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◇23◇ O Julgamento




Após Davian entrar no meu quarto assim que as meninas saíram, me coloco sentada, querendo realmente estar descansando.

— O que quer conversar? — pergunto, passando os dedos pelos meus fios roxos.

Davian senta na beirada da cama de Makayla, me fitando sério. O que será que aconteceu?

— Quando fui junto ao Elliot avisar à diretora que tínhamos a encontrado, ela pediu que ele saísse da sala, pois queria falar comigo a sós. De início, apenas achei estranho, até ela pedir que eu te avisasse que a reunião com o corpo docente sobre você ser uma conjuradora de sonhos está marcada para segunda, daqui a três dias.

— Assim tão rápido? — questiono, surpresa.

— Sim. Me desculpe, eu tentei convencê-la a adiar. Afinal, você ainda está machucada, mas ela não me deu ouvidos — diz ele, parecendo realmente frustrado.

— Céus, eu não posso ter um mínimo de paz? Por que essa reunião é tão importante assim? — questiono, jogando-me de volta no travesseiro e passando a mão no rosto em um gesto impaciente.

Minha vida era mais fácil dentro daquele maldito porão.

— Você sabe que não é comum ser uma conjuradora de sonhos — Davian constata o que eu já sabia.

— Como vai ser essa reunião? Preciso estar sozinha? — Não quero ficar sozinha sendo julgada por adultos que mal conheço.

Eu odeio me sentir sozinha.

— Não sei exatamente. Talvez te façam algumas perguntas. A diretora Lenore me pediu que eu fosse também, com certeza para questionar sobre o que fizemos juntos ao professor Adelio. Então, você não estará sozinha; eu estarei lá — assegura ele.

Apenas assinto, sentindo-me um tanto aliviada.

— Vou deixá-la descansar. Nos falamos amanhã — diz, curvando-se um pouco e segurando minha mão, que está inerte ao lado do meu corpo.

— Até amanhã, então — respondo, apertando levemente seus dedos contra os meus.

Davian sorri minimamente, seus olhos parecendo brilhar em lágrimas. Eu não consigo entender por que o meu desaparecimento o abalou tanto.

— Estou tão aliviado de ter te encontrado. O que seria de mim sem a minha dupla? — Sorrio para ele, que retribui automaticamente.

Por que Davian me afeta tanto? Ainda me lembro da primeira vez que o vi, e seu olhar parecia tão intenso e enigmático que me assustou.

— Me disseram que você foi um dos que menos descansou durante esse tempo — digo. Ele faz um gesto de negativa com a cabeça, parecendo tímido com a minha descoberta.

— Eu não poderia fazer tal coisa enquanto não te encontrasse — diz, surpreendendo-me ao depositar um beijo em minha têmpora.

Um gesto tão carinhoso vindo dele faz minhas bochechas esquentarem. Com toda certeza estou vermelha agora.

— Então durma bem hoje, por favor — peço, levantando meu olhar para o dele.

— Eu vou... — Davian se aproxima ainda mais de mim, e sinto sua respiração quente contra meu rosto.

Meus olhos se fecham automaticamente com sua aproximação, mas não ficam assim por muito tempo, pois batidas na porta nos assustam, fazendo com que nos afastemos.

Davian vai abrir a porta e dá de cara com um Lyall irritado. Eles se encaram por um tempo, até o de cabelos cinza fechar a porta atrás de si e não deixar que o outro entre, com a desculpa de que devem me deixar descansar. Lyall até tenta retrucar, pelo que escuto, mas não entra no quarto.

◇◇◇

Os dias após minha volta ao Sunmoon foram à base de descanso e discussões dentro do quarto que divido com Makayla. Davian e Lyall ainda não se decidiram se querem me proteger ou se matar.

Agora estou aqui, sendo apoiada por Davian enquanto caminhamos até a sala escolhida para a reunião. Meus pés estão bem melhores, mas ainda não completamente curados, o que dificulta meu caminhar.

Assim que chegamos ao local, todos os professores já estão em seus devidos lugares, sobrando apenas duas cadeiras na cabeceira da grande mesa formada por um conjunto de carteiras.

Davian puxa a cadeira mais ao centro para que eu me sente, ocupando o assento ao lado logo depois.

Do lado oposto de onde estou, os olhos azuis da diretora Lenore estão praticamente colados em mim. Não sei por quê, mas seu olhar me assusta.

Sem muita demora, eles pedem que eu conte como aconteceu minha descoberta. Então relato como minha ira contra Máximos, após ele me ofender, o fez desmaiar involuntariamente. Em seguida, falei com Davian, que foi comigo até o professor Adelio. Este último assente com um gesto de cabeça, confirmando que estou contando a verdade. Digo também como foi o teste com Davian, mas omito os detalhes de seus pesadelos.

Os professores perguntam ainda se, depois do teste, usei meus poderes novamente. Um olhar de Davian me encoraja a contar sobre o incidente com os monstros semelhantes a dragões durante a prova da floresta.

—... mas, por terem sido criados para a prova, não houve sonhos ou pesadelos que eu conseguisse ver — concluo.

Logo após meu relato, uma comoção começa entre os professores, mas é interrompida por choros e vozes que se ouvem do lado de fora.

A porta se abre, e os mesmos soldados que me trouxeram ao Sunmoon entram, seguidos por outros dois que arrastam um homem para dentro do cômodo.

Meus olhos se arregalam ao reconhecê-lo como o comandante que me encontrou. Mesmo mais magro e machucado, eu jamais o esqueceria.

— Esse homem foi condenado como traidor do reino — anuncia Lenore com frieza. — Queremos que você o mate com seus poderes.

— O quê? Não! — exclamo, levantando-me de um salto, sentindo todo o meu corpo tremer. Qual o problema dessas pessoas?

— A Az não vai fazer isso. Estão malucos? Ela acabou de passar por uma situação estressante... — Davian praticamente toma a minha frente, também já de pé.

— Senhor Mallory, todos aqui já mataram ou vão matar alguém algum dia. Servimos ao reino de Meraki e devemos nossa lealdade a ele. A senhorita Avaluna deve matar este homem com seus poderes para comprovar a veracidade deles — retruca Lenore, batendo a mão na mesa.

O burburinho entre os professores se torna mais alto. Alguns parecem concordar; outros, não.

— Ela não vai fazer isso! Posso até admitir que ela faça o mesmo que fez comigo, mas matá-lo? Não! Não farei isso com ela. — O tom de Davian é grave e imponente, surpreendendo-me.

Por que parece que todos respeitam o que um garoto de quinze anos está falando? Eu não entendo nada do que está acontecendo. Apenas quero sair dessa sala, tirar meus olhos do ex-comandante que, desde que entrou, fita apenas o chão, parecendo sequer saber onde está.

— Senhor Mallory... — A diretora tenta responder, mas um gesto de mão de Davian faz com que ela e os demais se calem.

— Não! Já está decidido — diz ele, sem que ninguém o questione. — Venha, Az. Vamos sair daqui.

Davian segura minha mão e começa a me guiar para fora da sala.

— O treinamento dela será intensificado. Precisamos de alguém como ela no nosso exército, mas temos poucos anos para aperfeiçoá-la — ouço o professor Kallias afirmar.

Paro no meio do caminho e me viro para encará-los.

— Não falem de mim como se eu fosse uma máquina. Vou dar tudo de mim nos treinamentos, mas ainda tenho sentimentos. Não vou matar esse homem por estar assustada ou para evitar mais um trauma aos quinze anos. Não vou fazer isso porque ele foi o único que se importou comigo quando ninguém mais se importou. Ele me libertou daquele porão sem pensar nas consequências. Não me importa o que ele fez, pois não sou o reino de Meraki. Meu nome é Azul Avaluna, e não devo nada a ninguém! — disparo, sem respirar, minha voz firme apesar do tremor interno.

Sinto a mão de Davian apertar levemente a minha, mas não consigo encará-lo, mantendo meu olhar cravado no comandante.

— Não diga bobagens, criança. Estão dispensados por hoje. Seu novo quadro de treinamento será entregue ainda esta semana — avisa a diretora Lenore, encerrando a discussão.

Não digo mais nada, nem mesmo assinto. Apenas deixo que Davian me leve para longe daquele lugar carregado de energias ruins.


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