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💙 LUIZ PEDRO FERNANDO HENRIQUE 💙

Nada melhor do que um novo amanhecer (só que não!).

O dia seguinte teve a mesma sintonia do dia anterior. Gritos, berros, sorrisos e muita empolgação.

Pois é, essa é minha família.

Ter que ir para a escola é sempre um desafio. Enfrentar os professores, as aulas chatas, os conteúdos esquisitos que eles aplicam... Acredito que tudo seja inútil para mim. Não vou precisar futuramente de matemática, por exemplo. Saber que um e um são dois já está ótimo!

Felizmente, a primeira aula foi educação física. Aproveitei para formar um grupinho e ir jogar vôlei. Foi simples. Montamos uma roda e ficamos jogando dessa maneira.

— Tenho que te contar uma... — soltou Tomate, meu amigo, aquele que queria me contar uma novidade no dia anterior.

— Manda aí — falei, após lançar a bola para ele.

— Sabe a Martinha? — questionou Tomate, mandando a bola para o Lucas.

— Sim.

— Parece que ela está a fim de você, cara!

Fiquei paralisado. Como assim, a Martinha estava a fim de mim? Ela é muito gata, e eu sou... Bom, eu não faço o tipo dela. Mas por qual motivo ela estaria na minha?

Não tive muita reação no momento, apenas olhei para o nada e...

Pof!

Levei uma bolada na cara.

— Foi mal, Lupe! — desculpou-se Lucas.

E eu continuei paralisado.

— Cara, não vai falar nada? — perguntou Tomate.

— Vou... Vou, sim. Vou falar com a Martinha... — falei, certo do que estava prestes a fazer.

Martinha é amiga da minha irmã, e elas estudam na mesma sala. Ela é do primeiro ano, eu sou do segundo, e não fazia diferença alguma (eu acho) namorar com ela... Bom, não precisamos namorar, mas se a gente ficar, já estará tudo ótimo.

— Pessoal, preciso dar um recado a vocês — disse Pedrão, o coordenador da escola.

"Ah, o que ele quer?", pensei.

Tivemos que ir para a quadra de esportes.

— O que ele quer? — perguntou Lucas.

Dei de ombros, e continuamos andando em direção aos bancos. Uma turma do primeiro ano estava chegando. E para a minha surpresa, era a turma de Martinha.

Fiquei sem jeito.

Ela entrou, acompanhada de Kauany, sorriu para mim, acenou e tudo isso fez com que as maçãs de seu rosto ficassem... vermelhas. Sim, vermelhas. Ela realmente estava na minha, e eu precisava chegar nela, de alguma maneira.

O Pedrão aguardou todos os alunos, da nossa turma e da turma de Martinha.

Assim que todos estavam presentes, ele anunciou:

— Pessoal! A escola conseguiu um passeio para este final de semana. Na verdade, vamos sair para acampar. Serão dois dias incríveis, e todos vocês estão convidados. Só precisamos da autorização dos pais de vocês.

Meus olhos quase saltaram para fora após saber desta notícia.

Poxa, que demais! Um final de semana inteiro perto da Martinha. Seria a minha chance.

— Cara, que demais... Vamos passar a noite toda acordados! — soltou Tomate.

— E tem mais, pessoal — disse Pedrão, prestes a trazer mais informações. — Hoje, vocês serão liberados mais cedo.

A galera inteira foi à loucura com a última informação. Todos comemoraram.

— Vamos para a sua casa, Tomate? Depois da aula? — sugeriu Lucas.

— Fechado, então — disse Tomate. — Vamos lá, Lupe?

— Claro! — topei, na hora.

Mas eu precisava falar para a minha mãe, antes de ir. E, talvez, ela não fosse deixar.

Liguei para dona Débora.

— O que foi, Luiz Pedro Fernando Henrique? — atendeu minha mãe, toda eufórica.

— Eu vou sair mais cedo, hoje, e vou na casa do Tomate com a galera — soltei, sem muita enrolação.

— Você vai, o quê? Não entendi muito bem, você vai comprar tomate? — questionou minha mãe, confusa.

— Não! Eu vou ir para a casa de um amigo meu, depois da aula, e ele se chama Tomate — esclareci.

— Nossa! — espantou-se ela. — Por que seus amigos não têm um nome comum? Um Fernando já estaria ótimo.

— Mãe, você colocou o meu nome de...

— Eu sei, Luiz Pedro Fernando Henrique, eu sei, Luiz Pedro Fernando Henrique!

— Você é chata, né, mãe?

— Me respeita, garoto. Você acha que eu sou quem? Hein?

— Tá, eu posso ir na casa do meu amigo?

— Vai, vai. Aproveita, e leva a sua irmã junto.

Vibrei de empolgação. Mas teria que levar a Kauany comigo. Seria meio... desconfortável, vamos dizer assim.

💙💙💙💙

Após a aula, pegamos a estrada para ir à casa do Tomate. O pai dele nos levou em seu carro.

— Floripa é uma cidade maravilhosa, né, pessoal? — soltou Paulo, o pai de Tomate.

Tive que rir por dentro, né? Desde quando isto é puxar assunto?

— É verdade, pai — concordou Tomate. — Nossa cidade é muito linda.

Os dois se olharam no banco da frente, e começaram a rir, com muita alegria e empolgação.

Tipo, eu gosto muito da nossa cidade. Florianópolis é realmente uma cidade maravilhosa, mas fiquei surpreso em ver a animação de Tomate com o comentário de seu pai.

Seguimos caminho até sua casa. O trânsito até que estava tranquilo. E não demorou muito para chegar no destino.

— Eu vou deixar vocês à vontade, tá? Preciso voltar para o trabalho — disse Paulo, com aquele sorriso de orelha a orelha.

— Até mais, pai — disse Tomate, acenando.

— Seu pai é muito maneiro — disse Lucas. — Eu não consigo me entender com meus pais. Que bom que vocês se entendem.

— Ah, eu amo eles, e é difícil não amar — soltou Tomate, todo animado.

Kauany ficou com os braços cruzados, encostada na porta de entrada, analisando tudo com admiração.

O clima realmente estava bem agradável.

Não consigo entender minha mãe, muito menos meu pai. Acho que o "problema" está neles, e não em mim.

— O que vocês querem? — perguntou Tomate.

— Eu quero comer, porque estou com muita fome — falei.

Kauany deu uma risada daquelas, começou a caminhar para dentro da casa e disse:

— Isso não é novidade para ninguém. Você vive com fome.

O almoço era lasanha de frango. E eu sou apaixonado por lasanha. Bom, eu sou apaixonado por comida, mas eu exagero quando se trata de... comida.

— Nossa! Você estava com fome, mesmo! — exclamou Lucas, surpreso.

— Ele é sempre assim. Normal — falou Kauany, aos risos.

— E você, como é? Podemos nos conhecer melhor?

Pois é, o Lucas estava dando em cima da minha irmã, e na minha frente.

Kauany começou a rir, fechou os olhos, abaixou a cabeça rapidamente e balançou de um lado para o outro.

— É melhor você ficar na sua — rebateu ela. — Até perdi o apetite.

Minha irmã se retirou, e foi em direção à sala de estar.

Eu e Tomate rimos da situação. Foi muito engraçado e constrangedor.

— Que fora, hein, moleque — zombou Tomate.

— Ela só reagiu dessa maneira porque o Lupe está aqui — defendeu-se Lucas.

Não, não foi (eu acho).

A Kauany é muito de sair para se divertir. Inclusive, dizem que ela nunca ficou com ninguém. E o ensino médio está sendo uma experiência nova para ela.

Bom, após o momento constrangedor, decidimos lavar a louça. A lasanha acabara (e eu ainda estava com fome), e os pratos não iam se lavar sozinhos. Na verdade, deixamos o Tomate fazer isto, afinal a casa é dele.

Assistimos a um filme durante a tarde. Lucas tentou aproveitar o momento para conquistar minha irmã. Ele foi se aproximando dela, de um jeito bem discreto, fingiu que estava exausto, bocejou e deu aquela famosa levantada de braço para abraçar Kauany.

Minha irmã bufou...

— O sofá é espaçoso e você não precisa ficar encostando em mim. Eu não gosto disso — disse ela.

— Gata, apenas sinta o momento — disse Lucas, dando uma piscada.

Ela deu uma fungada, afastou-se de lucas e ficou horrorizada.

— Eu não acredito nisso! Você soltou um pum! — concluiu minha irmã.

Ele balançou a cabeça em negação, e ficou mais constrangido ainda.

Kauany se retirou, e ficamos rindo da situação, enquanto Lucas permanecia com a expressão de derrota.

Ele nunca demonstrou interesse pela minha irmã, e agora, quer bancar o romântico à moda antiga para cima dela. Bom, era isso que eu achava, até perceber no olhar dele que o momento foi muito doloroso. Seus olhos ficaram cobertos de vergonha e timidez. Estava nítido. Aparentemente, ele estava sentindo algo muito forte por ela. Nunca o vi daquele jeito. Inclusive, ao perceber isto, tive que cessar os risos.

💙💙💙💙

Mais tarde, os pais do Tomate chegaram, com uma energia muito boa. Não consigo entender. Eles são uma família... feliz. 

Como pode isso?

E o meu amigo ainda entra na onda deles.

— Olá, meninos. Como foi a tarde de vocês? — perguntou Marcela, a mãe de Tomate.

— Foi incrível, mãe — disse Tomate.

— Nem tão incrível como o esperado — retrucou Kauany.

— Por quê? O que houve, querida? — perguntou Marcela, com um tom de preocupação.

— Vamos dizer que... não cheirou muito bem.

Começamos a rir. Paulo e Marcela se olharam, entendendo absolutamente nada do que acontecera.

Lucas abaixou a cabeça, com um olhar de vergonha.

Os pais de Tomate foram para a cozinha, preparar algum lanche para a gente comer.

— Ela vai espalhar para o colégio inteiro — lamentou Lucas.

— Eu vou tentar falar com ela — sugeri.

— Vai lá, cara — disse Tomate.

Kauany estava sentada no sofá, trocando de canal como se estivesse em casa.

Sentei para conversar e ela garantiu que não ia espalhar nada do que ocorrera à tarde.

Ficamos assistindo televisão até o lanche estar pronto.

Rolou um climão.

O silêncio estava no ar, as trocas de olhares vergonhosas deixavam o momento mais tenso ainda e nada parecia bem. Senti que Lucas estava sem jeito, mesmo. O que ele sentia por minha irmã era forte. Talvez, tenha sido apenas o momento e a situação, mas algo na minha cabeça dizia que não era isso.

— O lanchinho já está pronto! — disse Marcela.

— Oba! — vibrou Tomate.

— Ah, que bom... Eu estou com...

— Fome — disse Kauany, me interrompendo. — Todos nós sabemos.

Ela deu uma piscada e nos acompanhou até a cozinha.

A mesa estava muito bonita. Tinha muita comida.

Peguei três fatias de bolo de chocolate, preparei dois pães e enchi um copo de iogurte de morango.

E comi tudo.

E peguei mais, claro. Não poderia perder o momento para abastecer a barriga.

E na hora de ir embora...

— Gostaram do lanchinho, crianças? — perguntou Marcela.

Sim, estava uma delícia, e não pudemos negar.

Nos despedimos, e Paulo levou Lucas, Kauany e eu até nossas casas.

Ainda não entendo muito bem como Tomate mantém um vínculo bacana com os pais. Isso é bem surpreendente, e não dá para entender. É algo inacreditável.

Já cheguei em casa e minha mãe começou com toda aquela delicadeza dela de falar (e sim, fui irônico).

— Por que chegou a essa hora em casa, Luiz Pedro Fernando Henrique? — perguntou ela, já de pijama e toda irritada.

— Não está tão tarde, mãe! — soltei.

— Não ouse me contrariar, Luiz Pedro Fernando Henrique!

— Tá, desculpa!

— Agora, me dá um beijo, um abraço bem apertado e vai se lavar, Luiz Pedro Fernando Henrique. — Tive que obedecer, né? — E você também, Kauany. Venha dar uma abraço na mamãe.

Tentei achar aquela cena bonita, mas não rolou.

— Vou tomar um banho também — disse Kauany.

— Isso, minha filha, isso... Depois que o Luiz Pedro Fernando Henrique sair do banho, você entra...

— Mãe, para de me chamar de Luiz Pedro Fernando Henrique, por favor? — pedi.

— Não, Luiz Pedro Fernando Henrique! Inclusive, eu vou tirar um xerox da sua certidão de nascimento, colocar num quadrinho bem lindo e pendurar na parede do seu quarto... para você sempre lembrar que o seu nome é Luiz Pedro Fernando Henrique. Tá bom?

Bufei... Não consigo segurar a raiva que sinto quando ela me trata assim.

Poxa, quando ela vai entender que meu nome é enorme? E feio?

Tentei esquecer o momento desagradável, tomei banho e falei para meus pais sobre o acampamento. Felizmente, eles autorizaram. E eu já estava ansioso por esse dia.

Foi até difícil conseguir descansar, porque eu queria ficar com a Martinha, e muito. A Kauany também estava ansiosa para ir acampar.

Ou seja, estávamos à espera do final de semana.

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