Bertrand Russell: Matemática e Filosofia
Vivemos em uma sociedade cada vez mais especializada que faz com que, logo no início de nossa vida acadêmica, escolhamos uma área de maior afinidade. Não raro ocorrem discussões entre internautas dividos em grupos "de exatas" e "de humanas", enquanto os pacíficos amantes das biológicas estouram pipoca para assistir ao embate. Num cenário explosivo como esse, seria possível a existência de uma criatura quase mística que tanto amasse quanto revolucionasse ambos os campoa das ciências exatas e humanas? Um dia, num passado não tão distante, esse homem existiu.
Quem foi Bertrand Russell?
Bertrand Arthur William Russell nasceu em 1872, no Reino Unido, e faleceu em 1970, tendo casado-se 4 vezes.
Russell teve destaque tanto na área das exatas quanto das humanas, sendo matemático e filósofo e não deixando a desejar em nenhuma das duas posições.
Na primeira, descobriu o Paradoxo de Russel, o qual explicaremos detalhadamente mais adiante. Na segunda, recebeu o nobel de literatura pelos seus vários escritos.
Como se não bastasse, ele foi defensor dos direitos das mulheres e da liberdade sexual, além de pacifista, chegando a ser preso por tais "ideias radicais".
Integrou o Pughwash, movimento contra a propagação de armas nucleares, do qual participavam alguns nomes consagrados, como Einstein. Além disso, foi mediador da Crise dos Mísseis, tensão entre Estados Unidos e URSS em 1962, relacionada à instalação de mísseis soviéticos em Cuba.
Bom, se esses não são motivos suficientes para você reconhecer a genialidade do Bertrand, não sei o que pode ser! Confiramos, então, seus principais trabalhos em cada área!
O Paradoxo de Russel:
Betrand, enquanto matemático, ganhou distinção pela descoberta do Paradoxo de Russell, o qual pode ser resumido pela seguinte sentença:
Não se assuste, vamos explicar calmamente:
Pela sentença, temos que A pertence a M se, e apenas se, não pertencer a A. Ou seja, o conjunto M contém todos os conjuntos que não pertencem a si mesmos. Assim, se M não pertencer a si próprio, deveria estar incluso nele, mas se estiver incluso nele, não pode estar, porque será um conjunto que pertence a si mesmo.
Conseguiu pegar a ideia? Não? Tudo bem! Para esclarecê-la podemos usar o Paradoxo do Barbeiro, que não é nada mais, nada menos, que uma contextualização do Paradoxo de Russel:
O Paradoxo do Barbeiro:
Sabe-se que um barbeiro
a) Faz a barba de todos que não a fazem por si só;
b)Só faz a barba daqueles que não a fazem por si só.
Então, a questão é: O barbeiro faz a própria barba? Se não fizer, contraria-se a), e, se fizer, contraria-se b).
Filosofia Analítica:
Não contentando-se em ser um gênio da matemática, Russell mostrou seu talento, também, na filosofia, ao integrar a criação da filosofia analítica.
Ela consiste de uma corrente de pensamento que valoriza a clareza e faz uso da lógica para validar ou refutar hipóteses.
Segundo essa corrente de pensamento, os filósofos devem atacar e solucionar, de forma definitiva, um problema de cada vez, ao contrário do que faziam os seus antecessores, os quais tentavam desenvolver complicados sistemas que explicassem, simultaneamente, todo o universo. Assim, em vez de, com a refutação de um ponto, toda a teoria desmoronar, ocorre um avanço com a derrubada de uma hipótese.
Frases:
Favorita da autora:
Fontes:
https://educacao.uol.com.br/biografias/bertrand-russell.htm
http://editoraunesp.com.br/blog/a-filosofia-de-bertrand-russell
https://novaescola.org.br/conteudo/1415/bertrand-russell-um-logico-na-educacao
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