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◇2◇ Conversas Noturnas e Novas Amizades



Volto a caminhar pelos corredores, dessa vez com a secretária Summer como companhia e guia. Andamos mais a fundo pela escola, passando por salões e várias portas trancadas.

— Você dividirá o quarto com a senhorita Emeray; a companheira de quarto dela desapareceu no ano passado. — Céus! Quantas vezes vou arregalar os olhos neste dia?

— Desapareceu? — Minha voz sai tão aguda que quase estoura nossos tímpanos.

— Quando vivemos em um mundo cheio de desavenças e guerras, e estamos em uma escola cheia de crianças com poderes, nos tornamos alvos — ela diz, me fitando séria.

Não acho que ela queira me assustar, mas sim me deixar alerta. E talvez isso seja bom; depois de viver tantos anos reclusa, apenas conhecendo o mundo pelos livros, preciso, o mais rápido possível, de um choque de realidade.

Quando estávamos quase chegando ao dormitório feminino, segundo a secretária Summer, do nada um garoto aparece vindo de um corredor oposto ao que estamos.

O garoto de cabelo preto, um tanto despenteado, com olhos que lembram moedas de ouro, esbarra em mim, e só não vou ao chão porque ele é rápido em me segurar.

— Oh! Me desculpe, não queria esbarrar em você. Se machucou, senhorita? — Ele pergunta meu nome, mas sou puxada para longe dele pela mulher que nos observava.

— Senhor Kierna, o que faz fora da cama a esta hora? — A secretária pergunta, impedindo-me de me apresentar a ele.

— Eu estava na biblioteca quando o toque de recolher soou; a senhorita secretária Summer deve saber que a mesma não é tão próxima dos dormitórios — ele explica, com um sorriso travesso no rosto.

Não sei por que, mas acredito que ele não disse a verdade, pelo menos por completo.

— Certo, certo. Agora vá, se não quer receber uma advertência. — A senhorita Summer praticamente o empurra para longe.

O garoto, antes de sumir no corredor oposto ao que estamos indo, me dá uma piscadela, e sinto minhas bochechas esquentarem com o ato.

Finalmente chegamos à ala do dormitório feminino e, após caminharmos um pouco, paramos em frente a mais uma porta preta, esta com uma numeração dourada.

A senhorita Summer bate algumas vezes, e uma garota de cabelos trançados, pele preta e olhos castanhos-mel abre a porta.

Ela é linda.

— Senhorita Emeray, esta é...? — A secretária olha para mim, então percebo que ao menos havia me apresentado a ela.

Tenho que lembrar de dizer quem eu sou ao falar com as pessoas da próxima vez.

— Me chamo Azul Evaluna. — Me apresento, lançando um sorriso mínimo para a garota à minha frente.

— Ela será sua nova colega de quarto — a secretária Summer avisa.

A garota à nossa frente, a qual sei apenas o sobrenome até agora, bufa, parecendo um tanto irritada. Percebo que não é por minha causa e confirmo quando ela começa a falar.

— Então realmente desistiram da Amerin? — O pesar em sua voz, junto com a irritação que já era nítida, me deixa desconfortável.

Não quero ser um incômodo ou roubar o lugar da colega de quarto dela.

— Não! Quando a encontrarmos, não faltarão quartos neste prédio — diz a senhorita Summer, exasperada.

Após a garota dar de ombros, a senhorita Summer faz um gesto de cabeça indicando para que eu entre no quarto atrás da garota. Após lançar um sorriso sem dentes de agradecimento à mulher, adentro o cômodo onde irei dormir.

Mesmo o clima estando meio estranho, a senhorita Emeray não parece mais irritada. Talvez ela estivesse apenas frustrada por ter o lugar da sua colega de quarto desaparecida tomado por outra pessoa.

— Você estava em outra escola? — Ela pergunta, sem me fitar.

— Não, eu vim do orfanato em Lótus — respondo, animada por ela querer saber sobre mim.

— Não sabia que davam treinamentos lá — ela diz, desta vez me fitando.

Engulo em seco. Não sei se quero ver o olhar de pena ou algo pior dela ao contar minha história, mas ela parece realmente interessada.

— Não dão. Pelo que eu entendi, fui basicamente resgatada. Eu vivia em um porão, há dez anos, após me manifestar como conjuradora — conto, depois de quase morder o canto da minha bochecha enquanto pensava.

— Uou, isso é maluquice. Então nunca teve um treinamento? — Ela não parece ter pena, apenas surpresa ao perguntar.

— Sei conjurar coisas básicas, e nunca tive um surto e conjurei coisas perigosas. Pode ficar tranquila — digo rapidamente e, surpreendentemente, sem gaguejar.

— Não deixariam você entrar neste colégio se fosse perigosa, então estou tranquila. — Eu assinto, sorrindo minimamente, sentindo-me mais tranquila por ela não achar que sou uma maluca. — Meu nome é Makayla Emeray. Vim de Oceano Dourado — ela finalmente se apresenta formalmente.

— Eu me chamo Azul Evaluna. É... é um prazer te conhecer — e então minha gagueira inconveniente aparece quando fico tímida.

— Eu ouvi seu nome. Venha, vou mostrar qual é sua cama e onde suas coisas vão ficar. Eles devem enviá-las em breve — diz, se aproximando e entrelaçando um dos braços no meu.

Após Makayla me mostrar o quarto e perceber que eu estava quase morrendo de fome, ela me oferece um lanche, basicamente um sanduíche natural com suco de laranja. Em todos os quartos, pelo que entendi, há uma mini despensa; não podemos estocar refeições básicas como café da manhã, almoço e jantar, mas podemos ter lanches e bebidas não alcoólicas.

— Como a Amerin desapareceu? — Tomo coragem de perguntar depois de um tempo.

— Estávamos em uma missão em grupos... — Ela vê minha cara confusa e começa a explicar. — As missões são trimestrais, na floresta, e são basicamente um treinamento para sobrevivência e adaptação, já que seremos soldados. Chamamos de prova, normalmente. Enfim, estávamos na floresta havia cerca de dois dias, era dia, o sol estava alto. A Amerin escutou um barulho e foi olhar o que era, erroneamente sozinha. Bastou um segundo para ela sumir das nossas vistas e não foi mais encontrada.

— Ela tinha o poder de invisibilidade? — Questiono, querendo entender melhor.

— Não, tinha superforça, o que nos intriga ainda mais. Ela tinha força para quebrar qualquer um ao meio que tentasse algo contra ela, mas não foi o que aconteceu. Passamos semanas em busca na floresta, mas até hoje não encontramos nenhum rastro.

— Sinto muito — digo.

— Eu também. Vamos dormir. Amanhã você terá um dia longo. As aulas começam na segunda, mas terá que enfrentar boa parte da escola logo no café da manhã — Makayla diz, me assustando.

— Enfrentar? — Pergunto, um tanto exasperada.

— Estou dizendo que vão te encher de perguntas por ser novata, pela cor do seu cabelo e por ser a segunda conjuradora do sexto ano, uma das cinco de toda a escola. Isso, se não tiver algum novato do primeiro ano; então será uma das seis ou sete, além de alguns professores. Eu também quero te perguntar essas coisas, mas sei que está cansada.

— Não quero responder essas perguntas. Não quero ninguém com pena de mim por ter crescido em um porão, ou com nojo de mim por isso, ou perguntando se meu cabelo é natural — digo, sem absorver a parte em que ela também quer saber essas coisas.

Não estou com raiva, pois sei que é normal, mas não quero ser alvo de questionamentos alheios.

— Então espantarei qualquer intruso que fizer isso — ela diz, fazendo uma careta séria, o que me faz rir levemente.

— Obrigada. Vou responder o que quiser saber, mas depois — digo, vendo-a abrir um sorriso largo.

Talvez eu queira ser amiga de Makayla. Espero que ela também queira ser minha.

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