Tudo bem, obrigado Sarah.- acenei e disparei no corredor, trombando sem querer em uma garota pela pressa.

- Desculpa.- ela se virou e finalmente reconheci, estava bonita como sempre- Hinata! Quanto tempo, como você está?

- Bem, mas já vou indo.- se esquivou e em sua feição, notei que mentia.

- Ei, espera.- pedi, encostando em seu ombro para que ela parasse.

- Sim?- sorriu forçadamente, algo certamente a incomodava.

- Aconteceu algo, Hina?- contorceu os finos lábios enquanto parecia formular sua resposta.

- Estou ocupada hoje, só isso Naruto.- uma estranha satisfação me invadiu ao ouvir ela proferir meu nome de maneira carinhosa.

"Eu senti falta disso?"

- Tudo bem, qualquer coisa eu estou aqui para você.- relembrei, deixando que ela seguisse seu caminho.

Prossegui com meu objetivo: achar a Harumi. Vagando pelo campus, avistei sua silhueta, estava sentada sob a sombra de uma árvore. Percebendo a movimentação, ela disfarçou o fato de estar chorando, travando em uma tensa postura.

- Estava se escondendo?- indaguei sarcástico e ela negou com a cabeça.

- Eu não ia te dar bolo, tá?- me acomodei ao seu lado, sorrindo com a suposição equivocada.

"Foi ele, tenho certeza."

- Você não tinha que ter ido atrás de mim lá.- afaguei seu rosto molhado pelas lágrimas.

"Posso até imaginar o que aconteceu, aquele cafajeste barato."

- Acho que perdemos a sessão de cinema.- checou o relógio prateado que usava- É, perdemos sim.

- Pra que assistir zumbis devorando humanos se posso admirar você.

- Mesmo nesse estado?- inclinou a cabeça para a direita, fazendo pose.

- Sempre, Haru.- constatei batendo na ponta do nariz dela, que abriu um sorriso avassalador.

- Vamos comer um fast food?- arqueou uma sobrancelha, uma covinha sutil aparecendo na bochecha.

- Fala sério, Ichiraku é bem melhor e mais saudável!- reclamei, sabendo que no fim iríamos para onde ela quisesse.

- Porção grande de batata frita hein, milk shake, hambúrguer, coca geladinha - deu uma piscadela- E eu pago!- acrescentou, me convencendo ligeira com sua súbita animação.

- Ok, não precisa dizer mais nada.- estava até salivando com sua descrição.

As estrelas iluminavam o céu juntamente com a lua em sua fase minguante, escolhemos a mesa que dava visão a paisagem noturna. Nós comemos exageradamente e demos altas gargalhadas lembrando da semana passada, em que saímos para dançar no fliperama.

- Sua coordenação é impressionante, Harumi.- eu disse com escárnio e ela arregalou os olhos enquanto tomava seu sundae de chocolate.

-  Ei, você tinha que ter me ensinado ao invés de me esnobar, Uzumaki.- cruzou os braços, exibindo uma pequena mancha de sorvete no queixo.

- Espera aí- agarrei um guardanapo e me inclinei sobre a mesa, ela me fitou confusa- Tá sujo aqui.- limpei e ela corou levemente.

"Deve ser a primeira vez que ela fica envergonhada assim comigo...é impagável."

- Obrigada.- sorri ao reclinar, lutando contra o comando inerente em meu cérebro, que implorava para que eu a beijasse.

Como prometido, Matsuno pagou a conta e combinamos que eu pagaria a do Ichiraku sexta que vem. O passeio foi divertido mas, a sua felicidade parecia ser drenada à medida que nos aproximávamos do território da faculdade. Seu olhar entregava que apesar do sorriso exposto, a melancolia prevalecia no seu interior. 

Harumi

Me despedi do Naruto e caminhei para o meu quarto planejando qual seriado eu iria maratonar hoje, abominando as imagens dele que o meu subconsciente me bombardeava. Flashes daquela garota na sua cama, era bizarro o quanto ela parecia comigo.

Girei a chave e Sarah estava se trocando, fechei a porta de imediato.

- Desculpa!- tranquei o cômodo e reparei que várias roupas estavam espalhadas pela sua cama- Reconheço esse cenário, você vai sair, Yamanaka?

- Nós vamos, Matsuno.- corrigiu-me com um sorriso malicioso.

- Oi? Eu vou comprar um pote de sorvete e assistir algo bem distante dessa realidade!- Sarah revirou os olhos.

- Tenha pena de si mesma, é sexta à noite, você está solteira e nós vamos sair sim.- usando sua voz imperativa, me jogou um vestido preto com gola alta que se amarrava na nuca, dando uma abertura ousada nas costelas por não ter mangas. O tecido era fino, conferindo um traço revelador, que era equilibrado pela cor escura e não o tornava vulgar.

- Parece que não tenho opção.- vislumbrei a peça sob minha posse, era um espetáculo- Aonde vamos?

- Akatsuki.- virou-se, pedindo para que eu fechasse o zíper localizado nas costas.

- Itachi vai?- subi o seu zíper como pediu.

- Ele vai, só está buscando um amigo.- minha intuição me alertava que ela estava armando alguma.

- Posso saber quem?- ela negou e me empurrou para o banheiro.

- Já fez perguntas demais, preciso que você vá se arrumar, Harumi.

- Tá bom, eu vou voltar nelas depois.- informei, indo tomar minha ducha.

Em cerca de 1h, finalizamos a maquiagem e fomos para o campus, onde Itachi nos esperava com o tal amigo.

- Não vai mesmo me falar quem é?- fiz bico, o som dos saltos em contato com a grama ecoavam ritmicamente em meus ouvidos.

- Não, já estamos bem perto.- apontou para o veículo estacionado à nossa direita.

Desisti, me preparando para não deixar que o meu espanto tomasse conta caso eu conhecesse a pessoa. Eu tinha um bom palpite e minha ansiedade estava atacada pela ideia.

O Uchiha desceu o vidro, assobiando para a namorada, ele com certeza era o fã número 1 dela. Sarah ficou no banco da frente e a porta do banco traseiro se abriu para mim, revelando uma figura conhecida.

"Sabia."

Me recebendo com um sorriso presunçoso, estava radiante ao ceder espaço e pular um assento quando tentei corresponder ao seu entusiasmo devolvendo o sorriso.

- Quanto tempo, Harumi.

- Pois é, Shisui.- afivelei o cinto, cruzando as pernas e torturando a Sarah na minha imaginação.

"Nada contra o Shisui...o problema é que tudo que vejo ao olhar para ele...é o Inuzuka."

---

Nota da Autora:

Boa noite amadinhos, não esqueçam de comentar ou dos favs por favor (estou me sentindo meio solitária por aqui kkkk)

Espero que estejam todos bem e que tenham gostado do capítulo! estava com saudade de publicar por aqui.

Fiquem atentos para a continuação, será que teremos a Harumi seguindo o baile? desejo um ótimo final de semana para todos.

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