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◇21◇ A Canção das Sereias

O dia já amanheceu há algumas horas, e estamos andando desde então. Aparentemente, estamos procurando outra missão que pode nos matar para acabar com isso logo, como se não tivéssemos mais dois dias além deste.

Eu já estou praticamente no automático. Rune e Sorah estão falando pelos cotovelos há horas. Lyall, aparentemente, acordou com o pé esquerdo, pois, desde que estávamos juntando nossas coisas e desmontando as barracas, vem sendo grosseiro com quem direciona palavras a ele. Vai na frente, praticamente se comportando como um guia, e apenas com olhares decidimos, em consenso, não questioná-lo sobre para onde pensa que está indo.

— Será que um dia vamos parar de andar? — Rune reclama.

— Fala baixo, ou o capitãozinho vai te bater. — Sorah diz em sussurros mais altos do que já escutei, com risinhos.

Reviro os olhos, já farta desses dois. Sem pensar muito, e já me preparando para Lyall ser rude comigo, vou até ele, mas, quando acelero os passos para alcançar o moreno, sinto meu pulso ser segurado por ninguém menos que Davian.

— O que foi? — Questiono o rapaz de cabelos cinza.

— Para onde vai, Az? — Ele pergunta entre dentes.

Davian precisa urgentemente decidir qual é a personalidade dele.

— Vou falar com Lyall, para avisar que vamos parar. — Digo, franzindo o cenho.

— E o quê? Receber uma patada dele?

— Não vou morrer porque alguém foi grosseiro comigo, Davian. — Retruco.

Acho que já teria morrido de tanto conviver com você, penso, mas não digo.

— Você deve estar muito apaixonadinha por ele mesmo, não é? — Ele questiona, com escárnio na voz.

Como resposta, apenas dou de ombros e finalmente vou até Lyall. No caminho, passo por Miles, que levanta uma sobrancelha questionadora para mim. Eu apenas lanço a ele um sorriso sem mostrar os dentes.

Finalmente alcanço Lyall, segurando levemente seu pulso para que ele olhe para mim. Consigo até mesmo que desacelere os passos.

— Está tudo bem? — Questiono.

— Só não tive uma boa noite de sono. — Ele responde, claramente mentindo.

— Então precisamos descansar. Você, mais ainda. Vamos parar, hum? Acho que já andamos o suficiente. Vamos ficar sem água se continuarmos bebendo por conta do cansaço. — Digo, com seus olhos atentos em mim. Ele coça a nuca, parecendo constrangido.

— Você tem razão. Minha cabeça estava tão quente que nem pensei em parar. — Ele suspira.

— Entendo... — Viro-me para os outros, avisando que vamos parar na próxima clareira.

Suspiros de alívio são ouvidos, e um bufar vindo de Davian também. Ele não parece nada contente com minha atitude. Que fique andando sozinho por aí, então meus pés já estão pedindo socorro.

Montamos novamente o acampamento. Dessa vez, foi mais rápido que da primeira, talvez porque queríamos descansar.

Comemos pouco do que ainda temos da comida que trouxemos. Se não nos organizarmos direito, não teremos comida para o último dia.

Estou tão exausta que mal sinto meu saco de dormir assim que me deito.

♤♤♤♤

Sou acordada por uma música melódica e etérea, bem ao longe, como uma ópera que nunca havia escutado. Quando me viro para falar com Davian, percebo que ele não está mais ao meu lado ou sequer dentro da barraca.

Ainda descalça, saio rapidamente de dentro da barraca. Meus olhos correm desesperados por toda parte, encontrando, além das barracas abertas, Sorah olhando petrificada para algo.

Aproximo-me dela, olhando na mesma direção que está fitando, e me deparo com algo que gela o sangue em minhas veias.

Os quatro meninos do nosso grupo estão levitando em direção a fantasmas que me lembram sereias dos contos de fadas. São seres fantasmagóricos, metade mulher, metade peixe. Elas cantam como nas lendas.

Davian, Lyall, Miles e até mesmo Rune parecem estar enfeitiçados pela canção que emendam. A única coisa que passa pela minha cabeça é que temos que fazer algo, mas, ao olhar para Sorah, percebo que será mais difícil do que imagino.

— Sorah! — Chamo, tentando não atrair a atenção das sereias fantasmas para nós duas. Ela, porém, nem parece me escutar, ainda com os olhos vidrados nos seres à frente. — Temos que fazer algo! — Digo, balançando-a pelos ombros.

Com meu gesto brusco, ela finalmente volta a si, fitando-me com os olhos arregalados.

— Elas vão matá-los. — Diz, praticamente gritando.

É quando a canção que as sereias fantasmas cantam se torna gritos ensurdecedores. Tudo que eu não queria acontece: chamamos a atenção delas, que se irritam ao nos ver.

Os meninos caem como frutas podres no chão. Parecem desorientados com o que está acontecendo, mas o olhar que as sereias lançam para mim e Sorah é de quem literalmente vai nos matar.

— Corre! — Digo para a garota de cabelo branco, e assim nós duas fazemos.

O som da voz de Davian parecia tão distante e surreal que eu quase desisti de chamá-lo de volta. Meus pés ardiam, meu coração disparava, e cada sombra entre as árvores parecia se mover. Era como se a floresta tivesse ganhado vida própria, conspirando para me manter ali para sempre.

— Davian? Sou eu! Estou aqui! — gritei com o que restava da minha voz.

Não houve resposta imediata, apenas o som das folhas farfalhando e um vento frio que soprou de repente, gelando minha pele. Meus olhos tentavam atravessar a escuridão, mas nada parecia familiar. E então, ouvi novamente:

— Az! Fique onde está!

A voz estava mais clara, mais firme desta vez, e parecia vir de algum lugar à minha esquerda. Respirei fundo, ignorando a dor que latejava em meus pés, e segui a direção da voz.

Após alguns passos, tropecei em algo e caí de joelhos. Quando levantei a cabeça, percebi o que era: uma das sereias-fantasmas que eu havia derrubado. Ela ainda estava imóvel, mas parecia emitir uma leve luz azulada, como um aviso de que não estava completamente “desligada”.

— Az! — Davian surgiu de repente entre as árvores, sua respiração ofegante. Ele parou ao me ver no chão. — Você está bem?

— Eu... eu acho que sim — murmurei, tentando me levantar, mas minhas pernas tremiam. Ele veio até mim e me puxou para cima com um movimento rápido.

— Não acredito que você saiu correndo sozinha! — ele começou a reclamar, mas havia preocupação em sua voz. — O que aconteceu com você? Onde está Sorah?

— Eu não sei — confessei, sentindo as lágrimas voltarem. — As sereias nos perseguiram, tivemos que nos separar. Consegui derrubar duas, mas... — olhei para ele, desesperada. — E se algo aconteceu com ela?

Davian passou a mão pelos cabelos cinza, visivelmente frustrado. Ele não disse nada por um momento, apenas olhou ao redor, como se avaliasse a situação.

— Precisamos encontrar os outros. Se Sorah foi pega, não podemos deixá-la.

Concordei com um aceno de cabeça, mesmo que o pavor estivesse consumindo cada parte de mim.

Ele segurou minha mão, e seguimos juntos pela floresta, desta vez com mais cuidado.

— Você fez isso? — ele perguntou, apontando para a sereia caída.

— Sim — respondi com hesitação. — Mas não sei se posso fazer de novo... Não foi fácil.

— Não importa. Você fez o suficiente para nos dar uma chance — ele disse, surpreendentemente sério. — Só não faça mais nada estúpido como se jogar no meio da floresta sozinha.

Revirei os olhos, mas não respondi.

Enquanto caminhávamos, o silêncio era quase ensurdecedor. Cada estalo de galho ou movimento de folhas nos deixava tensos. Finalmente, encontramos um sinal de vida: Sorah estava de joelhos perto de um rio raso, com os olhos fixos na água.

— Sorah! — chamei, soltando a mão de Davian e correndo até ela.

Ela se virou devagar, seu rosto pálido e os olhos marejados.

— Elas... elas sumiram — disse em um sussurro. — Mas eu... eu não consegui fazer nada.

Ajoelhei-me ao lado dela, segurando suas mãos.

— Você fez o que pôde. O importante é que está viva — disse com firmeza, tentando parecer mais confiante do que me sentia.

Davian olhou ao redor, sua expressão tensa.

— Precisamos voltar para o acampamento antes que mais alguma coisa nos ataque.

Sorah concordou em silêncio, e começamos a caminhar de volta. O caminho parecia interminável, e meu corpo estava cada vez mais exausto. Quando finalmente vimos as barracas ao longe, soltei um suspiro de alívio.

Lyall e Miles estavam esperando, ambos parecendo tão abatidos quanto nós.

— Onde vocês estavam? — Lyall perguntou, a voz carregada de irritação. — Acham que foi fácil proteger isso aqui enquanto vocês brincavam na floresta?

— Lyall — Davian começou, mas eu o interrompi.

— Sereias-fantasmas. Cinco delas. Nos atacaram. Sorah e eu conseguimos sobreviver, mas foi por pouco.

Lyall ficou em silêncio, seu olhar passando de mim para Sorah.

— Elas estão mortas? — Miles perguntou, sua voz baixa.

— Algumas — respondi. — Mas não acho que fomos capazes de acabar com todas.

Um silêncio pesado se instalou, até que Lyall suspirou e passou a mão pelo rosto.

— Certo. Vamos montar turnos de vigia. Não podemos arriscar mais nada essa noite.

Concordamos rapidamente e começamos a nos organizar. Mas enquanto nos acomodávamos, não pude deixar de sentir que aquilo era apenas o começo. Algo sobre aquelas sereias e o que aconteceu na floresta não parecia natural.

E eu tinha certeza de que, no fundo, o pior ainda estava por vir.

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