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💜 KAUANY 💜

Não estou acostumada com tudo que está acontecendo. Gravar as falas do musical, saber como agir perante cada cena, decorar as canções, estudar e tentar ter uma vida social. São tantas tarefas que a minha mente já está gritando por socorro.

Se estivesse mais preparada, acredito que tudo seria mais fácil, ou menos complicado.

— Você está se saindo muito bem — disse minha mãe, encostada na porta do quarto e admirando minha atuação.

— Obrigada! — falei, meio cansada.

Antes de dormir, aproveitei para ensaiar mais.

Preciso dar o meu melhor na apresentação, e confesso que não estou cem por cento disposta ainda para dar vida a uma personagem. Tive poucos dias para me dedicar totalmente ao papel no musical, e isso pode interferir em meu desempenho. Espero que dê tudo certo.

— Sei que sou sua mãe, e opinião de mãe não vale, mas vejo que você tem muito talento, filha — disse minha mãe, se aproximando tranquilamente.

— Qualquer elogio é sempre bem-vindo — falei.

Ela sentou-se sobre a cama, e disse:

— Quero que esteja confiante. Percebo que você está se dedicando muito para ter uma ótima atuação no musical.

— Tento — soltei.

— O esforço e o cansaço fazem parte.

Pois é, não posso negar, estou exausta, e parece que isso está visível para as pessoas.

Depois de apresentar o musical, não sei o que vai acontecer.

Estou apenas aproveitando o momento, porque tudo que está acontecendo é uma grande realização. Às vezes, fico imaginando como seria fazer um filme, uma série, ou até mesmo participar de uma novela. Seria encantador e muito bom. Em outros momentos, também me pego imaginando como seria estar num palco, cantando para milhares de pessoas, soltando a voz e fazendo uma performance incrível.

Sou bem sonhadora, mas o fato é que preciso estar com os pés no chão, e focar no agora.

Sonhar nunca é demais.

💜💜💜💜

O final de semana passou voando. Fiquei maior parte do tempo ensaiando, e já cheguei na escola com tudo.

Preparada? Talvez.

— Vamos lá, pessoal! Precisamos nos dedicar muito — disse o professor. — Esta semana será a apresentação, e todos têm que se sair bem. Estamos nos esforçando demais há semanas, e tenho certeza que o resultado será excelente.

— Eu lembro de todas as minhas falas — disse Laís.

— Claro, você não tem muitas falas! — soltei.

— Ah! — Ela pensou por um instante, e pareceu refletir sobre o que tinha dito. — Alguém sabe qual é o meu papel no musical?

Revirei os olhos, e avistei Martinha chegando no auditório.

— E aí, amiga? Tudo bem? — perguntou ela.

— Estou melhor do que imaginava — respondi.

Começamos a fazer exercícios corporais. Tentei deixar a expressão menos cansada com os movimentos elaborados pelo professor.

Em uma roda, todo o elenco estava focado, mostrando o potencial de cada um pela arte e o entusiasmo.

Me aproximei de Martinha e sorri.

— Quanta animação — soltou ela, mexendo os braços de um lado para o outro.

— Tento ficar animada — falei.

— Por quê?

Martinha parou por um instante, olhou para a minha expressão de cansaço e franziu o cenho.

— São tantas coisas na minha cabeça, sabe? Acho que vou enlouquecer — desabafei.

— Só por causa do Lucas?

— Fala baixo — pedi. — Poxa, e se alguém escuta?

— Ah, Kauany, se toca! Todos sabem que ele tem uma quedinha por você.

— Só que eu nunca mostrei interesse.

— Porque não quis — retrucou Martinha. — Fica bancando "a difícil", e agora está aí, se corroendo por dentro.

Revirei os olhos (parece que tirei o dia para fazer isto).

Não tinha necessidade alguma ser exposta dessa maneira. Já conversamos sobre o que sinto pelo garoto, deixamos tudo bem claro, e parece que para a minha amiga, nada foi explicado.

— Olha, ainda estou tentando me achar no que rola entre o Lucas e eu. Já sabemos que gosto dele, e ninguém precisa ficar sabendo — esclareci... bom, tentei, pelo menos.

— Por enquanto!

— Você vai espalhar para a escola toda que gosto do garoto, Martinha?

— Ele já deve ter contado para outras pessoas que está a fim de você, e quando essa gente ver os dois andando por aí juntos, vão pensar o quê? Que se tornaram melhores amigos da noite para o dia?

Pensei por um momento, e até que faz sentido.

Antes de mais nada, eu precisava colocar de uma vez por todas na cabeça a ideia de não se aproximar do Lucas.

— Melhor ficar um pouco afastada, então — sugeri.

— Nem vai adiantar muito — discordou Martinha.

Recebi uma notificação de mensagem no celular.

— Que estranho — falei.

— O que foi? — questionou minha amiga, se aproximando para ler a mensagem.

— Alguém quer me encontrar depois do ensaio.

— Quem?

— Sei lá, não conheço o número.

— Deixa eu ver. — Martinha olhou o número, e continuou: — Parece que já vi esse número em algum lugar antes... Bom, tenho até certeza de quem seja.

Franzi o cenho, fiquei curiosa com seu comunicado, e tentei coletar alguma informação sobre a misteriosa mensagem.

— Quem é a pessoa? — perguntei.

— Vá até o local indicado e veja com os seus próprios olhos — disse minha amiga.

Amo enigmas (só que não).

Sou muito ansiosa, e esse momento me deixou extremamente detonada. Por que a Martinha fica me colocando em situações como essa? Sinto vontade de sair correndo por aí e gritando. Seria uma loucura fazer isso, mas sem dúvidas, colocaria para fora toda a angústia que me corrói por dentro.

— Alguém pode me ajudar? — pediu Laís.

— O que foi, garota? — questionou Martinha, confusa.

— Não sei qual é o meu papel no musical, e estou perdida.

Olhei para a minha amiga. Ficamos nos encarando por um instante e tentando absorver a ideia de que Laís participou de todos os encontros para o ensaio e não sabe o seu papel na peça. Meio confuso, mas... não consigo entender o que está acontecendo.

— Melhor você falar com o professor — sugeri.

— Ele vai explicar melhor onde é o seu lugar aqui — complementou Martinha

Laís sorriu, deu uma piscada e se retirou.

O bom de tudo é que ela ficou contente com a "ajuda". Na verdade, não foi algo grandioso, só tentamos prestar nosso apoio.

💜💜💜💜

Depois do ensaio, fui até o local indicado na mensagem recebida.

Decidi ir ao "encontro" porque bateu a curiosidade, e também por ser em uma lanchonete. O local é movimentado, e não teria perigo algum.

Escolhi uma mesa, pedi uma vitamina e aguardei por alguns instantes.

Enquanto ninguém aparecia, fiquei olhando as minhas redes sociais, para dar uma atualizada no que anda acontecendo.

Ainda com os olhos fixados no celular, percebi que alguém se aproximou.

— Demorei? — perguntou ele.

Lucas? Sério?

Como ele pôde fazer isso comigo?

Não me senti preparada no momento para conversar com o cara.

— Oi — falei.

Fitei sua expressão alegre, e fiquei sem reação. Eu precisava ter um diálogo com ele.

— Posso sentar? — questionou Lucas.

— Claro — permiti.

— Está surpresa? — perguntou ele, sentando-se à minha frente.

— Confusa — respondi, às pressas.

— Por quê?

Nossa conversa teria muita importância, e independente do rumo que fosse tomar, eu tinha a sensação de... realização. Por incrível que pareça, estar junto dele, fez com que o meu dia cinza se transformasse em algo colorido.

Talvez, pudesse ser melhor falar o que sinto.

— Você mandou uma mensagem, sem ao menos se identificar — soltei.

— Se falasse quem seria...

— Eu viria — falei, interrompendo Lucas.

Nos olhamos por um instante, e pudemos sentir no ar o quanto um estava a fim do outro.

— Sério? — duvidou ele.

— É estranho ter essa conversa com você, mas a quem estou tentando enganar? É difícil conviver entre um dilema.

— Qual dilema?

— Está visível que você gosta de mim, e eu também sinto algo — revelei.

Lucas colocou a mão direita sobre a minha, acariciou com apreciação, e não tirava os olhos de mim.

— Quer... ficar... comigo? — perguntou ele, falhando com as palavras.

— Acho que sim — respondi, meio indecisa.

A respiração mudou. Fiquei ofegante, e sem contar que o coração disparou (do nada). Um sentimento forte, com uma enorme emoção. Tudo estava visível. O nervosismo, a respiração acelerada...

Tentei me controlar, mas foi difícil.

— Aqui está o seu pedido — disse a garçonete, colocando minha vitamina sobre a mesa.

Alguém precisava realmente chegar para nos interromper.

— Valeu — agradeci.

— Vai querer alguma coisa, garoto? — perguntou a garçonete ao Lucas.

— Pode ser uma vitamina também — pediu ele.

Comecei a rir. Tentei disfarçar e virei o rosto para o lado, só que não deu muito certo.

A garçonete se retirou, meio desconfiada.

— O que foi aquilo? — questionei, ainda aos risos.

— Não faço a mínima ideia — disse Lucas.

Confesso que o momento de descontração foi melhor do que permanecer com aquele clima... estranho.

Continuamos conversando, trocamos uma ideia, e percebemos o quanto cada um é legal.

Lucas é um cara desastrado, meio perdido (às vezes), que fala o que pensa e, raramente, diz coisas sem sentido. Acho que me adaptei com seu modo de ser.

O garoto evoluiu bastante, não posso negar, mas a nossa realidade atualmente é outra, e o que sentimos pode ser algo passageiro.

Independente do quanto possa durar, apenas aproveitamos a oportunidade para nos conhecer melhor. Lucas revelou tantas coisas que jamais se passaram pela minha cabeça. Também contei sobre meus sonhos e objetivos.

Nosso encontro foi legal e trouxe grandes novidades. Um momento único, com aquela pitada de quero mais, e incrível.

💜💜💜💜

Ao ir embora, Lucas me acompanhou até em casa.

Não sou ingênua, né? Claro que ele decidiu fazer isso com o intuito de me beijar na porta de casa... Bom, na verdade, eu estava esperando por isso. Posso ser meio ingênua, mas nem tanto.

Em frente ao portão, ele tentou... e deixei. Beijei Lucas, por incrível que pareça. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer.

Foi um beijo meio longo, não sei exatamente quanto tempo durou. Apenas aproveitei o momento.

— Nossa! — exclamei. — O que foi isso?

— Não gostou? — questionou Lucas, confuso.

— Curti, mas foi tudo tão rápido.

— Quer mais?

Ele se aproximou para me beijar...

— Melhor não... — falei.

— Foi mal, eu não queria ser apressado — desculpou-se Lucas.

— Esta semana é muito importante, porque teremos que apresentar o musical, e não queria lidar com algum tipo de relacionamento, por enquanto — esclareci.

— Você está me dando um fora? É isso?

— Não! — neguei. — Só quero pedir que espere até semana que vem.

— O quê?!

Parecia tão simples (para mim).

O que é uma semana?

— Quero focar em apenas uma coisa, e me dedicar ao máximo — expliquei. — Consegue entender?

— Sinto muito, Kauany, mas eu acho que não vai dar certo — disse Lucas.

— Precisamos tentar, antes de mais nada. Acho que vai valer a pena.

— Vou pensar a respeito, e até semana que vem, te dou uma posição.

Lucas virou as costas.

Fiquei perdida e nervosa.

— Espera — chamei, e ele olhou para mim. — Posso te dar um beijo?

— Pode. — Me aproximei dele e beijei seu rosto. — Pensei que fosse...

— Até semana que vem — falei, o interrompendo.

Entrei em casa, fui direto para o meu quarto, deitei sobre a cama e fiquei admirando o teto.

O dia foi incrível, e amei tudo.

Além de ser essencial ter dado esse passo com Lucas, o musical também é algo que considero importante, e não quero colocar tudo a perder.

Espero que ele entenda a minha situação, porque no momento, preciso de foco.

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