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Capítulo 2

Boa leitura ♥

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A felicidade que os garotos com cabelos em cores quentes sentiam quando estavam juntos, aumentava a cada dia, assim como o sentimento que crescia em seus corações. Eles mantinham-se cada vez mais próximos, mantendo a rotina que criaram desde que Yoongi chegou no colégio.

Os laços dos dois se estreitaram e as visitas em suas casas começaram a se tornar frequentes também. Os rapazes tinham uma vontade imensa de estar sempre juntos e Jimin queria aproveitar cada momento próximo ao ruivo para tentar entender tudo o que sentia por ele.

Com o Min não era diferente. Desde o dia em que sentiu seu coração palpitar pelo Park na sala de arquivos, Yoongi passou a reparar mais nele, em cada reação que lhe causava.

Em alguns momentos, Jimin se percebia encarando o amigo, analisando suas feições detalhadamente. Por vezes era necessário que ele freasse seu impulso de tocar o ruivo, contendo a curiosidade de saber qual a textura da pele do outro, se era tão quente quanto a palma de sua mão.

Sensações novas e intrigantes acometiam o Park sempre que estava com Yoongi ou com a simples menção de seu nome. Durante os meses que se passaram, Jimin se via cada vez mais envolvido pela aura calorosa do Min que, apesar de quieto e reservado, com o amigo era sempre alegre e falante, mostrando seu melhor lado para o avermelhado.

Jimin ainda tinha certas dúvidas sobre o que exatamente sentia pelo outro, entretanto se deixava levar pelos sentimentos que brotavam e a cada oportunidade de "testar" o que sentia ele aproveitava.

─ Yoongi? ─ ele chama o amigo de forma um pouco manhosa.

─ O que é, Jimin? ─ o outro responde com falsa impaciência, já sabendo que, por trás daquele tom quase fofo, sempre viria algum pedido.

─ Nossa, que grosso! ─ Com um bico, Jimin cruza os braços, fazendo charme para o amigo.

─ Eu não fui grosso! É que eu sei que você já vai me pedir alguma coisa...

─ Pois enganou-se, não vou! ─ Jimin mantém seus braços cruzados, enquanto inclina seu corpo para perto do amigo.

─ Então o que você quer?

─ Você fez o trabalho de literatura? ─ O Park indaga, com olhos agora neutros, sem resquícios da manha anterior.

─ Ainda não! Aquele professor parece que não cansa de passar trabalho ─ com as mãos nos bolsos, Yoongi faz sua melhor cara de desgosto. ─ Você, tenho certeza que não fez também. Do contrário não estaria me perguntando.

─ Mas é claro que não fiz! ─ os dois riem fraco ─ Acha que eu iria fazer sem você? Jamais!

─ Então, que tal a gente fazer hoje, na biblioteca? Eu, pelo menos, não tenho nada para fazer à tarde.

─ Ah, por mim tudo bem! Eu também tenho a tarde livre hoje. ─ O Park sorri para o amigo, feliz pelo combinado, arrancando um suspiro discreto do outro.

Mesmo que acostumados a estarem sempre juntos, cada momento reservado para os dois os deixavam com borboletas em seus estômagos. Yoongi não sabia dizer se o que abriu as portas para que elas voassem em liberdade foi a expectativa de passar mais uma tarde ao lado do amigo ou se foi o sorriso encantador e radiante que ele lhe lançou.

Mais encantado pelo outro, era como o Min se encontrava. Os dias ao lado de Jimin eram alegres e leves. Yoongi se permitia viver sem medo do que o futuro reservava quando estava ao lado de Jimin e isso, de certa forma, o assustava. Ele sabia o que era aquele sentimento, percebia que estava mergulhando cada vez mais fundo dentro dele e, em algum momento, ele poderia não conseguir mais contê-lo dentro de si, e o receio da rejeição permeava sua mente em alguns momentos.

Diferente do amigo, Jimin não sabia exatamente como se sentia em relação ao Min. Ele sabia que havia algo, mas não sabia encontrar as exatas palavras para definir todas as sensações que o outro lhe causava. Sentia que estar ao seu lado era o lugar ideal. Junto ao ruivo parecia que tudo estava muito certo, mesmo que quase o tempo todo o Park permanecesse com o coração palpitante e o corpo quente, ao mesmo tempo em que arrepios o percorriam.

Sensações incríveis e ao mesmo tempo desconhecidas sempre rondavam a amizade dos garotos e ambos sentiam o medo de ser o único a sentir todo aquele turbilhão e acabar por no final haver apenas dois corações magoados.

{...}

As aulas, após o intervalo, passaram de forma rápida, ainda mais para os dois amigos que o tempo todo permaneciam juntos, aproveitando a sensação de conforto que um ao outro proporcionava.

Já livres de toda aquela rotina dentro da sala de aula, os amigos caminharam juntos para a biblioteca, onde haviam combinado de ler o romance que o não tão amado professor de literatura os incumbiu.

O trajeto foi feito sob risos, leves empurrões e assuntos aleatórios e, adentrando o grande armazém de riqueza literária, os dois decidiram para onde iriam sussurrando a conversa a fim não atrapalhar os demais alunos que também escolheram a biblioteca como seu refúgio.

─ Você sabe onde eles estão, Jimin? ─ sussurrou Yoongi próximo ao ouvido do amigo que, distraído, olhava ao redor. A ação, aparentemente inocente, causou arrepios por todo corpo de Jimin, que se virou para o ruivo ficando, assim, muito próximo dele.

─ Claro que sei ─ respondeu Jimin, disfarçando o quanto o outro lhe afetou ─ Já se esqueceu que eu conheço essa escola como a palma da minha mão?

Da mesma forma que o sussurro do Min causou um pequeno rebuliço no Park, o efeito contrário também acontecia quando Jimin sorria para o amigo da maneira que fazia naquele momento. Era como se aquele sorriso fosse capaz de iluminar um mundo inteiro, mas era dado apenas para o mundo de Yoongi.

─ Eu gosto quando você sorri ─ sem perceber, o ruivo fala aquilo que pensava, pegando Jimin de surpresa.

─ Obrigado... ─ o coração do Park toma um ritmo frenético enquanto encontrava as orbes de Yoongi, tímido quanto à revelação feita pelo outro, mas curioso quanto aos seus motivos.

Naquele momento, caminhando por entre prateleiras cheias de livros, os dois garotos pela primeira vez, notavam que aquilo que sentiam não era algo individual.

Houve uma conexão, um sentimento compartilhado enquanto os olhares se sustentavam, lado a lado, numa ânsia em tocar o outro, mas ainda confusos e receosos se aquilo era real ou algo de suas mentes jovens e férteis.

─ Eu também gosto de como você sorri... ─ Jimin confessa, sem quebrar aquele contato visual intenso.

O garoto Min, da mesma forma que o outro, sentia-se acanhado pelo que ouviu do amigo e aquilo não o impediu de expor seu pensamento, porém o Park de repente começou a aproximar-se, lento e intimidante, fazendo o coração do Min saltar em seu peito e sua respiração tomar peso.

Yoongi não sabia o que viria, não sabia as intenções de Jimin, mas também não podia imaginar que o garoto estava apenas testando uma teoria.

Conforme ele avançava, o ruivo recuava passos diminutos então, quando se aproximou o suficiente, a ponto de Yoongi não ter mais para onde se afastar, ele ergueu seu braço e alcançou dois livros na prateleira acima de suas cabeças.

─ Encontrei nossos livros ─ disse Jimin, baixo e próximo o suficiente para que o Min sentisse sua respiração.

─ Vamos nos sentar, então?

Mesmo atordoado pelas ações do outro, Yoongi em nenhum momento deixou de encarar as orbes do Park. Ele sentia seu corpo vibrar próximo ao outro e podia jurar que o sentia vibrando na mesma frequência que o seu.

Com um riso soprado, Jimin concorda num aceno e se afasta, tendo a quase certeza de que sua teoria estava certa. Não era somente ele que sentia daquela forma, Yoongi também parecia afetado consigo, entretanto parecia saber o que era, parecia ter controle, algo que o Park sentia estar prestes a perder a qualquer momento.

Aquela tensão que havia se instalado entre os garotos não se dissipou por completo. Eles não conseguiam manter seus olhos longe um do outro por muito tempo e o livro escolhido pelo professor os atiçava ainda mais em suas dúvidas. A obra tratava de dois garotos que viviam num mundo regido por cores, entretanto seu mundo azul não satisfazia seus corações, então, juntos, decidiram migrar para um novo mundo, de cores quentes. Ali os dois descobriram algo maior que apenas uma nova existência naquele universo em um colorido cálido.

A cada linha em que os jovens do livro desvendavam a si mesmos, os corações de Min e Park saltavam com mais força. Os dois podiam se enxergar naqueles personagens e, a cada sentimento apreciado por eles, nos dois estudantes crescia o desejo de realizar cada uma daquelas descobertas.

─ Você já está em qual parte, Jimin?

─ Eles estão voltando para o mundo de cores frias agora. E você? ─ devolve a pergunta sem desviar os olhos de sua leitura.

─ Eu acho que estou bem atrás de você, eles estão no mundo de cores quentes ainda, uma cena no meio da cidade.

─ Leia o trecho e eu talvez te espere, se não estiver tão longe de mim. ─ Park ergue seu olhar para o Min, sorrindo divertido, esperando que ele faça o que pediu.

─ Ah, ok! Deixa eu ver... um diálogo ─ diz ao se decidir ─ "Mas, então o que você quer Eliel? - Isaque diz, ansioso - Eu quero que sigamos juntos, mas preciso saber o que pensa! ─ Eu quero descobrir com você, Isaque! Quero desbravar esse mundo em cores tão quentes com você ao meu lado. Você é quem fez meu coração se aquecer, quem me mostrou que existem tantas sensações diferentes do frio e eu quero senti-las com você. Quero desbravar este mundo, conhecendo cada pedaço dele, mas conhecendo com você! Só assim tudo terá sentido para mim..."

Foi olhando nos olhos de Jimin que Yoongi leu a última frase tão significativa para si. O ruivo queria o mesmo que o personagem, queria desbravar os sentimentos que surgiram nos últimos meses com o garoto à sua frente, entretanto ele ainda sentia em seu interior o medo de seu futuro sempre tão incerto, mesmo querendo realmente conhecer novas sensações com seu então amigo.

Jimin também havia se identificado com aquele trecho quando o leu e ouvi-lo, agora, da boca do garoto que fazia seu coração saltar forte, o fez ter a certeza de que ele queria se descobrir mais, ir a fundo nos sentimentos e sensações que o inundaram desde que Min Yoongi entrou em sua vida.

─ Eu gostei dessa história ─ inicia Jimin, um pouco tímido, mas sem ousar desviar os olhos do ruivo ─ Eu gosto de cores quentes, mas isso você já sabe, porque eu já te falei. Agora me conta ─ diz, cruzando os braços ─ a sua cor favorita, qual é?

─ Acho que você já percebeu que eu gosto de cores quentes também ─ aponta a própria cabeça e Jimin concorda ─ Mas eu tenho um motivo para gostar...

─ E qual seria ele? ─ o Park queria saber mais sobre o ruivo, mas por um momento imaginou que talvez ele pudesse não querer contar ─ Desculpa, não precisa dizer se não quiser.

─ Não, tudo bem... Minha cor favorita é o laranja, porque todos os anos ele aparece no outono, sem falta. ─ O garoto baixa seu olhar, pensando em tudo que teria se sua vida fosse estável assim. ─ Eu queria que minha vida tivesse a estabilidade que as estações têm.

─ Eu gosto do vermelho porque me lembra vida ─ Jimin revela achando justo compartilhar também ─ A agitação que eu não tenho tanto, o fogo da vida, sabe?

Os dois garotos procuravam os olhares um do outro ao mesmo passo em que desviavam pela timidez. Falar sobre si mesmo não é algo que costumam fazer a qualquer um, mas ali, diante um do outro, sentiam-se seguros, se sentiam confiantes em contar seus segredos.

Aos poucos, os dois entendiam o que realmente queriam, entendiam que para que realmente pudessem descobrir mais daquele mar de novos sentimentos, deveriam expressar o que pensavam um ao outro, mesmo que aos poucos.

─ Sabe de uma coisa, Jimin? ─ o avermelhado olha Yoongi, com curiosidade ─ Eu gosto muito do laranja, me trás a certeza de que as coisas sempre acontecem ─ Jimin concorda, entendendo o que o outro diz, ele só não estava preparado para o que ouviria em seguida. ─ Mas, de um tempo para cá, tenho aprendido a apreciar o vermelho também. ─ as orbes dos dois rapazes se fixam uma na outra, enquanto o Min avança um pouquinho naquele mar de descobertas ─ O vermelho realmente traz alegria com ele... Vida... Eu passei a admirar o vermelho...

Jimin achava que o coração poderia romper seu peito a qualquer momento. Não só as palavras de Yoongi o atingiram, mas seu olhar, tão brilhante e profundo, cativava-o tanto que podia ver uma imensidão lhe sendo oferecida.

─ O laranja me atrai muito há algum tempo, também ─ contendo a vontade de tocar o ruivo, Jimin diz, com a respiração descompassada pelo turbilhão de sentimentos ─ Mas ao contrário de como você o vê, o laranja me tira do eixo, me desestabiliza por completo ─ ele pode ver as bochechas vermelhas do Min e seus lábios se abrirem levemente ─ E sabe o que é mais interessante? ─ Yoongi nega com a cabeça, se afundando cada vez mais no olhar de Jimin. Os dois não notam como seus corpos se inclinam na direção um do outro por cima da mesa da biblioteca ─ Eu quero mais dessa emoção. É tudo tão diferente, algo que eu nunca conheci, mas eu não tenho medo. A cor laranja me traz sensações as quais eu quero descobrir mais...

Tudo que há ao redor dos dois parece não existir, apenas eles, em seu universo particular. Eles são incapazes de desviarem seus olhos, cada vez mais perdidos um no outro. Seus corações batendo em um compasso frenético, o suor em suas mãos, as orbes conectadas, um clima que é intenso demais, que trouxe revelações demais, mas que é quebrado quando o celular do Min toca.

─ Alô? Oi, mãe.

Jimin, ainda afetado pelos minutos de completa tensão que dividiram, olha seu próprio aparelho e constata que já está na hora de irem para casa, então se põe a guardar o que havia retirado da bolsa. Yoongi, vendo o outro organizar sua mochila para sair, avisa sua mãe que já está indo embora e se despede, logo juntando suas coisas e guardando o livro que lia na prateleira mais próxima.

Ainda sob o clima tenso, os dois se levantam e seguem para fora da biblioteca, mas parece que algo mudou, como uma chave que foi girada e a porta começava a se abrir. O trajeto até o lado de fora foi feito em silêncio, entretanto os garotos nunca andaram tão próximos um do outro, tocando seus ombros por todo o caminho, não se importando com mais nada além da presença ao seu lado.

{...}

Controle era algo que Jimin e Yoongi perdiam a cada dia mais. Depois da leitura na biblioteca, eles se aproximaram ainda mais, deixando evidente o quanto se atraiam um pelo outro.

Os toques se tornaram cada vez mais frequentes. Seus corpos, com o passar dos dias, pareciam estarem se tornando imãs, atraídos um pelo outro. A todo momento o Min se via com os braços em volta do Park, seja em seus ombros ou até mesmo em sua cintura.

Jimin, por sua vez, não perdia a oportunidade de ter suas mãos sobre o ruivo, ele não conseguia passar mais de uma frase sem tocar o outro, sempre tendo suas mãos onde pudesse alcançar. Sentir o calor da pele de Yoongi se tornou seu novo vício.

Ao mesmo tempo que os dois estudantes viviam um turbilhão de novas sensações, os deveres escolares não davam trégua, ainda mais que já estavam no último ano. Então mais uma vez os dois se reuniram para estudar, entretanto a expectativa de ficarem a sós, predominava na mente de ambos.

─ Yoongi, a que horas eu posso chegar na sua casa? ─ Jimin perguntou.

─ Achei que iríamos juntos daqui ─ Yoongi responde, olhando para o outro com o semblante um pouco confuso.

Eles caminhavam com seus corpos enlaçados, o braço do Park sobre os ombros do Min, que tinha os seus envoltos na cintura do outro. Para os dois, já acostumados a estarem sempre tão juntos, abraços se tornaram a coisa mais comum entre eles, entretanto haviam aqueles que os olhavam com estranheza.

─ Eu achei que você ia fazer alguma coisa antes, por isso perguntei. ─ Jimin respondeu mantendo seus olhos no caminho, tomando cuidado para não tropeçarem em seus próprios pés.

─ Jimin, você sabe que mesmo que eu fosse fazer alguma coisa, você iria junto. ─ O Min ainda mantinha seus olhos sobre o outro, que o mirou apenas de esguelha, sentindo a costumeira palpitação que lhe acometia sempre que seus corpos estavam próximos.

O trajeto até a casa de Yoongi foi como de costume, os dois sempre tinham muito o que contar um para o outro, fosse algo de suas infâncias, o qual seria uma nova história, ou algo que ocorreu enquanto estavam juntos e eles compartilhavam suas diferentes visões sobre a situação.

Como de praxe, a casa do Min estava vazia quando chegaram. A mãe do ruivo saia do trabalho apenas ao anoitecer e isso sempre rendia ao jovem muito tempo sozinho em casa, fato que mudou com a chegada de Jimin em sua vida.

Após descansarem alguns minutos e estarem devidamente alimentados, os dois jovens rumaram para o quarto de Yoongi, onde costumavam ficar a maior parte do tempo nas visitas de Jimin ao local. Eles se acomodaram no chão, ao lado da cama, e logo os cadernos e livros estavam dispostos sobre o tapete do ruivo.

─ Jimin, você entendeu a questão dezessete?

─ Sim, eu já fiz ela, até. ─ O Park ajeita seu óculos de descanso, mirando o ruivo por entre suas lentes.

─ Você não quer me explicar, não? ─ pedindo com certa manha, o Min arranca um sorriso do outro, que balança a cabeça, divertido.

─ Claro que ajudo, não precisa de dengo...

Jimin se aproxima do Min, que está sentado em pose de índio, tendo a cama como encosto, e começa a explicar pacientemente o que havia entendido do exercício. Ele estava feliz por poder compartilhar mais um momento com o outro.

O avermelhado apontava os números no caderno de Yoongi com sua mão esquerda enquanto se apoiava na mão direita atrás do outro garoto. Jimin podia claramente sentir o cheiro que exalava da pele do ruivo e ele precisava de todo seu autocontrole para não avançar sobre a derme leitosa e inalar diretamente dela aquele aroma delicioso.

Ouvindo atentamente cada palavra do outro, Yoongi podia sentir a respiração de Jimin em sua pele, fazendo cada terminação nervosa entrar em pane. Cada mínimo toque do amigo em si causava-lhe um rebuliço em seu interior. Como se já não bastasse seu coração, que agia como um louco apenas pela existência do Park, seu corpo também passou a responder ao outro, como se ressonasse cada ação dele.

─ Você entendeu? ─ indaga Park, retirando seus óculos, os quais usava apenas para os estudos.

─ Acho que sim. Me deixa terminar de resolver esse exercício, daí você já olha e me diz se está certo.

Alguns segundos depois o ruivo termina e Jimin se inclina para poder usar melhor sua visão.

─ Não era mais fácil colocar seu óculos de volta?

Olhando para o rosto do garoto debruçado sobre seu caderno, o Min apreciava cada detalhe de Park Jimin. Os lábios entreabertos, que formavam um bico ao que ele se concentrava, suas bochechas gordinhas, que lhe despertavam uma vontade imensa de mordê-las. Ele era o sinônimo da perfeição para o coração acelerado do Min.

─ Não, não era. Eu gosto de desafios ─ o Park se senta novamente e sorri na direção do ruivo ─ Eu sou um aventureiro.

─ Aventureiro, você? ─ debochando do então amigo, Yoongi quase gargalha, aproximando o corpo do ruivo ao seu lado no processo. ─ Acho que a coisa mais radical que você faz é triturar papel na secretaria.

Se virando, a fim de ver a reação à sua resposta, Yoongi não fazia ideia de que Jimin estava tão próximo, menos ainda que olhava fixamente para si. Seus olhares se encontraram, perto a ponto de sentirem suas respirações tocarem seus rostos.

Jimin sentia o corpo gelar pelo sentimento tão latente quando tinha o então amigo perto daquela forma. Ele demorou certo tempo para descobrir, mas agora tinha certeza que estava perdido. Estava apaixonado por Min Yoongi e não saberia esconder aquilo do garoto que invadia seu coração aos poucos.

─ Yoon? ─ Park chama-o por um apelido nunca antes usado, causando-lhe arrepios calorosos, enquanto mantém seus olhos fixos nos de Jimin. ─ Eu... Eu acho que...

─ Acha o que? ─ com a voz falha, Yoongi incentiva o outro a continuar depois do breve silêncio devido à falta das palavras do Park. A tensão entre eles crescia, seus corações martelando o peito, sentindo-se esmagados pela intensidade do sentimento.

─ Acho que... que estou apaixonado por você, Yoon!

O mundo ao redor de Min Yoongi não girava mais. Todo o oxigênio se esvai de seus pulmões e apenas o pulsar poderoso em seu tórax o lembrava que aquilo era real. O ruivo respirava pesado, inerte nas palavras do outro, ainda digerindo o que ouvira, não conseguindo acreditar que o avermelhado havia confessado seus sentimentos com tamanha facilidade.

Mal sabia ele que Jimin estava prestes a colapsar. Ele tinha se confessado para o Min sem mais nem menos, por mero impulso. Não que ele não estivesse apaixonado, porque estava, entretanto não estava preparado para as possíveis reações de seu então amigo e o silêncio dele fazia certo arrependimento brotar em sua mente.

─ É... Desculpa falar assim, do nada. ─ Jimin começava a sentir o corpo formigar pelo medo. Sabia que havia se precipitado, entretanto não queria perder Yoongi. ─ Olha, você não precisa dizer nada, tá?! Eu só queria contar, só isso, mas a gente cont-

─ Eu também gosto de você, Ji.

Os olhos de Park se abriram como nunca antes. Ele estava mais que surpreso, sua cabeça tinha construído os piores cenários para o desfecho de sua declaração, entretanto, o que ouviu, foi totalmente o oposto. Levou alguns segundos para processar a informação que recebera e, quando enfim se deu conta de que era correspondido, todo o seu ser gritava apenas por Min Yoongi.

Jimin revezava sua atenção entre as orbes e os lábios do ruivo, esse que espelhava sua ação, como num transe, fazendo a atmosfera do quarto se tornar cada vez mais densa. Sem que percebessem, novamente seus corpos se inclinaram na direção um do outro, lentamente, como mariposas hipnotizadas pela luz.

─ Yoon, eu...

─ Você?

Suas vozes sussurradas chegavam aos ouvidos como música, uma canção envolvente e sedutora. Jimin não sabia quando havia chegado tão perto do Min, mas ele podia sentir o leve roçar de seus narizes, sentindo a eletricidade causada pelo toque.

Não mais resistindo ao desejo, o Park colou seus lábios nos de Yoongi, num selar intenso e apaixonado. O ruivo suspirou em surpresa, fechando seus olhos e aproveitando a maciez dos lábios fartos de Jimin sobre os seus.

Mais uma vez, Park havia agido por impulso, mas dessa vez não ousava sentir culpa ou receio. Ele sentia os lábios do outro avançando timidamente sobre os seus, capturando o seu inferior com delicadeza. Jimin sentiu seu interior se revirar quando começaram a movimentar suas bocas, iniciando um beijo desengonçado devido à inexperiência de ambos.

Park levou suas mãos ao rosto do ruivo, trazendo-o mais para perto de si e sentindo a sua mão grande se firmar em sua cintura. A sensação de ambos era a de estarem no céu, nunca haviam provado algo tão saboroso quanto suas bocas unidas. Entretanto, a falta de ar veio e, com certa relutância, se separaram meio ofegantes, mantendo-se distantes apenas o suficiente para olharem-se nos olhos.

Os corações dos dois garotos martelavam fortemente, em plena euforia. Yoongi nunca havia sentido tamanho êxtase, beijar Jimin havia sido a coisa mais incrível que fizera em toda sua vida.

Ainda envoltos na aura anestésica, o Park é o primeiro a quebrar o silêncio. Apesar de não se arrepender de sua atitude, ele ainda tinha receio de que o Min tivesse de alguma forma se sentido coagido e, então, decidiu pelo menos se explicar.

─ Yoon, olha me desculpa se eu ultrapassei algum limite. Eu não pedi permissão e-

Mais uma vez o ruivo não abre espaço para que Jimin diga algo o qual possa constranger os dois, porém dessa vez não com palavras. Yoongi une novamente suas bocas, começando um ósculo lento e profundo, por vezes batendo seus dentes pela falta de jeito, mas ainda assim encaixando-se perfeitamente, como se seus lábios fossem moldados para aquele momento.

A energia flui quente entre os dois, entretanto é visível o contraste entre as mãos suaves do Min na nuca do Park e as afoitas de Jimin na cintura do ruivo e, quando a falta de ar lhes acometeu, eles separaram seus lábios, com selares ternos e suspiros.

As lições haviam sido esquecidas e apenas os dois e seus sentimentos importavam naquele momento. Em seus lábios, levemente avermelhados pelo beijo recente, um sorriso brotava enquanto suas testas permaneciam unidas.

No resto da tarde, eles não se sentiram constrangidos pelo que aconteceu, ao contrário, aproveitaram a companhia um do outro com toques e carinhos. O clima entre eles parecia ter ficado mais leve e caloroso, os fazendo agir como dois jovens apaixonados.

Quando chegou o momento de Jimin partir, pela primeira vez a timidez os acometeu, pois não sabiam ao certo como deveriam se despedir. Meio desajeitados, os dois se abraçaram como de costume e, ao se separarem, a vontade de selar os lábios alheios foi inevitável, entretanto nenhum deles sabia se aquele era o momento, apesar da vontade latente.

Aproveitando a oportunidade de demonstrar mais uma vez o que sentia, Jimin deu um beijo na bochecha do Min, suspirando por sentir a pele macia sob seus lábios, vendo Yoongi corar fortemente, por sentir pela milésima vez o coração bater descompassado.

Já sentindo saudades sem ao menos ter ido, Jimin caminha para longe, acenando a cada metro que se afastava, deixando ali um Min Yoongi feliz e pensativo, assim como o garoto que ele assistia partir.

Seus sentimentos tinham sido expostos e não havia mais volta. Agora, cabia a eles decidir que caminho tomar, entretanto sabiam que negar não era uma opção.

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Deixem sua estrelinha, um comentário, eu ficarei muito feliz de saber a opinião de vcs... Nos vemos no próximo capítulo!

Beijinhos de açúcar ♥

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