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💜 KAUANY 💜

Sentei sobre o sofá, respirei fundo e tentei pensar melhor.

— Vou buscar um copo de água — disse minha mãe.

— Não precisa responder neste momento — disse Fábio. — Sexta-feira volto para São Paulo, e até lá você pode tomar alguma decisão a respeito. Parece que peguei todos desprevenidos.

Concordamos, e ele deixou seu cartão sobre a mesinha de centro.

Fiquei surpresa com a situação, e jamais tomarei qualquer decisão por impulso, porque não quero magoar as pessoas que amo.

O mais complicado é enfrentar um outro dilema, talvez, pior ainda. Há alguns dias, fiquei perdida quanto ao que estava sentindo por Lucas, e agora, que nos aproximamos, surge essa oportunidade.

A questão é lidar com fortes emoções, saber conciliar os "problemas", ser rápida e encontrar a melhor forma de sair dessa situação sem que ninguém seja afetado.

Ainda com a mente bagunçada, olhei para todos ao meu redor e apreciei cada um com admiração. Levantei do sofá, tomei um pouco de água e falei:

— Preciso ir descansar.

Lucas se despediu e foi embora, Martinha o acompanhou, e o clima ficou tenso.

Deitei sobre a cama, fiquei refletindo bastante e olhando para o teto do quarto. Detesto esses momentos, porque fico lembrando de tudo que passei: minha infância, passeios em família, idas ao médico, preocupações em provas na escola, festinhas com amigos... Um filme passou pela minha cabeça, e foi um desespero ter que recordar diversas emoções. Dias bons, ruins, inesperados, grandes aprendizados e realizações... Memórias lindas que ficarão eternamente em minha mente.

Meus pensamentos foram interrompidos com alguém batendo à porta.

— Posso entrar? — perguntou minha mãe.

— Claro — falei.

Ela se aproximou, sentou-se ao meu lado na cama e sorriu.

— Algo me diz que você quer muito ir — disse dona Débora. — E ao mesmo tempo, parece que quer ficar.

— Mais ou menos assim.

— Filha, quando eu tinha a sua idade, o meu sonho era ser atriz, por incrível que pareça. Nunca cheguei a ter uma oportunidade como essa, que surgiu do nada. Cresci distante de meus pais, tive um amadurecimento forçado, e sem perceber, virei adulta. Passei por tantas coisas, só que não me arrependo, porque tenho dois filhos maravilhosos e uma família incrível. Sou grata por tudo, até pelos obstáculos, porque eles me fortaleceram. Nós vamos dar algum jeito de estar sempre presentes em sua vida. Vá em busca do seu sonho, procure a realização. O que mais quero para meus filhos é a felicidade de cada um, e ver um sorriso em seu rosto transmite... paz.

Uma revelação inesperada saber que minha mãe queria ser atriz.

Suas palavras trouxeram uma calmaria em meu interior, e usei seu depoimento a favor. Quero correr atrás dos meus objetivos, sim, e cada conquista será por minha família. O apoio deles é fundamental.

— Como vamos manter contato? — perguntei.

— Podemos visitar a Vera, e já aproveitamos para ver você também — sugeriu meu pai, entrando em meu quarto. — Sem contar que existe celular, redes sociais, e assim vamos nos comunicando.

— Verdade — concordei. — Mas está acontecendo tudo tão rápido... E como fica o meu namorado nessa história?

— Termina com ele — disparou meu pai.

Revirei os olhos, e começamos a rir.

— Querido, por favor — pediu minha mãe. — É melhor ter uma conversa com o garoto.

Novamente, estarei em busca de diálogo com Lucas, mas dessa vez, acredito que será mais difícil.

A vida é imprevisível. Cada instante traz uma surpresa. Isso me deixa intrigada, porque não sei lidar com o inesperado. Às vezes, tenho vontade de largar tudo e sair correndo por aí, sem rumo. Olhando por outro lado, não ajudaria em nada, só ia piorar as coisas. O melhor é seguir em frente e buscar se superar.

💜💜💜💜

No dia seguinte, levantei mais cedo, preparei o material escolar e fiquei aguardando o café da manhã ficar pronto pela cozinha.

Todos notaram o quanto mudei. Meu aspecto estava preocupado, e com razão.

Antes de sair, enviei uma mensagem ao Lucas dizendo que queria conversar, e o cara nem retornou.

Fiquei pensando no que pode ter acontecido, e me senti mal pelo que houve na noite anterior. Poxa, estávamos tão felizes e dispostos a levar a sério nosso relacionamento. Quando acho que está tudo ótimo, surge outro "dilema". Acredito que esses conflitos são apenas o começo. Pode ser drama adolescente (e não percebo), mas são tantos obstáculos que não consigo encontrar soluções favoráveis, e isso é terrível. Confesso que estou com medo.

Após a aula, fui até uma pracinha perto da escola, e aguardei por pouco tempo. Lucas chegou, deu um sorriso e sentou-se ao meu lado.

— Não te vi pela escola — disse ele.

— É que eu preferi ficar um pouco sozinha — esclareci.

Tentei ser menos fria, e até fingi que não estava preocupada, nervosa, só que foi meio difícil.

— Quer falar sobre ontem? — perguntou Lucas.

— Não vou para São Paulo — falei.

— O quê?! — espantou-se o cara.

— Percebi que é melhor ficar e investir em nosso relacionamento.

— Que loucura!

Foi por impulso. Pensei e falei. Algo meio inesperado, e que sem dúvidas, vai render alguma discussão.

— Tenho medo de chegar lá e me arrepender — revelei.

— Posso te mandar uma real? — pediu o garoto.

— Sim.

Senti medo do que poderia ouvir, e para saber do que se tratava, era preciso ser forte.

— Se eu tivesse a oportunidade que você teve, não deixaria escapar — disse Lucas. — Aproveita o momento e vai viver a sua vida. Realiza o seu sonho.

— Mas estou gostando de você.

— Fique sabendo que também gosto de você. Já parou para pensar no quanto isso pode mudar as nossas vidas?

— Como assim?

Fiquei muito confusa, e meio perdida com o que ouvira. Concordo que é indispensável ter algum diálogo, e isso ajuda bastante a refletir, mas às vezes, é bom ser objetivo.

— A distância vai comprovar se o que sentimos um pelo outro é real, sem contar que o tempo passa e nós dois vamos construir uma vida individual. Vale a pena investir na sua carreira por enquanto — disse Lucas.

— Quer terminar comigo? — questionei.

— Estou disposto a manter um relacionamento à distância.

— E quando vamos nos ver?

— Nas férias.

Comecei a gostar da ideia e senti uma forte emoção em meu interior. Continuar namorando parece perfeito.

Será difícil se adaptar com a mudança, mas acho que vou conseguir me acostumar. Talvez, o amor fale mais alto e a distância fortaleça nossa união.

— Vou ligar para o Fábio... — falei. — Nunca esquecerei de você.

— Eu também — disse Lucas.

Ele se aproximou, e nos beijamos. Simplesmente aproveitei o momento ao máximo e fiz questão de admirar cada segundo. Parece que consegui encontrar uma saída favorável. Não foi como o esperado, mas já é o suficiente.

💜💜💜💜

Entrei em contato com Fábio, avisei que estava disposta a viajar para São Paulo e fazer parte do grupo de teatro.

Fiz a transferência de escola e deu tudo certo (felizmente). Organizei as malas durante a semana e pesquisei mais a fundo sobre a proposta, porque poderia ser uma furada. Para a minha alegria, era algo de confiança, e já me senti preparada.

A despedida é triste, eu sei, mas o motivo principal será gratificante. Fazer o que mais amo vai render bastante aprendizado, e sem dúvidas, fortes emoções.

Cheguei mais cedo no aeroporto acompanhada de Martinha. Senti fome e a convidei para comer algo. Em uma das lanchonetes, ficamos conversando e passando o tempo.

— O Lupe chega daqui a pouco — disse minha amiga.

— Pois é, ele e meus pais estão resolvendo um assunto no colégio — falei.

— Sentirei tanto a sua falta.

Apertamos nossas mãos com força e transmitimos uma ótima energia.

Tomei um pouco de suco, e avistei Laís ao longe vindo em nossa direção.

— O que aquela garota está fazendo aqui? — perguntei.

Martinha olhou surpresa.

— Quem é o gatinho ao lado dela? — questionou minha amiga.

— Não faço a mínima ideia — respondi.

— Oi, meninas — disse Laís, com um sorriso no rosto e muita empolgação. — Este é meu namorado.

Ficamos chocadas! Como isso pode ter acontecido? Onde os dois se conheceram? Dúvidas e mais dúvidas surgiram.

— O que você viu nela? — perguntou Martinha.

— Menos, amiga — falei.

— Namoramos há bastante tempo — revelou o garoto.

Aí está uma grande novidade. Ninguém tinha noção disso, e quando a galera da escola ficar sabendo, será muito inesperado.

— Fiquei sabendo que você ia embora e decidi me despedir — disse Laís.

— Valeu pelo apoio e por lembrar de mim — agradeci. — Senta aqui com a gente.

— Não! — exclamou minha amiga. Fitei sua feição franzida e balancei a cabeça de um lado para o outro em negação. Assim, ela concluiu: — Tudo bem, pode sentar.

Sorri em retribuição e continuamos comendo.

A vida é basicamente feita de momentos, e cada instante deve ser aproveitado ao máximo. Amadureci demais, e meio que por acaso, porque não tive intenção alguma disso. Infelizmente, nada saiu como o planejado, mas qual seria a graça de ter tudo aos pés? Tenho meus defeitos, qualidades, e o mais essencial de tudo: o amor. Sou apaixonada pelas pessoas, por minha família, e aprecio aquilo que me faz feliz.

Obstáculos são apenas aprendizados, e todas as dificuldades trazem experiência.

Posso estar exagerando, ou perdida no tempo, porém, enfrentei dilemas inusitados e um enorme conflito com meus sentimentos, o que trouxe o tal do amadurecimento.

Quando estiver triste, quero lembrar de minha família e amigos, porque o apoio dessas pessoas foi fantástico.

Descobri que a paixão não existe somente entre um casal, mas sim, entre pai, mãe, irmão, tios, tias, primos, primas, amigos... Enfim... Nada se compara ao que sinto por essas pessoas. A apreciação de minha parte pode parecer exagerada, ou em excesso, mas é isso que me deixa satisfeita e alegre.

Apesar de estar prestes a partir, meu coração estará em Florianópolis.

Em meio às risadas, percebemos que meus pais, Lupe e Lucas estavam chegando.

Nos cumprimentamos e já seguimos caminho para o embarque. Encontramos Fábio em uma lanchonete, e coincidentemente o cara estava com o celular em mãos prestes a me ligar.

— Ainda bem que te encontrei — disse ele. — Vamos?

Assenti com a cabeça.

Tive que me despedir (aquele momento triste).

Até que não foi tão melancólico assim, porque o "adeus" estava sendo praticamente um "até logo", então não rolaram lágrimas e pedidos desesperadores de "fica, por favor".

Apenas abracei meu namorado com força. Procurei transmitir um sentimento de amor puro e verdadeiro. Não fiquei preocupada, simplesmente senti uma alegria imensa.

Até mais...

Minha mãe acenou ao longe, acompanhada de meu pai. Lupe e Martinha estavam sorrindo o tempo inteiro, transmitindo compreensão pela decisão tomada. Lucas passou confiança pela minha atitude. Enquanto isso, Laís e seu namorado não paravam de se beijar.

Estendi a mão e sussurrei: "até mais".

Pensando por outro lado, cada um merece fazer o que gosta e se satisfazer com o que tem domínio. Ao entrar no avião, respirei fundo, fechei os olhos e apreciei o momento, porque a busca pela realização de muitos sonhos estava prestes a acontecer.

As conquistas seriam em homenagem à minha família, aos amigos e Lucas, porque eles também têm sonhos, e depositaram confiança no meu. Sendo assim, acredito que nós vamos sair ganhando.

Todos merecem um final feliz...

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