Despedida
As carroças com os soldados começam a sair de Aljubarrota, todos os buracos tinham sido tapados e todo o equipamento desmontado. A família de Kratos junta-se perto de uma das carroças, que ainda está quase vazia.
Kratos: Bom, acho que está a chegar a hora de todos nos irmos embora, as famosas últimas palavras. Quem quer começar?
Atena: Eu posso. Foi ótimo voltar a ver-vos, como irmãos mais velhos, o Ares e o Kratos, foi bom relembrar os velhos tempos em que lutávamos do lado certo, apoiando-nos uns aos outros, como a família que somos. Foi um pouco mau ver que o Raius continua enfeitiçado pelas palavras do pai, é o único que acredita nele, ainda.
Ares: Até ao dia em que engolir os dentes.
Ares ri-se um pouco, mas para quando Atena o olha cinicamente.
Atena: Menos. Seja como for, adorei ver como a Eklypsa cresceu e ver a adolescente que ela se está a tornar.
Kratos: É uma boa miúda, vai aguentar-se.
Ares: É a minha vez, acho eu. Foi bom saber que o Aurogos está a ser bem tratado aqui pelo outro membro da família que nasceu em Esparta, quanto a vocês, o Hermes não me enervou muito, desta vez, e a Atena continuou a ser a voz da razão, como sempre.
Kratos: O Aurogos vai ser um bom soldado e uma grande pessoa, podes ter a certeza, ele é muito altruista. Bom, foi bom ver-vos a todos, só isso que tenho para dizer.
Hermes suspira e olha para a filha, que come um pequeno pão.
Hermes: Margot, preciso de falar contigo.
Os olhos da menina focam no pai, atentamente, enquanto ela morde, novamente, o seu alimento.
Hermes: Filha, eu vou ter de te deixar com o tio Kratos por um tempo, podem ser dez anos, podem ser cinquenta, podem ser séculos, o importante é que vais estar segura.
Margot: Mas... isso é muito tempo, papá.
Hermes: Eu sei, linda, só que... há mauzões que nos querem mal, a mim, à tua mãe e a ti. Bom, a todos os membros da família, na realidade, mas aqui, com o tio, vais ficar em segurança e vais poder crescer sem qualquer perigo. É isso que me impede de te manter conosco.
Margot: Mas, eu quero ficar contigo e com a mamã!
Hermes: Nós também queremos ficar contigo, mas, não podemos, é muito complicado. Eu juro por tudo que vou voltar para te visitar sempre que puder. Desculpa, o pai ama-te, Margot.
Hermes segura em Margot, levantando-a com os olhos em lágrimas, enquanto a filha chora e grita, desalmadamente, e Kratos a segura, levando-a para a carroça.
Margot: PAI! NÃO! NÃO QUERO IR!
Athreus segura a pequena prima, enquanto Kratos sobe para o seu lugar de condutor e os seus sobrinhos sobem para a parte de trás, e se começam a afastar.
Hermes: DESCULPA! O PAI ADORA-TE!
FIM!
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