Dwight MacDonald e Os Tipos de Cultura
Um homem que viu duas guerras mundiais, e, por vezes, assumiu posições políticas controversas. Um filósofo que expôs verdades e opiniões e criticou-as. Um extremista, um radical. Dwight MacDonald.
Quem foi Dwight MacDonald?
Dwight MacDonald foi um editor, jornalista e crítico de literatura, cinema e política. Escreveu para revistas como Fortune, Partisan Review (de posicionamento radical à esquerda), New International (pertencente ao Partido Trotskista), Politics (fundada por ele próprio), New Yorker e Esquire.
Leu Marx, Lenin e Trotsky e tornou-se anti-stalinista. Em 1939, entrou para o Partido Trotskista e saiu em 1941, com a rachadura do grupo, que deu origem a dois partidos diferentes.
Em 1943, declarou-se pacifista, ante as catástrofes da Segunda Guerra Mundial. Passou a considerar-se, no que tange à política, "essencialmente anarquista".
Dwight MacDonald ficou conhecido, em especial, pela sua teoria dos tipos de cultura, a qual a dividiu em três tipos, como conferiremos a seguir.
Três Níveis de Cultura:
Alta Cultura:
Enquadram-se na alta cultura as obras canonizadas como parte da "cultura erudita".
Exemplos: Beethoven, Proust, Picasso e afins.
Cultura Média:
São os produtos de entretenimento que pegam emprestado estilos da alta cultura, mas não podem ser classificados como erudito.
Exemplos: Obras se Ernest Hemingway, Mozarts executados em ritmo de discoteca, etc.
Cultura de Massa:
Tipo de cultura propagada ao público em geral, normalmente com intenções de manipulação, especialmente por meio da alienação e da reificação (ou coisificação: ato de tratar o homem como "coisa").
Para quem leu nosso artigo anterior, sobre Noam Chomsky, vale refletir, nesse ponto, sobre as manipulações por meio de distração e criação de públicos complacentes por meio da cultura de massa.
Exemplos: Cinema Hollywoodiano (referente a blockbusters), novelas, eventos esportivos, entre outros.
Para os fãs de distopias, aqui cabe a comparação a livros como 1984, com os Minutos de Ódio ou Fahrenheit 451, com os bestializantes programas televisivos e as "famílias". Em todos os casos, o objetivo é claro: Inibir, em determinadas camadas sociais, o pensamento crítico e a reflexão, os quais podem dar margem ao sofrimento humano, como na obra de Bradbury ou à oposição às ações governamentais, tal qual ocorre a Winston em 1984.
Fontes:
https://biography.yourdictionary.com/dwight-macdonald
http://unianhanguera.blogspot.com/2012/11/industria-cultural-cultura-industrial.html
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